segunda-feira, 12 de novembro de 2007

HUMILDADE





Humildade, Humildade!.. .

A humildade é uma virtude que se ignora. Por isso
mesmo não se ensoberbece nem se desvaria.

Quanto mais se oculta mais se aformoseia e, quando
ignorada, é qual madrugada rutilante abrindo o dia
para o sol.

A humildade é espontânea e, para ser legítima, não
se improvisa. Deve ser cultivada com perseverança
e desenvolvida infatigavelmente.

Onde surjam suas primeiras manifestações, também aí
aparecem adversários vigorosos.

A vida moderna, com falsos conceitos, conspira contra
sua vitalidade, proclamando- a covardia e fraqueza...

No entanto, a humildade não pode ser confundida com
a timidez nem com o medo.

Não é uma virtude estática, mas dinâmica. Por essa
razão, não é parasitária nem acomodatícia.

É força combativa, movimento atuante.

Somente os caracteres bem modelados podem senti-la.

Sofrer humildemente não significa acomodar-se à dor;
antes, é lutar heroicamente por vencer a aflição
sem, contudo, rebelar-se.

É mais fácil revidar uma ofensa do que desculpá-la,
vencendo todos os impulsos inferiores que residem
no imo.

Quando a humildade se submete aos fortes e se revolta
contra os fracos, entenebrece- se, fazendo-se servilismo.
No entanto, silencia quando acusada pelos poderosos
ou quando ofendida pelos fracos.

A humildade ajuda sem jactar-se, como o regato precioso
que ignora o bem que espalha; qual sol sorridente que
desconhece a vitalidade que difunde; como fruto
abençoado que não sabe o excelente paladar de que é
constituído.. .

Se te causticam as forças da revolta e te ferem os
aguilhões do desespero, semeia hoje a humildade no
coração.

Talvez amanhã continues o mesmo. Dia virá, porém, em
que germinará a benção da excelsa virtude,
enflorescendo tua vida.

Confia, espera e, servindo com destemor, experimentará s
a harmonia decorrente de tudo sofrer, humildemente, por
amor ao Grande Amor de todos os amores.

[Joanna de Ângelis]
[Divaldo Franco]
[Messe de Amor]
[Editora LEAL]

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