terça-feira, 1 de abril de 2008

AINDA A FRATERNIDADE

O impositivo da fraternidade entre os homens a cada
dia mais se faz relevante. Instrumento de paz, a
fraternidade é, de início, o amor em plena instalação.

Para cultivá-la, no entanto, não há como, senão,
abdicar ao egoísmo e aos seus múltiplos sequazes,
que instalam, incessantemente, balizas de incompreensão
e rebeldia, em todos os lugares em que nos encontramos.

Fala-se, discute-se, programa-se, encena-se muito, a
convivência fraterna mas se produzem poucos esforços
para concretizá-la.

Ninguém cede nos "pontos de vistas", nas discussões,
mesmo quando o objetivo comum seja elevado e de
resultados benéficos para todos.

Muitas vezes o pensamento é unânime e como a forma de
apresentá-lo diverge, não se permitem os expositores
o exame dos conceitos, com a necessária serenidade e
logo, grassam as dissensões. Os olhos se injetam, a
voz se altera, a fisionomia se turba, a respiração
descompassa e a ira comanda os resultados, gerando
ondas de animosidade inconseqüente, nefanda...

Colocados lado a lado com os seres humanos, nossos
irmãos, em jornada evolutiva, eduquemo-nos para viver
pacificamente, suportando-nos, uns aos outros, de modo
a conseguirmos tolerância recíproca e fraternidade
legítima.

Para o tentame, coarctemos a palavra azeda, o verbete
ofensivo, a expressão deprimente, evitando o comentário
ácido e maledicente que logo produz uma colheita de
ofensas e reprimendas.

Madame Rolland, a célebre jacobina de França, ante as
arbitrariedades e atentados praticados pelos idealista
e promotores da Revolução, proferiu com imensa amargura:
"Fraternidade, fraternidade, quantos crimes se cometem
em teu nome!"

Jesus, o Sublime Governador da Terra, para ensinar
fraternidade conviveu com as mais díspares pessoas
tolerando-as, ajudando-as, amando-as. E mesmo entre os
seus "chamados", quando grassavam rixas e discórdias,
mantinha-se sereno e gentil, para assegurar que, o
verdadeiro amor se fixa, na razão direta em que a
fraternidade se faz ternura e, de modo a que, o socorro
esteja sempre presente, atendendo às necessidades gerais.

[Joanna de Ângelis]
[Divaldo Franco]
[Sol de Esperança]
[Editora LEAL]

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