A Cantina
Um dos irmãos do grupo teve uma ideia e a expôs aos demais, ele disse: vamos
nos reunir e montar uma cantina, um pequeno restaurante. Quem puder pagar, pagará e quem não puder, não
pagará. Aqueles que pagarem manterão os que não puderem pagar. Mas, todos
sentarão juntos sem nenhuma discriminação entre os que pagam e os que não
pagam. Todos que pagarem deixarão o dinheiro na mesa e um de nós discretamente
o recolherá. E assim fizeram...
Logo na estréia o restaurante
lotou. Cada um que chegava, um dos
irmãos falava com ele baixinho: se você puder pagar o preço é 5 reais, se não
puder não tem problema. Até aquele momento, com o restaurante inteiramente
lotado, nenhum se dispôs a pagar. O desânimo era geral, e um disse: fracassamos
logo na estréia, ninguém irá chegar aqui e vai dizer que pode pagar. O autor da
idéia, disse: é este o nosso problema, sempre acreditamos mais no dinheiro do
que em Deus. Se a obra for boa Deus a manterá e se não for ela fechará. Nós não
alçamos vôo desse nosso lindo planeta, que é a nossa escola, porque elevamos o
dinheiro à condição de Deus e muitas
vezes acima de Deus. Bem ele não terminara de falar e chegou mais um cliente,
uma das irmãs voluntárias foi atendê-lo. Disse exatamente o que era dito a
todos. Tratava-se de um rapazinho de uns 20 e poucos anos, com trajes decentes
mas modestos, nenhum exagero. Ele sorriu e disse baixinho, eu posso pagar
graças a Deus!
O rapazinho foi servido num canto
do restaurante escolhido por ele. Comeu sem nenhum exagero e ao sair passou no
caixa e disse: o dinheiro está lá na mesa. E a nossa confrade teve o seu
momento de “queda”, ela sorriu discretamente após ele virar as costas, pensando
consigo mesma: ele ficou com vergonha de dizer que não podia pagar. E para
tirar a dúvida foi até a mesa dele ... e debaixo do prato discretamente
estava 2 mil reais. Aquilo era
suficiente para bancar o almoço de todos os presentes e ainda manter o
restaurante por razoável espaço de tempo. Sem poder acreditar no que via ela
levou o dinheiro para dentro, chamou os irmãos
e lhes mostrou o dinheiro. Ninguém mais duvidou dO Deus que nos governa. E na cabeça de muitos
ficou a idéia, se aquele rapazinho não era o próprio Deus, era um dos seus
súditos mais próximos.
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