domingo, 27 de junho de 2010

Algo sobre Restrição








Muita gente duvida (e uns até fingem que ela não existe na Cabala) e outros não aprenderam sobre a ferramenta cabalística chamada "restrição".

Nada se compara com a Luz que ganhamos quando fazemos restrição

Por que?

Porque a restrição significa fazer algo desconfortável, ir de contra (Totalmente) com nossa natureza (leia-se egoísmo).

Então essa é a dica sobre como começar a prática da Cabala como se hoje fosse o nosso primeiro dia de estudos Cabalísticos:

Aprendermos e Desejarmos fazer restrição!

Sei que agora alguns de vocês estão pensando:

"Fazer restrição...mas restrição de que?"

Simples, olhe para os seus vários tipos de egoísmo e faça uma lista de três itens, e prometa a si mesmo que irá transformar um por um.

Exemplos de listas de restrição:
- fazer exercícios físicos por 30 minutos todos os dias;
- fazer uma dieta balanceada;
- ficar mais tempo com minha família.
Ou:
- Controlar o desejo de falar dos outros;
- Tornar a ter laços com um parente que não falo há anos;
- Se relacionar com alguém porque eu a amo e não porque eu estou carente.
Ou:
- Aprender a dirigir (sem medo);
- Aprender a confiar em seus filhos;
- Diminuir vícios.
Ou:
- Controlar a raiva;
- Ser mais paciente;
- Ser mais simpático.

Uma coisa que devemos lembrar quando o assunto é Restrição:

"Não estamos fazendo isso porque queremos sofrer, mas sim porque queremos ganhar Luz e com Ela merecer bênçãos".

O circuito sempre funciona assim: Menos egoísmo = Mais Luz!

E outra coisa: Somente estaremos fazendo restrição se essa ação nos causar desconforto, porque se fazemos algo que seja confortável então isso não é de maneira nenhuma Restrição.

De novo: restrição significa fazer algo desconfortável, que vai de contra nossa natureza.

Por: Yehuda Berg e Shimon Ferreira

O Descuido Impensado




No orfanato em que trabalhava, Irmã Clara era o ídolo de toda gente pelas virtudes que lhe adornavam o caráter.

Era meiga, devotada, diligente.

Daquela boca educada não saíam más palavras.

Se alguém comentava faltas alheias, vinha solícita, aconselhando:

— Tenhamos compaixão...

Inclinava a conversa em favor da benevolência e da paz.

Insuflava em quantos a ouviam o bom ânimo e o amor ao dever.

Além do mais, estimulava, acima de tudo, em todos os circunstantes a boa vontade de trabalhar e servir para o bem.

— Irmã Clara - dizia uma educadora -, tenho necessidade do vestido para o sábado próximo.

Ela, que era a costureira dedicada de todos, respondia, contente:

— Trabalharemos até mais tarde. A peça ficará pronta.

— Irmã - intervinha uma das criadas -, e o avental?

— Amanhã será entregue - dizia Clara sorrindo.

Em todas as atividades, mostrava-se a desvelada criatura qual anjo de bondade e paciência.

Invariavelmente rodeada de novelos de linha, respirava entre a agulha e a máquina de costurar.

Nas horas da prece, demorava-se longamente contrita na oração.

Com a passagem do tempo, tornava-se cada vez mais respeitada. Seus pareceres eram procurados com interesse.

Transformara- se em admirável autoridade da vida cristã.

Em verdade, porém, fazia por merecer as considerações de que era cercada.

Amparava sem alarde.

Auxiliava sem preocupação de recompensa.

Sabia ser bondosa, sem humilhar a ninguém com demonstrações de superioridade.

Rolaram os anos, como sempre, e chegou o dia em que a morte a conduziu para a vida espiritual.

Na Terra, o corpo da inesquecível benfeitora foi rodeado de flores e bênçãos, homenagens e cânticos e sua alma subiu, gloriosamente, para o Céu.

Um anjo recebeu-a, carinhoso e alegre, à entrada.

Cumprimentou- a. Reportou-se aos bens que ela espalhara, todavia, sob impressão de assombro, Irmã Clara ouviu-o informar:

— Lastimo não possa demorar-se conosco senão por três semanas.

— Oh! por quê? - interrogou a valorosa missionária.

— Será compelida a voltar, tomando novo corpo de carne no mundo - esclareceu o mensageiro.

— Como assim?

O anjo fitou-a bondoso, e respondeu:

— A Irmã foi extremamente virtuosa; entretanto, na posição espiritual em que se encontrava não poderia cometer tão grande descuido. Desperdiçou uma enormidade de fios de linha, impensadamente. Os novelos que perdeu, por alhear-se à noção de aproveitamento, davam para costurar milhares de vestidos para crianças desamparadas.

— Oh! Oh! Deus me perdoe! - exclamou a santa desencarnada - e como resgatarei a dívida?

O anjo abraçou-a, carinhoso, e reconfortou- a dizendo:

— Não tema. Todos nós a ajudaremos, mas a querida irmã recomeçará sua tarefa no mundo, plantando um algodoal


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Alvorada Cristã. Ditado pelo Espírito Neio Lúcio. 11 edição. FEB.

Motivos de Resignação




Por estas palavras: Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados, Jesus aponta a compensação que hão de ter os que sofrem e a resignação que leva o padecente a bendizer do sofrimento, como prelúdio da cura.

Também podem essas palavras ser traduzidas assim: Deveis considerar-vos felizes por sofrerdes, visto que as dores deste mundo são o pagamento da dívida que as vossas passadas faltas vos fizeram contrair; suportadas pacientemente na Terra, essas dores vos poupam séculos de sofrimentos na vida futura. Deveis, pois, sentir-vos felizes por reduzir Deus a vossa dívida, permitindo que a saldeis agora, o que vos garantirá a tranqüilidade no porvir.

O homem que sofre assemelha-se a um devedor de avultada soma, a quem o credor diz: "Se me pagares hoje mesmo a centésima parte do teu débito, quitar-te-ei do restante e ficarás livre; se o não fizeres, atormentar-te- ei, até que pagues a última parcela." Não se sentiria feliz o devedor por suportar toda espécie de privações para se libertar, pagando apenas a centésima parte do que deve? Em vez de se queixar do seu credor, não lhe ficará agradecido?

Tal o sentido das palavras: "Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados." São ditosos, porque se quitam e porque, depois de se haverem quitado, estarão livres. Se, porém, o homem, ao quitar-se de um lado, endivida-se de outro, jamais poderá alcançar a sua libertação. Ora, cada nova falta aumenta a dívida, porquanto nenhuma há, qualquer que ela seja, que não acarrete forçosa e inevitavelmente uma punição. Se não for hoje, será amanhã; se não for na vida atual, será noutra. Entre essas faltas, cumpre se coloque na primeira fiada a carência de submissão à vontade de Deus. Logo, se murmurarmos nas aflições, se não as aceitarmos com resignação e como algo que devemos ter merecido, se acusarmos a Deus de ser injusto, nova dívida contraímos, que nos faz perder o fruto que devíamos colher do sofrimento. E por isso que teremos de recomeçar, absolutamente como se, a um credor que nos atormente, pagássemos uma cota e a tomássemos de novo por empréstimo.

Ao entrar no mundo dos Espíritos, o homem ainda está como o operário que comparece no dia do pagamento. A uns dirá o Senhor: "Aqui tens a paga dos teus dias de trabalho"; a outros, aos venturosos da Terra, aos que hajam vivido na ociosidade, que tiverem feito consistir a sua felicidade nas satisfações do amor-próprio e nos gozos mundanos: "Nada vos toca, pois que recebestes na Terra o vosso salário. Ide e recomeçai a tarefa."

O homem pode suavizar ou aumentar o amargor de suas provas, conforme o modo por que encare a vida terrena. Tanto mais sofre ele, quanto mais longa se lhe afigura a duração do sofrimento. Ora, aquele que a encara pelo prisma da vida espiritual apanha, num golpe de vista, a vida corpórea. Ele a vê como um ponto no infinito, compreende-lhe a curteza e reconhece que esse penoso momento terá presto passado. A certeza de um próximo futuro mais ditoso o sustenta e anima e, longe de se queixar, agradece ao Céu as dores que o fazem avançar. Contrariamente, para aquele que apenas vê a vida corpórea, interminável lhe parece esta, e a dor o oprime com todo o seu peso. Daquela maneira de considerar a vida, resulta ser diminuída a importância das coisas deste mundo, e sentir-se compelido o homem a moderar seus desejos, a contentar-se com a sua posição, sem invejar a dos outros, a receber atenuada a impressão dos reveses e das decepções que experimente. Dai tira ele uma calma e uma resignação tão úteis à saúde do corpo quanto à da alma, ao passo que, com a inveja, o ciúme e a ambição, voluntariamente se condena à tortura e aumenta as misérias e as angústias da sua curta existência.


Allan Kardec. Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo V. Livro eletrônico gratuito em http://www.febnet. org.br. Federação Espírita Brasileira.

* * * Estude Kardec * * *

FRONTEIRAS DA REGRESSÃO




Seja qual for o teu caso, reflete no que os Emissários da Vida Perfeita te trazem ao conhecimento, através do Espiritismo. Sabes que volves ao Planeta no momento atual com o fim de te educares para a felicidade. Reconheces que não és vítima indefesa de qualquer episódio, senão apenas o desajustado que emerge de abismos sombrios em busca das claridades das Alturas.

Ajusta-te, assim, ao sumo do bem que verte do Senhor por sobre todas as criaturas. Une-te aos propósitos do Cristo e, quando te sentires estranho perante os afetos, ou quando notares estranheza nos que te cercam o convívio cotidiano, ora e ora mais, vigia-te com cuidado para que logres realizar os planos da tua reencarnação, de modo a que saias vitorioso da conjuntura em que as Divinas Leis te situaram.

Estuda as Leis da Vida, reflexionando sobre os objetivos que tens no plano dos teus dias, e envolve-te nas dobras do claro amor, sem te alapares nas brechas do desculpismo camuflador.

Conta com Cristo em teu roteiro e quando, por qualquer motivo, te situares nas fronteiras da regressão, detém-te e retira dessa experiência o quanto te seja útil ao progresso e à saúde moral.

Rearmoniza-te com situações e pessoas e liberta-te, a pouco e pouco, do teu passado tormentoso que se apresenta hoje, ensejando-te avanço e iluminação, ante a Luz dos Céus que canta, em acenos de equilíbrio e de amor, o teu próximo tempo de paz.



Espírito:Camilo
Psicografia: José Raul Teixeira*