domingo, 25 de novembro de 2007

Reação ao sofrimento revela nossa condição espiritual

A R T I G O S


Considerando o fato de que sofrer não significa ser infeliz, passamos a compreender a serena doçura no olhar das nobres e raras almas que aceitam o sofrimento inevitável como fator plenificador da existência

"... e também vós dareis testemunho, porque desde o princípio estais comigo."
- Jesus. (João, 15:27.)

Temos dificuldade em compreender os sublimes mecanismos reajustadores do sofrimento porque somos, por natureza, demasiadamente afeitos ao prazer e arredios à dor.

Quase nos é inconcebível assumirmos a convicção de que a dor está profundamente inserida no processo integral da vida.

Compreendê-la, aceitá-la - quando inevitável e irreversíve l- é a atitude mais acertada, pois revela verdadeiramente nosso real quinhão espiritual adquirido na senda evolutiva.

Por hábito, somos excessivamente condescendentes no juízo que fazemos sobre nós mesmos...

Mas é nos instante supremo e inevitável da dor inesperada, seja ela moral ou física, que nos revelamos e expomos nossas fragilidades...

Considerando o fato de que a razão de nossa atual existência está diretamente relacionada ao esforço pré-estabelecido no Alto em resistir às próprias tendências negativas, períodos de sofrimento serão sempre uma constante - uma situação positiva que precisamos aprender a aceitar - porque o auto-aprimoramento implica dolorosa remodelação interna, ajuste em tudo o que ainda não é bom e puro dentro de nós.

Considerando, também, o fato de que sofrer não significa ser infeliz, passamos a compreender a serena doçura no olhar das nobres e raras almas que aceitam o sofrimento como fator plenificador da existência.

Ao invés de desespero, há nesses doces olhares resignados uma encantadora ventura em desvendar amplamente a vida e os seres.

E há nisso uma grande beleza que repousa na ausência do medo, na rendição ao amor e na total aceitação aos propósitos maiores da vida.

Jesus, durante sua breve passagem pela Terra, sempre agiu e usou de inúmeras formas para demonstrar a grandiosidade da dor e do sofrimento com vistas à elevação. Do berço à cruz, seu exemplo foi uma contínua demonstração de coragem e aceitação ao inevitável. No momento extremo do Calvário não fez valer sua autoridade espiritual conquistada, nem lançou mão de seu exército de anjos - simplesmente, rendeu-se ao amor...

Hoje, em pleno século XXI, na era da informação e da tecnologia, o espiritismo, o Consolador prometido, na voz dos espíritos do Senhor, por sua vez, sussurra aos corações aflitos das criaturas:

- "Bem-aventurados os que entendem a justa causa oculta em todo sofrimento, e que dela fazem seu impulso determinante para a plena confirmação da Luz!"

Equipe Consciesp

Consciência Espírita - 2006
Centro de Estudos Espíritas Paulo Apóstolo

Esta mensagem eletrônica foi enviada à você
com as melhores vibrações
de paz e amor
Elio Mollo
SBC/SP

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