segunda-feira, 27 de abril de 2009

Página à Mulher Espírita

No momento em que os valores humanos padecem
injunções lamentáveis e os postulados éticos
em que se devem estruturar os ideais de
engrandecimento da criatura malogram no báratro
das paixões, o Evangelho, como ocorreu no
passado, constitui a única bússola, a segura
rota mediante a qual a hodierna civilização
poderá encontrar a solução para os múltiplos
problemas e os graves compromissos que pesam
negativamente na economia da felicidade geral.

As Religiões, na sua feição de Instituições
Organizadas, disputando as primazias e mais
preocupadas com a dominação e promoção
transitórias do que com o "reino de Deus" que
é "tomado de assalto" e se estabelece nas
paisagens ignotas da alma, fracassaram
lamentavelmente, no tentame de consolar e
conduzir a Jesus.

Os seus triunfos aparentes se fixam no
terreno falso dos destaques mundanos, faltando-
lhes as estruturas morais legítimas e os
comportamentos espirituais relevantes com que
seja possível pôr cobro à anarquia social e ao
desequilíbrio moral que grassam,
voluptuosamente, tudo conduzindo de roldão...
Isto, porque os padrões em que ainda se firmam
asfixiam o espírito do Cristo que deveria vigir
nas suas expressões e serviços.

Sem dúvida em todas elas, como em qualquer
lugar, a presença do Amor e a manifestação da
Divina Misericórdia constituem sinal de
esperança. Sem embargo, a necessidade da
vivência evangélica se impõe urgente,
impostergável.

Em decorrência de tal malogro, aos cristãos
novos, os adeptos da Revelação Espírita, está
reservado significativo ministério, relevante
apostolado: viver o Cristo e representá-Lo em
atos ao aturdido viandante destes dias.

Não assume esta uma tarefa de absurda
possibilidade, exceto se o candidato se
recusar integração com fidelidade real ao
programa de recristianização da Terra.

Nesse sentido, à mulher espírita se reserva
preponderante atividade, ou seja a de
transformar- se, médium da vida que é, em
mensageira da dignificação moral, da
santificação da sexualidade, da redenção
espiritual.. .

Arrostando diatribes e espezinhamentos
chulos, deverá volver às bases nobres do
amor com a conseqüente valorização da
maternidade, reconstituindo a família e
elevando os sentimentos.

Programada pelo Pai para o sagrado
compromisso de co-criadora, a sua
libertação, ao invés do nivelamento nos
fossos das sórdidas paixões dissolventes,
se deve caracterizar pela própria grandeza,
que a alça à condição de modelo e
paradigma da Humanidade, que se inicia no
lar, onde deve reinar, soberana e
respeitada.

Organizada essencialmente para o amor, no
seu mais nobre significado, dela muito
dependem as novas gerações, o homem do
futuro.

Conclamá-la à abnegação e ao laboratório
da caridade com elevação de propósitos,
inspirando-a ao incessante prosseguimento
das realizações cristãs primitivas, eis um
dever que a todos nos cabe desempenhar.

Pouco importem os contributos de renúncia e
de sacrifício. Nesta arrancada para os
novos tempos do amanhã, a mulher espírita
desempenhará superior desiderato porque
modelada, como todas para ser mãe, mesmo
que suas carnes não se enfloresçam com as
expressões dos filhos, far-se-á o anjo
tutelar dos filhos sem mães, mãe pelo coração
e pela dedicação a todas as criaturas.

[Joanna de Ângelis]
[Divaldo Franco]
[Sementes de Vida Eterna]
[Editora LEAL]

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