quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Ressonâncias do Natal



Na paisagem fria e sem melhor acolhimento, a única hospedaria à disposição era a gruta modesta onde se guardavam os animais.

Não havia outro lugar que O pudesse receber.

O mundo, repleto de problemas e de vidas inquietas, preocupava-se com os poderosos do momento e reservava distinções apenas para os que se refestelavam no luxo, bem como no prazer.

Aos simples e desataviados sempre se dedicavam a indiferença, o desrespeito, fechando-lhes as portas, dificultando-lhes os passos.

Mas hoje, tudo permanece quase que da mesma forma.

Não obstante, durante aquela noite de céu transparente e estrelado, entre os animais domésticos, em uma pequena baia, usada como berço acolhedor, nasceu Jesus, que transformou a estrebaria num cenário de luzes inapagáveis que prosseguem projetando claridade na noite demorada dos séculos, em quase dois mil anos...

Inaugurando a era da humildade e da renúncia, Jesus elegeu a simplicidade, a fim de ensinar engrandecimento íntimo como condição única para a felicidade real.

O Seu reino, que então se instalou naquela noite de harmonias cósmicas, permanece ensejando oportunidades de redenção a todos quantos se resolvam abrigar nas suas dependências.

E o Seu nascimento modesto continua produzindo ressonâncias históricas, antes jamais previstas.

Homens e mulheres, que tomaram contato com Sua notícia e mensagem, transformaram-se, mudando-se-lhes o roteiro de vida e o comportamento, convertendo-se, a partir de então, em luzeiros que apontam rumos felizes para a Humanidade.

*

Guerreiros triunfadores passaram pelo mundo desde aquela época, inumeráveis.

Governantes poderosos estabeleceram reinos e impérios, que pareciam preparados para a eternidade, e ruíram dolorosamente.

Artistas e técnicos, de rara beleza e profundo conhecimento, criaram formas e aparelhagens sofisticadas para tornarem a Terra melhor, e desapareceram.

Ditadores indomáveis e aristocratas incomuns surgiram no proscênio terrestre, envergando posição, orgulho e superioridade, que o túmulo silenciou.

...Estiveram, por algum tempo, deixando suas pegadas fortes, que tornaram alguns odiados, outros rechaçados e sob o desprezo das gerações posteriores.

Jesus, porém, foi diferente.

Incompreendido, o Cantor do Amor aceitou a cruz, para não anuir com o crime, e abraçou a morte para não se mancomunar com os mortos.

Por isso, ressurgiu, em triunfo e grandeza, permanecendo o Ser mais perfeito que jamais esteve na Terra, como modelo que Deus nos ofereceu para Guia.

*

Quando a Humanidade experimenta dores superlativas, quando a miséria sócio-econômica assassina milhões de vidas que estertoram ao abandono; quando enfermidades cruéis demonstram a fragilidade orgânica das criaturas; quando a violência enlouquece e mata; quando os tóxicos arruínam largas faixas da juventude mundial, ao lado de outros males que atestam a falência do materialismo, ressurge a figura impoluta de Jesus, convidando à reflexão, ao amor e à paz, enquanto as ressonâncias do Seu Natal falam em silêncio: Ele, que tem salvo vidas incontáveis, pede para que tentes fazer algo, amando e libertando do erro pelo menos uma pessoa.

Lembrando-te dEle, na noite de Natal, reparte bondade, insculpe-O no coração e na mente, a fim de que jamais te separes dEle.

* * *

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos Enriquecedores.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Salvador, BA: LEAL, 1994.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Amigo Ingrato



Causa-te surpresa o fato de ser o teu acusador de agora, o amigo aturdido de ontem, que um dia pediu-te abrigo ao coração gentil e ora não te concede ensejo, sequer, para esclarecimentos.

Despertas, espantado, ante a relação de impiedosas queixas que guardava de ti, ele que recebeu, dos teus lábios e da tua paciência, as excelentes lições de bondade e de sabedoria, com as quais cresceu emocional e culturalmente.

Percebes, acabrunhado, que as tuas palavras foram, pelo teu amigo, transformadas em relhos com os quais, neste momento, te rasga as carnes da alma, ele, que sempre se refugiou no teu conforto moral.

Reprocha-te a conduta, o companheiro que recebeste com carinho, sustentando-lhe a fragilidade e contornando as suas reações de temperamento agressivo.

Tornou-se, de um para outro momento, dono da verdade e chama-te mentiroso.

Ofereceste-lhe licor estimulante e recebes vinagre de volta.

Doaste-lhe coragem para a luta, e retribui-te com o desânimo para que fracasses.

Ele pretende as estrelas e empurra-te para o pântano.

Repleta-se de amor e descarrega bílis na tua memória, ameaçando-te sem palavras.

*

Não te desalentes!

O mundo é impermanente.

O afeto de hoje torna-se o adversário de amanhã.

As mãos que perfumas e beijas, serão, talvez, as que te esbofetearão, carregadas de urze.

*

Há mais crucificadores do que solidários na via de redenção.

Esquecem-se, os homens, do bem recebido, transformando-se em cobradores cruéis, sem possuírem qualquer crédito.

Talvez o teu amigo te inveje a paz, a irrestrita confiança em Deus, e, por isto, quer perturbar-te.

Persevera, tranqüilo!

Ele e isto, esta provação, passarão logo, menos o que és, o que faças.

Se erraste, e ele te azorraga, alegra-te, e resgata o teu equívoco.

Se estás inocente, credita-lhe as tuas dores atuais, que te aprimoram e te aproximam de Deus.

*

Não lhe guardes rancor.

Recorda que foi um amigo, quem traiu e acusou Jesus; outro amigo negou-O, três vezes consecutivas, e os demais amigos fugiram dEle.

Quase todos O abandonaram e O censuraram, tributando-Lhe a responsabilidade pelo medo e pelas dores que passaram a experimentar. Todavia, Ele não os censurou, não os abandonou e voltou a buscá-los, inspirá-los e conduzi-los de volta ao reino de Deus, por amá-los em demasia.

Assim, não te permitas afligir, nem perturbar pelas acusações do teu amigo, que está enfermo e não sabe, porque a ingratidão, a impiedade e a indiferença são psicopatologias muito graves no organismo social e humano da Terra dos nossos dias.

* * *

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Felicidade.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Salvador, BA: LEAL, 1990.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Não te permitas



Creia-se ou não, o intercâmbio espiritual sucede, naturalmente, dentro das leis de afinidade que regem a vida.
Onde o homem estagie o pensamento e situe os valores morais, aí ocorrem os mecanismo da sintonia que facultam o intercurso espiritual.
Afinal, os Espíritos são os homens mesmos, desvestidos do invólucro material, prosseguindo conforme as próprias conquistas.
Quando atrasados, perseveram nos estados primeiros do seu processo de evolução; malévolos, continuam atados à malquerença; perversos, permanecem comprazendo-se nas aflições que promovem; invejosos, estagiam na paixão desgastante que os intoxica;
perseguidores, dão larga às tendências selvagens que cultivam;
odientos, ampliam o círculo em que estertoram, contaminando aqueles que lhes tombam nas armadilhas.
Assim também ocorre com os que vivem a beleza e o amor, fomentam o trabalho e as artes, exercitam as virtudes e promovem o progresso, entesourando conquistas relevantes, de que se fazem depositários, irradiando o bem e mimetizando as criaturas que lhes facultam a assistência benéfica.
Não te permitas, desse modo, deslizes morais.
Instaura o período da vigilância pessoal e vitaliza o dever na mente para exercê-lo nos sentimentos junto ao próximo.
Os que partem da Terra, fortemente imantados aos vícios, retornam ávidos, sedentos, ansiosos, tentando continuar o infeliz programa, ora interrompido, utilizando-se de áulicos afins que lhes cedam os órgãos físicos...
Em conseqüência, a caravana das vítimas-inermes, padecendo as rudes obsessões espirituais, é muito grande.
Liberta-te das paixões inferiores, trabalhando as aspirações e plasmando o futuro mediante a ação correta.
Muda os clichês mentais viciosos e renova as paisagens íntimas.
Faze a oração do silêncio, reflexionando sobre os reais valores da vida.
Vincula-te ao amor ao próximo, contribuindo de alguma forma para o bem de alguém, para o bem geral.
Sentindo açuladas as tendências negativas, desperta e reage, não te deixando hipnotizar pelos Espíritos perturbadores.
Sintoniza com Jesus, e Ele, o Amigo Incondicional e Libertador, virá em teu socorro, favorecendo-te com a paz e a alegria.


Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. Do livro: Alerta

domingo, 27 de junho de 2010

Algo sobre Restrição








Muita gente duvida (e uns até fingem que ela não existe na Cabala) e outros não aprenderam sobre a ferramenta cabalística chamada "restrição".

Nada se compara com a Luz que ganhamos quando fazemos restrição

Por que?

Porque a restrição significa fazer algo desconfortável, ir de contra (Totalmente) com nossa natureza (leia-se egoísmo).

Então essa é a dica sobre como começar a prática da Cabala como se hoje fosse o nosso primeiro dia de estudos Cabalísticos:

Aprendermos e Desejarmos fazer restrição!

Sei que agora alguns de vocês estão pensando:

"Fazer restrição...mas restrição de que?"

Simples, olhe para os seus vários tipos de egoísmo e faça uma lista de três itens, e prometa a si mesmo que irá transformar um por um.

Exemplos de listas de restrição:
- fazer exercícios físicos por 30 minutos todos os dias;
- fazer uma dieta balanceada;
- ficar mais tempo com minha família.
Ou:
- Controlar o desejo de falar dos outros;
- Tornar a ter laços com um parente que não falo há anos;
- Se relacionar com alguém porque eu a amo e não porque eu estou carente.
Ou:
- Aprender a dirigir (sem medo);
- Aprender a confiar em seus filhos;
- Diminuir vícios.
Ou:
- Controlar a raiva;
- Ser mais paciente;
- Ser mais simpático.

Uma coisa que devemos lembrar quando o assunto é Restrição:

"Não estamos fazendo isso porque queremos sofrer, mas sim porque queremos ganhar Luz e com Ela merecer bênçãos".

O circuito sempre funciona assim: Menos egoísmo = Mais Luz!

E outra coisa: Somente estaremos fazendo restrição se essa ação nos causar desconforto, porque se fazemos algo que seja confortável então isso não é de maneira nenhuma Restrição.

De novo: restrição significa fazer algo desconfortável, que vai de contra nossa natureza.

Por: Yehuda Berg e Shimon Ferreira

O Descuido Impensado




No orfanato em que trabalhava, Irmã Clara era o ídolo de toda gente pelas virtudes que lhe adornavam o caráter.

Era meiga, devotada, diligente.

Daquela boca educada não saíam más palavras.

Se alguém comentava faltas alheias, vinha solícita, aconselhando:

— Tenhamos compaixão...

Inclinava a conversa em favor da benevolência e da paz.

Insuflava em quantos a ouviam o bom ânimo e o amor ao dever.

Além do mais, estimulava, acima de tudo, em todos os circunstantes a boa vontade de trabalhar e servir para o bem.

— Irmã Clara - dizia uma educadora -, tenho necessidade do vestido para o sábado próximo.

Ela, que era a costureira dedicada de todos, respondia, contente:

— Trabalharemos até mais tarde. A peça ficará pronta.

— Irmã - intervinha uma das criadas -, e o avental?

— Amanhã será entregue - dizia Clara sorrindo.

Em todas as atividades, mostrava-se a desvelada criatura qual anjo de bondade e paciência.

Invariavelmente rodeada de novelos de linha, respirava entre a agulha e a máquina de costurar.

Nas horas da prece, demorava-se longamente contrita na oração.

Com a passagem do tempo, tornava-se cada vez mais respeitada. Seus pareceres eram procurados com interesse.

Transformara- se em admirável autoridade da vida cristã.

Em verdade, porém, fazia por merecer as considerações de que era cercada.

Amparava sem alarde.

Auxiliava sem preocupação de recompensa.

Sabia ser bondosa, sem humilhar a ninguém com demonstrações de superioridade.

Rolaram os anos, como sempre, e chegou o dia em que a morte a conduziu para a vida espiritual.

Na Terra, o corpo da inesquecível benfeitora foi rodeado de flores e bênçãos, homenagens e cânticos e sua alma subiu, gloriosamente, para o Céu.

Um anjo recebeu-a, carinhoso e alegre, à entrada.

Cumprimentou- a. Reportou-se aos bens que ela espalhara, todavia, sob impressão de assombro, Irmã Clara ouviu-o informar:

— Lastimo não possa demorar-se conosco senão por três semanas.

— Oh! por quê? - interrogou a valorosa missionária.

— Será compelida a voltar, tomando novo corpo de carne no mundo - esclareceu o mensageiro.

— Como assim?

O anjo fitou-a bondoso, e respondeu:

— A Irmã foi extremamente virtuosa; entretanto, na posição espiritual em que se encontrava não poderia cometer tão grande descuido. Desperdiçou uma enormidade de fios de linha, impensadamente. Os novelos que perdeu, por alhear-se à noção de aproveitamento, davam para costurar milhares de vestidos para crianças desamparadas.

— Oh! Oh! Deus me perdoe! - exclamou a santa desencarnada - e como resgatarei a dívida?

O anjo abraçou-a, carinhoso, e reconfortou- a dizendo:

— Não tema. Todos nós a ajudaremos, mas a querida irmã recomeçará sua tarefa no mundo, plantando um algodoal


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Alvorada Cristã. Ditado pelo Espírito Neio Lúcio. 11 edição. FEB.

Motivos de Resignação




Por estas palavras: Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados, Jesus aponta a compensação que hão de ter os que sofrem e a resignação que leva o padecente a bendizer do sofrimento, como prelúdio da cura.

Também podem essas palavras ser traduzidas assim: Deveis considerar-vos felizes por sofrerdes, visto que as dores deste mundo são o pagamento da dívida que as vossas passadas faltas vos fizeram contrair; suportadas pacientemente na Terra, essas dores vos poupam séculos de sofrimentos na vida futura. Deveis, pois, sentir-vos felizes por reduzir Deus a vossa dívida, permitindo que a saldeis agora, o que vos garantirá a tranqüilidade no porvir.

O homem que sofre assemelha-se a um devedor de avultada soma, a quem o credor diz: "Se me pagares hoje mesmo a centésima parte do teu débito, quitar-te-ei do restante e ficarás livre; se o não fizeres, atormentar-te- ei, até que pagues a última parcela." Não se sentiria feliz o devedor por suportar toda espécie de privações para se libertar, pagando apenas a centésima parte do que deve? Em vez de se queixar do seu credor, não lhe ficará agradecido?

Tal o sentido das palavras: "Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados." São ditosos, porque se quitam e porque, depois de se haverem quitado, estarão livres. Se, porém, o homem, ao quitar-se de um lado, endivida-se de outro, jamais poderá alcançar a sua libertação. Ora, cada nova falta aumenta a dívida, porquanto nenhuma há, qualquer que ela seja, que não acarrete forçosa e inevitavelmente uma punição. Se não for hoje, será amanhã; se não for na vida atual, será noutra. Entre essas faltas, cumpre se coloque na primeira fiada a carência de submissão à vontade de Deus. Logo, se murmurarmos nas aflições, se não as aceitarmos com resignação e como algo que devemos ter merecido, se acusarmos a Deus de ser injusto, nova dívida contraímos, que nos faz perder o fruto que devíamos colher do sofrimento. E por isso que teremos de recomeçar, absolutamente como se, a um credor que nos atormente, pagássemos uma cota e a tomássemos de novo por empréstimo.

Ao entrar no mundo dos Espíritos, o homem ainda está como o operário que comparece no dia do pagamento. A uns dirá o Senhor: "Aqui tens a paga dos teus dias de trabalho"; a outros, aos venturosos da Terra, aos que hajam vivido na ociosidade, que tiverem feito consistir a sua felicidade nas satisfações do amor-próprio e nos gozos mundanos: "Nada vos toca, pois que recebestes na Terra o vosso salário. Ide e recomeçai a tarefa."

O homem pode suavizar ou aumentar o amargor de suas provas, conforme o modo por que encare a vida terrena. Tanto mais sofre ele, quanto mais longa se lhe afigura a duração do sofrimento. Ora, aquele que a encara pelo prisma da vida espiritual apanha, num golpe de vista, a vida corpórea. Ele a vê como um ponto no infinito, compreende-lhe a curteza e reconhece que esse penoso momento terá presto passado. A certeza de um próximo futuro mais ditoso o sustenta e anima e, longe de se queixar, agradece ao Céu as dores que o fazem avançar. Contrariamente, para aquele que apenas vê a vida corpórea, interminável lhe parece esta, e a dor o oprime com todo o seu peso. Daquela maneira de considerar a vida, resulta ser diminuída a importância das coisas deste mundo, e sentir-se compelido o homem a moderar seus desejos, a contentar-se com a sua posição, sem invejar a dos outros, a receber atenuada a impressão dos reveses e das decepções que experimente. Dai tira ele uma calma e uma resignação tão úteis à saúde do corpo quanto à da alma, ao passo que, com a inveja, o ciúme e a ambição, voluntariamente se condena à tortura e aumenta as misérias e as angústias da sua curta existência.


Allan Kardec. Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo V. Livro eletrônico gratuito em http://www.febnet. org.br. Federação Espírita Brasileira.

* * * Estude Kardec * * *

FRONTEIRAS DA REGRESSÃO




Seja qual for o teu caso, reflete no que os Emissários da Vida Perfeita te trazem ao conhecimento, através do Espiritismo. Sabes que volves ao Planeta no momento atual com o fim de te educares para a felicidade. Reconheces que não és vítima indefesa de qualquer episódio, senão apenas o desajustado que emerge de abismos sombrios em busca das claridades das Alturas.

Ajusta-te, assim, ao sumo do bem que verte do Senhor por sobre todas as criaturas. Une-te aos propósitos do Cristo e, quando te sentires estranho perante os afetos, ou quando notares estranheza nos que te cercam o convívio cotidiano, ora e ora mais, vigia-te com cuidado para que logres realizar os planos da tua reencarnação, de modo a que saias vitorioso da conjuntura em que as Divinas Leis te situaram.

Estuda as Leis da Vida, reflexionando sobre os objetivos que tens no plano dos teus dias, e envolve-te nas dobras do claro amor, sem te alapares nas brechas do desculpismo camuflador.

Conta com Cristo em teu roteiro e quando, por qualquer motivo, te situares nas fronteiras da regressão, detém-te e retira dessa experiência o quanto te seja útil ao progresso e à saúde moral.

Rearmoniza-te com situações e pessoas e liberta-te, a pouco e pouco, do teu passado tormentoso que se apresenta hoje, ensejando-te avanço e iluminação, ante a Luz dos Céus que canta, em acenos de equilíbrio e de amor, o teu próximo tempo de paz.



Espírito:Camilo
Psicografia: José Raul Teixeira*

sexta-feira, 2 de abril de 2010

PERGUNTO-ME



Pergunto-me o que eu teria feito, tivesse eu estado no meio daquela multidão; teria falado algo por ele, em voz clara e alta?
Teria andado ao lado dele, descendo aquela suja estrada de pedra? Teria tentado firma-lo, quando tropeçou com sua carga?

Teria deixado-o apoiar-se em mim? Eu teria suportado seu peso? Poderia ter ajudado de algum jeito, facilitado seu grande penar?

Poderia ter dito palavras adequadas, confortado seu isolamento, compartilhado sua tristeza?

Pergunto-me se tivesse estado lá, teria acariciado seu rosto coberto de lágrimas, beijaria suas mãos ensangüentadas, e lavaria seus pés manchados de sangue?

Teria massageado seus ombros doloridos, tratado de suas feridas abertas e fornecido a água que lhe faltou?

Sei que eu não seria suficientemente bom para voluntariamente tomar o seu lugar, mas eu poderia ter lhe ajudado a suportar aquela cruz e secado o suor de seu querido rosto?

Teria passado meus braços ao redor de sua mãe e a abraçado contra meu peito? Poderia tê-la protegido da visão da atormentada morte de seu filho precioso?

Poderia ter ajudado a preparar seu corpo, e lavado-o com perfume? Pergunto-me se eu tivesse estado lá, teria esperado em seu túmulo?

Sem nenhuma dúvida naquela manhã de páscoa, eu teria gritado, "ELE ERGUEU-SE!" e sei que eu teria agradecido à meu Deus, pelo júbilo daquela ocasião.

A única coisa que eu poderia ter feito, suponho, se tivesse estado lá, seria declarar meu amor por Ele.

Mas... será que não estive?

Lúcio

*Reflexão Matinal - 24*


Os anos passam, e só o que se fez fica. As oportunidades vão,
mas somente as que foram aproveitadas pacificam a alma. A energia
se esvai, mas tão-somente aquela que foi aplicada para o bem torna o
ser mais pleno e com a sensação de dever cumprido.
Tenha o maior critério possível com o uso de seu tempo, de suas
energias, das oportunidades que tem em mãos: são mais preciosas do
que pode imaginar. Faça bom uso deles, enquanto puder desfrutá-los
no plano físico. Logo logo, a mensageira fatal chegará, e, nesse
momento, o instante de sua partida desse mundo, não haverá
escapatória para a avaliação implacável de tudo que fez, bem como,
principalmente, de tudo que deixou de fazer.
E se acha mórbido ou improfícuo parar para pensar em morte e
morrer, distante demais que suponha de sua realidade, existe algo de
mais importante ainda sobre essas reflexões: são elas que o podem
conduzir a uma vida muito mais plena, verdadeiramente satisfatória e
tranqüila, enquanto a morte não chegar.
Anacleto.
(Recebido pelo médium Benjamin Teixeira, em 23 de abril de 2001).*

domingo, 21 de março de 2010

O desconhecido tatuado



Ele era assustador. Sentado na grama com seu cartaz de papelão, seu cão (realmente seu cão era adorável) e tatuagens por ambos os braços e pescoço. Seu cartaz anunciava que estava cansado e com fome e pedia ajuda.

Eu me sinto compelida a ajudar qualquer um que necessite. Meu marido, ao mesmo tempo, adora e odeia esta minha "qualidade". Isto, freqüentemente, o faz nervoso, e eu sabia que se me visse naquele momento, ele ficaria nervoso. Mas ele não estava comigo.

Eu arranquei vagarosamente a camionete e através do retrovisor, contemplei aquele homem, com tatuagem e tudo. Talvez quarenta anos... Usava uma daquelas bandanas amarrada sobre a cabeça, estilo pirata. Qualquer um poderia ver que ele estava sujo e tinha a barba bagunçada.

Mas se você olhasse bem de perto, veria que suas coisas estavam bem organizadas em um pequeno pacote. Ninguém parava para ele. Eu via que os outros motoristas davam uma rápida olhada e já prestavam atenção em outra coisa - qualquer outra coisa.

Estava muito quente. Eu podia ver nos olhos do homem como deprimido e cansado se sentia. O suor escorrendo pelo rosto, enquanto eu estava com o ar condicionado ligado.

Eu peguei minha bolsa e tirei uma nota de dez dólares. Nick, meu filho mais velho, com doze anos, sabia exatamente o que eu estava querendo fazer.
- Posso levar para ele, mãe?
- Sim, mas tenha cuidado. Eu o adverti e lhe entreguei o dinheiro. Eu prestei atenção, pelo espelho, enquanto meu filho se aproximou do homem, e com um sorriso tímido, lhe entregou o dinheiro.

Eu vi o homem, assustado, levantar-se, pegar o dinheiro e guardar no bolso de trás.
- Bem, - Pensei comigo mesma - pelo menos agora ele poderá comer alguma coisa.

Me senti satisfeita e orgulhosa de mim mesma. Eu tinha feito uma boa ação e agora eu poderia continuar meu dia.

Quando Nick voltou ao carro, olhou-me com tristeza, os olhos suplicantes:
- Mãe, o cachorrinho está com muito calor.

Eu sabia que tinha que fazer mais. E pedi à Nick:
- Volte e diga-lhe para ficar por ali, estaremos de volta em 15 minutos.

Nick saiu do carro e correu até o desconhecido tatuado. Eu pude notar como o homem estava surpreso. Mas concordou.

Corremos até o supermercado mais próximo. Compramos alguma comida; um saco de ração e uma vasilha para água para o cachorrinho; duas garrafas de água (uma para o cão, uma para o Sr. Tatuagem) e mais alguns biscoitos para o homem.

Voltamos rapidamente ao ponto onde o deixamos, e lá estava ele, esperando imóvel. E ninguém mais parava para ele. Com as mãos tremendo, eu agarrei os sacos e sai do carro, todas as minhas quatro crianças seguiram-me, cada uma carregando um "presente". Enquanto andávamos até ele, eu tive um pequeno receio: e se ele for perigoso?

Quando olhei em seus olhos vi algo que me assustou e me deixou envergonhada por meu julgamento. Eu vi lágrimas. Ele lutava, como um menino, para segurar as lágrimas.

Há quanto tempo ninguém mostra alguma bondade com este homem?

Eu disse a ele que eu esperava que não estivesse muito pesado para ele carregar e mostrei o que tínhamos trazido. Ele parecia uma criança no Natal. Quando peguei a vasilha para água, ele a arrebatou de minhas mãos como se fosse ouro e me disse que não tinha como dar água a seu cão.

Meus olhos encheram-se de lágrimas quando ele disse:
- Madame, eu nem sei o que dizer. Então colocou as mãos sobre a cabeça e começou a chorar. Este homem, este homem "assustador", era tão delicado, tão doce, tão humilde.

Eu sorri, me segurando e disse - Simplesmente não diga nada.

Enquanto nos afastávamos, pude percebê-lo ajoelhado, os braços em torno de seu cão, beijando seu focinho e sorrindo.

Eu tenho tanto...

Minhas preocupações agora me parecem tão tolas e insignificantes. Eu tenho um lar, um bom marido, quatro belas e sadias crianças. Eu tenho uma cama confortável. Eu gostaria de saber onde aquele homem dormiria à noite.

Minha filha, Brandie virou-se para mim e disse com a voz muito doce:
- Mãe, estou me sentindo tão bem...

Embora pareça que nós tenhamos ajudado, o homem com suas tatuagens é que nos deu um presente do qual jamais me esquecerei.

Ele ensinou que não importa a aparência, dentro de cada um de nós existe um ser humano merecedor de bondade, de compaixão, de aceitação.

A cada noite eu oro para o homem com as tatuagens e seu cão. E eu espero que, ao longo de minha vida, Deus envie mais pessoas como ele para me lembrar do que é realmente importante.


Susan Farr Fahncke

A LUZ DO MUNDO




"Falando novamente ao povo,
Jesus disse: Eu sou a luz do mundo.
Quem me segue, nunca andará em
trevas, mas terá a luz da vida."
João 8:12-NVI

São estas as palavras de Cristo, pelas
quais somos advertidos, para que imitemos
Sua vida e Seus costumes, se queremos
ser iluminados e livres de toda cegueira
que envolve o mundo... Seja assim, nosso
principal empenho meditar sobre a vida
e exemplo de Cristo! A vida de Jesus é
é mais excelente do que tudo o que vemos
e lemos! E quem tem a Palavra de Deus
encontrará nela uma fonte de bênçãos
e um maná escondido... Sucede, que
muitos sentem pouco e ficam com o
coração vazio. Precisam da Palavra e
do Espírito de Cristo! Quem quiser
compreender e sentir plenamente
as palavras do Mestre é preciso ler
assiduamente a Bíblia, orar e conformar
com a dEle toda sua vida! Que sintamos
a graça e a paz, que o Céu oferece
plenamente a todos que estão escritos
no LIVRO DA VIDA.
Deixe de lado as cargas pesadas
e carregue apenas sua cruz leve,
com mansidão e humildade. Que Jesus
possa manter, você e eu, na direção
correta de nossa caminhada espiritual.
(Francisco Queiroz)

A Quem Pertence




Perto de Tóquio vivia um grande samurai, já idoso que se dedicava a ensinar zen aos jovens.

Apesar da sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.

Certa tarde, um guerreiro conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu por ali.

Queria derrotar o samurai e aumentar a sua fama.

O velho aceitou o desafio e o jovem começou a insultá-lo.

Chutou algumas pedras em sua direcção, cuspiu em seu rosto, gritou insultos, ofendeu seus ancestrais.

Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível.

No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.

Desapontados, os alunos perguntaram ao mestre como ele pudera suportar tanta indignidade.

- Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente?

- A quem tentou entregá-lo, - respondeu um dos discípulos.

- O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos. Quando não são aceites, continuam pertencendo a quem os carregava consigo.

A sua paz interior depende exclusivamente de você.

As pessoas não podem lhe tirar a calma.

Só se você permitir.


groups.msn.com/ObreirosDaVidaEterna

quarta-feira, 17 de março de 2010

NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO



A Bondade Infinita de Deus não permitirá que venhamos a cair sob as tentações, mas, para isso, é necessário que nos esforcemos, colaborando, de algum modo, com o auxilio incessante de Nosso Pai.
Há leis organizadas para beneficio de todos, mas, se não as respeitarmos, como poderemos contar com a proteção delas, em nosso favor?
Sabemos que o fogo destrói. Por isso mesmo, não devemos abusar dele.
Não podemos rogar o socorro divino para a imprudência que se repete todos os dias.
Se um homem estima a preguiça, não atrairá as bênçãos que ajudam aos cultivadores do trabalho.
Se uma pessoa vive atirando espinhos à face dos outros, como esperará sorrisos na face alheia?
É indiscutível que a Providência Divina nos ajudará constantemente, livrando-nos do mal; entretanto, espera encontrar em nós os valores da boa-vontade.
Não ignoramos que o Pai Celestial está sempre conosco, mas, muitas vezes, somos nós que nos afastamos do Nosso Criador.
Para que não venhamos a sucumbir sob os golpes das tentações, é indispensável saibamos procurar o bem, cultivando-o sem cessar.
Não há colheita sem plantação.
Certamente, devemos esperar que Deus nos conceda o "muito" de seu amor, mas não olvidemos que é preciso dar "alguma coisa" do nosso esforço.

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pai Nosso.
Ditado pelo Espírito Meimei.
19a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Segue em frente

Nunca te surpreendas com o surgimento de dificuldades, no ministério a que
te afervoras.

Toda ação enobrecida gera simpatia entre os que se afeiçoam ao Bem.
Entretanto, produzem animosidade entre aqueles que preferem a vigência do
desequilíbrio e do mal.

Não te escuses, por isso mesmo, de levar o teu labor avante.

As tarefas de pequena monta, as fáceis, podem ser realizadas por qualquer pessoa,
até mesmo como forma de espairecimento.

Os serviços estafantes e desagradáveis, no entanto, pertencem aos idealistas
devotados, aos lutadores incansáveis.

Assim, não anotes queixas, nem relaciones problemas.

Cada etapa vencida faz parte da meta a ser conquistada.

Um passo à frente e uma ação em triunfo são avanços no programa a
executar.

* * *

Chocam-se as atitudes de beligerância entre os companheiros e aturdem-te reações
que os levam a assumir posições danosas ao trabalho.

Os homens ainda são as paixões que cultivam, todavia, continuando a merecer
o mesmo afeto e simpatia.

Estão despertando, sem possuírem, por enquanto, as condições características
dos servidores ideais.

Nem poderia ser diferente.

Muitos, ainda ontem, opunham-se tenazmente ao que ora aceitam e a transição mental
de uma para outra idéia ou opinião nem sempre faz-se acompanhada por uma real
mudança de atitude e de comportamento.

Há quem se afervore a um serviço, desde que esse esforço o promova; muitos apóiam
as realizações somente quando elas os beneficiam; inumeráveis trabalhadores apenas
cooperam com aqueles que se lhes submetem ao talante...

Sê tu quem ajuda, sem condições nem exigências.

Coloca o combustível da paciência e do amor na chama que arde no teu sentimento
espírita e prossegue.

Ninguém é obrigado a ajudar-te nem a compreender- te.

Tu, no entanto, deves a todos auxiliar e entender.

Desde que já consegues superar um pouco as tuas limitações e dificuldades, faze-te o
companheiro dos outros, ensinando sem palavras o que se deve fazer, como fazer e
para que fazer o bem sem descanso.


A multidão tem os seus líderes, que sempre são por ela devorados.

Respeita-os e opera ao lado dos que se acerquem de ti, sem prejuízo do teu
compromisso para com a Vida.

O dia se desenrola em apenas vinte e quatro horas, que são suficientes para
marcar presença e atuar no programa da Eternidade.

Vai, portanto, em frente, com tranqüilidade e fé.

[Joanna de Ângelis]
[Divaldo Franco]
[Roteiro de Libertação]
[Editora LEAL]

terça-feira, 2 de março de 2010

O PROBLEMA DA MORTE


O homem consciente das realidades da vida considera a desencarnação como irrecusável convite à antecipada preparação da viagem que, inevitavelmente, realizará.
Cuidadosas estatísticas esclarecem que, em cada minuto, na Terra, desencarnam 75 pessoas, num total aproximado de 40 milhões anualmente...
A barreira que oculta o Mundo Espiritual é muito frágil e se rompe incessantemente, soando para cada consciência o instante azado de despertar além-do-corpo.
No entanto, todos quantos seguem envoltos na névoa das ilusões, fugindo deliberadamente ao pensamento em torno da morte, são surpreendidos enquanto nos engodos da fantasia, atravessando o portal do túmulo como sonâmbulos de difícil despertamento, gastando tempo valioso em hibernação, visitados mentalmente pelos fantasmas que criaram para tormento próprio.
Outros, avisados sobre o Além, desperdiçam excelentes ocasiões de crescimento íntimo, agasalhando a dúvida e a insegurança em que se comprazem, dementados e inquietos...
... E acordam, mais tarde, embaraçados aos fios do pavor, em indescritível estado de perturbação.
***
Não te acomodes indiferente à vida, nos rumos por onde gravitam as tuas ambições, levando-te inexoravelmente.
Nunca é tarde para renovar as diretrizes morais que a ti mesmo te impuseste.
Nem é tão cedo, como pensas, para permaneceres morno diante de questão fundamental, que de todos merece o exame e estudo.
Fatores diversos de ontem e de hoje possivelmente perturbaram tua paz, destruíram teus anseios, fizeram-te azedo.
No entanto há sol, brilhando sem cessar.
Quem se deixa abater já perdeu parte do combate decisivo da vida.
Quem se rende à dor ou à queda está impossibilitado de receber auxílio.
Quem se enche de pessimismo, não permite ocasião para que as gotas da alegria real lhe minorem a mágoa.
As fantasias da infância, as excentricidades da juventude em forma de ambições desmedidas não devem demorar-se pelos dias da maturidade, quando o homem se deve envolver nos tecidos sutis da sensatez.
Nem os sinais dos insucessos e das dificuldades devem cobrir o campo das aspirações elevadas, impedindo a entrada do triunfo.
Não temas, pois, desencarnar; não te seja indiferente partir...
Sacode o pó do marasmo que te intoxica, aspirar o ar da esperança, nutre o pensamento com o otimismo, e acordarás...
O eixo direcional da vida, até no instante final, pode ser mudado, dirigido para o ideal imortalista, latente em todas as mentes, vibrante em todos os corações.
A existência física é experiência evolutiva. Depois dela, a vida real.
Anota as dificuldades e enganos de hoje, faze uma lista e começa, ainda agora, cerrada campanha contra eles, vencendo-os lenta e seguramente.
Não te auto-sugestiones de que não melhorarás, antes de tentares ou mesmo depois de começares, repetindo a experiência salutar até o cansaço ou mesmo além do esgotamento.
Às vezes, a tentativa que não se fez seria exatamente a da vitória...
Começa agora, cria ânimo e prossegue valoroso.
Ignoras quando soará o momento da desencarnação.
***
Desejando para seu filho, João Marcos, o apostolado cristão, Maria, de Jerusalém, entregou-o a Paulo, quando muito jovem ainda, para que ele o acompanhasse nas jornadas de pregação em que se empenhava, nos dias heróicos... A princípio, ao moço faltavam valor, coragem e desprendimento para a abnegação e o martirológio. Sem desistir, no entanto, armando-se da fé e ardor, pode atender posteriormente ao apelo de Simão Pedro, escrevendo o Evangelho, segundo o que ouviu do próprio Pedro, de Joana de Cusa, da Mãe Santíssima e outras testemunhas, a fim de que o pescador da Galiléia pudesse apresentá-lo aos romanos recém-conversos. E renovando-se sem cessar, deixou o magistral legado das suas anotações, penetrando, na vida livre, amado pela posteridade, reconhecida ao seu labor e renúncias, pelos milênios a fora.

(De “DIMENSÕES DA VERDADE”, de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis)

domingo, 14 de fevereiro de 2010

MANDALAS MARAVILHOSAS

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Compaixão

Para todos, Chohan ou chela, entre nós trabalhadores juramentados, a primeira e última coisa a considerar é se podemos fazer bem ao nosso próximo por mais humilde que este seja; e não nos consentimos nem sequer pensar no perigo, na injúria, no abuso ou na injustiça que a nós próprios disso advenha. Estamos prontos a ser "cuspidos e crucificados" - diariamente e não só uma vez - se daí um bem real advier para outrem.
Mestre Kuthumi

HELENA PETROVNA BLAVATSKY
Se através da Sala da Sabedoria, ó Discípulo, queres alcançar o Vale da Bem-aventurança, fecha os sentidos à tremenda e grande heresia da separatividade que te aparta dos demais.
A VOZ DO SILÊNCIO, 50

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Momentos de aflição e prova





Momentos de aflição e prova surgem pelo caminho, inesperados, concitando
à disciplina espiritual indispensável ao processo evolutivo do ser.

Águas serenas que são açoitadas por fortes vendavais; paisagens tranqüilas
que se modificam ao império de tempestades violentas; climas de paz
que se convertem em campos de lutas rudes; viagem segura, que se torna
perigosa, objetivos próximos de conquistados, que se perdem de repente;
saúde que cede à enfermidade; amigos dedicados, que vão adiante; adversários
vigorosos, que surgem ameaçadores; problemas econômicos, que aparecem,
constringentes, tantos são os motivos de aflição e prova, que ninguém avança,
na Terra, sem os experimentar.

Enquanto domiciliado no corpo, espírito algum se encontra em segurança, vitorioso,
isento de experiências difíceis, de possíveis insucessos.

Os momentos de prova e aflição constituem recursos de aferição dos valores morais
de cada um, mediante os quais o homem deve adquirir mais valiosas expressões
iluminativas como suportes para futuros investimentos evolutivos.
Por isso, todos somos atingidos por tais métodos de purificação.

Vigia-te. no momento de aflição e prova, a fim de que não compliques, por precipitação, o teu estado íntimo.

Suporta o vendaval do testemunho com serenidade; recebe a adaga da acusação
indébita com humildade; aceita o ácido da reprimenda injusta com nobreza; medita
diante do sofrimento com elevação de sentimentos.

Todos os momentos difíceis cedem lugar a outros; os de paz e compreensão.

Não te desalentes, exatamente quando deves fortalecer-te para a luta.

São os instantes difíceis que as resistências morais devem estar temperadas, suportando as constrições que ameaçam derruir as fortalezas íntimas.

Quando estiveres a ponto de desfalecer, procura refúgio na oração.

Orando, renovar-se-ão tuas paisagens mentais e morais, elevando-te o ânimo e reconfortando- te espiritualmente.

Jesus, que não tinha qualquer dívida a resgatar e que é o Sublime Construtor da
Terra, enquanto conosco não esteve isento dos momentos de aflição, demonstrando, amoroso, como vencê-los a todos, e, ao mesmo tempo, ensinando a técnica de como retirar do aparente mal as proveitosas lições da felicidade.

Considera-Lhe os testemunhos, e, em qualquer momento em que sejas defrontado pela aflição ou prova, enfrenta as circunstâncias e extrai do amor a parte melhor da tua tarefa de santificação.

[Joanna de Ângelis]
[Divaldo Franco]
[Oferenda ]
[Editora LEAL]

domingo, 7 de fevereiro de 2010

A arte de ser feliz




Acorde todas as manhã com um sorriso. Esta é mais uma oportunidade que você tem para ser feliz. Seja seu próprio motor de ignição. O dia de hoje jamais voltará. Não o desperdice, pois você nasceu para ser feliz!

Enumere as boas coisas que você tem na vida. Ao tomar consciência do seu valor, você será capaz de ir em frente com muita força, coragem e confiança!

Trace objetivos para cada dia. Você conquistará seu arco-íris, um dia de cada vez. Seja paciente.

Não se queixe do seu trabalho, do tédio, da rotina, pois é o seu trabalho que o mantém alerta, em constante desenvolvimento pessoal e profissional, além disso o ajuda a manter a dignidade.

Acredite, seu valor está em você mesmo. Não se deixe vencer, não seja igual, seja diferente. Se nos deixarmos vencer, não haverá surpresas, nem alegrias ...

Conscientize - se que a verdadeira felicidade está dentro de você. A felicidade não é ter ou alcançar, mas sim dar. Estenda sua mão.

Compartilhe. Sorria. Abrace. A felicidade é um perfume que você não pode passar nos outros sem que o cheiro fique um pouco em suas mãos.

O importante de você ter uma atitude positiva diante da vida, ter o desejo de mostrar o que tem de melhor, é que isso produz maravilhosos efeitos colaterais.

Não só cria um espaço feliz para o que estão ao seu redor, como também encoraja outras pessoas a serem mais positivas.

O tempo para ser feliz é agora.
O lugar para ser feliz é aqui!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Segurança Íntima


Embora atingido pela maleivosa insinuação da inveja, não te
deixes arrastar à inquietação.

Não obstante a urdidura da maledicência tentando envolver-te
em suas malhas, não te perturbes com a sua insídia.

Mesmo que te percebas incompreendido, quando não caluniado pelos frívolos
e despeitados, não te aflijas.

Segurança interior deve ser a tua força de equilíbrio, a resistência dos
teus propósitos.

Quem é fiel a um ideal dignificante não consegue isentar-se da animosidade
gratuita, que grassa soberana, ou sequer logra permanecer inatacável pela
pertinácia da incúria...

Somente os inúteis poderiam acreditar-se não agredidos.

O bom operário, todavia, quando na desincumbência dos deveres, experimenta
as agressões de todo porte com que os cômodos e insatisfeitos pretendem
desanimá-lo.

De forma alguma concedas acesso à irritação ou à informação malsã na tua
esfera de atividades.

Quando te sentires compreendido, laureado pelos sorrisos e beneplácitos humanos,
quiçá estejas atendendo aos interesses do mundo, contudo não te encontrarás em
conduta correta em relação aos compromissos com Jesus.

Quem serve ao mundo e a ele se submete certamente não dispõe de tempo para os
deveres relevantes, em relação ao espírito. A recíproca, no caso, é verdadeira.

Não te eximirás, portanto, à calúnia, à difamação, às artimanhas dos famanazes da
irresponsabilidade, exceto se estiveres de acordo com eles.

Não produzem e sentem-se atingidos por aqueles que realizam, assim desgastando- se e partindo para a agressividade, com as armas que lhes são afins.

Compreende-os malgrado não te concedas sintonizar com eles, nas faixas psíquicas em que atuam.

Não reajas, nem os aceites.

Suas farpas não devem atingir-te.

Eles estão contra tudo. Afinal estão contra eles mesmos, por padecerem de
hipertrofia dos sentimentos e enregelamento da razão.

Segurança íntima é fruto de uma consciência tranqüila, que decorre do dever retamente cumprido, mediante um comportamento vazado
nas lições que haures na Doutrina de Libertação espiritual, que é o Espiritismo.

Assim, não te submetas ou te condiciones às injunções de homens ou Entidades, se pretendes servir ao Senhor...

Toda sujeição aos transitórios impositivos das paixões humanas, em nome do Ideal de vida espiritual, se transforma em escravidão com lamentável desrespeito aos compromissos reais assumidos em relação ao Senhor.

Recorda-te d’Ele, crucificado, desprezado, odiado por não se submeter aos impositivos da mentira e das vacuidades humanas, todavia triunfante sempre pela Sua fidelidade ao Pai.


[Joanna de Ângelis]
[Divaldo Franco]
[Leis Morais da Vida]
[Editora LEAL]

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

- O CORTADOR DE DIAMANTE


Tulku Pema Wangyal Rinpoché
(Diamond-cutter)

Trad. Helena Mello

No princípio, é preferível sentarmo-nos para habituarmo-nos a tomar consciência da inclinação da nossa mente. Quando despejamos água lamacenta num recipiente, é preciso deixar decantar para que ela reencontre a sua limpidez. Estando alguns instantes tranquilos e sem tensões, vemos melhor em nós mesmos. Com tempo, essa faculdade torna-se natural. Consciente sem demora do que se passa no espírito, não nos deixamos mais ser assaltados por sentimentos negativos ou por sonhos inúteis que não se realizam nunca.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Fiel para sempre


No embate contínuo das inúmeras paixões
para a intransferível sublimação espiritual,
o cristão, descontente com as concessões que
frui, compreende a necessidade de prosseguir
lutando.

O triunfo imediato, as glórias fáceis, as
alegrias ligeiras não o fascinam, porque
lhes confere a transitoriedade.

Ante os monumentos colossais do passado,
agora corroídos pelo tempo, constata a
vacuidade dos bens terrenos.

Colunas de mármores raros cinzelados,
granitos preciosos ornados de metais que
produzem pujança e beleza deslumbrante,
ressurgem, frios, tristes, aos seus olhos,
narrando a história das mãos escravas que
os trabalharam, lavando com suores e
lágrimas de sangue a poeira que os
instrumentos produziram ao dar-lhes forma
arrancando dos minerais brutos a mensagem
da beleza.

Museus abarrotados de valores de alto preço,
que descrevem conquistas e poder, parecem
páginas que choram em esculturas quebradas
e ornatos incompletos, preciosidades mortas,
fitando homens que a miséria mata desde a
orfandade e que, possivelmente, foram os
mesmos, que um dia no passado, se
banquetearam na abastança da ilusão.

Lajes que suportaram, indiferentes, o
tropel de exércitos com os seus animais e
carros de guerra, continuam, gastas,
suportando máquinas velozes que a técnica
constrói...

E as paixões hoje são quase as mesmas de
ontem, senão mais açuladas, mais violentas
e devastadoras, no homem que prossegue
inquieto.

Fala-se muito sobre tais belezas, ora
transformadas em mausoléus de lembranças.
Sem dúvida, retratam a arte, expressam
grandezas espirituais, muitas delas.
Fitando-as, todavia, não há como deixar de
inquirir: "Se Deus concede ao homem ímpio e
infeliz tanta fortuna, que não reservará ao
filho generoso e trabalhador que Lhe é
fiel?!"

Luta, pois, e sofre, mesmo sozinho.

Desencarcera- te das primitivas manifestações
do instinto, por cujos impulsos tens transitado
e ascende aos panoramas da emoção superior,
buscando com os sentimentos nobres e a
inteligência lúcida, a intuição libertadora.

Não te equivoques com o sorriso dos
conquistadores iludidos, nem suponhas que,
promovendo alaridos, eles hajam encontrado a
felicidade. O júbilo que promove balbúrdia é
loucura em plena explosão.

A alegria que brota de dentro é como córrego
precioso, que nasce discretamente e
dessedenta a terra por onde cantam, docemente,
suas águas passantes.

A atroada dos infelizes é produzida pela
fuga que promovem, aparentando festa
interior.

Ei-los que se embriagam por um dia, se
entristecem no outro, murcham repentinamente
e se desgarram na excentricidade das alienações
mentais, conquanto aplaudidos por outros
enfermos, sumindo pela porta do suicídio
direto ou indireto para defrontar a realidade
dolorosa, logo depois.

Todo cristão autêntico sofre um "espinho na
carne", que lhe dói e é, também, sua
advertência.

O Calvário não é apenas a recordação ou o nome
do lugar onde Ele padeceu. É a mensagem eterna
da superação do Filho de Deus a todas as
contingências, circunstâncias e imposições
humanas, falando de amor, coragem, renúncia e
fé.

Todos os mártires da fé, os heróis do bem e
os santos do amor, caminhando entre os homens,
sofriam com alegria o seu calvário, que era o
sinal de união contínua com Ele, o Herói
Estelar.

Abre, desse modo, os teus braços, submete-te
à cruz redentora e avança. Pára a ouvir um
pouco as vozes do passado que ensinam
experiências e não temas: sê fiel a Jesus
até o fim!

[Joanna de Ângelis]
[Divaldo Franco]
[Sol de Esperança]
[Editora LEAL]

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Ponte Mediúnica




Mergulhado na matéria densa pelo impositivo
da reencarnação, que faculta ao Espírito o
processo abençoado da evolução, graças às
experiências de que se enriquece, este
perde, normalmente, os contatos com a
realidade donde veio, padecendo de
compreensível esquecimento da vida espírita.

Os interesses gravitam, então, em torno das
necessidades imediatas do plano físico; os
impositivos da "luta pela vida", quase
sempre revertem a escala de valores, dando
nascimento a lutas acerbas e extravagantes;
dúvidas cruéis pairam nos painéis da mente,
em relação à imortalidade da alma;
inquietações e fobias surgem, avassaladoras,
sombreando os dias da existência orgânica;
dissabores e enfermidades, insucessos
comerciais e dificuldades econômicas induzem
à loucura e ao suicídio; empenhos por gozar
a hora que passa dominam os cuidados do
homem, que teme o aniquilamento da vida por
falta de bases reais sobre as quais apóie as
convicções da sobrevivência espiritual.. .

Liberando o ser de tais amarguradas situações,
a Divindade concede a ponte da mediunidade,
a fim de que se mantenha o intercâmbio lúcido
entre os dois abismos da vida: o material e
o espiritual.

Por ela retornam os Espíritos em triunfo
sobre a morte, falando da vida em plenitude
e apresentando o resultado das suas ações,
enquanto estiveram na forma carnal.

A esperança, em razão disso, alenta o homem
físico e orienta-o com segurança para o
salutar aproveitamento das horas, granjeando
recursos que se lhe constituirão bens
inalienáveis para a felicidade.

Não existisse a mediunidade e inumeráveis
problemas seriam insolucionáveis, permitindo
que mais graves conjunturas conspirassem
contra a criatura humana.

Sem ouvir-se, nem sentir-se a realidade
espiritual de que os implementos mediúnicos
se fazem instrumento, certamente grassariam
mais terríveis dramas e tormentosas situações
injustificáveis.

A mediunidade, colocada a serviço do bem
com Jesus, enxuga as lágrimas da saudade,
diminui as dores, equaciona enfermidades
complexas, dirime dúvidas, sustenta a fé,
conduzindo à caridade luminosa e libertadora.

Reveste as tuas faculdades mediúnicas com as
vibrações superiores da prece, alicerçando-a
na sadia moral e usando-a serviço da
edificação de quantos sofrem.

Exercita-a com disciplina e estuda-lhe a
metodologia com as luzes da Doutrina Espírita,
compreendendo que ela te é concedida, não por
merecimento de tua parte, que o não possuis,
senão por misericórdia de acréscimo do amor
de nosso Pai, a fim de que o homem não se
esqueça de que sempre, na vida, edificante e
enobrecido deve ser o seu comportamento, fora
ou mergulhado na carne.

Toma como modelo Jesus, o Médium de Deus,
que jamais se escusava, amando e servindo
sempre, na condição de divina ponte entre o
Criador e todos nós.

[Joanna de Ângelis]
[Divaldo Franco]
[Luz Viva]
[Editora LEAL]

sábado, 9 de janeiro de 2010

Sexo e Obsessão


Espíritos perturbados em si mesmos reencarnam-se anatematizados por desequilíbrios físicos e psíquicos que procedem das lembranças negativas e dos erros anteriormente praticados.

Espíritos inquietos reemboscam-se na indumentária fisiológica, açulados por falsas necessidades a que se atiraram impensadamente nas existências passadas.

Espíritos aturdidos recomeçam a experiência carnal sob o guante de paixões que devem superar e derrapam nas experiências comprometedoras em que mais se infelicitam.

Espíritos ansiosos vitalizam as ideias que os atormentam e estabelecem conexões enfermiças com outras mentes, engendrando dramas obsessivos de consequências lastimáveis.

Espíritos viciados se reacondicionam no corpo somático e se permitem acumpliciamento com outros seres reencarnados em ultrizes processos de vampirização recíproca, em que desarticulam os centros genésicos, passando a experimentar desditas inenarráveis.

Estatísticas eficientes realizadas do lado de cá informam que os processos infelizes da criminalidade e do desespero procedem invariavelmente do ódio. Merece, porém, examinar, que o ódio resulta das frustrações afetivas, das ansiedades incontidas, do egoísmo exacerbado, da maledicência sinistra, da ira frequente, das ambições desmedidas, dos amores alucinados que se conjugam em nefandos conciliábulos de imprevisíveis resultados.

Por isso, o amor é fundamental na vida de todos.

E por ser o sexo a fonte poderosa que faculta a perpetuação da espécie, entre os homens, invariavelmente vai confundindo nos delineamentos afetivos, como fator essencial para a comunhão, senão o único meio de exteriorização do amor.

Diariamente, milhões de criaturas mal informadas ou desavisadas, fascinadas pelas ilusões do prazer, arrojam-se a despenhadeiros da loucura, por frustrações e desassossegos sexuais. Sublime campo de experiências superiores normalmente se converte em paul sombrio de miasmas asfixiantes e tóxicos nefastos.

Através dele, todavia, o espírito que recomeça a caminhada na Terra encontra o regaço materno, as mãos vigorosas da paternidade, os braços fraternos transformados em asas de socorro, o ósculo da amizade pura e a certeza do reequilíbrio na oportunidade nova, como porta abençoada para a própria redenção.

Não o esqueças propositadamente nos cometimentos humanos em que te encontras. Não o espicaces levianamente, buscando as expressões da sua violência. Sublima-o pela continência, mediante a correção do comportamento, através da disciplina mental.

Não esperes a senectude para que te apresentes sereno.

Muitas pessoas idosas expressam amarguras, que decorrem de frustrações coercitivas a que se viram impelidas; outras se caracterizam conduzindo excessivas doses de pudor, após a travessia lamentável pelos perigosos rios do uso desequilibrado, de que se arrependem dolorosamente, descambando para a aversão sistemática; diversas fingem ignorá-lo, após perderem as exigências naturais pelo cansaço e disfunção que a velhice impõe...

Muitos males que não podem ser catalogados facilmente decorrem de íntimas inquietações nos departamentos do sexo atribulado, desde os dias da juventude...

Em razão disso, ama, quanto te permitam as forças.

Não esperes, porém, que o ser amado seja compelido a responder-te às aspirações.

Provavelmente esse espírito está vinculado a outro espírito e chegaste tarde, não te sendo facultado desatrelá-lo das ligações a que se permitiu prender espontaneamente.

Se chegas antes, não o atormentes com exigências, porque é possível que o compromisso dele esteja à frente. Se te aproximas tardiamente e desfazes os laços que já mantém, não fruirás a felicidade, e se impedes que marche na direção das tarefas para as quais reencarnou sofrerás, mais tarde, o travo da desilusão, quando passe o infrene desejo imediato...

Entrega o teu amor à vida e envolve-o nas vibrações da ternura que felicita e dulcifica aquele que ama, quanto o que é amado.

Se, todavia, não possuíres fôrças para o cometimento, não te permitas a conjectura de sonhos escravocratas. Antes, ora e roga o socorro do Alto, para que os anjos guardiães vigilantes te distendam mãos compassivas e bálsamo tranquilizador.

O teu íntimo amor resplandecerá um dia, após a superação do tormento sexual, em paisagem de festa em que o teu espírito cantará a música da liberdade e da paz.

*

Há mentes ociosas, na Erraticidade, atormentadas e sedentas, vitimadas por paixões que ainda não se aplacaram, que estão realizando incessante comércio obsessivo com os que se permitem, na Terra, as alucinações sexuais e os desavisos afetivos. Em conúbios terríveis atiram-se com virulência, explorando os centros genésicos dos encarnados e esfacelando neles a esperança e a alegria de viverem.

Sutilmente instilam os pensamentos depressivos ou açulam falsas necessidades, absorvendo por processos mui complexos as expressões do prazer fugidiço e instalando as matrizes de desequilíbrios irreversíveis. Vigia a mente e controla o sexo.

Quando pensamentos inusitados te sombrearem os painéis mentais com ideias infelizes; quando afetos dúlcidos se transformarem nos recessos do teu coração em fornalha de desejos; quando a ternura com que envolves os a quem estimas ou amas se te apresentar ardente ou angustiante; quando passares a sofrer dolorosas constrições na organização genésica tem cuidado!

Certamente estarás sendo obsidiado por outros Espíritos, encarnados de mente vigorosa ou desencarnados infelizes, em trama contínua para te arrojarem nos despenhadeiros da alucinação. Levanta o pensamento a Jesus e a Ele te entrega em regime de total doação, certo de que o Vencedor de todos os embates te ajudará a sair da constrição cruel, encaminhando-te na direção da harmonia. Para tanto, ora e trabalha pelo bem comum, e o bem de todos te oferecerá o lenitivo e a fôrça para a libertação a que aspiras.

*

"Pois do coração procedem maus pensamentos, homicídios, adultérios, fornicações, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias". Mateus: capítulo 15º, versículo 19.

*

"Ide, portanto, meus filhos bem-amados, caminha sem tergiversações, sem pensamentos ocultos, na rota bendita que tomastes. Ide, ide sempre, sem temor: afastai cuidadosamente tudo o que vos possa entravar a marcha para o objetivo eterno". Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 21º - Item 8, parágrafo 5.


Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Florações Evangélicas. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Capítulo 56. Salvador, BA: LEAL.

domingo, 3 de janeiro de 2010

AS FORÇAS DO AMANHÃ



Redação do Momento Espírita
http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=1162&let=F&stat=0

Ninguém vive só.

Nossa alma é sempre núcleo de influência para os demais.

Nossos atos possuem linguagem positiva.

Nossas palavras influenciam à distância.

Achamo-nos magneticamente associados uns aos outros.

Ações e reações caracterizam-nos a marcha.

Assim, é necessário saber que espécie de forças projetamos naqueles que nos cercam.

Nossa conduta é um livro aberto que denuncia nossa condição interior.

Muitos de nossos gestos insignificantes alcançam o próximo, gerando inesperadas resoluções.

Quantas frases, aparentemente inexpressivas, que saem da nossa boca e estabelecem grandes acontecimentos.

A cada dia emitimos sugestões para o bem ou para o mal.

Dirigentes arrastam dirigidos.

Administrados inspiram administradores.

Qual caminho nossa atitude está indicando?

Um pouco de fermento leveda toda a massa.

Não dispomos de recursos para analisar a extensão de nossa influência, mas podemos examinar-lhe a qualidade essencial. Cuidado, pois, com o alimento invisível que você fornece às vidas que o rodeiam.

Em momentos de indignação, uma palavra mal colocada pode ser o estopim para induzir o próximo ao cometimento de desatinos de conseqüências irreversíveis.

Um comentário maldoso talvez se multiplique ao infinito, causando na vida alheia dores e humilhações intensas.

O pai que não cumpre os compromissos assumidos com os filhos pode suscitar nestes a idéia de que não é importante manter a palavra dada.

Esse exemplo negativo pode multiplicar-se por gerações.

O chefe que não assume a responsabilidade pela orientação que dá aos subordinados instala a desconfiança em sua equipe.

Em momentos de crise, a ausência de coesão no ambiente de trabalho pode levar uma empresa à falência, em prejuízo de toda a coletividade.

Por outro lado, comentar as virtudes de alguém que cometeu um pequeno deslize talvez faça cessar a maledicência.

Em momentos de distúrbio, quem consegue manter o equilíbrio e a paz, exteriorizando isso mediante atos e palavras, faz murchar a insânia dos demais.

Não raro tal conduta provoca um generalizado constrangimento, pela imediata e coletiva percepção do equívoco em que se incidia.

Não há nada como a grandeza alheia para fazer o homem perceber sua própria pequenez.

Defender corajosamente os mais fracos quiçá tenha o condão de motivar outras pessoas a também protegerem os desvalidos.

Manter-se honesto e íntegro, mesmo em face das maiores tentações, talvez seduza outros para a causa do bem.

A visão da generosidade em franca atividade é um grande consolo, em um mundo onde o egoísmo grassa.

Por se afigurar admirável a prática de virtudes, há tendência de alguém genuinamente virtuoso ser admirado e imitado.

Nosso destino se desdobra em correntes de fluxo e refluxo.

As forças que exteriorizamos hoje, potencializadas pelos atos que inspiramos, voltarão a nossa vida amanhã.

Desse modo, nunca é demais prestar atenção no testemunho que damos.

Será nossa presença um fator de equilíbrio no mundo?

Por força da lei de causa e efeito, que opera no universo, recebemos o que damos.

Se desejamos paz, compreensão e conforto, devemos oferecê-los ao próximo, por meio de nossos sentimentos, atos e palavras.

Pensemos nisso.

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no capítulo XIII do livro Segue-me!..., do Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier.

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