quinta-feira, 15 de novembro de 2007

PAZ E SEGURANÇA



Emmanuel

Dentre as boas obras a que nos inclinemos, não nos esqueçamos de uma delas,
ao alcance de todos: asserenar o ânimo daqueles que nos cercam,

Tanto quanto possas, extingue as labaredas da hostilidade e da discórdia, no
silêncio da prece. E dissolve na fonte viva da compreensão o fel do azedume
ou o ácido do pessimismo que te alcancem por resíduos de contatos com as
ocorrências infelizes.

Neste mesmo instante de nosso entendimento, milhares de criaturas jazem à
beira do colapso nervoso, aguardando uma frase de otimismo e de esperança da
parte de alguém que lhes apóie o esforço de auto-superação e sobrevivência.

Aproxima-te dos semelhantes a fim de auxiliá-los.
Aqui, temos corações quase sufocados de angústia, ante a falta de seres
queridos, contando com uma palavra de fé viva que lhes restaure a confiança
no futuro.

Ali, surpreendemos os quase desanimados, à face das provas que lhes
enxameiam na existência, necessitando de um tique verbal
De coragem, de modo a que o desalento não se lhes transforme em moléstia
destruidora.

Ali, surpreendemos os quase desanimados, à face das provas que lhes
enxameiam na existência, necessitando de um toque verbal de coragem, de modo
a que o desalento não se lhes transforme em moléstia destruidora.

Além, surgem os quase suicidas, conturbados por tribulações que se afiguram
superiores às próprias forças, na expectativa de uma conversação
esclarecedora que lhes suprima o impulso de autodestruição.
Mais adiante, aparecem os quase delinqüentes, vítimas de idéias envenenadas
por situações caluniosas, à espera de algum diálogo amigo, capaz de
induzi-los ao reequilíbrio e à serenidade.
Mais adiante ainda, vemos os quase obsessos, entre a insatisfação e a
ansiedade, suspirando por algum apontamento reconfortante que os afaste da
queda na insanidade.

Compadeçamo-nos uns dos outros e pratiquemos a campanha do pensamento e da
palavra que auxiliem a vida.
A Terra já possui número suficiente de quantos se fazem geradores de
inquietações e fabricantes de lágrimas.
Sustentar a tranqüilidade alheia é garantir a nossa própria segurança.
Convençamo-nos de que a paz dos outros é o apoio de nossa paz.


Do livro Momentos de Ouro. Psicografia de Frâncico Cândido Xavier.

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