quinta-feira, 31 de julho de 2008

AMIGOS/ A LIÇÃO DA ARANHA-Emmanuel


AMIGOS



Questão 938 – O Livro dos Espíritos

(Reunião Pública de 19-10-59)



À medida que avances, montanha acima, nas trilhas da evolução, é possível que muitos de teus amigos se transformem, porque não possam ver o que vês.

É qual se o vinho capitoso surgisse transfigurado em resíduo de fel, ou como se o brilhante longamente acariciado se metamorfoseasse em pedra falsa.

Consagras-te agora à luz.

Dormitam muitos na sombra.

Escolhes hoje servir.

Demoram-se muitos reclamando o serviço alheio.

Buscas presentemente a verdade.

Afeiçoam-se muitos à mascara da ilusão.

Desapegas-te de prazeres inferiores e posses materiais.

Algemam-se muitos à egolatria.

Estranhando-te a nova atitude, quase sempre te classificam os anseios de elevação com adjetivos injuriosos.

Porque não mais te acomodas nas trevas, há entre eles quem te chame orgulhoso.

Porque conservas a humildade na luz da abnegação, há entre eles quem te chame covarde.

Porque não mais te relaciones com a mentira, há entre eles quem te chame fanático.

Porque esqueces a ti mesmo no culto do amparo a outrem, há entre eles quem te chame idiota.

Entretanto, ama-os, mesmo assim, sem exigir que te amem, cultivando o trabalho que a vida te confiou.

O serviço sustentado nas tuas mãos falará, sem palavras, de teus bons propósitos a criaturas diferente que, tangidas pelo divino amor, chegarão de outros campos em teu auxílio.

Para isso, porém, é indispensável não entres no labirinto das lamentações vinagrosas.

Censurar é ferir, e queixar-se é perder tempo.

Renuncia, pois, à satisfação da convivência com aqueles que, embora continuem amados em teu coração, não mais te comunguem as esperanças.

Se te esquecerem, perdoa.

Se te desprezarem, perdoa mais uma vez.

Se te insultarem, perdoa novamente.

Se te atacarem, perdoa sempre.

Seja qual for a maneira pela qual te apareçam, nos dias da incompreensão, ajuda-os quanto puderes.

O silêncio em serviço é uma prece que fala.

Deus que concede à semente o refúgio da terra e a bênção da chuva para que germine, em louvor do pão, dar-te-á também outras almas, com as quais te associes para a glória do bem.

Religião dos Espíritos- Francisco Cândido Xavier/Emmanuel



A LIÇÃO DA ARANHA

O aprendiz perguntou ao orientador, depois da aula, em torno

das dificuldades humanas:

-Instrutor, onde os motivos pelos quais sempre se multiplicam os

obstáculos, diante dos homens, impedindo-lhes a sublimação espiritual?

O amigo convidou o discípulo a visitar um casarão próximo, semi - abandonado.

Entraram e, numa sala espaçosa, grande aranha se mostrava presa no

centro da caprichosa rede de fios, entretecida por ela mesma.

-Vês esta aranha encarcerada no labirinto, feito por ela própria? – indagou o mentor.

-Ante o sinal afirmativo do rapaz, o amigo acrescentou: -Observemos.

Passados alguns instantes, apareceu jovem auxiliar de serviço, naquela

moradia quase desabitada e usando um espanador, desfez o tecido,

libertando a aranha, que se deu pressa em esconder sob pesado móvel.

-Voltaremos amanhã para nossos apontamentos – falou o orientador.

No dia seguinte, professor e discípulo regressaram ao casarão e,

num aposento diverso, a mesma aranha se apressara no centro de

outros fios tecidos por ela própria. Decorridos poucos segundos, a

jovem da véspera reapareceu e acabou com a trama, libertando a

aranha que se afastou, ocultando-se em antigo móvel desocupado.

Mais um dia e, pela terceira vez, o instrutor e o aprendiz retornaram ao

mesmo local, surpreendendo a mesma aranha no centro de outra

complicada rede de fios, criada por ela mesma.

A jovem, já conhecida, surgiu e agitando o espanador liberou a

aranha que, rapidamente, tomou novo esconderijo sob mala suspensa.

Foi então que o mentor, dirigindo- se ao rapaz, resumiu a lição, esclarecendo.

-Lembrou você que os homens lutam com grandes entraves, no

caminho da elevação, mas é preciso reconhecer que a maioria dos nossos

companheiros, no Plano Físico, quase sempre agem à maneira da

aranha. O espanador providencial do sofrimento surge a liberta-los das

prisões engenhadas e construídas por eles, entretanto, que podemos

fazer se eles mesmos se escondem nos hábitos que acalentam e, depois,

usando o livre arbítrio, criam novos problemas para eles próprios?

AGORA É O TEMPO – EMMANUEL – FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

MENSAGENS


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-O estado mental e as ações morais de cada criatura respondem pelas suas legítimas conquistas, aquelas que se lhe incorporam inelutavelmente, à realidade interior.

Consoante o homem vive, assim desencarna, experimentando as presenças espirituais com as quais afina e que atrai, da mesma forma que os sentimentos cultivados se lhe transformam em amarras constritoras ou asas de liberação-.


Manoel Philomeno de Miranda (espírito) / psicografia de Divaldo Franco. Livro: Painéis da Obsessão

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"O Espiritismo não é uma religião como as demais: é um método de viver!" André Luiz (espírito). Livro: Sol Nas Almas

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PERANTE AS FÓRMULAS SOCIAIS

Abolir o uso dispensável do luto e dos pêsames, por motivo de funerais, tanto quanto a participação em apadrinhamentos e cerimônias ritualísticas de qualquer natureza.

O espírita não se prende a exterioridades.

Nas visitas de confraternizações, suprimir protocolos ou etiquetas pretensiosas.

A confiança pede clima familiar.

Banir dos Templos Espíritas as cerimônias que, em nome da Doutrina, visem à consagração de esponsais ou nascimentos.

O Espiritismo não pode olvidar a simplicidade cristã que ele próprio revive.

Afastar-se de festas lamentáveis, como aquelas que assinalam a passagem do carnaval, inclusive as que se destaquem pelos excessos de gula, desregramento ou manifestações exteriores espetaculares.

A verdadeira alegria não foge da temperança.

Estudar previamente e com bastante critério as apresentações de pregadores ou médiuns, bem como as homenagens a companheiros e parentes encarnados e desencarnados, para não incorrermos na exaltação da vaidade e do orgulho ou ferir a modéstia e a humildade daqueles a quem prezamos.

A lisonja é veneno em forma verbal.

Proscrever o uso de distintivos e emblemas no movimento doutrinário.

Excessiva exterioridade, afastamento da simplicidade cristã.

Dispensar sempre as fórmulas sociais criadas ou mantidas por convencionalismos ou tradições que estanquem o progresso.

Toda complexidade atrasa o relógio da evolução.

“O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado.” - Jesus.

(MARCOS, 2:27.)

André Luiz (espírito). Livro: Conduta Espírita.

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CONFORTO

Freqüentemente, as organizações religiosas e, mormente as espiritistas, na atualidade estão repletas de pessoas ansiosas por um conforto.
De fato, a elevada Doutrina dos Espíritos é a divina expressão do Consolador Prometido. Em suas atividades resplendem caminhos novos para o pensamento humano, cheios de profundas consolações para os dias mais duros.

No entanto, é imprescindível ponderar que não será justo querer alguém confortar-se, sem se dar ao trabalho necessário...

Muitos pedem amparo aos mensageiros do plano invisível; mas como recebê-lo, se chegaram ao cúmulo de abandonar-se ao sabor da ventania impetuosa que sopra, de rijo, nos resvaladouros dos caminhos?

Conforto espiritual não é como o pão do mundo, que passa, mecanicamente, de mão em mão, para saciar a fome do corpo, mas, sim, como o Sol, que é o mesmo para todos, penetrando, porém, somente nos lugares onde não se haja feito um reduto fechado para as sombras.
Os discípulos de Jesus podem referir-se às suas necessidades de conforto. Isso é natural. Todavia, antes disso, necessitam saber se estão servindo ao Mestre e seguindo-o . O Cristo nunca faltou às suas promessas. Seu reino divino se ergue sobre consolações imortais; mas, para atingi-lo, faz-se necessário seguir-lhe os passos e ninguém ignora qual foi o caminho de Jesus nas pedras deste mundo.

Emmanuel (espírito) / psicografia de Francisco Cândido Xavier

Livro: Caminho, Verdade e Vida

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O Espiritismo

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terça-feira, 29 de julho de 2008

- PRECE AO ANJO DA GUARDA




Oração do Dia -

Amigo sublime que deu-me o Senhor por guardião, valei-me!...
Te rogo atuação direta em todos os momentos de minha vida, para que as dificuldades não pesem excessivamente sobre mim e assim eu deixe de percebê-lo ao meu lado!...
Tu és meu amparo e conforto, raio vivo do Divino Amor a resplandecer no chão, em meu favor!...
Tua interferência recorda-me docemente que Deus jamais se ausenta de seus filhos, enviando a eles, incansavelmente, recursos para a superação de dores e dificuldades, velando por todos através do santo amor que os anjos nos devotam!... Dentro da noite tu és minha estrela guia, dentro do dia o rumo digno e sensato, e teu amoroso impulso leva-me a vencer com segurança e leveza imensas dificuldades, a feição do atleta treinado que galga degraus rudes sem cansar-se excessivamente.
És resposta divina a todas as aflições!...
Para a dor, és o lenitivo;
para a tristeza, és a nota alegre;
para a angústia, és a esperança;
para a ansiedade, és a calma;
para o medo, és a confiança;
para a incerteza, és a fé;
para a insensatez, és a reflexão;
para o desequilíbrio, és a harmonia;
para a ira, és a ponderação;
para o ódio, és a perdão;
para a guerra, és a paz...
Ilumina minhas pegadas frágeis, meu anjo bom, para que eu siga adiante sem esmorecer; fortalece meu coração nos embates e nas provas das quais não posso me esquivar e faz de mim um forte, um vencedor!...
Deixa teu olhar amigo derramar-se por sobre meu coração para que eu não esqueça, por um momento que seja, que velas pelo meu progresso e pela minha felicidade, sem nada pedir em troca senão um pouco de confiança, um pouco de fé e um tanto mais de coragem!...
Hoje, me ajuda a seguir alegre e confiante ao encontro das bênçãos e oportunidades que Deus me reservou por tarefa, não permitindo que eu me entristeça ou me irrite com os percalços da caminhada.
E quando me deixares livre para aplicar meu livre arbítrio, nas decisões que me dizem respeito, que ainda assim teu hálito seja intuição e atitude, seja certeza e direção, impedindo-me o erro e o sofrimento depois...
Que Deus esteja conosco e eu contigo, em todos os momentos de minha existência, para que, sob tua proteção, a alegria seja a tônica de meus atos, e a sabedoria, o ingrediente feliz de meu triunfo sobre todas as dificuldades!...

Assim seja!

Instituto André Luiz, 18.06.2003*

Existe um Caminho

No cantar alegre dos pássaros, saudando o amanhecer de um
novo dia, no espraiar das ondas do mar, generosas
em sua doação contínua de energias à Mãe terra.
Foram caminhos direcionados por Ele, seguidos e não alterados,
numa atitude correta, generosa e desprendida.
Eles não se desviam, não se modificam
nesse incessante doar-se.


Á vós também deixei um caminho à seguir para o
encontro com o Pai, mas a ilusão com que
vos envolvestes, interronpeu a doação generosa,
simples e amorosa.
Só existe um caminho à trilhar para a
manifestação divina, já pronta no látego
do vosso ser, na firmeza do
vosso ser impessoal.
Devereis aí chegar, onde podereis ser uma flor,
um pássaro, ou ondas do mar.

Por um só Pai, fostes gerados.
Doeem-se como a simplicidade da flor,
a alegria dos pássaros e a energia do mar.
Sejam os verdadeiros elementos, sede compassivos...
Doeem-se, e achareis a flor, o pássaro,
e a onda amorosa do mar
dentro de vós...

*UM SER DE LUZ*
Psicografia: Majú

A Canção de Adeus da Alma

Quando as últimas notas da Sinfonia do Verão se insinuarem pelo jardim, eu me prepararei para uma viagem. Fecharei o Livro das Horas e colocarei o meu lacre em cima com mão firme.

Nunca mais desta janela verei a casta donzela oriental chegando, corada pelo sono, ou a esquadra desfraldando o Velocino Dourado, navegando para Oeste.

Mas eu nunca os esquecerei; eles estão embalsamados no depósito da Memória; seus presentes estão preservados no santuário do Espírito.

Não precisarei de nenhum ouro para a viagem: somente os tesouros do Amor, os primeiros frutos do Sacrifício. Se não os tiver, partirei de mãos vazias.

Nenhuma crença escrita em papel servirá como um passaporte: somente as Leis da Devoção –Pensamento Correto, Trabalho Correto – gravados pelo escultor da Vida nos pergaminhos do Coração.

Eu deixarei aqueles que me amaram. Suas trêmulas palavras de adeus, guardarei com carinho no coração para sempre. Com minha mão sobre o trinco, sorrindo olharei para trás e lhes darei minha benção.

A terra para onde viajarei não está distante. Embora eu me mude para um novo lar, ainda seremos vizinhos. A cerca que nos separa não é uma mata impenetrável; ela será trespassada pelas flechas do Amor desferidas por um desejo respeitoso.

Eles ouvirão minha voz confortando-os na noite de suas aflições. Minha mão apertará as deles no leme quando eles navegarem por mares perigosos.

E então, quando o Gongo da Noite tocar o amém para o Discurso do Tempo, eu abrirei a porta de par em par e irei para diante dentro da Aurora, cantando.

Como ficará cerrada e silenciosa a casa, depois da minha partida! Ninguém me verá ou ouvirá partir, salvo aqueles que têm visão.

Com sandálias aladas como o Pensamento eu viajarei pela estrada. Levantarei meus olhos para as montanhas coroadas de glória. E lá, no final da viagem, alguém mais bela do que uma rosa, mais terna do que uma mãe, mais compreensiva do que os sábios, estará me esperando.

Minha saudação, apenas estas palavras: "É você, Amor?"

Em resposta, somente estas: "Venha! Sou eu!"

Então, em silêncio, depois da busca, depois de arar, da semeadura, depois da vigília, dos lamentos, da esperança, para os campos da Colheita nós iremos de mãos dadas."

- Azelda –
(Recebido espiritualmente por Oliver Fox – Texto extraído do livro "Astral Projection – A Record of Out-of-the-Body Experiences" - Citadel Press – NY, E.U.A.)

segunda-feira, 28 de julho de 2008

MÉDICO DE ALMAS






O menino Lucas nutria um grande amor por Rúbria sua companheira de
brincadeiras.
Como cresceram juntos, Lucas acompanhou desde a meninice o precário estado
de saúde da amiga.
Rúbria possuía a doença branca, e pouco se sabia na época sobre essa doença.
A enfermidade por vezes cedia, permitindo bem-estar a Rúbria por algum
tempo, mas depois voltava, cruel.
Nas crises ela tinha terrível falta de ar e hemorragias pelo corpo. Muitas
vezes Lucas a viu à beira da morte.
No entanto, houve um tempo em que a doença cedeu por vários anos. Durante
aquele período o amor que Lucas sentia por Rúbria amadureceu.
Na época ele tinha aproximadamente 16 e ela 14 anos, e todos os planos da
vida de Lucas incluíam Rúbria.
Lucas interessou-se pela medicina desde muito jovem e assim que estivesse
pronto iria para a escola de medicina de Alexandria.
Mas, infelizmente, a jovem voltou a adoecer e depois de alguns meses de
sofrimento físico ela morreu.
Naquele momento, toda alegria e serenidade, toda paz que Lucas sempre
cultivara, se converteram em uma revolta sem tamanho, tristeza e dor
indefiníveis.
Lucas sempre acreditou na existência de Deus, mas com a morte de Rúbria
passou a sentir ódio de Deus.
Aquilo só podia ser uma maldição. Por que Deus levou justamente a sua amada,
e com ela todos os seus planos de felicidades?
Como pôde Deus privar o mundo da presença de Rúbria?
Agora ela estava morta, perdida por toda a eternidade.
Lucas tornou-se inimigo de Deus e prometeu vingar-se, tamanha sua revolta,
seu desespero, sua tristeza.
Decidiu medir forças com Deus. Toda vez que Deus tentasse levar alguém pela
doença, ele iria curar esse alguém para que Deus não fosse vitorioso.
Mas Lucas tinha um coração amoroso, só estava ferido.
E apesar de sua briga com Deus devotou toda sua vida no auxílio aos
desafortunados.
Mesmo tendo recebido muitas ofertas para trabalhar em Roma, a capital do
império, ele preferia trabalhar como médico nos navios, pois sabia que
deveria estar onde precisassem dele.
Mesmo magoado com Deus Lucas vivia as leis divinas. E por sua conduta e amor
ao próximo acabou encontrando Paulo de Tarso, e através dele o consolo de
que tanto necessitava.
A boa nova do cristo acalentou o coração de Lucas, pois lhe mostrou a
imortalidade da alma, a bondade e a justiça divina, a individualidade da
alma, a possibilidade do reencontro com a mulher amada.
Quando o evangelho do Cristo abriu as portas do infinito ao jovem médico e
lhe mostrou um Deus justo e bom, seu coração encontrou a paz que havia
perdido com a morte da sua amada.
E Lucas passou a ser também médico de almas, aliviando corações dilacerados
pela dor da separação, com o bálsamo do evangelho de Jesus.
Por sugestão de Paulo, o grande Apóstolo dos gentios, Lucas resolveu ser um
divulgador da boa nova. Foi ele que escreveu o terceiro evangelho e os atos
dos apóstolos.


Você sabia?

Você sabia que no início os seguidores do Cristo eram chamados "viajores",
"peregrinos", "caminheiros", e a comunidade deles se chamava "caminho"?
Por essa razão eram chamados "homens do caminho".
E você sabia que foi Lucas quem sugeriu que os discípulos do Cristo fossem
chamados de Cristãos?
Lucas, apesar da dor causada pela morte da mulher amada, não se entregou ao
desânimo nem à depressão, mas foi à luta.
E foi com as mãos no trabalho que um dia ele encontrou o grande tesouro da
sua vida: a certeza da imortalidade da alma.
Essa verdade que Jesus não só ensinou, mas voltou do túmulo para provar.

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base nos livros Médico de homens
e de almas, de Taylor Caldwell, ed. Record e Paulo e Estevão, segunda parte,
cap. Iv, ed FEB.

A Reforma Íntima




Livro: Vigilância
Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco

A reforma íntima!

Quanto puderes, posterga a prática do mal até o momento que possas vencer essa força doentia que te empurra para o abismo.

Provocado pela perversidade, que campeia a solta, age em silêncio, mediante a oração que te resguarda na tranqüilidade.

Espicaçado pelos desejos inferiores, que grassam, estimulados pela onda crescente do erotismo e da vulgaridade, gasta as tuas energias excedentes na atividade fraternal.

Empurrado para o campeonato da competição, na área da violência, estuga o passo e reflexiona, assumindo a postura da resistência passiva.

Desconsiderado nos anseios nobres do teu sentimento, cultiva a paciência e aguarda a bênção do tempo que tudo vence.

Acoimado pela injustiça ou sitiado pela calúnia, prossegue no compromisso abraçado, sem desânimo, confiando no valor do bem.

Aturdido pela compulsão do desforço cruel, considera o teu agressor como infeliz amigo que se compraz na perturbação.

Desestimulando no lar, e sensibilizado por outros afetos, renova a paisagem familiar e tenta salvar a construção moral doméstica abalada.

É muito fácil desistir do esforço nobre, comprazer-se por um momento, tornar-se igual aos demais, nas suas manifestações inferiores. Todavia, os estímulos e gozos de hoje, no campo das paixões desgovernadas, caracterizam-se pelo sabor dos temperos que se convertem em ácido e fel, a requeimarem por dentro, passados os primeiros momentos.

Ninguém foge aos desafios da vida, que são técnicas de avaliação moral para os candidatos à felicidade.

O homem revela sabedoria e prudência, no momento do exame, quando está convidado à demonstração das conquistas realizadas.

Parentes difíceis, amigos ingratos, companheiros inescrupulosos, co-idealistas insensíveis, conhecidos descuidados, não são acontecimentos fortuitos, no teu episódio reencarnacionista.

Cada um se movimenta, no mundo, no campo onde as possibilidades melhores estão colocadas para o seu crescimento. Nem sempre se recebe o que se merece. Antes, são propiciados os recursos para mais amplas e graves conquistas, que darão resultados mais valiosos.

Assim, aprende a controlar as tuas más inclinações e adia o teu momento infeliz.

Lograrás vencer a violência interior que te propele para o mal, se perseverares na luta.

Sempre que surja oportunidade, faze o bem, por mais insignificante que te pareça. Gera o momento de ser útil e aproveita-o.

Não aguardes pelas realizações retumbantes, nem te detenhas esperando as horas de glorificação.

Para quem está honestamente interessado na reforma íntima, cada instante lhe faculta conquistas que investe no futuro, lapidando-se e melhorando-se sem cansaço.

Toda ascensão exige esforço, adaptação e sacrifício.

Toda queda resulta em prejuízo, desencanto e recomeço.

Trabalha-te interiormente, vencendo limite e obstáculo, não considerando os terrenos vencidos, porém, fitando as paisagens ainda a percorrer.

A tua reforma íntima te concederá a paz por que anelas e a felicidade que desejas.

sábado, 26 de julho de 2008

ABENÇOA A MINHA ALEGRIA!




Oração do Dia -
Senhor, minha estrada é feita de dias que nem sempre estiveram claros e felizes, e onde horas sombrias turvaram meu coração de aflição e lágrimas...
Experimentei muitas vezes, meu Pai, a solidão, o abandono e a ingratidão... Em minha memória persistem ainda momentos amargos, onde se misturam dor e mágoa, a dizer de almas que passaram por mim quais tormentas humanas deixando para trás um rastro infeliz de dano e destruição... No corpo, meu Pai, a marca do tempo, e em minha alma, a marca dos sentimentos alheios e que nem sempre estiveram de acordo com a Tua Lei de fraternidade, caridade e perdão...
Amei, Senhor, e nem sempre fui amado; reparti, e muitas vezes passei por privações; estendi a mão amiga e tropecei por falta de apoio; abracei e me vi sozinho; sequei lágrimas e chorei a sós minhas dores; ofertei abrigo e caminhei ao desamparo; clareei caminhos e me surpeendi sem rumo na noite da prova; solucionei enigmas e me perdi de mim mesmo; suscitei esperanças e vi meus sonhos se desfazendo sob os pés de ingratos; indiquei o Senhor como remédio adequado a todo sofrimento e me esqueci de Ti na hora de meu martírio por não ouvir da boca dos que beneficiei palavras que me lembrassem de Tua presença ao meu lado...
Mesmo assim, Senhor, não deixei meu sorriso perder-se entre as brumas da aflição e da tristeza. Persisti vida afora, da maneira que me foi possível, preservando dentro de mim o tesouro da confiança e da fé, a se manifestar na tímida alegria com que soube sempre saudar a vida, nas suas mais diversas manifestações!...
Vive em mim a alegria por laço indestrutível a ligar-me à Ti, qual caminho sólido e seguro e no qual Te vislumbro porque és acima de tudo claridade, vida e contentamento! Se é na confiança no amanhã que nasce a força para enfrentar o hoje, por mais difícil, é na luz e na magia de um sorriso abençoado por Ti que esta força torna-se poder irresistível e transformador!
Te rogo, Pai, abençoa sempre este meu estado de alma! Não permita que as provas pelas quais passei e ainda passarei empanem com sua sombra triste os dias que me restam sobre a Terra! Que nem a dor, nem a doença, sequer as perdas me façam deixar de cultivar no rosto o sorriso que desfaz toda melancolia e toda lágrima! Que eu saiba manter no coração a alegria qual facho permanente de luz a unir-me ao teu Amor, e a me falar de alegrias maiores e mais venturosas que reservas a todos os filhos que embora açoitados pelos males do mundo permencem contigo sem desfalecer, seguindo em frente jubilosos e pacificados desde agora, no rumo do Teu Reino eterno de infinita glória e felicidade!

Assim seja!

André Luiz, IDEAL André, 22.01.2003*

sexta-feira, 25 de julho de 2008

ANJOS GUARDIÃES




Os anjos guardiães são embaixadores de Deus, mantendo acesa a chama da fé nos corações e auxiliando os enfraquecidos na luta terrestre.

Quais estrelas formosas, iluminam as noites das almas e atendem-lhes as necessidades com unção e devotamento inigualáveis.

Perseveram ao lado dos seus tutelados em toda circunstância, jamais se impacientando ou os abandonando, mesmo quando eles, em desequilíbrio, vociferam e atiram-se aos despenhadeiros da alucinação.

Vigilantes, utilizam-se de cada ensejo para instruir e educar, orientando com segurança na marcha de ascensão.

Envolvem os pupilos em ternura incomum, mas não anuem com seus erros, admoestando com severidade quando necessário, a fim de lhes criarem hábitos saudáveis e conduta moral correta.

São sábios e evoluídos, encontrando-se em perfeita sintonia com o pensamento divino, que buscam transmitir, de modo que as criaturas se integrem psiquicamente na harmonia geral que vige no Cosmo.

Trabalham infatigavelmente pelo Bem, no qual confiam com absoluta fidelidade, infundindo coragem àqueles que protegem, mantendo a assistência em qualquer circunstância, na glória ou no fracasso, nos momentos de elevação moral e naqueloutros de perturbação e vulgaridade.

Nunca censuram, porque a sua é a missão de edificar as almas no amor, preservando o livre-arbítrio de cada uma, levantando-as após a queda, e permanecendo leais até que alcancem a meta da sua evolução.

Os anjos guardiães são lições vivas de amor, que nunca se cansam, porquanto aplicam milênios do tempo terrestre auxiliando aqueles que lhes são confiados, sem se imporem nem lhes entorpecerem a liberdade de escolha.

Constituem a casta dos Espíritos Nobres que cooperam para o progresso da humanidade e da Terra, trabalhando com afinco para alcançar as metas que anelam.

Cada criatura, no mundo, encontra-se vinculada a um anjo guardião, em quem pode e deve buscar inspiração, auscultando-o e deixando-se por ele conduzir em nome da Consciência Cósmica.

Tem cuidado para que te não afastes psiquicamente do teu anjo guardião.

Ele jamais se aparta do seu protegido, mas este, por presunção ou ignorância, rompe os laços de ligação emocional e mental, debandando da rota libertadora.

Quando erres e experimentes a solidão, refaze o passo e busca-o pelo pensamento em oração, partindo de imediato para a ação edificante.

Quando alcances as cumeadas do êxito, recorda-o, feliz com o teu sucesso, no entanto preservando-te do orgulho, dos perigos das facilidades terrestres.

Na enfermidade, procura ouvi-lo interiormente sugerindo-te bom ânimo e equilíbrio.

Na saúde, mantém o intercâmbio, canalizando tuas forças para as atividades enobrecedoras.

Muitas vezes sentirás a tentação de desvairar, mudando de rumo. Mantém-te atento e supera a maléfica inspiração.

O teu anjo guardião não poderá impedir que os Espíritos perturbadores se acerquem de ti, especialmente se atraídos pelos teus pensamentos e atos, em razão do teu passado, ou invejando as tuas realizações... Todavia te induzirão ao amor, a fim de que te eleves e os ajudes, afastando-os do mal em que se comprazem.

O teu anjo guardião é o teu mestre e amigo mais próximo.

Imana-te a ele.

Entre eles, os anjos guardiães e Deus, encontra-se Jesus, o Guia perfeito da humanidade.

Medita nas Suas lições e busca seguir-Lhe as diretrizes, a fim de que o teu anjo guardião te conduza ao aprisco que Jesus levará ao Pai Amoroso.

Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis

MENSAGEM FRATERNA

Guarde-se do mal e defenda-se dele com a realização do bem operante.
Há muito que fazer, valorizando a oportunidade e serviço que surge inesperada.
A intriga não merece a atenção dos seus ouvidos.
A injúria não merece o respeito da sua preocupação.
A ingratidão não merece o respeito da sua preocupação.
A ofensa não merece o zelo da sua aflição.
O ultraje não merece o seu revide verbalista.
A mentira não merece a interrupção das suas nobres tarefas.
A exasperação não merece o seu sofrimento.
A perseguição gratuita não merece a sua solicitude.
A maledicência não merece o alto-falante da sua garganta.
A inveja não merece o tempo de que você necessita para o trabalho nobre.
Abra os braços ao dever, firme-se no solo do serviço, abrace-se à cruz da responsabilidade, recordando o madeiro onde expirou o Cristo e, em perfeita magnitude, desafie a fúria do mal.
O lídimo cristão é fiel servidor.
(Divaldo P. Franco por Marco Prisco. In: Legado Kardequiano)

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Tarefa Mediúnica



Livro: Mediunidade e Sintonia - 20
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier

Mediunidade não é instrumento de mágica, com que os Espíritos Superiores adormeçam a mente dos amigos encarnados, utilizando-os em espetáculos indébitos para a curiosidade humana.

Realmente observamos companheiros que se confiam a entidades não aperfeiçoadas, embora inteligentes, efetuando o fascínio provisório de muitos, no setor das gratificações sentimentais menos construtivas, entretanto, aí te­mos apenas o encantamento temporá­rio e nada mais.

Tarefa mediúnica, no fundo, é consagração do trabalhador ao ministério do bem.

O fenômeno, dentro dela, surge em último lugar, porque, antes de tudo, representa caridade operante, fé ativa e devotamento ao próximo.

Quem busque orientação para empresas dessa ordem, procure a companhia do Cristo, que não vacilou em aceitar a cruz para servir, dentro do divino amor que lhe inflamava o coração.

Ser medianeiro das forças elevadas que governam a vida é sintonizar-se com a onda renovadora do Evangelho, que instituiu o “amemo-nos uns aos outros”, qual Jesus se dedicou a nós, em todos os dias da vida.

A prosperidade dos sentidos superiores da alma não reside no artificialismo dos fenômenos transitórios e sim na abnegação com que o discípulo da verdade se honra em peregrinar com o Mestre do perdão e da humildade, da renúncia e da vida eterna, auxiliando, sem exceção, aos viajores do escabroso caminho terrestre.

Se pretendes um título na mediunidade que manifesta no mundo as revelações do Senhor, não te fixes tão-só na técnica fenomênica; rejubila-te com as oportunidades de servir, exprimindo boa vontade no socorro a todos os necessitados da senda humana; e, renovando os sofredores e os ignorantes, os perturbados e os tristes, sob o estandarte vivo de teu coração aberto para a Humanidade, abraça-os por tua própria família!

Depois disso, guarda a certeza de que te movimentas para a frente e para o alto, porque Jesus, o Divino Mestre, virá ao teu encontro, inundando-te a jornada de esperança, alegria e luz.

MEDIANTE ESFORÇO




A siderurgia transforma a estrutura dos metais e trabalha-os para finalidades compatíveis com programas adrede estabelecidos.

Artistas alteram as formas de pedras, do bronze, do cobre, do ouro, da prata, da matéria e transmitem-lhes vida, arrancando-lhes das entranhas, sob inspiração e esforço, a beleza e a utilidade para o enriquecimento da sociedade.

Débil raiz cravada na frincha de uma rocha, obedecendo ao finalismo da sua existência, fende a pedra rude e sustenta a planta que sobre ela se desenvolve.

A vida responde de acordo com a ação desencadeada.

O violento tropeça com a truculência a cada passo.

A paciência encontra a harmonia quando persiste.

O sanguinário torna-se vítima da própria impetuosidade.

O pacifista adquire tranqüilidade enquanto defende os ideais que o dominam.

O intrigante padece da neurose do medo.

A lealdade produz confiança.

A irritabilidade leva às ulcerações gástricas, duodenais e ao desequilíbrio da emoção.

A concórdia gera harmonia em toda pessoa e lugar.

O mal é sombra pelo caminho de quem lhe sofre a ação.

O bem é luz irradiante a produzir alegria.

Amolda-te ao programa do dever de crescer para Deus, “domando as más inclinações”, a princípio nas imperfeições de pequena monta, mediante cujo exercício te condicionarás para a vitória sobre as paixões mórbidas que procedem do passado delituoso e de que te deves libertar em definitivo.

O homem torna-se o que se trabalha.

Não há milagre de transformação moral, em quem não se exercitou nas realizações humanas para a própria sublimação pessoal.



(De: “Alegria de Viver”, de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis).

A Força do Amor




Eram noivos e se preparavam para o casamento, quando o pai da noiva descobriu que o rapaz era dado ao jogo.

Decidiu se opor à realização do matrimônio, a pretexto de que o homem que se dá ao vício do jogo, jamais seria um bom marido.

Contudo, a jovem obstinada decidiu se casar, assim mesmo. E conseguiu, fazendo valer a sua vontade, vencendo a resistência do pai.

Nos primeiros dias de vida conjugal, o rapaz se portou como um marido ideal. Entretanto, com o passar dos dias, sentia crescer em si cada vez mais o desejo de voltar à mesa de jogo.

Certa noite, incapaz de resistir, retornou ao convívio de seus antigos companheiros.

Em casa, a jovem tomou um bordado e ficou aguardando. Embora ocupada com o trabalho manual, tinha os olhos presos ao relógio. As horas pareciam passar cada vez mais lentas.

Já era alta madrugada, quando o marido chegou. Nem disfarçou a sua irritação, por surpreender a companheira ainda acordada. Logo imaginou que ela o esperava para censurar a sua conduta.

Quando ele a interrogou sobre o que fazia àquela hora ela, com ternura e bondade na voz, disse que estava tão envolvida com seu bordado, que nem se dera conta da hora avançada.

Sem dar maior importância à ocorrência, ela se foi deitar.

No dia seguinte, quando ele retornou ainda mais tarde da casa de jogos, a encontrou outra vez a esperá-lo.

"Outra vez acordada?", perguntou ele quase colérico.

"Não quis que fosse se deitar, sem que antes fizesse um lanche. Preparei torradas, chá quentinho. Espero que você goste."

E, sem perguntar ao marido onde estivera e o que fizera até aquela hora, a esposa o beijou carinhosamente e se recolheu ao leito.

Na terceira noite, ela o esperou com um bolo delicioso, cuja receita lhe fora ensinada pela vizinha.

Antes mesmo que o marido dissesse qualquer coisa, ela se prendeu ao pescoço dele, abraçou-o e pediu que provasse da nova delícia.

E assim, todas as madrugadas, a ocorrência se repetiu. O marido começou a se preocupar.

Na mesa de jogo, tinha o pensamento menos preso às cartas do que à esposa, que o esperava, pacientemente, como um anjo da paz.

Começou a experimentar uma sensação de vergonha, ao mesmo tempo de indiferença e quase repulsa por tudo quanto o rodeava.

O que ele tinha em casa era uma mulher que o esperava, toda madrugada, para o abraçar, dar carinho. E ele, ali, naquele lugar?

Aos poucos, foi se tornando mais forte aquele incômodo. Finalmente, um dia, de olhar vago e distante, como se tivesse diante de si outro cenário, o rapaz se levantou de repente da mesa de jogo.

Como se cedesse a um impulso quase automático, retirou-se, para nunca mais voltar.

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Nos dias de hoje, é bem comum os casais optarem por se separar, até por motivos quase ingênuos.

Poucas criaturas decidem lutar para harmonizar as diferenças, superar os problemas, em nome do amor, a fim de que a relação matrimonial se solidifique.

Contudo, quando o amor se expressa, todo o panorama se modifica. É difícil a alma que resista às expressões do amor. Porque o amor traz a mensagem da plenificação, do bem estar, da alegria.

Desta forma, é sempre salutar investir no amor, expressando-o através de gestos, pequenas atenções, gentilezas.

O amor é o sentimento por excelência e tem a capacidade de transformar situações e pessoas.

Experimente-o agora.


Autor:
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no cap. "A Força do Amor", do livro o Primado do Espírito, de Rubens C. Romanelli, ed. Síntese.

http://groups.msn.com/MensagensDeLuz

quarta-feira, 23 de julho de 2008

MENSAGENS




A Calúnia
A todos quantos te ferem e caluniam, abraçarás com o mesmo amor, mesmo que para isso, tenhas que sofrer e chorar.

A calúnia é fúria que destrói, ao contato com a vingança surgida quase sempre a derrota é fatal.

Relaciona os quadros da própria vida, e verás, que para aparar a fúria do mar revolto só a obediência e a submissão de blocos rústicos de pedra, podem nos dizer em silencio, quantos golpes são capazes de aceitar para que o mal não atinja proporções vastas.

Quando alguém te fale da ferocidade do mundo, lembra sempre meu filho, que ninguém expressa o que não sente.

Emudece ante o desequilíbrio de teu irmão, para que não venhas a agravar-lhe a própria culpa.

Toda manifestação de paz nascida de uma conduta sadia cultivada na perseverança do bem, poderá ser apresentada ao que manifesta revolta, com humildade sincera e pura dos que amam a Deus, reconhecendo suas faltas. Do contrário, todo revide de superioridade, alegando ausência de pecado, poderá ser queda total para aquele que a apresenta.

Todos nós carregamos do passado, a falta de dever perante a lei, e ele nos reclama reparação, sem exceção de culpa.

Desta forma, meu filho, que a piedade te guie os passos nesta caminhada longa da vida, lembrando -te sempre do dever que tens de amparar a quem quer que te procure, para que, o dia em que surja de improviso o caluniador gratuito de tuas ações jamais tenhas do que te envergonhar perante o Pai, e possas abraçá-lo com verdadeiro amor. Isto é, reconhecendo nele um irmão ignorante da vida eterna, que se deixou levar pela invigilância, sintas em ti, o verdadeiro perdão, a fim de podê-lo auxiliar com a tua presença de paz, disposto a servi-lo naquilo que o Pai determinar.

Perseverar na fé e na esperança de que o Senhor te guiara aqui ou no além, toda vez que te disponhas a servi-lo com amor.

Mensagem recebida em 03/11/69 espírito Bezerra de Menezes no C.E. Paz, Amor e Caridade
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Caminhos
Caminha!

Embora a estrada seja sempre a mesma, encontrarás variações indefinidas, nos atalhos que o caminho apresenta...

Irmãos incontáveis, com as mesmas necessidades, com os mesmos problemas e com os mesmos apelos de amor.

Todos andam ao teu lado! todos esperam, de ti, o amparo provisório de que se sentem necessitados!

Não os defraudes com tua reprovação! Não temas de ser restrito no recurso que lhes apresentes. Dá e dá sempre, sem receio de errar.

Nunca esperes ter tudo o que imaginas necessário para mitigar-lhes as lágrimas. Lembra que, a cada um, lhe é dado o necessário para a devida sustentação, mas, para quem tem bastante e sempre, pode auxiliar com mais facilidade.

Auxilia! Teu recurso, junto a outros meios de outros irmãos, formarão o conjunto do necessário para quem chora. Importa é não parar com a vossa caridade, a fim de que a caridade de Deus resplandeça por vosso intermédio, sobre a humanidade inteira.

Lembra-te das bênçãos do tempo que tudo modifica e tudo remove, e não descreias da verdade e do bem.

A criança abandonada de hoje, poderá ser, no dia de amanhã, com a ajuda do tempo, o operário afortunado, do qual poderás receber as bênçãos do auxílio na hora de maior necessidade.

O irmão enfermo, terá a possibilidade de se restabelecer e modificar o roteiro de penúria em que hoje vive...

Tanto quanto, as coletividades que hoje se debatem na violência e na destruição, serão as que restabelecerão a harmonia e a paz no futuro, através do trabalho árduo do cultivo da terra, e da tarefa digna do esclarecimento e da cultura para que a vida fale em alegria e amor...

Amigos do coração: não tenhamos receio de servir em favor da causa do bem! Esqueçamos contratempos e doenças e entreguemo-nos de alma e coração ao serviço da fraternidade, lembrando apenas que, as dores e os sofrimentos nada mais são do que lições redentoras, que nos ajudam a ascender ao convívio dos Amigos da vida mais alta, para o desempenho de tarefas dignas, para a eternidade que nos aguarda.

E, unidos, defendendo o patrimônio do Amor, encontraremos sem lugar a dúvida, a própria vitória em nosso constante caminhar com Deus.

Bezerra de Menezes no Centro Espírita Paz, Amor e Caridade

médium: Aurora Barba
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NO DIA A DIA

Não converta seus ouvidos num paiol de boatos.
A intriga é uma víbora que se aninhará em sua alma.

Não transforme seus olhos em óculos da maledicência.
As imagens que você corromper viverão corruptas na tela se sua mente.

Não Faça de suas mãos lanças para lutar sem proveito.
Use-as na sementeira do bem.

Não menospreze sua faculdades criadoras, centralizando-as nos prazeres fáceis.
Você responderá pelo que fizer delas.

Não condene sua imaginação às excitações permanentes.
Suas criações inferiores atormentarão seu mundo íntimo.

Não conduza seus sentimentos à volúpia de sofrer.
Ensine-os a gozar o prazer de servir.

Não procure o caminho do paraíso, indicando aos outros a estrada para o inferno. A senda para o Céu será construída dentro de você mesmo.

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André Luiz

(Mensagem retirada do livro "Agenda Cristã" psicografia de Francisco Cândido Xavier)

terça-feira, 22 de julho de 2008

Mãos Estendidas



Estende a tua mão. E ele a estendeu
e foi-lhe restituída a sua
mão, sã como a outra" - (MARCOS, 3:5.)



Em todas as casas de fé religiosa, há crentes de mãos estendidas, suplicando socorro...

Almas aflitas revelam ansiedade, fraqueza, desesperança e enfermidades do coração.

Não seremos todos nós, encarnados e desencarnados, que algo rogamos à Providência Divina, semelhantes ao homem que trazia a mão seca?

Presos ao labirinto criado por nós mesmos, eis-nos a reclamar o auxílio do Divino Mestre...

Entretanto, convém ponderar a nossa atitude.

É justo pedir e ninguém poderá cercear quaisquer manifestações da humildade, do arrependimento, da intercessão.

Mas é indispensável examinar o modo de receber.

Muita gente aguarda a resposta materializada de Jesus.

Esse espera o dinheiro, aquele conta com a evidência social de improviso, aquele outro exige a imediata transformação das circunstâncias no caminho terrestre...

Observemos, todavia, o socorro do Mestre ao paralítico.

Jesus determina que ele estenda a mão mirrada e, estendida essa, não lhe confere bolsas de ouro nem fichas de privilégio. Cura-a. Devolve-lhe a oportunidade de serviço.

A mão recuperada naquele instante permanece tão vazia quanto antes.

É que o Cristo restituía-lhe o ensejo bendito de trabalhar, conquistando sagradas realizações por si mesmo; recambiava-o às lides redentoras do bem, nas quais lhe cabia edificar-se e engrandecer-se.

A lição é expressiva para todos os templos da comunidade cristã.

Quando estenderes tuas mãos ao Senhor, não esperes facilidades, ouro, prerrogativas... Aprende a receber-lhe a assistência, porque o Divino Amor te restaurará as energias, mas não te proporcionará qualquer fuga às realizações do teu próprio esforço.

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Fonte Viva. Ditado pelo Espírito Emmanuel. 20a edição. Lição 174. FEB, 1999.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

A Grande Pergunta



Solicitando Bartolomeu esclarecimentos quantos às respostas do Alto às súplicas dos homens, respondeu Jesus para elucidação geral:

- Antigo instrutor dos mandamentos Divinos ia em missão da Verdade Celeste, de uma aldeia para outra, profundamente distanciadas entre si, fazendo-se acompanhar de um cão amigo, quando anoiteceu, sem que lhe fosse possível prever o número de milhas que o separavam do destino.

Reparando que a solidão em plena natureza era medonha, orou, implorando a proteção do eterno Pai, e seguiu.

Noite fechada e sem luar, percebeu a existência de larga e confortadora cova à, margem da trilha em que avançava, e acariciando o animal que o seguia, vigilante, dispôs-se a deitar-se e dormir. Começou a instalar-se, pacientemente, mas espessa nuvem de moscas vorazes o atacou, de chofre, obrigando-o a retomar o caminho.

O ancião continuou a jornada, quando se lhe deparou volumoso riacho, num trecho em que a estrada se bifurcava. Ponte rústica oferecia passagem pela via principal, e, além dela, a terra parecia sedutora, porque, mesmo envolvida na sombra noturna, semelhava-se a extenso lençol branco.

O santo pregador pretendia ganhar a outra margem, arrastando o companheiro obediente, quando a ponte se desligou das bases, estalando e abatendo-se por inteiro.

Sem recursos, agora, para a travessia, o velhinho seguiu pelo outro rumo, e, encontrando robusta árvore, ramalhosa e acolhedora, pensou em abrigar-se, convenientemente, porque o firmamento anunciava a tempestade pelos trovões longínquos. O vegetal respeitável oferecia asilo fascinante e seguro no próprio tronco aberto. Dispunha-se ao refúgio, mas a ventania começou a soprar tão forte que o tronco vigoroso caiu, partido, sem remissão.

Exposto então a chuva, o peregrino movimentou-se para diante.

Depois de aproximadamente 2 milhas, encontrou um casebre rural, mostrando doce luz por dentro, e suspirou aliviado.

Bateu à porta. O homem ríspido que veio atender foi claro na negativa, alegando que o sítio não recebia visitas à noite e que não lhe era permitido acolher pessoas estranhas.

Por mais que chorasse e rogasse, o pregador foi constrangido a seguir além.

Acomodou-se, como pôde, debaixo do temporal, nas cercanias da casinhola campestre; no entanto, a breve espaço, notou que o cão, aterrado pelos relâmpagos sucessivos, fugia a uivar, perdendo-se nas trevas.

O velho, agora sozinho, chorou angustiado, acreditando-se esquecido por Deus e passou a noite ao relento. Alta madrugada, ouviu gritos e palavrões indistintos, sem poder precisar de onde partiam.

Intrigado, esperou o alvorecer e, quando o sol ressurgiu resplandecente, ausentou-se do esconderijo, vindo a saber, por intermédio de camponeses aflitos, que uma quadrilha de ladrões pilhara a choupana onde lhe fora negado o asilo, assassinando os moradores.

Repentina luz espiritual aflorou-lhe na mente.

Compreendeu que a Bondade Divina o livrara dos malfeitores e que, afastando dele o cão que uivava, garantira-lhe a tranqüilidade do pouso.

Informando-se de que seguia em trilho oposto à localidade do destino, empreendeu a marcha de regresso, para retificar a viagem, e, junto à ponte rompida, foi esclarecido por um lavrador de que a terra branca, do outro lado, não passava de pântano traiçoeiro, em que muitos viajores imprevidentes haviam sucumbido.

O velho agradeceu o salvamento que o Pai lhe enviara e, quando alcançou a arvore tombada, um rapazinho observou-lhe que o tronco, dantes acolhedor, era conhecido covil de lobos.

Muito grato ao Senhor que tão milagrosamente o ajudara, procurou a cova onde tentara repouso e nela encontrou um ninho de perigosas serpentes.

Endereçando infinito reconhecimento ao Céu pelas expressões de variado socorro que não soubera entender, de pronto, prosseguiu adiante, são e salvo, para desempenho de sua tarefa.

Neste ponto da curiosa narrativa, o Mestre fitou Bartolomeu demoradamente e terminou:

- O Pai ouve sempre as nossas rogativas, mas é preciso discernimento para compreender as respostas dEle e aproveitá-las.


Neio Lúcio, da obra Jesus no Lar. Psicografada por Chico Xavier.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

DESGRAÇAS TERRENAS








Toda vez que uma desgraça se abate sobre um homem, a verdadeira desgraça para ele é não saber receber devidamente o infortúnio que lhe chega.

Desgraça, realmente, é o mal, o prejuízo, o dano que se pode praticar contra alguém e não o que se recebe ou se sofre.

O que muitas vezes tem aparência de desgraça - e isto quase sempre - é resgate intransferível e valioso que assoma à alfândega do devedor, cobrando-lhe os débitos livremente assumidos e aceitos. Das mais duras provações sempre resultam benefícios valiosos para o espírito imortal. Há que considerar cada um a própria posição que mantém na vida terrena para avaliar com acerto os acontecimentos que o visitam.

Quando somente se experimentam as emoções físicas e conceituamos os valores imediatos, desgraças, em realidade, para tais, são os pequenos caprichos não atendidos, as veleidades vaidosas não respeitadas, as ambições ridículas não satisfeitas que assumem papel preponderante e se transformam em infelicidade legítimas, porquanto, ignorando propositadamente as realidades superiores, esses descuidados se apegam às menores coisas e aos recursos de nenhuma monta, derrapando para a irritabilidade, as paixões, a loucura, o suicídio: desgraças que levam o Espírito às províncias de amarguras inomináveis, a vencerem tempo sem limite em etapas de dor sem nome...

As desgraças que foram convencionadas como: perda de saúde, prejuízos financeiros, ausência de pessoas amadas, desemprego, acidentes, abandono por parte de queridos afetos, se constituem áspero testemunho que chega ao ser em jornada redentora, se transformam também em portal que transposto estoicamente descera a dádiva da felicidade permanente e enseja paz sem refrega de luta em atmosfera de harmonia interior.

Quando o infortúnio não resulta de imediato desatino ou leviandade à bênção da Vida à vida, facultando vitória próxima.

Nesse particular os Espíritos Superiores levam em alta consideração os sofrimentos humanos, as desgraças que abatem homens, família, povos e, pressurosos, em nome da Misericórdia Divina, acorrem a ajudar e socorrer esses padecentes, dando-lhes forças e coragem para permanecerem firmes e confiantes, buscando diminuir neles a intensidade da dor, e, noutras circunstâncias, tendo em vista os novos méritos que resultam das conquistas individuais ou coletivas, desviando-as, atenuando-as, impedindo mesmo que se realize, pela constrição do sofrimento, a depuração espiritual, o que faculta capazes de anular o saldo devedor constritivo e perseverante, porque se a Justiça Divina é rigorosa e imutável, a Divina Misericórdia se consubstancia no amor, tendo-se em vista que Deus, nosso Pai Excelso, "é amor".

"Bem-aventurados os que choram, pois que serão consolados". Mateus: 5-4.

"De duas espécies são as vicissitudes da vida, ou se o preferirem, promanam de duas fontes bem diferentes, que importa distinguir. Umas têm sua causa na vida presente; outras, fora desta vida".

(Do livro “Florações Evangélicas”, de Divaldo P. Franco – Joanna de Ângelis)

QUESTÕES A MEDITAR







Você dominará sempre as palavras que não disse, entretanto, se subordinará àquelas que pronuncie.
Zele pela tranquilidade de sua consciência, sem descuidar de sua apresentação exterior.
No que se refere à alimentação, é importante recordar a afirmativa dos antigos romanos: "há homens que cavam a sepultura com a própria boca".
Tanto quanto possível, em qualquer obrigação a cumprir, esteja presente, pelo menos dez minutos antes, no lugar do compromisso a que você deve atender.
A inação entorpece qualquer faculdade.
O sorriso espontâneo é uma bênção atraindo outras bênçãos.
Servir, além do próprio dever, não é bajular e sim ganhar segurança.
Cada pessoa a quem você preste auxílio, é mais uma chave na solução de seus problemas.
É natural que você faça invejosos, mas não inimigos.
Cada boa ação que você pratica, é uma luz que você acende, em torno dos próprios passos.
Quem fala menos ouve melhor, e quem ouve melhor aprende mais.



(André Luiz/Francisco Cândido Xavier, livro "Sinal Verde")

terça-feira, 15 de julho de 2008

POR ONDE FORES






POR ONDE FORES

Procura ver, além das formas, e ouvir acima das palavras, a fim de que aprendas a auxiliar.

Sob o espinheiro da irritação de um amigo, estará provavelmente um problema doloroso que desconheces.

Na base da resposta contundente de interlocutor determinado, a quem pediste cooperação e bondade, se esconde profundo pesar, prestes a se exprimir em aguaceiro de lágrimas.

No fundo da agressividade imprevista de um companheiro, do qual esperavas a frase consoladora que te arredasse das próprias inquietações permanece talvez um sofrimento maior que o teu.

E nas vozes que te pareçam inconvenientes, por demasiado extrovertidas e inoportunas, possivelmente se ocultam telas de angústia que, se expostas de improviso, te gelariam o coração.

Atende as tarefas que a vida te reservou e, sobretudo, empenha-te a entender, a fim de não reprovar.

No plano Terrestre, os chamados felizes suportam responsabilidades que se lhes afiguram algemas de cativeiro e muitos daqueles apontados por detentores de privilégios são criaturas chamadas à sustentação das atividades de outras muitas, trabalhando numa cela dourada por fora, mas encharcada por dentro pelo pranto da solidão.

Segue na estrada dos deveres que te foram assinalados, abençoando e amando sempre.

No mundo, somos todos viajores ante as rotas do tempo, em busca de aperfeiçoamento espiritual.

As tribulações que hoje marcam a senda dos outros, amanha talvez sejam também nossas.

Reflete na Bondade Infinita de Deus e caminha.

Por onde fores, carrega contigo a benção do entendimento e a luz da compaixão.


Francisco Cândido Xavier, Da obra: Deus Aguarda. Ditado pelo Espírito Meimei

segunda-feira, 14 de julho de 2008

ORAÇÃO




"Querido Deus, eu agradeço por este dia, eu agradeço por ser capaz de ver e ouvir esta manhã, eu sou abençoado porque o Senhor é o Deus do perdão e da compaixão, o Senhor tem feito muito por mim e continua me abençoando.
Perdoe-me neste dia por tudo que eu tenha feito, dito ou pensado que não era agradecimento ao Senhor .
Eu peço agora por Seu perdão!
Por favor, mantenha-me a salvo dos perigos e tormentas.
Ajude-me a começar este dia com uma nova atitude de gratidão plena.
Deixe-me fazer o melhor a cada e todo dia para limpar a minha mente para poder Ouví-lo.
Por favor, que minha mente possa aceitar todas as coisas.
Não me deixe lamentar e queixar sobre as coisas as quais não tenho controle.
E esta é a melhor resposta quando eu estiver além do meu limite.

Eu sei que eu posso Orar. O Senhor escuta o meu coração.
Continue a me usar para fazer a Sua obra.
Continue a me abençoar para que eu possa ser uma benção para os outros.
Mantenha-me forte para que eu possa ajudar os necessitados...
Mantenha-me de pé para que eu possa ter palavras de encorajamento para os outros.
Eu Oro para todos aqueles que perderam e não conseguem encontrar o Seu caminho.
Eu Oro para todos aqueles que são oprimidos e mal compreendidos.
Eu Oro por todos aqueles que não Te conhecem intimamente.
Eu oro por aqueles que não acreditam.
Mas eu agradeço ao Senhor porque eu acredito que Deus muda as pessoas e as coisas.
Eu oro por minhas irmãs e irmãos. pelas famílias e seus lares.
Eu oro pela paz, amor e alegria em suas casas.
Que eles quitem seus débitos e tenham todo alimento de que necessitam.
Eu oro para que todos os olhos que leiam esta oração não saibam o que é problema, circunstância ou situação maior que Deus.
Senhor toda batalha está em Tuas mãos para lutar conosco.
Eu oro para que estas palavras possam ser recebidas no coração de cada um que a leia. "

NO RECINTO DOMÉSTICO

Bondade no campo doméstico é a caridade começando em casa.

Nunca fale aos gritos, abusando da intimidade com os entes queridos.

Utilize os pertences caseiros sem barulho, poupando o lar a desequilíbrio e perturbação.

Aprenda a servir-se, tanto quanto possível, de modo a não agravar as preocupações da família.

Colabore na solução do problema que surja, sem alterar-se na queixa.

A sós ou em grupo, tome sua refeição sem alarme.

Converse edificando a harmonia.

É sempre possível achar a porta do entendimento mútuo, quando nos dispomos a ceder, de nós mesmos, em pequeninas demonstrações de renúncia a pontos de vista.

Quantas vezes um problema aparentemente insolúvel pede tão somente uma palavra calmante para ser resolvido?

Abstenha-se de comentar assuntos escandalosos ou inconvenientes.

Em matéria de doenças, fale o estritamente necessário.

Procure algum detalhe caseiro para louvar o trabalho e o carinho que lhe compartilham a existência.

Não se aproveite da conversação para entretecer apontamentos de crítica ou censura, seja a quem seja.

Se você tem pressa de sair, atenda ao seu regime de urgência com serenidade e respeito, sem estragar a tranqüilidade dos outros.



Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Sinal Verde. Ditado pelo Espírito André Luiz.

domingo, 13 de julho de 2008

Saibamos Confiar




"Não andeis, pois, inquietos."
- Jesus. (MATEUS, 6:31.)

Jesus não recomenda a indiferença ou a irresponsabilidade.

O Mestre, que preconizou a oração e a vigilância, não aconselharia a despreocupação do discípulo ante o acervo do serviço a fazer.

Pede apenas combate ao pessimismo crônico.

Claro que nos achamos a pleno trabalho, na lavoura do Senhor, dentro da ordem natural que nos rege a própria ascensão.

Ainda nos defrontaremos, inúmeras vezes, com pântanos e desertos, espinheiros e animais daninhos.

Urge, porém, renovar atitudes mentais na obra a que fomos chamados, aprendendo a confiar no Divino Poder que nos dirige.

Em todos os lugares, há derrotistas intransigentes.

Sentem-se nas trevas, ainda mesmo quando o Sol fulgura no zênite.

Enxergam baixeza nas criaturas mais dignas.

Marcham atormentados por desconfianças atrozes. E, por suspeitarem de todos, acabam inabilitados para a colaboração produtiva em qualquer serviço nobre.

Aflitos e angustiados, desorientam- se a propósito de mínimos obstáculos, inquietam-se, com respeito a frivolidades de toda sorte e, se pudessem, pintariam o firmamento à cor negra para que a mente do próximo lhes partilhe a sombra interior.

Na Terra, Jesus é o Senhor que se fez servo de todos, por amor, e tem esperado nossa contribuição na oficina dos séculos. A confiança dEle abrange as eras, sua experiência abarca as civilizações, seu devotamento nos envolve há milênios...

Em razão disso, como adotar a aflição e o desespero, se estamos apenas começando a ser úteis?


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Vinha de Luz. Ditado pelo Espírito Emmanuel. Lição 86. Edição Internet baseada na 14a edição (Download do livro em http://www.febnet. org.br). Rio de Janeiro, RJ: FEB.

O QUE É SER ESPIRITUALISTA




Do livro ESTUDOS ESPIRITUALISTAS Desvendando os Caminhos

de Dalton Campos Roque e Ramatís, espírito http://www.conscien cial.org

Há duas correntes básicas que definem a humanidade: o materialismo e o espiritualismo. Todas as religiões são espiritualistas, pois acreditam em algo além da matéria. Doutrinas, filosofias e sistemas de pensamento que não são materialistas caem automaticamente na linha espiritualista, mesmo que não queiram ou não gostem deste conceito/ rótulo.

Há também uma confusão generalizada quando as convergências e divergências entre o que é, e o que não é ser “espírita” versus ser espiritualista. Kardec ao codificar e compilar uma pesquisa realizada com bases estatísticas de forma sólida e coerente criou um corpo de conhecimentos que atualmente é utilizado por uma religião que se autodenomina “Espírita” e que o trata como doutrina. Há controvérsias.

Se o indivíduo, grupo ou religião está limitado apenas em Kardec, ele não é espírita, ele é Kardecista, ou seja, o criador como pessoa é “canonizado” acima da proposta de conhecimento e evolução que ele mesmo compilou, algo incoerente, transformando a ferramenta (meio) em fim (objetivo). Qualquer linha de conhecimento, idéia ou proposta não é posse de apenas uma pessoa, mas de toda a humanidade. E qualquer um, a qualquer momento e de qualquer linha pode e poderá estudar uma outra, desde que tenha mente e coração abertos e humildade de desejar aprender.

Espiritismo, pela própria acepção da palavra quer dizer o estudo dos espíritos. Espiritualidade é uma palavra derivada de “espírito”, portanto semelhante e, aliás, muito convergente, senão a mesma coisa, embora não haja consenso nesta idéia no meio popular (leigo). O que acontece é que as pessoas e grupos se perdem muito na semântica, nos rótulos, esquecendo a grandeza das idéias e das propostas, exaltando as diferenças, por mais insignificantes que sejam e desprezando as semelhanças. Há grupos que valorizam mais a semântica e o jargão da linha que ostentam do que o próprio conhecimento em si, novamente transformando meio em fim. Mera guerra de egos, um pensar pequeno, mesquinho e egoísta, cada qual louvando seu próprio grupo, doutrina e linha de pensamento, enquanto despreza as dos outros, exercendo uma necessidade umbilical de se sentir mais evoluído (salvacionismo grupuscular disfarçado).

Com toda esta salada de semântica popular o termo “espiritualista” tomou sentido diferente e limitado como se o espírita não fosse espiritualista, como se o católico não fosse espiritualista, como se o conscienciólogo não fosse espiritualista, como se o gnóstico não fosse espiritualista e assim sucessivamente. Na verdade o espiritualista de hoje (2007) acabou tomando um sentido diferente, como se fosse uma outra linha, opção diferente e até divergente das demais.

Discordo, todo espiritualismo converge, independente de nossos umbigos. Assim o rótulo “espiritualista” , que hora também está limitado infelizmente, deseja dizer: livre pensador, sem rótulo, universalista, com mais amplitude de abordagens, pesquisa e discernimento consciencial, que é onde os autores intrafísicos e extrafísicos desta modesta obra desejam navegar. Assim nos arriscamos a conceituar o ESPIRITUALISTA, não desejando definir e fechar, mas conceituar e abrir.

Ser espiritualista é ser um “cientista”, um pesquisador e autopesquisador da holossomática (o holossoma é composto de corpo físico, astral e mental) e da consciência, sem perder o sentimento e a afetividade. É não se perder na intelectualidade vazia, teórica, arrogante e vaidosa. É trocar a fé cega pela serena convicção íntima, a heterocrítica pela autocrítica e a postura emocional pela racional. É ser supra-institucional , ou seja, universalista, e estar acima de linhas de pensamento, ciências limitadas, misticismos ignorantes, dogmas bolorentos, filosofias verborrágicas, doutrinas estreitas, rótulos iniciáticos e linguajar preconceituoso. É ser cobaia consciencial de si mesmo, é ser pesquisador (sujeito), pesquisado (objeto) e pesquisa (ação, observação e inteligência) .

É viver no Paradigma Consciencial, considerando as muitas vidas (multi-existenciali dade), muitos corpos (multicorporeidade – holossomática) , as bioenergias (bioenergética) , e a evolução consciencial ao infinito. É estar acima de livros, autores, médiuns, projetores, lojas, casas, templos, instituições, paranormais, avatares, epicentros conscienciais e doutrinas, questionando tudo (omniquestionamento – ombudsman consciencial ). É melhor aprender errando no próprio rumo (autopesquisa independente, avançada e despojada), do que acertar, trilhando o rumo dos outros.

É buscar ser assistencial (amor universal ou maxifraternidade) as seus semelhantes da forma que melhor puder no momento, procurando-se priorizar o caminho das tarefas de esclarecimento (ensinar a pescar), sem desprezar cegamente as tarefas de consolação (dar o peixe), conjugando-se o melhor custo-benefício evolutivo, na ponderação contextual entre as duas.

É procurar arriscar a crescer e tocar sua empreitada consciencial sozinho, do que pegar o vácuo confortável de outros (gravitante consciencial) , que são mais maduros e experientes que você (coragem evolutiva). É galgar a evolução com vontade vulcânica, confiando em si e nos amparadores (autoconscientizaçã o multidimensional) , acreditando na qualidade de seu próprio trabalho (autoconfianç a evolutiva), a despeito das críticas levianas dos invejosos, gratuitas dos que nada fazem, inexeqüíveis dos que são teóricos, falaciosas dos intelectuais improdutivos, acomodadas dos abastados confortáveis, irônicas dos céticos e sarcásticas dos espiritualistas vazios. É ter coragem de bancar o próprio custo-benefício evolutivo (autoconfianç a consciencial) sem desmerecer ninguém.

É não se deixar levar pela patologia social generalizada, pelo rolo compressor das futilidades, idiotices tão comuns, aceitas e arraigadas nas mentes materialistas e fúteis, sedentas de emoções exteriores, densas e vivências efêmeras, fugindo de si mesmo (contrafluxo consciencial sadio – viva no mundo sem ser do mundo).

É assumir o próprio dharma (programação existencial, missão de vida, projeto reencarnatório) com coragem, às margens de linhas de pensamento que se autodenominam mais evoluídas, para atraírem adeptos (fiéis e voluntários – iscas do proselitismo) , que se afinizam (lei do semelhante) com um holopensene (conjunto de formas-pensamentos, forma-ssentimentos e energias do espírito ou consciência) vaidoso (bioenergética) .

É mais fácil gravitar na órbita de um epicentro consciencial (guru, mestre, mentor, professor, instrutor ou facilitador) do que se arriscar a ser um (coragem evolutiva).

Ser espiritualista é não possuir qualquer preconceito, conseguindo falar qualquer linguagem, sem se deter em apenas uma delas. É não possuir apenas uma linha de pensamento como fonte de pesquisa e reflexão, estudando todas elas, não vivenciando apenas uma ciência, mas autoexperimentando todas elas (trans, multi e interdisciplinarida de científica, consciencial e universalista) , sendo receptivo às conclusões e vivências dos outros, mas priorizando a sua própria, com coragem para discordar com cosmoética (lucidez consciencial, admiração-discordâ ncia, dissidência moderada não-gurulátrica) .

É seguir seu próprio caminho com o corpo mental (mentalsoma, corpo da racionalidade) projetado no cosmos e os pés fincados na rocha (adequação consciencial) , sem necessidade da fuga do místico ou do ego “importante” do pesquisador consciencial.

Ser espiritualista é jamais se sentir superior, mais importante, especial, seja para seu próprio umbigo (egokarma), seja para seu grupo (grupokarma) , seja para os amparadores (maxipeça de um minimecanismo) , seja para a sociedade e a humanidade em geral (polikarma). O espiritualista tem que ser uma minipeça de um macromecanismo (autoconsciência com visão de conjunto).

É não seguir nada e nem ninguém, pois bebe da fonte extrafísica de onde veio (origem multidimensional, autoconscientizaçã o multidimensional, pangrafia), sem se viciar nas muletas conscienciais (por exemplo, cristais, incensos, jargão técnico excessivo e/ou hermético, laboratórios consciencioló gicos, religiões, seitas, filosofias, rituais, ornamentos místicos, verdades absolutas, verdades relativas eternas e inatingíveis, metodologias e procedimentos escravizantes) .

Ser espiritualista é ser anímico, mediúnico, inspirado e intuitivo, exercer a projeção (de preferência a consciente) e a espiritualidade, procurando ser multifacetado, multímoda, pesquisador intra e extrafísico (pangrafia).

Ser espiritualista é ser transdisciplinar, multidisciplinar, interdisciplinar, metadisciplinar, multiveicular e multiconsciencial, sobrepairando todas as linhas e ciências, com uma visão de conjunto holística e integral de todas elas, enxergando as contradições e observando os paradoxos, se mantendo ao largo das disputas evolutivas mesquinhas, das fugas da realidade em escala individual e coletiva e das paixões ignorantes e exacerbadas (universalismo) .

É não possuir a humildade-doenç a e nem a arrogância (que sempre é doença), mas a humildade sadia de quem é modesto com naturalidade e fluência, aprendendo mais, por manter a xícara vazia (holomaturidade, sobriedade consciencial) .

Ser espiritualista é não ter a necessidade de visitar túmulo, cova, cemitério, mas ter o poder de se conectar com as consciências que habitam noutro plano da vida. É não temer a morte, por saber que ela não existe. É não temer as passagens e mudanças, pois passamos para o lado de “lá”, mudamos para o lado de “cá”, estamos aqui de passagem e, quando “lá” estivermos, será também de passagem. Para o espiritualista, a vida é uma eterna rodoviária, ou, talvez melhor, um eterno aeroporto, onde se entra e sai de corpos transitórios, nas “decolagens e aterrisagens” existenciais.

É saber viver no contrafluxo da sociedade patológica sem radicalizar, sem desdenhar e desrespeitar quem deveria ajudar e não apenas criticar de forma ácida e com desprezo.

Religiosos e espiritualistas são muitos; espiritualizados, muito poucos.

Técnicos, pesquisadores, parapsíquicos, racionais, pragmáticos e intelectuais são muitos; cosmoéticos operosos e evoluciólogos competentes, muito poucos.

Surfistas das tarefas de esclarecimento são muitos; tarefeiros lúcidos e ponderados na tarefa madura da assistencialidade consciente e eficaz, muito poucos.

Portadores de todos os tipos de “verdades” são muitos; os que vivenciam expansões de consciência e bebem lúcida e sobriamente da fonte extrafísica, muito poucos.

Professores de cursos pasteurizados, empacotados e treinados nos oligopólios e franquias internacionais das linhas de pensamento são muitos; os práticos fluentes são muito poucos.

Conhecimento com arrogância é sintoma de subcérebro abdominal.


Do livro ESTUDOS ESPIRITUALISTAS Desvendando os Caminhos

de Dalton Campos Roque e Ramatís, espírito http://www.conscien cial.org

sábado, 12 de julho de 2008

À Luz do Espiritismo





A história da humanidade tem, no livro nobre, seu gloriosos repositório. Em todos os tempos o livro tem sido o condutor das mentes e o mensageiro da vida.

O Mahabharata, que remonta ao século XVI antes de Cristo, narrando as guerras dos Coravas e Pandavas, é o ponto de partida do pensamento lendário da India, apresentando Krishna, no excelente Bagavadgita, a expor a Ardjuna incomparável filosofia mística onde repontam as nobres revelações palingenésicas.

A Bíblia - antigo Testamento - historiando as jornadas de Israel, oferece a concepção sublime do deus Único, Soberano e Senhor de todas as coisas.

Platão, cuja filosofia tem por método a dialética, expondo os pensamentos de Sócrates, seu mestre, nos jardins de Academos, coroa sua obra com a harmoniosa teoria das idéias, afirmando, no memorável "Fédon!, "que viver é recordar" e expressando a cultura haurida no Egito, onde recebera informações sobre a doutrina dos renascimentos.

O Evangelho de Jesus Cristo, traduzido para todos os idiomas e quase todos os dialetos do globo, faz do amor o celeiro de bênçãos da Humanidade.

O Alcorão, redigido após a morte de Maomé e dividido em 114 suratas ou capítulos, constitui a base de toda a civilização muçulmana, fonte única da verdade, do direito, da justiça...

Sem desejarmos reportar-nos à literatura mundial, não podemos, entretanto, esquecer que Agostinho, através das suas Confissões, inaugurando um período novo para o pensamento, abriu as portas para o estudo da personalidade, numa severa autocrítica, e que Tertuliano, com a Apologética, iniciou uma era para o Cristianismo que se mescla, desde então, com dogmas e preceitos que lhe maculam a pureza, através de sutilezas teológicas.

Dante, o florentino, satirizando seus inimigos políticos, apresentou uma visão mediúnica da vida além-túmulo.

Monge anônimo sugeriu uma Imitação de Cristo como vereda de sublimação para a alma encarnada...

Nostradamus, astrólogo e médico, escreveu sibilinamente as Centúrias, gravando sua visão profética do futuro.

Camões, com pena de mestre, compôs Os Lusíadas e registra os feitos heróicos de Portugal, repetindo os lances de Flávio Josefo em relação aos judeus e dos historiadores greco-romanos de antes de Jesus Cristo.

Depois do Renascimento, como advento da imprensa, o campo das idéias sofreu impacto violento, graças à força exuberante do livro. Pôde, então, o mundo pensar com mais facilidade.

A Revolução Francesa é o fruto do livro enciclopédico, com ela nascendo as lutas de independência de todo o Novo Continente, inspiradas nas páginas épicas da liberdade.

Artur Schopenhauer, entretanto, sugeriu o suicídio, no seu terrível pessimismo, em Dores do Mundo, enquanto Friedrich Nietzsche, no famoso Assim Falava Zaratrusta, tentou solucionar o problema espiritual e moral do homem, através de uma filosofia da cultura da energia vital e da vontade de poder que o conduz ao "super-homem", oferecendo elementos aos teorizantes do racismo germânico, de cujas conseqüências ainda sofre a Humanidade.

Karl Marx, sedento de liberdade, expôs de maneira puramente materialista a solução dos problemas econômicos do mundo em O Capital e criou o socialismo científico, que abriu as portas ao moderno comunismo ateu.

Leão XIII compôs a Encíclica Rerum Novarum para solucionar as dificuldades nascidas nos desajustes de classes, oferecendo aos operários humildes, bem como aos patrões, os métodos do equilíbrio e da paz; todavia, a própria Igreja Romana continuou a manter-se longe da Justiça Social...

E o livro continua libertando, revolucionando, escravizando...

Clássico ou moderno, rebuscado ou simples, o livro campeia e movimenta mentes, alargando ou estreitando os horizontes do pensamento.

É, em razão disso, que um novo livro, recordando todos os livros, oferece ao homem moderno resposta nova às velhas indagações, propondo soluções abençoadas em torno do antiqüíssimo problema da felicidade humana.

O LIVRO ESPÍRITA, como farol em noite escura, é também esperança e consolação.

Esclarecendo quem é o homem, donde vem e para onde vai, sugere métodos mais condizentes com o Cristianismo - Cristianismo que é a Doutrina Espírita - num momento de desesperação de todas as criaturas.

Renovador, o Livro Espírita encoraja o espírito em qualquer situação; esclarece os enigmas da psique humana; filosófico, desvela os problemas do ser; religioso, conduz o homem a Deus, e abrange todos os demais setores das atividades humanas.

Desse modo, o Livro Espírita - no momento em que a literatura de desumaniza e vulgariza, tornando-se serva dos interesses subalternos de classe e governo, política e raça, fronteira e poder - disseminando o amor e propagando a bondade, oferece ao pensamento universal as excelentes oportunidades de glória e imortalidade.

Saudemo-lo, pois!

* * *

Franco, Divaldo P.. Da obra: O Livro Espírita.
Ditado pelo Espírito Vianna de Carvalho.

Oração do Dia - PRECE PELA CARIDADE




Senhor... Diariamente estou em contato com vários irmãos meus, de todos os lugares e procedências, buscando-me o gesto e o olhar para uma comunhão mais demorada, ou apenas roçando-me o passo, apressados, a caminho de destino diverso, numa fração de tempo que embora mínimo pode dizer muito de minha conduta fraterna.
Chegam com dificuldades de toda sorte, não apenas no corpo, mas também na alma... Trazem fome, frio, desamparo, vazio, tédio, angústia e desalento, sem que me verbalizem tal estado de ânimo, muitas vezes, cabendo a mim entender sua silenciosa aflição. Para algumas dessas pessoas, posso ser a solução, para muitas outras, posso tornar-me o agravamento do problema...
Sendo assim, Pai, peço-lhe abençoe minha consciência para que ela refleita, a cada momento, a luz da caridade maior, aquela que não apenas mitiga a fome do pobre ou que alivia a chaga do enfermo, mas que também, da mesma forma atende o irmão que nos busca a presença trazendo fome, sede e doenças na alma, e solicitando, por isso mesmo, maior atenção, amizade, respeito e compreensão de nossa parte.
Que eu saiba anotar a penúria de um eventual irmão e estender a moeda que não me fará falta no bolso, que eu saiba servir o prato de sobras na porta, o pão, a água, o remédio, a informação correta... Mas que eu saiba, igualmente, estender a moeda da tolerância com o cumprimento gentil, o prato da consolação com o pão do bom ânimo e a água da paciência com o remédio da compreensão e do carinho.
Assim saberei, Senhor, que terei feito o melhor, e nada precisarei recriminar em mim, quando à noite, no instante de dormir, dirigir-me a Ti, mais uma vez, agradecendo o dia que me destes!...

Assim seja!

André Luiz, IDEAL André, 2002*

DIFICULDADES



É possível hajas despertado para a nova fé, sob enormes dificuldades.
Guardas, talvez, a impressão de quem se vê defrontado por asfixia num
cipoal...
A primeira atitude, em favor da própria libertação - não te fixares
nas crises e nos entraves e sim sair deles honrosamente pela aplicação ao
trabalho nobilitante.
A Divina Sabedoria nos confere o benefício da prova, para que
venhamos a superá-la e assimilá-la, em forma de experiência, nunca no
objetivo de confundir-nos ou arrojar-nos ao desalento.
Se te encontras doente, reflete na lição que te é concedida,
valendo-te dela para edificar espiritualmente nos irmãos que te assistem e,
sob a desculpa de que sofres mais que os outros ou de que tens pouco tempo
de vida, não te demandes em excessos ou irritações.
Se te observas em pauperismo, não incrimines a ninguém pela estado de
carência que atravessas, nem te revoltes contra as vantagens que favorecem
os outros, mas sim, ergue-te, em espírito, e, quanto possível, esforça-te
para que a diligência no desempenho das próprias obrigações te faculte novas
perspectivas de reabilitação e progresso.
Aceita o concurso alheio, que todos nós precisamos do entendimento e
do amparo uns dos outros, no entanto, desenvolve os teus próprios recursos.
Não creia que possas desfrutar, em caráter permanente, de benefícios
que não plantaste.
A luz de um amigo clarear-te-á o caminho, por algum tempo,
entretanto, se queres sobrepor-te definitivamente ao domínio da sombra, é
forçoso possuas a tua própria lâmpada.
Obstáculos são desafios renovadores.
Ouvi-los e aproveitá-los é obrigação que a vida nos atribui.
(De "No portal da Luz", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito de
Emmanuel)

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Existência de Deus

Conta-se que um velho árabe analfabeto orava com tanto fervor e com tanto carinho, cada noite, que, certa vez, o rico chefe de grande caravana chamou-o à sua presença e lhe perguntou:

- Por que oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe, quando nem ao menos sabes ler?

O crente fiel respondeu:

- Grande senhor, conheço a existência de Nosso Pai Celeste pelos sinais dele.

- Como assim? - indagou o chefe, admirado.

O servo humilde explicou-se:

- Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu?

- Pela letra.

- Quando o senhor recebe uma jóia, como é que se informa quanto ao autor dela?

- Pela marca do ourives.

- O empregado sorriu e acrescentou:

- Quando ouve passos de animais, ao redor da tenda, como sabe, depois, se foi um carneiro, um cavalo ou um boi?

- Pelos rastos - respondeu o chefe, surpreendido.

Então, o velho crente convidou-o para fora da barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a Lua brilhava, cercada por multidões de estrelas, exclamou, respeitoso:

- Senhor, aqueles sinais, lá em cima, não podem ser dos homens!

Nesse momento, o orgulhoso caravaneiro, de olhos lacrimosos, ajoelhou-se na areia e começou a orar também.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pai Nosso. Ditado pelo Espírito Meimei. 19 edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB.

domingo, 6 de julho de 2008

HISTÓRIA DE UMA SESSÃO




Espiritismo é trabalho e confraternização.
Evangelho é amor e contentamento.

André Luiz, no livro “Apostilas da Vida”, psicografia de Chico Xavier, alerta-nos que durante uma reunião na Casa Espírita, há necessidade da sintonia de pensamentos e vibrações dos presentes, para que os Benfeitores Espirituais possam atender ao maior número de necessitados, em virtude da magnitude da programação de atendimentos em uma única reunião. Os espíritos amigos esperam que façamos a nossa parte.

“Organizada a sessão de estudo evangélico, os Espíritos Benfeitores, através das doces intimações da prece, foram convidados à execução de regular empreitada.

520 orientações à companheiros doentes com especificações e conselhos técnicos.

50 passes magnéticos, em beneficio de enfermos encarnados.

200 intervenções de socorro à entidades sofredoras, ausentes do equipamento físico.

35 visitas de assistência a lares distantes.

150 notas socorristas para desligamento de obsessores e inimigos inconscientes.

E deviam ainda eliminar dois suicídios potenciais, evitar um homicídio provável, afastar as possibilidades de dois divórcios infelizes e ajustar mais de cem entendimentos, em favor da fraternidade da harmonia e da reencarnação.

Em troca aos componentes da assembléia deviam dar de si mesmos um pouco de alegria, de fé viva, de sinceridade e de paciência, com algumas palavras de carinho e amizade para sustentarem o clima vibratório, necessário à realização das tarefas indicadas aos colaboradores que começaram a amar.

Iniciada a empresa, porém, depois de alguns raros amigos haverem atendido heroicamente aos encargos que lhes competiam, eis que a reunião se veste de sombras.

O nevoeiro da ociosidade mental invadiu quase todos os departamentos da casa.

Dois prestimosos cooperadores passaram a visitar o pensamento dos companheiros reencarnados, rogando concurso urgente, mas o silêncio e a inércia continuaram operando.

Consultados em espírito, com respeito à contribuição de que se faziam devedores, cada qual respondia a seu modo, falando mentalmente.

Um cavalheiro deu-se pressa em esclarecer que era ignorante e imprestável.
Um jovem tribuno do Evangelho afirmou-se doente e incapaz.

Um companheiro de serviço alegou que se sentia envergonhado e inapto para qualquer comentário construtivo.

Uma senhora perguntou se os Espíritos Amigos não poderiam solucionar os compromissos da sessão em cinco minutos.

Um lidador juvenil explicou que se sentia diminuído à frente dos mentores e experimentava o receio de falar sem brilho, depois deles.

Um antigo beneficiário solicitou a concessão de maca em que pudesse confiar-se ao repouso.
Um ouvinte preocupado adiantou-se consultando o relógio e bocejou entediado.

Uma robusta irmã pediu fosse colocada uma cadeira preguiçosa em lugar do banco áspero que a servia. E quase todos, incluindo jovens e adultos letrados e indoutos, necessitados ou curiosos, descansaram na improdutividade, acreditando que é sempre melhor observar sem responsabilidade, à espera do fim.

E a sessão, que deveria ser manancial cantante de bênçãos com alegria e paz, união e entendimento de corações fraternos e calorosos na fé, prosseguiu até à fase final, qual se os companheiros estivessem situados num velório de grande estilo, cercados pelo crepe arroxeado da tristeza e do luto, queimando o incenso precioso do tempo em câmara funerária.

Que entre nós, meus amigos, assim não aconteça.

Espiritismo é trabalho e confraternização. Evangelho é amor e contentamento.

Sempre que desejardes a vitória do bem, auxiliai o bem e plantai-o.

Trazei até nós o concurso da boa vontade, que é a alavanca de todos os prodígios do progresso, enriquecendo-nos o santuário comum com os dons da saúde e da esperança, do otimismo e da fé. Permutemos experiências e corações. Amparemo-nos uns aos outros.

A nossa Doutrina Consoladora é Sol e não devemos esquecer que a vida é ação permanente, porque a inércia, em toda a parte, é sempre a antecâmara da estagnação ou da morte.

Departamento de Doutrina

BOLETIM INFORMATIVO DA

USE/INTERMUNICIPAL BAURU