Olá amigos, sejam bem-vindos !!
Este é um espaço reservado para que possamos refletir um pouco sobre a espiritualidade. Estudem, comentem e estejam à vontade!
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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
- O CORTADOR DE DIAMANTE
Tulku Pema Wangyal Rinpoché
(Diamond-cutter)
Trad. Helena Mello
No princípio, é preferível sentarmo-nos para habituarmo-nos a tomar consciência da inclinação da nossa mente. Quando despejamos água lamacenta num recipiente, é preciso deixar decantar para que ela reencontre a sua limpidez. Estando alguns instantes tranquilos e sem tensões, vemos melhor em nós mesmos. Com tempo, essa faculdade torna-se natural. Consciente sem demora do que se passa no espírito, não nos deixamos mais ser assaltados por sentimentos negativos ou por sonhos inúteis que não se realizam nunca.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Fiel para sempre
No embate contínuo das inúmeras paixões
para a intransferível sublimação espiritual,
o cristão, descontente com as concessões que
frui, compreende a necessidade de prosseguir
lutando.
O triunfo imediato, as glórias fáceis, as
alegrias ligeiras não o fascinam, porque
lhes confere a transitoriedade.
Ante os monumentos colossais do passado,
agora corroídos pelo tempo, constata a
vacuidade dos bens terrenos.
Colunas de mármores raros cinzelados,
granitos preciosos ornados de metais que
produzem pujança e beleza deslumbrante,
ressurgem, frios, tristes, aos seus olhos,
narrando a história das mãos escravas que
os trabalharam, lavando com suores e
lágrimas de sangue a poeira que os
instrumentos produziram ao dar-lhes forma
arrancando dos minerais brutos a mensagem
da beleza.
Museus abarrotados de valores de alto preço,
que descrevem conquistas e poder, parecem
páginas que choram em esculturas quebradas
e ornatos incompletos, preciosidades mortas,
fitando homens que a miséria mata desde a
orfandade e que, possivelmente, foram os
mesmos, que um dia no passado, se
banquetearam na abastança da ilusão.
Lajes que suportaram, indiferentes, o
tropel de exércitos com os seus animais e
carros de guerra, continuam, gastas,
suportando máquinas velozes que a técnica
constrói...
E as paixões hoje são quase as mesmas de
ontem, senão mais açuladas, mais violentas
e devastadoras, no homem que prossegue
inquieto.
Fala-se muito sobre tais belezas, ora
transformadas em mausoléus de lembranças.
Sem dúvida, retratam a arte, expressam
grandezas espirituais, muitas delas.
Fitando-as, todavia, não há como deixar de
inquirir: "Se Deus concede ao homem ímpio e
infeliz tanta fortuna, que não reservará ao
filho generoso e trabalhador que Lhe é
fiel?!"
Luta, pois, e sofre, mesmo sozinho.
Desencarcera- te das primitivas manifestações
do instinto, por cujos impulsos tens transitado
e ascende aos panoramas da emoção superior,
buscando com os sentimentos nobres e a
inteligência lúcida, a intuição libertadora.
Não te equivoques com o sorriso dos
conquistadores iludidos, nem suponhas que,
promovendo alaridos, eles hajam encontrado a
felicidade. O júbilo que promove balbúrdia é
loucura em plena explosão.
A alegria que brota de dentro é como córrego
precioso, que nasce discretamente e
dessedenta a terra por onde cantam, docemente,
suas águas passantes.
A atroada dos infelizes é produzida pela
fuga que promovem, aparentando festa
interior.
Ei-los que se embriagam por um dia, se
entristecem no outro, murcham repentinamente
e se desgarram na excentricidade das alienações
mentais, conquanto aplaudidos por outros
enfermos, sumindo pela porta do suicídio
direto ou indireto para defrontar a realidade
dolorosa, logo depois.
Todo cristão autêntico sofre um "espinho na
carne", que lhe dói e é, também, sua
advertência.
O Calvário não é apenas a recordação ou o nome
do lugar onde Ele padeceu. É a mensagem eterna
da superação do Filho de Deus a todas as
contingências, circunstâncias e imposições
humanas, falando de amor, coragem, renúncia e
fé.
Todos os mártires da fé, os heróis do bem e
os santos do amor, caminhando entre os homens,
sofriam com alegria o seu calvário, que era o
sinal de união contínua com Ele, o Herói
Estelar.
Abre, desse modo, os teus braços, submete-te
à cruz redentora e avança. Pára a ouvir um
pouco as vozes do passado que ensinam
experiências e não temas: sê fiel a Jesus
até o fim!
[Joanna de Ângelis]
[Divaldo Franco]
[Sol de Esperança]
[Editora LEAL]
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Ponte Mediúnica
Mergulhado na matéria densa pelo impositivo
da reencarnação, que faculta ao Espírito o
processo abençoado da evolução, graças às
experiências de que se enriquece, este
perde, normalmente, os contatos com a
realidade donde veio, padecendo de
compreensível esquecimento da vida espírita.
Os interesses gravitam, então, em torno das
necessidades imediatas do plano físico; os
impositivos da "luta pela vida", quase
sempre revertem a escala de valores, dando
nascimento a lutas acerbas e extravagantes;
dúvidas cruéis pairam nos painéis da mente,
em relação à imortalidade da alma;
inquietações e fobias surgem, avassaladoras,
sombreando os dias da existência orgânica;
dissabores e enfermidades, insucessos
comerciais e dificuldades econômicas induzem
à loucura e ao suicídio; empenhos por gozar
a hora que passa dominam os cuidados do
homem, que teme o aniquilamento da vida por
falta de bases reais sobre as quais apóie as
convicções da sobrevivência espiritual.. .
Liberando o ser de tais amarguradas situações,
a Divindade concede a ponte da mediunidade,
a fim de que se mantenha o intercâmbio lúcido
entre os dois abismos da vida: o material e
o espiritual.
Por ela retornam os Espíritos em triunfo
sobre a morte, falando da vida em plenitude
e apresentando o resultado das suas ações,
enquanto estiveram na forma carnal.
A esperança, em razão disso, alenta o homem
físico e orienta-o com segurança para o
salutar aproveitamento das horas, granjeando
recursos que se lhe constituirão bens
inalienáveis para a felicidade.
Não existisse a mediunidade e inumeráveis
problemas seriam insolucionáveis, permitindo
que mais graves conjunturas conspirassem
contra a criatura humana.
Sem ouvir-se, nem sentir-se a realidade
espiritual de que os implementos mediúnicos
se fazem instrumento, certamente grassariam
mais terríveis dramas e tormentosas situações
injustificáveis.
A mediunidade, colocada a serviço do bem
com Jesus, enxuga as lágrimas da saudade,
diminui as dores, equaciona enfermidades
complexas, dirime dúvidas, sustenta a fé,
conduzindo à caridade luminosa e libertadora.
Reveste as tuas faculdades mediúnicas com as
vibrações superiores da prece, alicerçando-a
na sadia moral e usando-a serviço da
edificação de quantos sofrem.
Exercita-a com disciplina e estuda-lhe a
metodologia com as luzes da Doutrina Espírita,
compreendendo que ela te é concedida, não por
merecimento de tua parte, que o não possuis,
senão por misericórdia de acréscimo do amor
de nosso Pai, a fim de que o homem não se
esqueça de que sempre, na vida, edificante e
enobrecido deve ser o seu comportamento, fora
ou mergulhado na carne.
Toma como modelo Jesus, o Médium de Deus,
que jamais se escusava, amando e servindo
sempre, na condição de divina ponte entre o
Criador e todos nós.
[Joanna de Ângelis]
[Divaldo Franco]
[Luz Viva]
[Editora LEAL]
sábado, 9 de janeiro de 2010
Sexo e Obsessão
Espíritos perturbados em si mesmos reencarnam-se anatematizados por desequilíbrios físicos e psíquicos que procedem das lembranças negativas e dos erros anteriormente praticados.
Espíritos inquietos reemboscam-se na indumentária fisiológica, açulados por falsas necessidades a que se atiraram impensadamente nas existências passadas.
Espíritos aturdidos recomeçam a experiência carnal sob o guante de paixões que devem superar e derrapam nas experiências comprometedoras em que mais se infelicitam.
Espíritos ansiosos vitalizam as ideias que os atormentam e estabelecem conexões enfermiças com outras mentes, engendrando dramas obsessivos de consequências lastimáveis.
Espíritos viciados se reacondicionam no corpo somático e se permitem acumpliciamento com outros seres reencarnados em ultrizes processos de vampirização recíproca, em que desarticulam os centros genésicos, passando a experimentar desditas inenarráveis.
Estatísticas eficientes realizadas do lado de cá informam que os processos infelizes da criminalidade e do desespero procedem invariavelmente do ódio. Merece, porém, examinar, que o ódio resulta das frustrações afetivas, das ansiedades incontidas, do egoísmo exacerbado, da maledicência sinistra, da ira frequente, das ambições desmedidas, dos amores alucinados que se conjugam em nefandos conciliábulos de imprevisíveis resultados.
Por isso, o amor é fundamental na vida de todos.
E por ser o sexo a fonte poderosa que faculta a perpetuação da espécie, entre os homens, invariavelmente vai confundindo nos delineamentos afetivos, como fator essencial para a comunhão, senão o único meio de exteriorização do amor.
Diariamente, milhões de criaturas mal informadas ou desavisadas, fascinadas pelas ilusões do prazer, arrojam-se a despenhadeiros da loucura, por frustrações e desassossegos sexuais. Sublime campo de experiências superiores normalmente se converte em paul sombrio de miasmas asfixiantes e tóxicos nefastos.
Através dele, todavia, o espírito que recomeça a caminhada na Terra encontra o regaço materno, as mãos vigorosas da paternidade, os braços fraternos transformados em asas de socorro, o ósculo da amizade pura e a certeza do reequilíbrio na oportunidade nova, como porta abençoada para a própria redenção.
Não o esqueças propositadamente nos cometimentos humanos em que te encontras. Não o espicaces levianamente, buscando as expressões da sua violência. Sublima-o pela continência, mediante a correção do comportamento, através da disciplina mental.
Não esperes a senectude para que te apresentes sereno.
Muitas pessoas idosas expressam amarguras, que decorrem de frustrações coercitivas a que se viram impelidas; outras se caracterizam conduzindo excessivas doses de pudor, após a travessia lamentável pelos perigosos rios do uso desequilibrado, de que se arrependem dolorosamente, descambando para a aversão sistemática; diversas fingem ignorá-lo, após perderem as exigências naturais pelo cansaço e disfunção que a velhice impõe...
Muitos males que não podem ser catalogados facilmente decorrem de íntimas inquietações nos departamentos do sexo atribulado, desde os dias da juventude...
Em razão disso, ama, quanto te permitam as forças.
Não esperes, porém, que o ser amado seja compelido a responder-te às aspirações.
Provavelmente esse espírito está vinculado a outro espírito e chegaste tarde, não te sendo facultado desatrelá-lo das ligações a que se permitiu prender espontaneamente.
Se chegas antes, não o atormentes com exigências, porque é possível que o compromisso dele esteja à frente. Se te aproximas tardiamente e desfazes os laços que já mantém, não fruirás a felicidade, e se impedes que marche na direção das tarefas para as quais reencarnou sofrerás, mais tarde, o travo da desilusão, quando passe o infrene desejo imediato...
Entrega o teu amor à vida e envolve-o nas vibrações da ternura que felicita e dulcifica aquele que ama, quanto o que é amado.
Se, todavia, não possuíres fôrças para o cometimento, não te permitas a conjectura de sonhos escravocratas. Antes, ora e roga o socorro do Alto, para que os anjos guardiães vigilantes te distendam mãos compassivas e bálsamo tranquilizador.
O teu íntimo amor resplandecerá um dia, após a superação do tormento sexual, em paisagem de festa em que o teu espírito cantará a música da liberdade e da paz.
*
Há mentes ociosas, na Erraticidade, atormentadas e sedentas, vitimadas por paixões que ainda não se aplacaram, que estão realizando incessante comércio obsessivo com os que se permitem, na Terra, as alucinações sexuais e os desavisos afetivos. Em conúbios terríveis atiram-se com virulência, explorando os centros genésicos dos encarnados e esfacelando neles a esperança e a alegria de viverem.
Sutilmente instilam os pensamentos depressivos ou açulam falsas necessidades, absorvendo por processos mui complexos as expressões do prazer fugidiço e instalando as matrizes de desequilíbrios irreversíveis. Vigia a mente e controla o sexo.
Quando pensamentos inusitados te sombrearem os painéis mentais com ideias infelizes; quando afetos dúlcidos se transformarem nos recessos do teu coração em fornalha de desejos; quando a ternura com que envolves os a quem estimas ou amas se te apresentar ardente ou angustiante; quando passares a sofrer dolorosas constrições na organização genésica tem cuidado!
Certamente estarás sendo obsidiado por outros Espíritos, encarnados de mente vigorosa ou desencarnados infelizes, em trama contínua para te arrojarem nos despenhadeiros da alucinação. Levanta o pensamento a Jesus e a Ele te entrega em regime de total doação, certo de que o Vencedor de todos os embates te ajudará a sair da constrição cruel, encaminhando-te na direção da harmonia. Para tanto, ora e trabalha pelo bem comum, e o bem de todos te oferecerá o lenitivo e a fôrça para a libertação a que aspiras.
*
"Pois do coração procedem maus pensamentos, homicídios, adultérios, fornicações, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias". Mateus: capítulo 15º, versículo 19.
*
"Ide, portanto, meus filhos bem-amados, caminha sem tergiversações, sem pensamentos ocultos, na rota bendita que tomastes. Ide, ide sempre, sem temor: afastai cuidadosamente tudo o que vos possa entravar a marcha para o objetivo eterno". Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 21º - Item 8, parágrafo 5.
Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Florações Evangélicas. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Capítulo 56. Salvador, BA: LEAL.
domingo, 3 de janeiro de 2010
AS FORÇAS DO AMANHÃ
Redação do Momento Espírita
http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=1162&let=F&stat=0
Ninguém vive só.
Nossa alma é sempre núcleo de influência para os demais.
Nossos atos possuem linguagem positiva.
Nossas palavras influenciam à distância.
Achamo-nos magneticamente associados uns aos outros.
Ações e reações caracterizam-nos a marcha.
Assim, é necessário saber que espécie de forças projetamos naqueles que nos cercam.
Nossa conduta é um livro aberto que denuncia nossa condição interior.
Muitos de nossos gestos insignificantes alcançam o próximo, gerando inesperadas resoluções.
Quantas frases, aparentemente inexpressivas, que saem da nossa boca e estabelecem grandes acontecimentos.
A cada dia emitimos sugestões para o bem ou para o mal.
Dirigentes arrastam dirigidos.
Administrados inspiram administradores.
Qual caminho nossa atitude está indicando?
Um pouco de fermento leveda toda a massa.
Não dispomos de recursos para analisar a extensão de nossa influência, mas podemos examinar-lhe a qualidade essencial. Cuidado, pois, com o alimento invisível que você fornece às vidas que o rodeiam.
Em momentos de indignação, uma palavra mal colocada pode ser o estopim para induzir o próximo ao cometimento de desatinos de conseqüências irreversíveis.
Um comentário maldoso talvez se multiplique ao infinito, causando na vida alheia dores e humilhações intensas.
O pai que não cumpre os compromissos assumidos com os filhos pode suscitar nestes a idéia de que não é importante manter a palavra dada.
Esse exemplo negativo pode multiplicar-se por gerações.
O chefe que não assume a responsabilidade pela orientação que dá aos subordinados instala a desconfiança em sua equipe.
Em momentos de crise, a ausência de coesão no ambiente de trabalho pode levar uma empresa à falência, em prejuízo de toda a coletividade.
Por outro lado, comentar as virtudes de alguém que cometeu um pequeno deslize talvez faça cessar a maledicência.
Em momentos de distúrbio, quem consegue manter o equilíbrio e a paz, exteriorizando isso mediante atos e palavras, faz murchar a insânia dos demais.
Não raro tal conduta provoca um generalizado constrangimento, pela imediata e coletiva percepção do equívoco em que se incidia.
Não há nada como a grandeza alheia para fazer o homem perceber sua própria pequenez.
Defender corajosamente os mais fracos quiçá tenha o condão de motivar outras pessoas a também protegerem os desvalidos.
Manter-se honesto e íntegro, mesmo em face das maiores tentações, talvez seduza outros para a causa do bem.
A visão da generosidade em franca atividade é um grande consolo, em um mundo onde o egoísmo grassa.
Por se afigurar admirável a prática de virtudes, há tendência de alguém genuinamente virtuoso ser admirado e imitado.
Nosso destino se desdobra em correntes de fluxo e refluxo.
As forças que exteriorizamos hoje, potencializadas pelos atos que inspiramos, voltarão a nossa vida amanhã.
Desse modo, nunca é demais prestar atenção no testemunho que damos.
Será nossa presença um fator de equilíbrio no mundo?
Por força da lei de causa e efeito, que opera no universo, recebemos o que damos.
Se desejamos paz, compreensão e conforto, devemos oferecê-los ao próximo, por meio de nossos sentimentos, atos e palavras.
Pensemos nisso.
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no capítulo XIII do livro Segue-me!..., do Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier.
http://casa.momento.com.br/
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