sexta-feira, 16 de novembro de 2007

NO SILÊNCIO DA PRECE





Em ti, no silêncio da prece mental, sem que tenhas necessidade de ver ou perceber, em sentido direto, o coração bate sem cessar na cadência admirável da vida.

Movimenta-se o sangue, por mil canalículos diversos.

Intestinos trabalham independentes de tua vontade sustentando-te a nutrição.(...) Miríades e miríades de unidades de vida microscópica palpitam na concha da boca.

Em torno de ti, no silêncio de tua prece, os átomos se agitam em vórtices intermináveis na estrutura material da roupa que te veste e dos sapatos que te calçam.

A eletricidade vibra esfuziante por quilômetros e quilômetros de fios, transformando-se, não longe de ti, em força, luz e calor.(...)

O planeta faz giros velozes carregando-te, em paz e segurança, sem que tomes qualquer conhecimento.

Igualmente, no silêncio de tua prece, acionas vasto mecanismo de auxílio e socorro na atmosfera que te rodeia, comparável a imenso laboratório invisível.

O teu influxo emocional dirige-se além de teus sentidos para onde te sintonizes, através de insondáveis elementos dinâmicos.

Não descreias da oração por não lhe marcares fisicamente os resultados imediatos.

O firmamento não é impassível porque te pareça mudo. No silêncio de tua prece mental, podes expressar até mesmo com mais veemência do que um discurso de mil palavras, o hino vibrante do amor puro, a ecoar pelo Infinito, assimilando no âmago do ser a Divina Luz, que te sublimará todos os anseios e esperanças, na renovação do destino.

André Luiz
Livro: Opinião Espírita - Waldo Vieira

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