Ano 1377.
O papado de Avinhão voltou para Roma.
Começou o Cisma do Ocidente, um confuso estado de coisas que dividiu a Cristandade em duas partes e três obediências papais de 1378 a 1417.
CISMA DO OCIDENTE
O Cisma do Ocidente foi um estado confuso de coisas que dividiu a Cristandade em duas partes e três obediências papais de 1378 a 1417.
Isto ocorreu cerca de 50 anos depois que Marsilio apareceu com a teoria de que um concílio geral (não ecuménico) de bispos e outras pessoas, era superior ao papa, quando trinta anos antes o Concílio de Florença tinha estabelecido que não havia concílio nenhum com esta autoridade.
Foi um período de desastre, que precedeu outro ainda mais desairoso que foi o da Reforma.
Urbano VI, (1378-1389) na sequência do regresso dos papas de Avinhão para a sua residência de Roma, depois de cerca de 70 anos, foi eleito papa em 8 de Abril de1378, e pontificou até à sua morte em 1389.
Sucederam-lhe Bonifácio IX (1389-1404); Inocêncio VII (1404-1406); e Gregório XII (1406-1415).
Foram estes quatro papas considerados legítimos para este período.
Alguns dos cardeais que tinham escolhido Urbano VI, não satisfeitos com o seu governo, declararam que a sua eleição não tinha sido válida.
Trataram de eleger Clemente VII, que pretendeu o pontificado de 1378 a 1394 e sucedeu-lhe Bento XIII.
Os prelados, em busca de uma solução para o papado dividido, convocaram o concílio de Pisa que, sem autoridade, encontraram Gregório XII e Bento XIII, em sua ausência, culpados de 30 acusações indevidas, de Cisma e de Heresia ; depuseram-nos e elegeram um terceiro pretendente ao papado, Alexandre V (1409-1410), e a ele viria a suceder João XXIII (1410-1415).
Este papa viria a ser repudiado em 1958, quando Roncalli foi eleito papa e tomou o seu nome de João XXIII.
Este Cisma acabou com o concílio de Constança que durou de 1414 a 1418.
Este concílio, embora originariamente convocado de maneira irregular, ganhou autoridade depois de ter sido convocado por Gregório XII em 1415.
Na sua primeira e irregular fase depôs João XXIII, cuja eleição para o papado não tinha sido canónica, de qualquer modo.
Depois de ter sido convocado formalmente, aceitou a abdicação de Gregório XII em 1415 e desfez as pretensões de Bento XIII dois anos depois, aclarando assim a situação para a eleição de Martinho V em 11-11-1417.
Portugal apoiou o papa que mais convlnha às suas alianças politicas.
Manteve uma posição neutral até 1380, e em Janeiro deste ano D. Fernando anunciou, em Evora, a sua adesão a Avinhão.
A renovação da aliança portuguesa com Inglaterra levou a que em 1381 D. Fernando declarasse que reconhecia Urbano VI como sendo o papa legitimo.
Após a morte de D. Fernando e com a crise de nacionalidade que se Ihe seguiu, Portugal manteve-se fiel a Urbano VI, acusando os castelhanos de serem hereges e cismáticos por apoiarem Avinhão.
A fidelidade portuguesa a Roma manteve-se até ao Concilio de Pisa, altura em que D. João I, acompanhando a posição da maioria dos paises católicos,reconheceu o papa saido deste concilio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário