A R T I G O S
Considerando o fato de que sofrer não significa ser infeliz, passamos a compreender a serena doçura no olhar das nobres e raras almas que aceitam o sofrimento inevitável como fator plenificador da existência
"... e também vós dareis testemunho, porque desde o princípio estais comigo."
- Jesus. (João, 15:27.)
Temos dificuldade em compreender os sublimes mecanismos reajustadores do sofrimento porque somos, por natureza, demasiadamente afeitos ao prazer e arredios à dor.
Quase nos é inconcebível assumirmos a convicção de que a dor está profundamente inserida no processo integral da vida.
Compreendê-la, aceitá-la - quando inevitável e irreversíve l- é a atitude mais acertada, pois revela verdadeiramente nosso real quinhão espiritual adquirido na senda evolutiva.
Por hábito, somos excessivamente condescendentes no juízo que fazemos sobre nós mesmos...
Mas é nos instante supremo e inevitável da dor inesperada, seja ela moral ou física, que nos revelamos e expomos nossas fragilidades...
Considerando o fato de que a razão de nossa atual existência está diretamente relacionada ao esforço pré-estabelecido no Alto em resistir às próprias tendências negativas, períodos de sofrimento serão sempre uma constante - uma situação positiva que precisamos aprender a aceitar - porque o auto-aprimoramento implica dolorosa remodelação interna, ajuste em tudo o que ainda não é bom e puro dentro de nós.
Considerando, também, o fato de que sofrer não significa ser infeliz, passamos a compreender a serena doçura no olhar das nobres e raras almas que aceitam o sofrimento como fator plenificador da existência.
Ao invés de desespero, há nesses doces olhares resignados uma encantadora ventura em desvendar amplamente a vida e os seres.
E há nisso uma grande beleza que repousa na ausência do medo, na rendição ao amor e na total aceitação aos propósitos maiores da vida.
Jesus, durante sua breve passagem pela Terra, sempre agiu e usou de inúmeras formas para demonstrar a grandiosidade da dor e do sofrimento com vistas à elevação. Do berço à cruz, seu exemplo foi uma contínua demonstração de coragem e aceitação ao inevitável. No momento extremo do Calvário não fez valer sua autoridade espiritual conquistada, nem lançou mão de seu exército de anjos - simplesmente, rendeu-se ao amor...
Hoje, em pleno século XXI, na era da informação e da tecnologia, o espiritismo, o Consolador prometido, na voz dos espíritos do Senhor, por sua vez, sussurra aos corações aflitos das criaturas:
- "Bem-aventurados os que entendem a justa causa oculta em todo sofrimento, e que dela fazem seu impulso determinante para a plena confirmação da Luz!"
Equipe Consciesp
Consciência Espírita - 2006
Centro de Estudos Espíritas Paulo Apóstolo
Esta mensagem eletrônica foi enviada à você
com as melhores vibrações
de paz e amor
Elio Mollo
SBC/SP
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