terça-feira, 30 de outubro de 2007

CONSAGRACÃO À NOSSA SENHORA APARECIDA














Ó Maria Santíssima, que em vossa Imagem milagrosa de Aparecida espalhais inúmeros benefícios sobre o Brasil, eu, embora indigno de pertencer ao número dos vossos servos, mas desejando participar dos benefícios da vossa misericórdia, prostrado a vossos pés, consagro-vos o entendimento, para que sempre pense no amor que mereceis.

Consagro-vos a língua, para que sempre vos louve e propague a vossa devoção. Consagro-vos o coração, para que, depois de Deus, vos ame sobre todas as coisas. Recebei-nos, ó Rainha incomparável, no ditoso número dos vossos servos. Acolhei-nos debaixo da vossa proteção.

Socorrei-nos em nossas necessidades espirituais e temporais e, sobretudo, na hora da nossa morte. Abençoai-nos, ó Mãe Celestial, e com vossa poderosa intercessão fortalecei-nos em nossa fraqueza, a fim de que, servindo-vos fielmente nesta vida, possamos louvar-vos, amar-vos e render-vos graças no céu, por toda eternidade. Assim seja.
Pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil, a bênção de Deus onipotente, Pai, Filho e Espírito Santo desça sobre vós e permaneça sempre. Amém.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

TREINAMENTO PARA O PERDÃO

A fim de colimares a excelência do perdão aos que te ofendem, mister te adestres
mediante antecipados critérios e exercícios contínuos.

Habitua-te a iniciar o dia com a mente ligada ao Senhor, através dos fios
invisíveis e poderosos da oração.

Não te descuides de ler uma página mensageira de otimismo, capaz de produzir
júbilo no teu mundo íntimo.

Reprime as observações menos dignas, as apreciações fúteis, as referências
deprimentes e maliciosas.

Estimula a conversação edificante e quando não possas faze-lo, reserva-te
silêncio discreto, propiciatório a reflexões salutares.

Todo labor para alcançar êxito impõe a necessidade de uma técnica própria, de
uma diretriz segura.

Indispensável exercitar-te mentalmente para o cometimento do perdão, a que estás
chamado a cada instante.

Treina, então, a paciência, disciplinando a vontade e aprimorando a indulgência.

Não te permitas autocomiseração ou personalismo prejudicial.

Cada ser é o que constrói interiormente.

A vida sempre devolve o que recebe. Tem cuidado.

O acusador gratuito e o perseguidor sistemático podem converter-se, sem que
o saibam, em benfeitores valiosos. Aproveita-os.

Temperamentos e caracteres humanos há que produzem mais e melhor, quando
fiscalizados ou submetidos a rigoroso controle.

Quem conhece a verdade, sempre consegue lograr benefícios em todas as situações,
se desejar agir com acerto.

Olha em derredor:

. a primavera perfumada pode ser considerada como o perdão da Natureza ao
rigor hibernal;

. o grão perdoa a terra que o esmaga, arrebentando-se em flor e fruto;

. o trigo agradece à mó que o tritura, transformando-se em pão. . .

Apura os sentidos e perceberás as respostas de Nosso Pai, através de
convites ao amor, à beleza, à harmonia.

Integra-te no concerto de Suas bênçãos e quando fores visitado pelo sofrimento
que alguém te imponha por qualquer razão, com facilidade perdoarás.


[Joanna de Ângelis]
[Divaldo Franco]
[Celeiro de Bênçãos]
[Editora LEAL]

domingo, 28 de outubro de 2007

A ORAÇÃO CURATIVA


Meus amigos.

Que a paz do Cristo permaneça em nossos corações, conduzindo-nos para a luz.

Fui padre católico romano, naturalmente limitado às concepções do meu ambiente, mas não tanto que não pudesse compreender todos os homens como tutelados de Nosso Senhor.

A morte do corpo veio dilatar os horizontes de meu entendimento e agora vejo com mais clareza a necessi­dade do esforço conjunto de todas as nossas escolas de interpretação do Evangelho, para que nos confraternize­mos com fervor e sinceridade, à frente do Eterno Amigo.

Com esse novo discernimento, visito-vos o núcleo de ação cristianizante, tomando por tema a oração como po­der curativo e definindo a nossa fé como dom providen­cial.

O mundo permanece coberto de males de toda a sorte.

Há epidemias de ódio, desequilíbrio, perversidade e ignorância, como em outro tempo conhecíamos a infes­tação de peste bubônica e febre amarela.

Em toda parte, vemos enfermidades, aflições, des­contentamentos, desarmonias...

Tudo é doença do corpo e da alma.

Tudo é ausência do Espírito do Senhor.

Não ignoramos, porém, que todos temos a prece à nossa disposição como força de recuperação e de cura.

É necessário orientar as nossas atividades, no sen­tido de adaptar-nos à Lei do Bem, acalmando nossos sentimentos e sossegando nossos impulsos, para, em se­guida, elevar o pensamento ao manancial de todas as bênçãos, colocando a nossa vida em ligação com a Divina Vontade.

Sabemos hoje que outras vibrações escapam à ciên­cia terrestre, além do ultravioleta e aquém do infra­vermelho.

À medida que se desenvolve nos domínios da inteli­gência, compreende o homem com mais força que toda matéria é condensação de energia.

Disse o Senhor: — «Brilhe vossa luz» — e, atual­mente, a experimentação positiva revela que o próprio corpo humano é um gerador de forças dinâmicas, cons­tituído assim como um feixe de energias radiantes, em que a consciência fragmentária da criatura evolui ao im­pacto dos mais diversos raios, a fim de entesourar a Luz Divina e crescer para a Consciência Cósmica.

Vibra a luz em todos os lugares e, por ela, estamos informados de que o Universo é percorrido pelo fluxo divino do Amor Infinito, em freqüência muitíssimo ele­vada, através de ondas ultracurtas que podem ser trans­mitidas de espírito a espírito, mais facilmente assimiláveis por intermédio da oração.

Cada aprendiz do Evangelho necessita, assim, afei­çoar-se ao culto da prece, no próprio mundo íntimo, va­lorizando a oportunidade que lhe é concedida para a co­munhão com o Infinito Poder.

Para isso, contudo, é indispensável que a mente e o coração da criatura estejam em sintonia com o amor que domina todos os ângulos da vida, porque a lei do amor é tão matemática como a lei da gravitação.

Mentalizemos a eletricidade, por exemplo, na rede iluminativa. Caso apareça qualquer hiato na corrente, ninguém se lembrará de acusar a usina, como se o fluxo elétrico deixasse de existir. Certificar-nos-emos sem difi­culdade de que há um defeito na lâmpada ou na tomada de força.

Derrama-se o amor de Nosso Senhor Jesus-Cristo para todos os corações, no entanto, é imprescindível que a lâmpada de nossa alma se mostre em condições de re­ceber-lhe o Toque Sublime.

Os materiais que constituem a lâmpada são apetre­chos de exteriorização da luz, mas a eletricidade é invisível.

Assim também, nós vemos o Amor de Deus em nossas vidas, por intermédio do Grande Mediador, Jesus-Cristo, em forma de alegria, paz, saúde, concórdia, progresso e felicidade; entretanto, acima de todas essas manifesta­ções, abordáveis ao nosso exame, permanece o invisível manancial do Ilimitado Amor e da Ilimitada Sabedoria.

Usando imagens mais simples, recordemos o serviço da água no abrigo doméstico.

Logicamente, as fontes são alimentadas por vivas reservas da Natureza, mas, para que a água atinja os recessos do lar, não prescindiremos da instalação ade­quada.

A canalização deve estar bem disposta e bem limpa.

Em vista disso, é necessário que todas as atitudes em desacordo com a Lei do Amor sejam extirpadas de nossa existência, para que o Inesgotável Poder penetre através de nossos humildes recursos.

O canal de nossa mente e de nosso coração deve es­tar desimpedido de todos os raciocínios e sentimentos que não se harmonizem com os padrões de Nosso Senhor.

Alcançada essa fase preparatória, é possível utili­zar a oração por medida de reajuste para nós e para os outros, incluindo quantos se encontram perto ou longe de nós.

Ninguém pode calcular no mundo o valor de uma prece nascida do coração humilde e sincero diante do Todo-Misericordioso.

Certamente as tinturas e os sais, as vitaminas e a radioatividade são elementos que a Providência Divina colocou a serviço dos homens na Terra.

É também compreensível que o médico seja indis­pensável, muitas vezes, à cabeceira dos doentes, porque, em muitas situações, assim como o professor precisa do discípulo e o discípulo do professor, o enfermo precisa do médico, tanto quanto o médico necessita do enfermo, na permuta de experiência.

Isso, porém, não nos impede usar os recursos de que dispomos em nós mesmos. E estejamos convictos de que, ligando o fio de nossa fé à usina do Infinito Bem, as fontes vivas do Amor Eterno derramar-se-ão através de nós, espalhando saúde e alegria.

Assim como há lâmpadas para voltagens diversas, cada criatura tem a sua capacidade própria nas tarefas do auxílio. Há quem receba mais, ou menos força.

Desse modo, conduzamos nossa boa-vontade aos companheiros que sofrem, suplicando a Infinita Bondade em favor de nós mesmos.

É indispensável compreender que a oração opera uma verdadeira transfusão de plasma espiritual, no levanta­mento de nossas energias.

Se nos sentimos fracos, peçamos o concurso de um companheiro, de dois companheiros ou mais irmãos, por­que as forças reunidas multiplicam as forças e, dessa forma, teremos maiores possibilidades para a eclosão do Amparo Divino que está simplesmente esperando que a nossa capacidade de transmissão e de sintonia se amplie e se eleve, em nosso próprio favor.

Mentalizemos o órgão enfermo, a pessoa necessita­da ou a situação difícil, à maneira de campos em que o Divino Amor se manifestará, oferecendo-lhes nosso co­ração e nossas mãos, por veículos de socorro, e veremos fluir, por nós, os mananciais da Vida Eterna, porque o Pai Todo-Compassivo e Jesus Nosso Senhor nunca se empobrecem de bondade.

A indigência é sempre nossa.

Muitos dizem «não posso ajudar porque não sou bom», mas, se já fôssemos senhores da virtude, estaría­mos noutras condições e noutras esferas.

Consola-nos saber que somos discípulos do bem e, nessa posição, devemos exercitá-lo.

Movimentemos a boa-vontade.

Não temos ainda as árvores da generosidade e da compreensão, da fé irrepreensível e da perfeita caridade, mas possuímos as sementes que lhes correspondem. E toda semente bem plantada recolhe do Alto a graça do crescimento.

Assim, pois, para que tenhamos assegurado o êxito da nossa plantação de qualidades superiores, é preciso nos disponhamos a fazer da própria vida um canal de manifestação do Constante Auxílio.

Todos temos provas, dificuldades, moléstias, aflições e impedimentos, contudo, dia a dia, colocando nosso espírito à disposição do Divino Amor que flui do centro do Universo para todos os recantos da vida, desenvolver-nos-emos em entendimento, elevação e santificação.

Trabalhemos, portanto, estendendo a oração curativa.

A vossa assembléia de socorro aos irmãos contur­bados na- sombra é uma exaltação da prece desse teor, porque trazeis ao vosso círculo de serviço aquilo que guardais de melhor e contais simplesmente com o Divino Poder, já que nós, de nós mesmos, nada detemos ainda de bom senão a migalha de nossa confiança e de nossa boa-vontade.

Em nome do Evangelho, sirvamos e ajudemos.

E que Nosso Senhor Jesus-Cristo nos assista e abençoe.



Eustáquio



Livro: Instruções Picofônicas – Chico Xavier / Espíritos Diversos

CONHECER-SE

Fácil combater, simples vencer, quando se utilizam as armas da astúcia, da covardia moral.
Suplantar os outros, triunfar sobre os outros, vencer os outros são cometimentos acessíveis.
O invisível punhal da calúnia como o poderoso tiro do ódio, o ácido transparente da intriga e o veneno da infâmia conseguem oferecer vitórias a quantos lhes fazem culto de submissão. Entretanto, logram aniquilar, logo depois, os que os vitalizam, empunham e espalham, por tornarem à fonte donde procedem.
Há,. também, outros poderosos instrumentos de fácil manuseio: a inveja insidiosa, a malquerença sistemática, a cobiça exagerada conspirando, e por fim arruinando os que lhes dão guarida. Não te permitas lutas que tais.
Sê diferente.
Sai a campo aberto.
Saúda a vida e vive.
Sê o que almejas, entesourando luz.
Guerreia o bom combate, submetendo as paixões e inferioridades.
Desculpa, ajuda, confia e passa, de mãos limpas e olhos transparentes, sem cargas, sem sombras, sem saudades, sem prisões. . .
Luta contra ti mesmo — batalha difícil.
Vence tuas tendências malévolas — vitória legítima.
E mergulhando nos recessos do espírito, arranca dos abismos íntimos a pérola da paz, conhecendo-te a ti mesmo, antes que pretender aos outros conhecer e pensar vencê-los.
(De “Espelho d’alma”, de Divaldo Pereira Franco, pelo espírito Ignotus)

A IMITAÇÃO DE CRISTO - CAP.s 6 a 09


CAPÍTULO 6

Da alegria da boa consciência

1. A glória do homem virtuoso é o testemunho da boa consciência. Conserva pura a consciência, e sempre terás alegria. A boa consciência pode suportar muita coisa e permanece alegre, até nas adversidades. A má consciência anda sempre medrosa e inquieta. Suave sossego gozarás, se de nada te acusar o coração. Não te dês por satisfeito, senão quando tiveres feito algum bem. Os maus nunca têm verdadeira alegria nem sentem a paz interior; pois não há paz para os ímpios, diz o Senhor (Is 57, 21). E se disserem: Vivemos em paz, não há mal que nos possa acontecer, e quem ousará ofender-nos? - não lhes dês crédito, porque de repente levantar-se-á a ira de Deus, e então as suas obras serão aniquiladas e frustados seus intuitos.
2. A quem ama não é dificultoso gloriar-se na tribulação; pois gloriar-se assim é gloriar-se na cruz do Senhor (Gál 6,14). Pouco dura a glória que os homens dão e recebem. A glória do mundo anda sempre acompanhada de tristeza. A glória dos bons está na própria consciência, e não na boca dos homens. A alegria dos justos é de Deus e em Deus, a sua alegria procede da verdade. Quem deseja a glória verdadeira e eterna não faz caso da temporal. E quem procura a glória temporal ou não a despreza de todo, mostra que pouco ama a celestial. Grande tranqüilidade do coração goza aquele que não faz caso de elogios nem de censuras.
3. É fácil estar contente e sossegado, tendo a consciência pura. Não és mais santo porque te louvam, nem mais ruim porque te censuram. És o que és, nem te podem os louvores fazer maior do que és aos olhos de Deus. Se considerares o que és no teu interior, não farás caso do que te dizem os homens. O homem vê o rosto, Deus o coração (1 Rs 16,7). O homem nota os atos, mas Deus pesa as intenções. Proceder sempre bem e ter-se em pequena conta é indício de uma alma humilde. Rejeitar toda consolação das criaturas é sinal de grande pureza e confiança interior.
4. Aquele que não procura o testemunho favorável dos homens mostra que está todo entregue a Deus. Porque, como diz S.Paulo, não é aprovado aquele que a si próprio recomenda, mas aquele que é recomendado por Deus (2Cor 10,18). Andar recolhido no interior com Deus, sem estar preso a alguma afeição humana, é próprio do homem espiritual.

CAPÍTULO 7

Do amor de Jesus sobre todas a coisas

1. Bem-aventurado aquele que compreende o que seja amar a Jesus e desprezar-se a si por amor de Jesus. Por esse amor deves deixar qualquer outro, pois Jesus quer ser amado acima de tudo. O amor da criatura é anganoso e inconstante; o amor de Jesus é fiel e inabalável. Apegado à criatura, cairás com ela, que é instável; abraçado com Jesus, estarás firme para sempre. A Ele ama e guarda como amigo que não te desamparará, quando todos te abandonarem, nem consentirá que pereças na hora suprema. De todos te hás de separar um dia, quer queiras, que não.
2. Conchega-te a Jesus na vida e na morte; entrega-te à sua fidelidade, que só Ele te pode socorrer, quando todos te faltarem. Teu Amado é de tal natureza, que não admite rival: Ele só quer possuir teu coração e nele reinar como rei em seu trono. Se souberas desprender-te de toda criatura, Jesus acharia prazer em morar contigo. Quando confiares nos homens, fora de Jesus, verás que estás perdido. Não te fies nem te firmes na cana movediça: porque toda a carne é feno, e toda a sua glória fenece como a flor do campo (Is 40,6).
3. Facilmente serás enganado, se só olhares para as aparências dos homens. Se procuras alívio e proveito nos outros, quase sempre terás prejuízo. Procura a Jesus em todas as coisas, e Jesus acharás. Se te buscas a ti mesmo, também te acharás, mas para a tua ruína. Pois o homem que não busca a Jesus é mais nocivo a si mesmo que todo o mundo e seus inimigos todos.

CAPÍTULO 8

Da familiar amizade com Jesus

1. Quando Jesus está presente, tudo é suave e nada parece dificultoso; mas, quando Jesus está ausente, tudo se torna penoso. Quando Jesus não fala ao coração, nenhuma consolação tem valor; mas se Jesus fala uma só palavra, sentimos grande alívio. Porventura não se levantou logo Maria Madalena do lugar onde chorava, quando Marta lhe disse: O Mestre está aí e te chama? (Jo 11,28). Hora bendita, quando Jesus te chama das lágrimas para o gozo do espírito! Que seco e árido és sem Jesus! Que néscio e vão, se desejas outra coisa, fora de Jesus! Não será isto maior dano do que se perdesse o mundo inteiro?
2. Que te pode dar o mundo sem Jesus? Estar sem Jesus é terrível inferno, estar com Jesus é doce paraíso. Se Jesus estiver contigo, nenhum inimigo te pode ofender. Quem acha a Jesus acha precioso tesouro, ou, antes, o bem superior a todo bem; quem perde a Jesus perde muito mais do que se perdesse a todo o mundo. Paupérrimo é quem vive sem Jesus, e riquíssimo quem está bem com Jesus.
3. Grande arte é saber conversar com Jesus, e grande prudência conservá-lo consigo. Sê humilde e pacífico, e contigo estará Jesus; sê devoto e sossegado, e Jesus permanecerá contigo. Depressa podes afugentar a Jesus e perder a sua graça, se te inclinares às coisas exteriores; e se o afastas e o perdes, aonde irás e a quem buscarás por amigo? Sem amigo não podes viver, e se não for Jesus teu amigo acima de todos, estarás mui triste e desconsolado. Logo, loucamente procedes, se em qualquer outro confias e te alegras. Antes ter o mundo todo por adversário, que ofender a Jesus. Acima de todos os teus amigos seja, pois, Jesus amado dum modo especial.
4. Sê livre e puro no teu interior, sem apego a criatura alguma. É mister desprenderes-te de tudo e ofereceres a Deus um coração puro, se queres sossegar e ver como é suave o Senhor. E, com efeito, tal não conseguirás, se não fores prevenido e atraído por sua graça, de modo que, deixando e despedindo tudo mais, com ele só estejas unido. Pois, quando lhe assiste a graça de Deus, de tudo é capaz o homem; e quando ela se retira, logo fica pobre e fraco, como que abandonado aos castigos. Ainda assim, não deves desanimar nem desesperar, antes resignar-te na vontade de Deus, e sofrer tudo que te acontecer, por honra de Jesus; pois ao inverno sucede o verão, depois da noite volta o dia, e após a tempestade reina a bonança.

CAPÍTULO 9

Da privação de toda consolação

1. Não é dificultoso desprezar as consolações humanas, quando gozamos das divinas. Grande coisa, porém, e mui meritória, é poder estar sem consolação, tanto divina como humana, sofrendo de boa mente o desamparo do coração,
2. sem em nada buscar-se a si mesmo, nem atender ao seu próprio merecimento. Que maravilha será estares alegre e devoto, quando te assiste a graça! De todos é almejada esta hora. E mui suave andar, levado pela graça de Deus. E que maravilha não sentir a carga aquele que é sustentado pelo Onipotente e acompanhado do guia supremo!
1. Gostamos de ter qualquer consolação, e é penoso ao homem despojar-se de si mesmo. O glorioso mártir São Lourenço venceu o mundo em união com seu pai espiritual, porque desprezou todos os atrativos do século e sofreu com paciência, por amor de Cristo, que o separassem do Supremo Pontífice São Xisto a quem ele muito amava! Assim, com a amor de Deus, ele subjugou o amor da criatura, e ao alívio humano preferiu o beneplácito divino. Daí aprende tu a deixar, às vezes, por amor de Deus, um parente ou amigo querido. Nem tanto te aflijas se te abandonar algum amigo, sabendo que todos, finalmente, nos havemos de separar uns dos outros.
2. Só com renhido e longo combate interior aprende o homem a dominar-se plenamente e pôr em Deus todo o seu afeto. Quando o homem confia em si, facilmente desliza nas consolações humanas. Mas o verdadeiro amigo de Cristo e fervoroso imitador de suas virtudes não se inclina às consolações nem busca tais doçuras sensíveis; antes, procura exercícios austeros e sofre por Cristo trabalhos penosos.
3. Quando, pois, Deus te mandar consolação espiritual, recebe-a com ações de graças, mas lembra-te sempre que é mercê de Deus, e não merecimento teu. Com isto, porém, não te desvaneças, nem te entregues a excessiva alegria ou a vã presunção; sê antes mais humilde pelo dom recebido, mais prudente e timorato em tuas ações, pois passará aquela hora e voltará a tentação. Quando te for tirada a consolação, não desesperes logo, aguarda, pelo contrário, com humildade e paciência, a visita celestial; pois Deus é bastante poderoso para restituir-te maior graça e consolação. Isto não é novo nem estranho aos que são experientes nos caminhos de Deus; porque nos grandes santos e antigos profetas houve muitas vezes esta mudança.
4. Por isso um deles, sentindo a presença da graça, exclamava: Eu disse em minha abundância: não serei abalado jamais (Sl 29,7). Sentindo, porém, retirar-se a graça, acrescenta: Desviastes de mim, Senhor, o vosso rosto, e fiquei perturbado (v.8). Entretanto não desespera, mas com mais instância roga ao Senhor, e diz: A vós, Senhor, clamarei, e ao meu Deus rogarei (v.9). Alcança, afinal, o fruto de sua oração e atesta ter sido atendido, dizendo: Ouviu-me o Senhor, e compadeceu-se de mim, o Senhor se fez meu protetor (v.11). Mas em quê? Convertestes, diz ele, meu pranto em gozo, e me cercastes de alegria (v.12). Se isto sucedeu aos grandes santos, não devemos desesperar nós outros, fracos e pobres, por nos sentirmos umas vezes com fervor, outras vezes com frieza porque vai e vem o espírito de Deus, segundo lhe apraz. Por isso diz o santo Jó: Senhor, visitais o homem na madrugada, e logo o provais (7,18).
5. Em que posso, pois, esperar ou em que devo confiar, senão na grande misericórdia de Deus e na esperança da graça celestial? Porque, ou me assistem homens justos, irmãos devotos e amigos fiéis, ou livros santos e formosos tratados, ou cânticos e hinos suaves, tudo isso de pouco me serve e pouco me agrada, quando estou desamparado da graça e entregue à minha própria pobreza. Não há então melhor remédio que Deus.
6. Nunca encontrei homem tão religioso e devoto, que não sofresse, às vezes, a subtração da graça e sentisse o arrefecimento do fervor. Nenhum santo foi tão altamente arrebatado e esclarecido que, antes ou depois, não fosse tentado. Porque não é digno da alta contemplação de Deus quem por Deus não sofreu alguma tribulação. Costuma vir primeiro a tentação, como sinal precursor da próxima consolação; porque aos provados pela tentação é prometido o celeste consolo. A quem tiver vencido, diz o Senhor, darei a comer o fruto da árvore da vida (Apc 2,7).
7. Dá Deus a consolação, para fortalecer o homem contra as adversidades. Segue-se então a tentação, para que não se desvaneça a felicidade. O demônio não dorme, nem a carne já está morta; por isso, não cesses nunca de aparelhar-te para a peleja, porque à direita e à esquerda estão teus inimigos que nunca descansam.

POR QUE DORMIS?





"E disse-lhes: Por que estais dormindo? Levantai-vos e orai, para que não
entreis em tentação" - Lucas, 22:46.

Nos ensinos fundamentais de Jesus, é imperioso evitar as
situações acomodatícias, em detrimento das atividades do bem.
O Evangelho de Lucas, nesta passagem, conta que os discípulos
"dormiam de tristeza", enquanto o Mestre orava fervorosamente no Horto.
Vê-se pois, que o Senhor não justificou nem mesmo a inatividade oriunda do
choque ante as grandes dores.
O aprendiz figurará o mundo como sendo o campo de trabalho do
Reino, onde se esforçará, operoso e vigilante, compreendendo que o Cristo
prossegue em serviço redentor para o resgate total das criaturas.
Recordando a prece em Getsemani, somos obrigados a lembrar que
inúmeras comunidades de alicerces cristãos permanecem dormindo nas
convivências pessoais, nos mesquinhos interesses, nas vaidades efêmeras.
Falam do Cristo, referem-se à sua imperecível exemplificação, como se fossem
sonâmbulos, inconscientes do que dizem e do que fazem, para despertarem
tão-só no instante da morte corporal, em soluços tardios.
Ouçamos a interrogação do Salvador e busquemos a edificação e o
trabalho, onde não existem lugares vagos para o que seja inútil e ruinoso à
consciência.
Quanto a ti, que ainda te encontras na carne, não durmas em
espírito, desatendendo aos interesses do Redentor. Levanta-te e esforça-te,
porque é no sono da alma que se encontram as mais perigosas tentações,
através de pesadelos ou fantasias.
(De "Caminho, Verdade e Vida", de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito
Emmanuel)

Não nos Deixeis Cair em Tentação

Não nos Deixeis Cair em Tentação

A Bondade Infinita de Deus não permitirá que venhamos a cair sob as tentações, mas, para isso, é necessário que nos esforcemos, colaborando, de algum modo, com o auxilio incessante de Nosso Pai.

Há leis organizadas para beneficio de todos, mas, se não as respeitarmos, como poderemos contar com a proteção delas, em nosso favor?

Sabemos que o fogo destrói. Por isso mesmo, não devemos abusar dele.

Não podemos rogar o socorro divino para a imprudência que se repete todos os dias.

Se um homem estima a preguiça, não atrairá as bênçãos que ajudam aos cultivadores do trabalho.

Se uma pessoa vive atirando espinhos à face dos outros, como esperará sorrisos na face alheia?

É indiscutível que a Providência Divina nos ajudará constantemente, livrando-nos do mal; entretanto, espera encontrar em nós os valores da boa-vontade.

Não ignoramos que o Pai Celestial está sempre conosco, mas, muitas vezes, somos nós que nos afastamos do Nosso Criador.

Para que não venhamos a sucumbir sob os golpes das tentações, é indispensável saibamos procurar o bem, cultivando-o sem cessar.

Não há colheita sem plantação.

Certamente, devemos esperar que Deus nos conceda o "muito" de seu amor, mas não olvidemos que é preciso dar "alguma coisa" do nosso esforço.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pai Nosso. Ditado pelo Espírito Meimei. 19 edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB. 1999.

sábado, 27 de outubro de 2007

PONTOS VULNERÁVEIS






Nas tuas fraquezas estão os pontos vulneráveis, que deves revestir
de forças.
Os pontos vulneráveis representam a resistência de toda
maquinaria, a segurança de cada indivíduo.
Inevitavelmente, as tentações se te acercam, ferindo-te a
vulnerabilidade no fulcro das tuas deficiências.
Se te agradam as sensações mais fortes, sempre as defrontarás,
atraentes, envolvendo-te e atormentando-te.
Se te espicaçam o interesse, a ganância e a cobiça, respirarás no
clima dos onzenários.
Se te interessam a maledicência e a impiedade, sempre descobrirás
imperfeições e deslizes alheios que aos outros passam despercebidos.
Se preferes a ociosidade e o comodismo, encontrarás justificativas
para a preguiça e o repouso exagerado.
Se te afeiçoas à enfermidade, anotarás distúrbios e deficiências
orgânicas, onde os outros defrontam recursos para exercitar o equilíbrio e a
disciplina.
*
Cada Espírito é colocado onde lhe cumpre progredir, vinculado aos
recursos de que necessita para superar-se e reparar os compromissos
infelizes do passado.
A reencarnação traz o aprendiz de volta à experiência malograda, a
fim de que se lhe fixem os valores positivos que deve investir na mudança do
quadro de provações que lhe dizem respeito.
Tendências e aptidões, boas ou más, ressumam do pretérito
espiritual, a fim de serem aprimoradas, tornando-se valiosas conquistas que
impulsionam ao progresso e à paz.
*
A tua segurança interior depende da tua inclinação e preferência,
cabendo-te a tarefa de renovar as forças e vigiar as fraquezas que se
transformam, com o tempo, em equilíbrio e vigor.
No que delinqüiste, trazes a "marca" íntima.
Conforme te comprometeste, renasces, com a "matriz" de registro.
De acordo com o erro, volves aos sítios familiares onde deves
repará-lo.
Assim também ocorre em relação às ações enobrecidas. Elas te
induzem ao crescimento espiritual com superação das próprias forças, na
grande arrancada do espírito.
*
Não te permitas concessões desconcertantes, nem prazeres que
anestesiam a razão e perturbam o sentimento.
Enfrenta as fraquezas; conscientiza-te dos teus pontos vulneráveis
e constatarás quão fácil te será vencer as tentações e superar as más
inclinações que te atormentam.
(De "Alerta", de Divaldo P. Franco, pelo espírito Joanna de Ângelis)

POR CRISTO

"E se te fez algum dano, ou te deve alguma coisa, põe isso à minha conta". -
Paulo. (FILÊMON, 1:18).

Enviando Onésimo a Filêmon, Paulo, nas suas expressões inspiradas e
felizes, recomendava ao amigo lançasse ao seu débito quanto lhe era devido
pelo portador.
Afeiçoemos a exortação às nossas necessidades próprias.
Em cada novo dia de luta, passamos a ser maiores devedores do
Cristo.
Se tudo nos corre dificilmente, é de Jesus que nos chegam as
providências justas. Se tudo se desenvolve retamente, é por seu amor que
utilizamos as dádivas da vida e é, em seu nome, que distribuímos esperanças
e consolações.
Estamos empenhados à sua inesgotável misericórdia.
Somos d'Ele e nessa circunstância reside nosso título mais alto.
Por que, então, o pessimismo e o desespero, quando a calúnia ou a
ingratidão nos ataque de rijo, trazendo-nos a possibilidade de mais vasta
ascensão? Se estamos totalmente empenhados ao amor infinito do Mestre, não
será razoável compreendermos pelo menos alguma particularidade de nossa
dívida imensa, dispondo-nos a aceitar pequenina parcela de sofrimento, em
memória de seu nome, junto de nossos irmãos da Terra, que são seus tutelados
igualmente?
Devemos refletir que quando falamos em paz, em felicidade, em vida
superior, agimos no campo da confiança, prometendo por conta do Cristo,
porquanto só Ele tem para dar em abundância.
Em vista disso, caso sintas que alguém se converteu em devedor de
tua alma, não te entregues a preocupações inúteis, porque o Cristo é também
teu credor e deves colocar os danos do caminho em sua conta divina, passando
adiante.
(De "Caminho, Verdade e Vida", de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito
Emmanuel)

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

CONFIA EM TI MESMO





A confiança em si mesmo é segurança na pauta da vida; todavia, é indispensável que em primeiro lugar confiemos em Deus.
A vantagem maior é de quem confia, por passar a compreender o próximo; nós somente encontramos a justiça sendo injustiçados, somente amamos quando alguém nos odeia e perdoamos ao recebermos ofensas.
O revide nasce da ignorância. Ao seres agredido por qualquer ação maléfica, não faças o mesmo; ora pelo ofensor, que a vida te abençoará, de maneira que o teu caminho passa a ser teu melhor amigo. Eis porque Jesus nos pede para amar ao próximo, para perdoar quem nos ofende e calunia. Procura cientificar-te, meu irmão, de que quem dá recebe, o que busca acha e o que pede, recebe.
Certamente que devemos amar a Deus sobre todas as coisas, confiando em nós mesmos, porque Pai e filho têm de se encontrar em perfeita harmonia, para que a benevolência cresça sempre; as leis feitas por Ele são justas.
O bem é luz, quando a alegria e a justiça acompanham a vida puramente em harmonia. Precisamos estudar a natureza; ela é fonte de trabalho e equilíbrio, porque é o próprio Deus se mostrando em outra dimensão. Em todo lugar em que estiveres, deves, depois de Deus, confiar em ti mesmo, porque fora disso não há solução para os problemas.
A Doutrina Espírita, movimento em favor da humanidade, surgiu na Terra para clarear a mente humana no tocante à própria vida, dirigida por Jesus e usando os benfeitores espirituais. O Senhor não se esquece de Seus filhos; onde quer que estejamos, recebemos o que merecemos, e nisto devemos agradecer ao Pai; por isso também é que devemos confiar nas forças soberanas, e em nossos valores.
Não devemos deixar no esquecimento o bem, pois ele nos dá forças, para todo o prosseguimento da vida imortal; não devemos também nem pensar em viver no mal, pois o resultado dessa vivência são aborrecimentos e, se pensarmos bem, fazendo o bem, é o que lucraremos.
O Evangelho nos ensina como devemos viver; seguindo Jesus não erraremos o caminho. A confiança em Jesus é paz na consciência. É de nosso proveito andar dentro da justiça, porque ela gera amor e o amor gera todas as virtudes existentes.
Confiemos no Supremo, que Ele já confiou em nós, e a vida se torna paz, quando há entendimento.
O nosso maior interesse deve ser o bem de todos, por que o bem de todos é o nosso próprio bem. Confiemos, que a vida se encontra ao nosso lado, nos abençoando sempre.
(De “Cura-te a ti mesmo”, de João Nunes Maia, pelo Espírito Miramez)

terça-feira, 23 de outubro de 2007

PERDOA AS NOSSAS DÍVIDAS

PERDOA AS NOSSAS DÍVIDAS, ASSIM COMO PERDOAMOS AOS NOSSOS DEVEDORES

Quando pronunciamos as palavras "perdoa as nossas dívidas, assim como
perdoamos aos nossos devedores", não apenas estamos à espera do benefício
para o nosso coração e para a nossa consciência, mas estamos igualmente
assumindo o compromisso de desculpar os que nos ofendem.
Todos possuímos a tendência de observar com evasivas os grandes defeitos que
existem em nós, reprovando, entretanto, sem exame, pequeninas faltas
alheias.
Por isso mesmo Jesus, em nos ensinando a orar, recomendou-nos esquecer
qualquer mágoa que alguém nos tenha causado.
Se não oferecermos repouso à mente do próximo, como poderemos aguardar o
descanso para os nossos pensamentos?
Será justo conservar todo o pão, em nossa casa, deixando a fome aniquilar a
residência do vizinho?
A paz é também alimento da alma, e, se desejamos tranqüilidade para nós, não
nos esqueçamos do entendimento e da harmonia que devemos aos demais.
Quando pedirmos a tolerância do Pai Celeste em nosso favor, lembremo-nos
também de ajudar aos outros com a nossa tolerância.
Auxiliemos sempre.
Se o Senhor pode suportar-nos e perdoar-nos, concedendo-nos constantemente
novas e abençoadas oportunidades de retificação, aprendamos, igualmente, a
espalhar a compreensão e o amor, em benefício dos que nos cercam.
(De "Pai Nosso", de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Meimei)

domingo, 21 de outubro de 2007

COMPROMISSO FRATERNAL



Nunca te esqueças, nos teus empreendimentos espirituais, dos companheiros desencarnados, na retaguarda do processo da evolução, ainda mergulhados na dor sem nome ou no desespero sem consolo.
Talvez não os ouças, nem os vejas ou sequer os sintas.
Eles, porém, convivem na mesma psicosfera, ou melhor, encontras-te mergulhado no mesmo clima psíquico onde eles se movimentam, já que não se liberaram das conjunturas carnais, quando lhes ocorreu a morte dos despojos físicos.
Intercambiam com os homens, muitas vezes, sem que estes tenham consciência, experimentando as suas emoções e ansiedades, as suas paixões e problemas, ansiosos uns, por se comunicarem, outros, por fazerem-se compreendidos, diversos, por lograrem desforços infelizes, inúmeros, por volverem à reencarnação...
Nesse complexo emitir-absorver de vibrações, terminam por influenciar o comportamento das criaturas, gerando dependências, muitas vezes, passando a depender também.
Inclui-os nas tuas orações, pensando neles, cooperando com eles.
Quando menos esperes, romper-se-ão as amarras carnais e aportarás à vida, no plano espiritual...
Irás adensar a população em que eles ora se encontram.
Quiçá, na oportunidade, já hajam retornado muitos destes irmãos desconhecidos.
Será, então, a tua vez de acercares-te deles. Compreenderás o que agora sentem, o que gostariam de conseguir, pudessem comunicar-se mais ostensivamente contigo.
Faze por eles hoje, o que gostarás que façam a teu benefício amanhã.
Ama-os, envolvendo-os em vibrações de ternura e bondade.
... E cuida de iluminar-te, interiormente, pelo estudo e pela ação do bem, evitando futuras aflições desnecessárias.
*
Sempre estarás na vida.
Mergulhado na matéria densa ou fora dela, torna-te instrumento de fraternidade para com todos perseverando nos bons propósitos, mantendo este compromisso fraternal, mesmo que sob o alto preço da renúncia e da abnegação.
Outro não tem sido, há milênios, o permanente comportamento de Jesus em relação a todos nós.
(De “Alerta”, de Divaldo P. Franco, pelo espírito Joanna de Ângelis)

AMOR, FORÇA CRIADORA

Um professor de Sociologia mandou seus alunos aos bairros pobres da cidade de Baltimore, Estados Unidos, para realizar estudos de casos individuais de 200 garotos, fazendo uma avaliação do futuro de cada um deles.
Em todos os casos os estudantes fizeram a seguinte avaliação: "Ele não tem a menor chance".
Passados 25 anos, outro professor de Sociologia dedicou-se ao estudo realizado. Pediu que seus alunos efetuassem novos estudos para verificar o que havia acontecido com aqueles garotos pobres.
Os estudantes descobriram então que, com exceção de 20 meninos, que haviam se mudado ou morrido, 176 entre os 180 restantes, tinham alcançado sucesso fora do comum como advogados, médicos e homens de negócios.
O professor ficou surpreso e decidiu ir mais além na pesquisa.
Felizmente todos os garotos, que agora já eram homens, moravam na cidade.
Assim, ele teve condições de perguntar a cada um deles, a que atribuía o seu sucesso.
Em cada caso a resposta era sempre a mesma: "Houve uma professora..." e a resposta era acompanhada de um sincero sentimento de gratidão.
Como a professora ainda estava viva, resolveu procurá-la e perguntar que fórmula mágica ela havia usado para impulsionar aqueles garotos à conquista das profissões que tanto almejavam, superando os obstáculos impostos pela condição social.
A idosa, mas ainda lúcida senhora, com brilho nos olhos e nos lábios um sorriso gentil, respondeu: "É realmente muito simples. Eu amava aqueles garotos".
Como se pode perceber, não há barreiras capazes de deter a força do amor verdadeiro.
O amor é de essência divina, é força criadora.
Onde quer que esse sentimento sublime se faça presente espalha luz e bênçãos renovadoras.
Quando o amor se manifesta, dissemina luz onde as trevas teimam em permanecer.
Quem ama vence as dificuldades e supera os próprios limites, contagiando com a sua ação tantos quantos dele se acerquem.
Em nome do amor, Jesus suportou a cruz infamante para legar à Humanidade sua inconfundível Doutrina.
Contagiados pelo Seu amor, os cristãos primitivos desceram às arenas, sacrificando as próprias vidas para não abjurar o Sublime Amigo.
Foi por amor que muitos Apóstolos enfrentaram a fúria dos homens com bravura e coragem, para levar a Boa Nova aos corações sedentos de paz.
Em nome do amor, muitos anônimos, como a professora de Baltimore, se entregam aos semelhantes, fomentando a esperança e demonstrando pelos próprios atos, que vale a pena investir na vida e sobretudo, no amor.
* * *
Em nome do amor fraternal, Madre Tereza superou obstáculos tidos como intransponíveis, para ajudar os irmãos de Calcutá, e fez-se respeitada no mundo inteiro. São dela estas palavras:
"Espalhe amor aonde quer que você vá: primeiro, em sua própria casa. Dê amor a seus filhos, sua esposa ou marido, para seu vizinho de porta.
Não deixe ninguém vir a você sem partir melhor ou mais feliz.
Seja a expressão viva da bondade de Deus: bondade em sua face, bondade em seus olhos, bondade em seu sorriso, bondade em seu caloroso cumprimento."

Redação do Momento Espírita com base em textos esparsos.

COMPREENSÃO

“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine”. – Paulo. (I Coríntios, 13:1).

Parafraseando o Apóstolo Paulo, ser-nos-á lícito afirmar, ante as lutas renovadoras do dia-a-dia:
- Se falo nos variados idiomas do mundo e até mesmo na linguagem do Plano Espiritual, a fim de comunicar-me com os irmãos da Terra, e não tiver compreensão dos meus semelhantes, serei qual gongo que soa vazio ou qual martelo que bate inutilmente;
- Se me cobrir de dons espirituais e adquirir fé, a ponto de transplantar montanhas, e não tiver compreensão das necessidades do próximo, nada sou;
- E se vier a distribuir todos os bens que acaso possua, a benefício dos companheiros em dificuldades maiores que as nossas, ou entregar-me à fogueira em louvor de minhas próprias convicções, e não demonstrar compreensão, em auxílio dos que me cercam, isso de nada me aproveitaria.
*
A compreensão é tolerante, prestimosa, não sente inveja, não se precipita e não se ensoberbece, em coisa alguma. Não se desvaira em ambição, não se apaixona pelos interesses próprios, não se irrita, nem suspeita mal. Tudo suporta, crê no bem, espera o melhor e sofre sem reclamar. Não se regozija com a injustiça e, sim, procura ser útil, em espírito e verdade.
*
De todas as virtudes, permanecem por maiores a fé, a esperança e a caridade; e a caridade, evidentemente, é a maior de todas; entretanto, urge observar que, se fora da caridade não há salvação, sem compreensão a caridade falha sempre em seus propósitos, sem completar-se para ninguém.
(De “Ceifa de luz”, de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel)

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

SOB SOMBRAS E DORES





Nestes dias penumbrosos, quando se adensam as sombras, na Terra, e as
perspectivas se fazem mais tensas sob a óptica do desespero e da anarquia; quando
se acumpliciam, a agressão injustificável e o crime em desenfreada correria; quando
se dão as mãos, a injustiça e o opróbrio, ceifando vidas; quando se destacam, a
criminalidade e o erro, ocupando espaços, o cristão decidido deve voltar-se para
dentro, procurando reabastecimento na fé.

Já são grossos os rolos de fumaça, que sobem da Terra em chamas.

Muitas são as vozes que estão silenciadas no fragor das batalhas rudes.

Os cadáveres enxameiam, formando pântanos de matéria humana.

... E uma noite, que se apresenta pavorosa, ameaça tomar conta do mundo.

No entanto, Jesus é Sol, e os Seus discípulos, chamados à glória do momento
grave, devem desempenhar a tarefa com alegria, embora sob estertores ou
caminhando com dificuldades no meio do cipoal.

Nunca, como hoje, se viveram dias de tanta angústia!

O século das glórias tecnológicas, são os dias de horror da própria desenfreada
ambição humana.

Eis porque, a Doutrina Espírita veio, prenunciando as mudanças sociais e humanas
e esclarecendo sobre a visão do Apocalipse que ora se cumpre na atual Civilização.

Permaneçamos fiéis ao labor, insistindo mais em nosso trabalho de solidariedade,
ampliando os nossos recursos de fraternidade e amando com destemor, a fim
de que definhem as fileiras da agressão e do ódio.

De forma alguma nos deixemos contaminar pelos vírus que se encontram no ar que
se respira no mundo.

De maneira nenhuma nos deixemos mimetizar pela violência, estando vigilantes, para
que, a qualquer preço, a cordura e a paz não se afastem do nossos corações.

Nestes momentos, avaliam-se os recursos de cada um.

Ante os testemunhos surgem os heróis e revelam-se os desertores.

É imprescindível porfiar, espalhando a luz da esperança e disseminado o exemplo
da bondade.

Em contrapartida, serão carreadas mais forças e vigores para os obreiros fiéis,
a fim de que as metas sejam alcançadas no campo do bem.

Levantemo-nos, portanto, conscientes dos deveres que nos dizem respeito e porfiemos
sem desânimo na luta da nossa redenção.

[Joanna de Ângelis]
[Divaldo Franco]
[Otimismo]
[Editora LEAL]

domingo, 14 de outubro de 2007

Dever e Trabalho






O compromisso de trabalho inclui o dever de associar-se a criatura ao esforço de equipe na obra a realizar.

*

Obediência digna tem o nome de obrigação cumprida no dicionário da realidade.

*

Quem executa com alegria as tarefas consideradas menores, espontaneamente se promove às tarefas consideradas maiores.

*

A câmara fotográfica nos retrata por fora, mas o trabalho nos retrata por dentro.

*

Quem escarnece da obra que lhe honorifica a existência, desprestigia a si mesmo.

*

Servir além do próprio dever não é bajular e sim entesourar apoio e experiência, simpatia e cooperação.

*

Na formação e complementação de qualquer trabalho, é preciso compreender para sermos compreendidos.

*

Quando o trabalhador converte o trabalho em alegria, o trabalho se transforma na alegria do trabalhador.



* * *


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Sinal Verde. Ditado pelo Espírito André Luiz. 42a edição. CEC, 1996.

Verdadeiras Vítimas

Não há maior exercício de amor que aprender a silenciar diante da boca agressiva que se converteu em vulcão furioso, lançando larvas fumegantes para todos os lados!

Nesses momentos, o tufão devastador que irrompeu da mente desequilibrada é forte ameaça a quem estiver no seu caminho, como se fosse levar de roldão até mesmo as mais íntimas reservas de compreensão, tolerância e boa vontade dos corações agredidos.

Se as leis da prova reeducativa de tua alma devedora colocaram-te junto dessas crateras em ebulição, desses tornados de mentes transviadas, defende-te nas trincheiras do amor e da paciência. Aprende a aguardar em silêncio e oração a passagem barulhenta e tumultuada desses flagelos das almas em desequilíbrio, até que cessem as suas ameaças e não te alcancem os efeitos deletérios.

Já ouviste que tudo passa. Por isso, não te deixes contagiar pelos redemoinhos de ofensas e agressões que jazem como forças coaguladas nos porões das mentes entediadas e que explodem aos impulsos dos sentimentos em desordem, na forma de materiais contaminados que envenenam e matam! Lembra-te que estás diante de grandes enfermos que exteriorizam nas agressões o odor fétido de suas emoções infectadas de orgulho e cólera!

E se te proteges na oração silenciosa e confiante da tolerância, estarás operando sem perceberes por bombeiro da Providência, que sabe enfrentar as chamas com coragem e prudência, de forma a lutar contra o incêndio até a vitória, sem sair chamuscado.

Assim, por mais que te ameacem as línguas de fogo dos que te ofendem, escuda-te nas defesas do amor, nas estratégias da paciência, para não te deixares contaminar pelas emissões pestilentas da ira. Espera, que logo mais só restarão poeira e fumaça de todo o fogaréu que te ameaçava.

E se não tiveres perdido a calma, não terás sofrido em vão. Apenas lamentarás os prejuízos contabilizados no mapa de débitos das almas atormentadas que costumam acumular em si os males que arremessam contra os outros. Estas sim é que são as grandes vítimas do pavio das ofensas que, incendiando para alcançar alguém, termina explodindo nas mãos do próprio incendiário!

Com as bênçãos do Senhor e Mestre Jesus.


Joana

Pereira, Vanderley. Ditado pelo espírito Joana.

PROBLEMA DE CONSCIÊNCIA

Enquanto estás no caminho dos homens, desdobra as tuas possibilidades de ação beneficente.

Não postergues a edificação do bem onde te encontres, sob pretexto algum...

A vida são as oportunidades de que cada um dispõe para o crescimento próprio.

A raiz, frágil e persistente, penetra a frincha da pedra e fende a rocha, adquirindo segurança para o vegetal.

A semente arrebenta-se e libera a planta sob a pressão da terra que a encarcera.

A gota d'água atravessa em largo prazo a pequenina brecha da represa e derruba a construção colossal.

A ação resulta da perseverança no tentame do que se deseja.

*

Há quem programe realizações relevantes por largos anos, enquanto a dor ceifa as vidas que aguardam no deperecimento e na miséria.

Inumeráveis pessoas acalentam propósitos superiores e anelam por dedicar-se a eles, enquanto a ampulheta do tempo deixa que passem os dias, sem os transformar em realidade.

Cristãos bem intencionados se disputam a caridade verbal, elaborando programas expressivos sob condições de alto nível enquanto a oportunidade passa e a dor faz-se mordoma cruel...

Une a ação aos teus projetos do bem, sem adiar a realização da obra de solidariedade humana.

*

Espíritos que foram bem intencionados na Terra; personalidades que se fizeram famosas pelo verbo ou agentes da reformulação social ricos de teorias; religiosos sensíveis que planejaram obras monumentais, diariamente retornam à Pátria Espiritual com a mente repleta de projetos formidandos e as mãos vazias de ação, tombando em remorsos cruéis, que os vergastam, em razão do tempo perdido que não souberam utilizar na realização do compromisso superior da Vida.

Problema de consciência, pessoal e intransferível, de cada um, programar o bem, discuti-lo e concretizá-lo ou não durante o processo da reencarnação.



(De "Alerta", de Divaldo P. Franco, pelo espírito Joanna de Ângelis)

Não Julgues teu Irmão

Livro: Comandos do Amor
André Luiz & Francisco Cândido Xavier


Amigo.

Examina o trabalho que desempenhas.

Analisa a própria conduta.

Observa os atos que te definem.

Vigia as palavras que proferes.

Aprimora os pensamentos que emites.

Pondera as responsabilidades que recebeste.

Aperfeiçoa os próprios sentimentos.

Relaciona as faltas em que, porventura, incorreste.

Arrola os pontos fracos da própria personalidade.

Inventaria os débitos em que te inseriste.

* * *

Sê o investigador de ti mesmo, o defensor do próprio coração, o guarda de tua mente.

Mas, se não deténs contigo a função do juiz, chamado à cura das chagas sociais, não julgues o irmão do caminho, porque não existem dois problemas, absolutamente iguais, e cada espírito possui um campo de manifestações particulares.

Cada criatura tem o seu drama, a sua aflição, a sua dificuldade e a sua dor.

Antes de julgar, busca entender o próximo e compadece-te, para que a tua palavra sejam uma luz de fraternidade no incentivo do bem.

E, acima de tudo, lembra-te de que amanhã, outros olhos pousarão sobre ti, assim como agora a tua visão se demora sobre os outros.

sábado, 13 de outubro de 2007

A IMITAÇÃO DE CRISTO - LIVRO SEGUNDO

LIVRO SEGUNDO

EXORTAÇÕES À VIDA INTERIOR

CAPÍTULO 1

Da vida interior

1. O reino de deus está dentro de vós, diz o Senhor (Lc 17,21). Converte-te a Deus de todo o coração, deixa este mundo miserável, e tua alma achará descanso. Aprende a desprezar as coisas exteriores e entrega-te às interiores, e verás chegar a ti o reino de Deus. Pois o reino de Deus é a paz e o gozo no Espírito Santo (Rom 14, 17), que não se dá aos ímpios. Virá a ti Cristo para consolar-te, se lhe preparares no teu interior digna moradia. Toda a sua glória e formosura está no interior (Sl 44,14), e só aí o Senhor se compraz. A miúdo visita ele o homem interior em doce intretenimento, suave consolação, grande paz e familiaridade sobremaneira admirável.
2. Eia, alma fiel, para este Esposo prepara teu coração, a fim de que se digne vir e morar em ti. Pois assim ele diz: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e viremos a ele e faremos nele a nossa morada (Jo 14,23). Dá, pois, lugar a Jesus e a tudo mais fecha a porta. Se possuíres a Cristo, estarás rico e satisfeito. Ele mesmo será teu provedor e fiel procurador em tudo, de modo que não hajas mister de esperar nos homens. Porque os homens são volúveis e faltam com facilidade à confiança, mas Cristo permanece eternamente (Jo 12,34), e firme nos acompanha até ao fim.
3. Não se há de ter grande confiança no homem frágil e mortal, por mais que nos seja caro e útil; nem nos devemos afligir com excessos, porque, de vez em quando, nos contraria com palavras ou obras. Os que hoje estão contigo amanhã talvez sejam contra ti, e reciprocamente, pois os homens mudam como o vento. Põe toda a tua confiança em Deus, e seja ele o teu temor e amor; ele responderá por ti, e fará do melhor modo o que convier. Não tens aqui morada permanente (Hbr 13,14), e onde quer que estejas, és estranho e peregrino; nem terás nunca descanso, se não estiveres intimamente unido a Jesus.
4. Para que olhas em redor de ti, se não é este o lugar de teu repouso? No céu deve ser a tua habitação, e como de passagem hás de olhar todas as coisas da terra. Todas passam, e tu igualmente passas com elas; toma cuidado para não te apegares a elas, a fim de que não te escravizem e percam. Ao Altíssimo eleva sempre teus pensamentos, e a Cristo dirige súplica incessante. Se não sabes contemplar coisas altas e celestiais, descansa na paixão de Cristo e gosta de habitar em suas sacratíssimas chagas. Pois, se te acolheres devotamente às chagas e preciosos estigmas de Jesus, sentirás grande conforto em tuas mágoas, não farás mais caso do desprezo dos homens e facilmente sofrerás as suas detrações.
5. Cristo também foi, neste mundo, desprezado dos homens, e em suma necessidade, entre os opróbrios, o desampararam seus conhecidos e amigos. Cristo quis padecer e ser desprezado; e tu ousas queixar-te de alguém? Cristo teve adversidade e detratores; e tu queres ter a todos por amigos e benfeitores? Como poderá ser coroada tua paciência, se não encontrares alguma adversidade? Se não queres sofrer alguma contrariedade, como serás amigo de Cristo? Sofre com Cristo e por Cristo, se com Cristo queres reinar.
6. Se uma só vez entraras perfeitamente no Coração de Jesus e gozaras um pouco de seu ardente amor, não farias caso do teu proveito ou dano, ao contrário, te elegrarias com os mesmos opróbrios; porque o amor de Jesus faz com que o homem se despreze a si mesmo. O amante de Jesus e da verdade, e o homem deveras espiritual e livre de afeições desordenadas, pode facilmente recolher-se em Deus, e, elevando-se em espírito, acima de si mesmo, fruir delicioso descanso.
1. Aquele que avalia as coisas pelo que são, e não pelo juízo e estimação dos outros, este é o verdadeiro sábio, ensinado mais por Deus que pelos homens. Quem sabe andar recolhido dentro de si, e ter em pequena conta as coisas exteriores, não precisa escolher lugar nem aguardar horas para se dar a exercícios de piedade. O homem interior facilmente se recolhe, pois nunca se entrega de todo às coisas exteriores. Não o estorvam trabalhos externos nem ocupações, às vezes necessárias, mas ele se acomoda às circunstâncias, conforme sucedem. Quem tem o interior bem disposto e ordenado não se importa com as façanhas e crimes dos homens. Tanto o homem se embaraça e distrai, quanto se mete nas coisas
2. exteriores.
7. Se foras reto e puro, tudo te correria bem e se voltaria em teu proveito. Mas, porque ainda não estás de todo morto a ti mesmo, nem apartado das coisas terrenas, por isso muitas coisas te causam desgostos e perturbações. Nada mancha tanto e embaraça o coração do homem como o amor desordenado às criaturas. Se renunciares às consolações exteriores, poderás contemplar as coisas do céu e gozar a miúdo da alegria interior.

CAPÍTULO 2

Da humilde submissão

1.Não te importes muito de saber quem seja por ti ou contra ti; mas trata e procura que Deus seja contigo em tudo que fizeres. Tem boa consciência e Deus te defenderá, pois a quem Deus ajuda não há maldade que o possa prejudicar. Se souberes calar e sofrer, verás, sem dúvida, o socorro do Senhor. Ele sabe o tempo e o modo de te livrar; portanto, entrega-te todo a ele. A Deus pertence aliviar-nos e tirar-nos de toda a confusão. Às vezes é muito útil, para melhor conservarmos a humildade, que os outros saibam os nossos defeitos e no-los repreendam.

2. Quando o homem se humilha por seus defeitos, aplaca facilmente os outros e satisfaz os que estão irados contra ele. Ao humilde Deus protege e salva, ao humilde ama e consola, ao humilde ele se inclina, dá-lhe abundantes graças e depois do abatimento o levanta a grande honra. Ao humilde revela seus segredos e com doçura a si o atrai e convida. O humilde, ao sofrer afrontas, conserva sua paz, porque confia em Deus e não no mundo. Não julgues ter feito progresso algum, enquanto te não reconheças inferior a todos.

CAPÍTULO 3

Do homem bom e pacífico

1. Primeiro conserva-te em paz, e depois poderás pacificar os outros. O homem apaixonado, até o bem converte em mal e facilmente acredita no mal; o homem bom e pacífico, pelo contrário, faz com que tudo se converta em bem. Quem está em boa paz de ninguém desconfia; o descontente e perturbado, porém, é combatido de várias suspeitas e não sossega, nem deixa os outros sossegarem. Diz muitas vezes o que não devia dizer, e deixa de fazer o que mais lhe conviria. Atende às obrigações alheias, e descuida-se das próprias. Tem, pois, principalmente zelo de ti, e depois o terás, com direito, do teu próximo.
2. Bem sabes desculpar e cobrir tuas faltas, e não queres aceitar as desculpas dos outros! Mais justo fora que te acusasses a ti e escusasses o teu irmão. Suporta os outros, se queres que te suportem a ti. Nota quão longe estás ainda da verdadeira caridade e humildade, que não sabe irar-se ou indignar-se senão contra si própria. Não é grande coisa conviver com homens bons e mansos, porque isso, naturalmente, agrada a todos; e cada um gosta de viver em paz e ama os que são de seu parecer. Viver, porém, em paz com pessoas ásperas, perversas e mal educadas que nos contrariam, é grande graça e ação louvável e varonil.
3. Uns há que têm paz consigo e com os mais; outros que não têm paz nem a deixam aos demais; são insuportáveis aos outros, e ainda mais o são a si mesmos. E há outros que têm paz consigo e procuram-na para os demais. Toda a nossa paz, porém, nesta vida miserável, consiste mais na humilde resignação, que em não sentir as contrariedades. Quem melhor sabe sofrer maior paz terá. Esse é vencedor de si mesmo e senhor do mundo, amigo de Cristo e herdeiro do céu.

CAPÍTULO 4

Da mente pura e da intenção simples

1. Com duas asas se levanta o homem acima das coisas terrenas: simplicidade e pureza. A simplicidade há de estar na intenção e a pureza no afeto. A simplicidade procura a Deus, a pureza o abraça e frui. Em nenhuma boa obra acharás estorvo, se estiveres interiormente livre de todo afeto desordenado. Se só queres e buscas o agrado de Deus e o proveito do próximo, gozarás de liberdade interior. Se teu coração for reto, toda criatura te será um espelho de vida e um livro de santas doutrinas. Não há criatura tão pequena e vil, que não represente a bondade de Deus.
2. Se fosses interiormente bom e puro, logo verias tudo sem dificuldade e compreenderias bem. O coração puro penetra

o céu e o inferno. Cada um julga segundo seu interior. Se há alegria neste mundo, é o coração puro que a goza; se há, em alguma parte, tribulação e angústia, é a má consciência que as experimenta. Como o ferro metido no fogo perde a ferrugem e se faz todo incandescente, assim o homem que se entrega inteiramente a Deus fica livre da tibieza e transforma-se em novo homem.

3. Quando o homem começa a entibiar, logo teme o menor trabalho e anseia as consolações exteriores. Quando, porém, começa deveras a vencer-se e andar com ânimo no caminho de Deus, leves lhe parecem as coisas que antes achava onerosas.

CAPÍTULO 5

Da consideração de si mesmo

1. Não podemos confiar muito em nós, porque freqüentemente nos faltam a graça e o critério. Pouca luz temos em nós e esta facilmente a perdemos por negligência. De ordinário também não avaliamos quanta é nossa cegueira interior. A miúdo procedemos mal e nos desculpamos, o que é pior. Às vezes nos move a paixão, e pensamos que é zelo. Repreendemos nos outros as faltas leves, e nos descuidamos das nossas maiores. Bem depressa sentimos e ponderamos

o que dos outros sofremos, mas não se nos dá do que os outros sofrem de nós. Quem bem e retamente avaliasse suas obras não seria capaz de julgar os outros com rigor.

1. O homem interior antepõe o cuidado de si a todos os outros cuidados, e quem se ocupa de si com diligência facilmente deixa de falar dos outros. Nunca serás homem espiritual e devoto, se não calares dos outros, atendendo a ti próprio com especial cuidado. Se de ti só e de Deus cuidares, pouco te moverá o que se passa por fora. Onde estás, quando não estás contigo? E, depois de tudo percorrido, que ganhaste se esqueceste a ti mesmo? Se queres ter paz e verdadeiro sossego, é preciso que tudo mais dispenses, e a ti só tenhas diante dos olhos.
2. Portanto, grandes progressos farás, se te conservares livre de todo cuidado temporal; muito te atrasará o apego a alguma coisa temporal. Nada te seja grande, nobre, aceito ou agradável, a não ser Deus mesmo ou o que for de Deus. Considera vã toda consolação que te vier das criaturas. A alma que ama a Deus despreza tudo que é abaixo de Deus. Só Deus eterno e imenso, que tudo enche, é o consolo da alma e a verdadeira alegria do coração.

Há Dois Mil Anos

Há dois mil anos, houve Alguém na face da terra que amou a humanidade como jamais ninguém amou.

Há dois mil anos houve Alguém que conhecia e respeitava as leis da vida, e para aqueles que O chamaram de subversivo Ele respondeu: "eu não vim destruir a lei, mas dar-lhe cumprimento."

Há dois mil anos houve Alguém que sabia que a humanidade se debateria em busca de soberania e poder e se precipitaria nos despenhadeiros das guerras cruéis e sangrentas, causando dor e sofrimento. Por isso Ele disse: "minha paz vos deixo, a minha paz vou dou."

Há dois mil anos houve Alguém que adivinhou que você, como indivíduo, deveria caminhar em busca da própria felicidade, e que, embora rodeado de pessoas, haveria momentos em que a solidão o visitaria. E por isso Ele falou: "nunca estareis a sós." "Vinde a mim"

Há dois mil anos houve Alguém que sabia que na escalada para Deus, em alguns momentos você se sentiria meio perdido, sem saber ao certo que caminho seguir. Foi por essa razão que Ele disse: "eu sou o caminho."

Há dois mil anos houve Alguém que conhecia as fraquezas humanas e entendia que densas nuvens se abateriam sobre as consciências dos seres, fazendo-os perder-se na noite escura dos próprios desatinos. Por isso Ele falou: "eu sou a luz do mundo".

Há dois mil anos houve Alguém que conhecia a intimidade das criaturas, adivinhava-lhes as angústias e as incertezas, sabia que muitas seriam as derrotas e que, depois do cansaço das lutas inglórias, buscariam uma rota segura. Por essa razão Ele disse: "eu sou o caminho, a verdade e a vida."

Há dois mil anos, houve Alguém que compreendia a fragilidade dos seus tutelados, que facilmente se deixariam levar pelo brilho das riquezas materiais e escorregariam nas armadilhas da desonra e da insensatez. Por essa razão Ele advertiu: "de nada adianta ao homem ganhar a vida e perder-se a si mesmo."

Há dois mil anos houve Alguém que conhecia a indocilidade do coração humano, que se tornaria presa fácil da prepotência e se comprometeria negativamente com os preconceitos e a soberba em nome de Deus, criando cadeias para a própria alma. E com ternura afirmou: "conhecereis a verdade e a verdade vos libertará."

Há dois mil anos houve Alguém que amou a humanidade como ninguém jamais amou...

E por saber que na intimidade de cada ser humano há uma centelha da chama divina, Ele disse: "brilhe a vossa luz."

E por conhecer a destinação de todos nós, falou: "sede perfeitos."

Conhecedor da nossa capacidade de preservar e dar sabor à vida, afirmou: "vós sois o sal da Terra."

Há dois mil anos houve Alguém que amou tanto a humanidade que voltou, após a morte, para que tivéssemos a certeza de que o túmulo não aniquila os nossos amores.

E esse Alguém não impôs nada a ninguém. Deixou apenas um convite: "quem quiser vir após mim, tome a sua cruz, negue-se a si mesmo, e siga-me."

Esse Espírito ficou conhecido na Terra pelo nome de Jesus, o Cristo.

Habita mundos sublimes, onde a felicidade suprema é uma realidade, e mesmo assim continua amparando e socorrendo Seus irmãos, independente de crença, raça, posição social ou cultura, pois como Ele mesmo afirmou: "nenhuma das ovelhas que o Pai me confiou se perderá."

...............

Os dias passam tão rapidamente que nem nos damos conta, e já é Natal outra vez...

E de Natal em Natal, chegamos ao último Natal do século, ao último Natal do milênio...

Por essa razão vale a pena meditar, com seriedade, sobre os ensinos que esse Alguém nos deixou, há dois mil anos...





Autor:
Equipe de Redação do site www.momento.com.br

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

HOMOSSEXUALIDADE - EMMANUEL

Pergunta - Quando errante, que prefere o Espírito: encarnar no corpo de um homem, ou no de uma mulher? Resposta: - Isso pouco lhe importa. O que o guia na escolha são as provas por que haja de passar. Item n° 202, de "O Livro dos Espíritos".
A homossexualidade, também hoje chamada transexualidade, em alguns círculos de ciência, definindo-se, no conjunto de suas características, por tendência da criatura para a comunhão afetiva com uma outra criatura do mesmo sexo, não encontra explicação fundamental nos estudos psicológicos que tratam do assunto em bases materialistas, mas é perfeitamente compreensível, à luz da reencarnação. Observada a ocorrência, mais com os preconceitos da sociedade, constituída na Terra pela maioria heterossexual, do que com as verdades simples da vida, essa mesma ocorrência vai crescendo de intensidade e de extensão, com o próprio desenvolvimento da Humanidade, e o mundo vê, na atualidade, em todos os países, extensas comunidades de irmãos em experiência dessa espécie, somando milhões de homens e mulheres, solicitando atenção e respeito, em pé de igualdade ao respeito e à atenção devidos às criaturas heterossexuais. A coletividade humana aprenderá, gradativamente, a compreender que os conceitos de normalidade e de
anormalidade deixam a desejar quando se trate simplesmente de sinais morfológicos, para se erguerem como agentes mais elevados de definição da dignidade humana, de vez que a individualidade, em si, exalta a vida comunitária pelo próprio comportamento na sustentação do bem de todos ou a deprime pelo mal que causa com a parte que assume no jogo da delinqüência. A vida espiritual pura e simples se rege por afinidades eletivas essenciais; no entanto, através de milênios e milênios, o Espírito passa por fileira imensa de reencarnações, ora em posição de feminilidade, ora em condições de masculinidade, o que sedimenta o fenômeno da bissexualidade, mais ou menos pronunciado, em quase todas as criaturas. O homem e a mulher serão, desse modo, de maneira respectiva, acentuadamente masculino ou acentuadamente feminina, sem especificação psicológica absoluta. A face disso, a individualidade em trânsito, da experiência feminina para a masculina ou vice versa, ao envergar o casulo físico, demonstrará fatalmente os traços da feminilidade em que terá estagiado por muitos séculos, em que pese ao corpo de formação masculina que o segregue, verificando-se análogo processo com referência à mulher nas mesmas circunstâncias. Obviamente compreensível, em vista do exposto, que o Espírito no renascimento, entre os homens, pode tomar um corpo feminino ou masculino, não apenas atendendo-se ao imperativo de encargos particulares em determinado setor de ação, como também no que concerne a obrigações regenerativas. O homem que abusou das faculdades genésicas, arruinando a existência de outras pessoas com a destruição de uniões construtivas e lares diversos, em muitos casos é induzido a buscar nova posição, no renascimento físico, em corpo morfologicamente feminino, aprendendo, em regime de prisão, a reajustar os próprios sentimentos, e a mulher que agiu de igual modo é impulsionada à reencarnação em corpo morfologicamente masculino, com idênticos fins. E, ainda, em muitos outros casos, Espíritos cultos e sensíveis, aspirando a realizar tarefas específicas na elevação de agrupamentos humanos e, conseqüentemente, na elevação de si próprios, rogam dos Instrutores da Vida Maior que os assistem a própria internação no campo físico, em vestimenta carnal oposta à estrutura psicológica pela qual transitoriamente se definem. Escolhem com isso viver temporàriamente ocultos na armadura carnal, com o que se garantem contra arrastamentos irreversíveis, no mundo afetivo, de maneira a perseverarem, sem maiores dificuldades, nos objetivos que abraçam. Observadas as tendências homossexuais dos companheiros reencarnados nessa faixa de prova ou de experiência, é forçoso se lhes dê o amparo educativo adequado, tanto quanto se administra instrução à maioria heterossexual. E para que isso se verifique em linhas de justiça e compreensão, caminha o mundo de hoje para mais alto entendimento dos problemas do amor e do sexo, porquanto, à frente da vida eterna, os erros e acertos dos irmãos de qualquer procedência, nos domínios do sexo e do amor, são analisados pelo mesmo elevado gabarito de Justiça e Misericórdia. Isso porque todos os assuntos nessa área da evolução e da vida se especificam na intimidade da consciência de cada um.

http://www.institutoandreluiz.org/ca_opiniao_de_peso.html#homos

PACIÊNCIA E CARIDADE




Aturdem-te os comentários malsãos que são entretecidos contra a tua pessoa, ferindo-te as mais caras aspirações.
Sofres o aguilhão das dificuldades e malícias que são postas no teu caminho, atingindo as carnes da tua alma.
Padeces a incompreensão gratuita de pessoas bem formadas, que se deixam anestesiar pelos vapores da antipatia e voltam a sua animosidade contra ti, não descansando na faina de sensibilizar-te.
Experimentas angústia, quando te informas dos problemas inconseqüentes que são criados, envolvendo teu nome e tua ação em rudes colocações ou informes pejorativos.
Gostarias, talvez, de caminhar sem tropeço, desconhecendo impedimentos. Todavia, não te olvides que te encontras na Terra e este é o campo ao qual foste chamado para o serviço.
Além de auxiliar-te a desenvolver a paciência e exercitar-te a humildade correta, propicia-te o desapego aos transitórios conceitos do mundo.
Nem mesmo Jesus, impoluto e incorruptível, experimentou uma trajetória de exceção, padecendo azorragues de todo tipo e qualidade, a fim de ensinar-nos coragem e valor.
Diante das dores que te chegam oriundas das mais variadas gêneses, vive a caridade da paciência.
Caridade para com aqueles que te não compreendem e paciência ante a prova.
Desprezado e estigmatizado pela intolerância e insistência dos que preferem perseguir a servir, adestra-te na caridade da paciência.
Caridade difícil é desculpar o ofensor e tê-lo em conta de enfermo,
necessitado da tua amizade e consideração. Ao mesmo tempo, é caminho
iluminativo para tuas aspirações, através de paciência com perseverança no
dever.
São caridade a doação de amor, a transferência de recursos e moedas para amenizar provações e dores, os socorros fraternos da sopa e do pão, todavia, a paciência em relação aos que se obstinam em dificultar-nos a marcha no bem, buscando o Pai, constitui a excelente caridade moral de que todos necessitamos, desde que, ontem por certo, tenhamos delinqüido, aprendendo, agora, a reparar, ou estejamos a equivocar-nos necessitando, por nossa vez, da doação da benevolência do nosso próximo.
A caridade da paciência é das mais expressivas virtudes que o cristão
autêntico deve cultivar.
*
Jesus, esperando-nos e amando-nos sem cansaço, até hoje, oferece-nos o exemplo sublime e sem retoques da caridade pela paciência.

(De “Alerta”, de Divaldo P. Franco, pelo espírito Joanna de Ângelis)

sábado, 6 de outubro de 2007

Ciência e Temperança








"E à ciência, a temperança; à temperança, a paciência; à paciência, a piedade." - (II PEDRO, 1:6.)

Quem sabe precisa ser sóbrio.

Não vale saber para destruir.

Muita gente, aos primeiros contactos com a fonte do conhecimento, assume atitudes contraditórias. Impondo idéias, golpeando aqui e acolá, semelhantes expositores do saber nada mais realizam que a perturbação.

É por isso que a ciência, em suas expressões diversas, dá mão forte a conflitos ruinosos ou inúteis em política, filosofia e religião.

Quase todos os desequilíbrios do mundo se originam da intemperança naqueles que aprenderam alguma coisa.

Não esqueçamos. Toda ciência, desde o recanto mais humilde ao mais elevado da Terra, exige ponderação. O homem do serviço de higiene precisa temperança, a fim de que a sua vassoura não constitua objeto de tropeço, tanto quanto o homem de governo necessita sobriedade no lançamento das leis, para não conturbar o espírito da multidão. E não olvidemos que a temperança, para surtir o êxito desejado, não pode eximir-se à paciência, como a paciência, para bem demonstrar-se, não pode fugir à piedade, que é sempre compreensão e concurso fraternal.

Se algo sabes na vida, não te precipites a ensinar como quem tiraniza, menosprezando conquistas alheias. Examina as situações características de cada uni e procura, primeiramente, entender o irmão de luta.

Saber não é tudo. É necessário fazer. E para bem fazer, homem algum dispensará a calma e a serenidade, imprescindíveis ao êxito, nem desdenhará a cooperação, que é a companheira dileta do amor.



Livro: Vinha de Luz - 112
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

O pensamento e os atos




O pensamento, dizíamos, é criador. Não atua somente ao redor de nós, influenciando os nossos semelhantes para o bem ou para o mal; atua principalmente em nós, gera nossas palavras, nossas ações e, com ele, contruímos, dia a dia, o edifício grandioso ou miserável de nossa vida presente e futura. Modelamos nossa alma e seu invólucro com os nossos pensamentos; estes produzem formas, imagens que se imprimem na matéria sutil, de que o corpo fluídico é composto. Assim, pouco a pouco, nosso ser povoa-se de formas frívolas ou austeras, graciosas ou terríveis, grosseiras ou sublimes; a alma se enobrece, embeleza ou cria uma atmosfera de fealdade. Segundo o ideal a que visa, a chama interior aviva-se ou obscurece-se.

Se meditarmos em assuntos elevados, na sabedoria, no dever, no sacrifício, nosso ser impregna-se, pouco a pouco, das qualidades do nosso pensamento. É por isso que a prece improvisada, ardente, o impulso da alma para as potências infinitas, tem tanta virtude. Nesse diálogo solene do ser com sua causa (prece a Deus), o influxo do Alto invade-nos e desperta sentidos novos; a compreensão, a consciência da vida aumenta e sentimos, melhor do que se pode exprimir, a gravidade e a grandeza da mais humilde das existências (Deus).

A oração, a comunhão pelo pensamento com o universo espiritual e divino é o esforço da alma para a Beleza e para a Verdade eternas; é a entrada, por um instante, nas esferas da vida real e superior, aquela que não tem termo.

Se, ao contrário, nosso pensamento é inspirado por maus desejos, pela paixão, pelo ciúme, pelo ódio, as imagens que cria sucedem-se, acumulam-se em nosso corpo fluídico e o entenebrecem. Assim, podemos à vontade fazer em nós a luz ou a sombra. Somos o que pensamos, com a condição de pensarmos com força, vontade e persistência.

A fiscalização dos pensamentos implica a fiscalização dos atos, porque, se uns são bons, os outros sê-lo-ão igualmente, e todo o nosso procedimento achar-se-á regulado por uma concatenação harmônica. Ao passo que, se nossos atos são bons e nossos pensamentos maus, apenas haverá uma falsa aparência do bem e continuaremos a trazer em nós um foco malfazejo, cujas influências, mais cedo ou mais tarde, derramar-se-ão fatalmente sobre nossa vida.
Retirado do Livro "O problema do ser, do destino e da dor - Léon Denis" - página: 355, 356, 357.


http://groups.msn.com/ConvivereMelhorar-

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

ANTIPATIA - Emmanuel /MENSAGEM DE Joana de Ângelis



ANTIPATIA

Emmanuel



Não olvides que o passado revive no presente.

Quando a aversão te visite o mundo íntimo, à maneira de nuvem, subtraindo-te a paz, lembra-te de que a Divina Misericórdia situou à frente de tua alma a bendita oportunidade da reconciliação, ainda hoje, com os desafetos de ontem.

Qual acontece com o tesouro do carinho amealhado pelo amor, no escrínio do coração, de existência a existência, o espinheiro da antipatia é veneno acumulado pelo ódio no vaso de nossa mente, de século a século, conturbando-nos o caminho.

Recorda que, se o amor nos eleva aos cimos estelares, o ódio nos impele aos vales da sombra e atende à própria libertação, procurando renovar a fonte de teus desejos, em benefício da própria felicidade.

A aversão, quase sempre, destaca-se de improviso, no ambiente mais íntimo de nossa experiência em comum, por desafio à nossa capacidade de auxiliar e compreender.

Assinalando-a no lar ou na vizinhança, em teu círculo de trabalho ou no santuário de tua fé, roga ao Senhor, através da oração, para que as tuas energias se refaçam, de modo que a treva te encontre o sentimento por bênção de luz, exemplificando a fraternidade e o entendimento, o sacrifício e o perdão.

Aconselha-te com a piedade do Cristo, tanta vez revelada, em nosso favor, e compadece-te daqueles que te ensombram a alegria... Ei-los que surgem, a cada hora, na pessoa do familiar que se nos agregou à rede consangüínea, no companheiro de jornada justaposto ao nosso clima, no parente indireto que as circunstâncias nos ofertaram ao templo doméstico, no chefe humano chamado a orientar-nos o serviço, no subordinado trazido à cooperação na obra que o Senhor nos pede realizar...

Alça a própria fé nas asas da boa vontade e ajuda-os quanto possas, de vez que antipatia superada é anexação de mais amor ao campo de nossa vida e mais amor em nossa vida significa mais ampla ascensão de nosso próprio espírito, no rumo da Luz Eterna.

Emmanuel - Francisco Cândido Xavier - Livro Inspiração


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A Mensagem de Joanna de Ângelis

Joanna de Ângelis



O Espiritismo é Jesus de volta!

Deixem-no impregnar o âmago dos seus sentimentos.

Abraçamos espaço para que Ele tome conta de nós e um dia possamos dizer:

Senhor, já não sou eu quem vive, és tu,que vives dentro de mim.

E´ verdade! O mundo está muito agressivo.

As dificuldades e os desafios estiolam os nossos sentimentos.

Momentos há que nós estamos tão aturdidos, tão exauridos, que não temos para onde fugir. A única alternativa é Jesus.

Busca-Lo nos momentos amaríssimos é a solução para os problemas gravíssimos do nosso comportamento.

Aceitar, com resignação dinâmica, as dores, as vicissitudes, é a proposta que Ele nos faz, porque fora disso não há salvação.

Meus irmãos espíritas e não espíritas! Amemos juntos.

Sejamos aqueles que disputamos a honra de servir.

Que tenhamos a glória de ajudar.

No tumulto, sejamos a paz.

Na ira, a tranqüilidade.

Na agressão, a concórdia.

Jesus confia em nós.

Jesus precisa de nós, tanto quanto necessitamos dEle.

Nós falamos-Dele através da oração e Ele responde-nos por intermédio da inspiração.

Ele socorre a criatura humana através de outra criatura humana.

Que sejamos aquele a quem Ele elege para o socorro.

Digamos ao mundo que vale a pena amar, e demonstremos ao mundo que amando somos infinitamente felizes.

Mantenham-se em paz! Essa paz que somente Ele pode dar.

A única paz que vem de dentro para fora e inunda a vida de realizações plenificadoras.

Vão em paz, semeadores do futuro, construindo a era do Espírito imortal.

Que o Senhor nos abençoe e fique conosco.

São os nossos votos de companheiros espíritas, que ultrapassamos a tumba e continuamos a viver.

Muita paz!

Mensagem psicofônica recebida por Divaldo Franco,
por ocasião do encerramento do seu
seminário, em 25/03/2000
Mundo Espírita – Abril de 2000