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quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Solidão a Quatro.- Benjamin Teixeira pelo espírito Eugênia.
16/11/2007 - Solidão a Quatro.
Benjamin Teixeira
pelo espírito Eugênia.
Contente-se com o pouco que a vida lhe dá, ao mesmo passo que, paradoxalmente, luta sempre por mais. Quando, todavia, não conseguir o que almeja de imediato, esteja certo de que tudo tem um propósito, inclusive as limitações e adversidades mais sufocantes – desde que realmente não se possa evadir delas. Assim, a carência de agora logo se converte em colheita de fartura e muita felicidade. Reflitamos, por alguns rápidos instantes, na solidão, por exemplo, considerando não propriamente o estado angustiante de espírito de quem se sente isolado de tudo e de todos, ainda que em meio a uma multidão, mas sim a situação episódica e inevitável por que todo ser humano passa, volta e meia, na existência, de estar sozinho consigo mesmo.
Alem de estudar, ler, fazer uma reflexão sobre seu destino, um balancete de tudo que tem vivido, dar telefonemas e escrever cartas a pessoas amigas ou distantes, você pode se lançar nesse mergulho importante de autoconhecimento, que, em se tornando um hábito, poderá lhe catalisar o processo de aprendizado e evolução.
Você está triste, em sua solidão, a quatro... Sim: a presença de suas três dimensões mentais e ainda a Providência Divina constituem o quarteto fundamental de que se nunca poderá esquivar, em qualquer tempo e lugar. Esse é o número mínimo de entidades, no nível humano de consciência, que podem estar isoladas do drama das coisas. Se, entrementes, lembrarmos que sempre se pode estar em sintonia com seres desencarnados, mesmo que não espacialmente próximos, mas por meio de conexões à distância, na base da ressonância psíquica, logo se terá uma noção de como a solidão está cheia de vozes e de presenças.
Quando, assim, prezado amigo, sentir-se isolado de convívio humano mais direto, aproveite para fazer uma viagem de estudo de si mesmo, descobrindo complexidades e sutilezas que nunca suspeitaria, não fosse a circunstância de estar sem ninguém fisicamente ao seu lado.
Gostaria de tecer alguns comentários ligeiros e didáticos (já que o tema é muito intrincado) a respeito dessas vozes e presenças basilares, que enriquecem o seu intelecto e a sua alma.
1ª Presença: a subconsciência. Como vai a sua relação com seus instintos, neuroses e necessidades emocionais? Pense em problemas psicológicos não resolvidos (todo mundo tem algo a ser tratado), medite nas aspirações de afeto, conforto e estímulo que lhe foram frustradas, cujo atendimento ainda lhe é negado. Estude formas de atendê-las, mesmo que parcialmente, ou de criar meios para ir em direção a este fim.
2ª Presença: a consciência. Não falo aqui em termos de voz da consciência, e sim na conotação de estrato da psique em estado de vigília, a parte da mente que possui razão, capacidade decisória e vontade. Você tem percebido bem as coisas, situações, pessoas e acontecimentos, analisando-os com correção e chegando a conclusões e decisões satisfatórias? Algo deixa a desejar no particular de raciocinar, associar, criar e decidir por rumos específicos em sua existência? O que se pode fazer no sentido de melhorar essas faculdades fundamentais para a realização plena e mesmo elementar do ser humano?
3ª Presença: a superconsciência. Como vão seus mais altos ideais? Você tem seguido à risca seus princípios, respeitado seus limites éticos, desenvolvido sua moral? Quanto tem perseguido seus sonhos, seus projetos de felicidade e de amor? Claro que não se trata de se fazer o que se quer, quando, como e com quem desejar. Mas, afora a necessidade de seguir e viver seu ideal, ainda que contextualizando seu sonho nas circunstâncias reais em que você está inserido, cabe-lhe lutar pela realização desse mínimo, um pouco todos os dias, mas sempre. Ou isso, ou a “morte da alma”, no tédio, no desespero, na falta de propósito, de alegria e vontade de viver, na sensação de desvalia, na doença e na morte.
4ª Presença: O Criador. Ninguém pode captá-lO integralmente – isso seria ser Deus. Entretanto, toda criatura, em alguma medida, contacta o Ser Supremo. E o gênero humano, dotado de razão e juízo de valor, pode apreender uma parcela mais extensa – se é que assim podemos dizer – do Ser Sem-Limites. Converse com Deus, em particular quando estiver só, e perceberá, com o tempo, ao desdobrar recursos psíquicos de sensibilidade específica a esse fenômeno, uma Força palpitante, vibrátil, cheia de energia, amor e sabedoria, a pulsar ao seu lado, dentro de você, com você. Acostume-se a essa realidade indiscutível, basilar, raiz para qualquer experiência mística, e criará intimidade, conectividade e, sobremaneira, capacidade de canalizar, em algum nível, o Ser Todo-Amor.
Com isso, prezado amigo, quando estiver para se lamentar por estar sozinho, pense na oportunidade fantástica de crescimento e fortalecimento íntimos com que está sendo galardoado pela Vida; aproveite, com prazer e vontade, o ensejo, eduzindo toda experiência que puder, com criatividade, abertura e flexibilidade. Verá como acabará por desejar estar só, tanto que se sentirá não vazio, mas com o Tudo; não deprimido, mas próximo da plenitude; não apático, mas com todo o ânimo do Cosmo.
(Texto recebido em 8 de setembro de 2000. Revisão de Delano Mothé.)
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