domingo, 28 de outubro de 2007

CONHECER-SE

Fácil combater, simples vencer, quando se utilizam as armas da astúcia, da covardia moral.
Suplantar os outros, triunfar sobre os outros, vencer os outros são cometimentos acessíveis.
O invisível punhal da calúnia como o poderoso tiro do ódio, o ácido transparente da intriga e o veneno da infâmia conseguem oferecer vitórias a quantos lhes fazem culto de submissão. Entretanto, logram aniquilar, logo depois, os que os vitalizam, empunham e espalham, por tornarem à fonte donde procedem.
Há,. também, outros poderosos instrumentos de fácil manuseio: a inveja insidiosa, a malquerença sistemática, a cobiça exagerada conspirando, e por fim arruinando os que lhes dão guarida. Não te permitas lutas que tais.
Sê diferente.
Sai a campo aberto.
Saúda a vida e vive.
Sê o que almejas, entesourando luz.
Guerreia o bom combate, submetendo as paixões e inferioridades.
Desculpa, ajuda, confia e passa, de mãos limpas e olhos transparentes, sem cargas, sem sombras, sem saudades, sem prisões. . .
Luta contra ti mesmo — batalha difícil.
Vence tuas tendências malévolas — vitória legítima.
E mergulhando nos recessos do espírito, arranca dos abismos íntimos a pérola da paz, conhecendo-te a ti mesmo, antes que pretender aos outros conhecer e pensar vencê-los.
(De “Espelho d’alma”, de Divaldo Pereira Franco, pelo espírito Ignotus)

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