terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Carma de solidão




Caminhas, na Terra, experimentando carência afetiva e
aflição, que acreditas não ter como superar.

Sorris, e tens a impressão de que e´ um esgar que te
sulca a face.

Anelas por afetos e constatas que a ninguém inspira
amor, atormentando-te, não, poucas vezes, e resvalando
na melancolia injustificável.

Planejas a felicidade e lutas por consegui-la, todavia,
descobres-te a sós, carpindo rude angustia interior.

Gostarias de um lar em festa, abençoado por filhos
ditosos e um amor dedicado que te coroassem a
existência com os louros da felicidade.

Sofres e considera-te desditoso.

Ignoras, no entanto, o que se passa com os outros,
aqueles que se te apresentam felizes, que desfilam nos
carros do aparente triunfo, sorridentes e engalanados.

Também eles experimentam necessidades urgentes,
em outras áreas, não menos afligentes que as tuas.

Se os pudesses auscultar, perceberias como te
invejam alguns daqueles cuja felicidade cobiças...

A vida, na Terra, e´feita de muitos paradoxos. E isto
se da em razão de ser um planeta de provações, de
experiencias reeducativas, de expiações redentoras.

Assim, não desfaleças, porquanto e´o teu carma de
solidão.

Faze, desse modo, uma pausa, nas tuas considerações
pessimistas e muda de atitude mental, reintegrando-te
na ação do Bem.

O que ora te falta, malbarataste.

Perdeste, porque descuraste enquanto possuías, o de
que agora tens necessidade.

A invigilância levou-te ao abuso, e delinqüiste contra o
amor.

A tua consciência espiritual sabe que necessitas de
expungir e de reparar, o que te leva, nas vezes em que
o jubilo te visita, a retornar `a tristeza, rememorar
sofrimentos, fugindo para a tua solidão...

Alem disso, e´muito provável que, aqueles a quem
magoaste, não se havendo recuperado, busquem-te,
psiquicamente, assim te afligindo.

Reage com otimismo `a situação e enriquece-te de
propósitos superiores, que deves por em execução.

Ama, sem aguardar resposta.

Serve, sem pensar em recompensa.

O que ora facas no Bem , atenuara´, liberara´ o que
realizaste equivocadamente e, assim, reencontrar-te-as
com o amor, em nome dAquele que permanece ate
agora entre nos como sendo o Amor nao Amado, porem,
amoroso de sempre.

[JOANNA DE ANGELIS]
[Divaldo P.Franco]

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