bozzano.O título parece ingênuo. Mas trata-se de matéria da maior seriedade. O professor, cientista, filósofo e escritor Italiano Ernesto Bozzano, que viveu de 1861 a 1943, inicialmente não aceitava, como cientista, a existência de espíritos e suas manifestações até que um estudo do insigne professor Charles Richet o convenceu e passou a se dedicar intensamente ao assunto, produzindo muitas pesquisas.
Formou um grupo com a participação do Dr. Giuseppe Venzano, Luigi Vassalo e os professores Enrique Morselli e Francisco Porro, da Universidade de Genova. Esse grupo deu o que falar à imprensa italiana e estrangeira, pois praticamente havia se obtido a realização de quase todos os fenômenos, culminando com a materialização de seis espíritos perfeitamente visíveis.
Um dos estudos que Bozzano se aprofundou é o da forma pensamento, que explica o fenômeno registrado neste texto.
Formas-pensamento – São as idéias projetadas pela mente humana e materializadas no mundo espiritual, construções substanciais na esfera da alma que se mantêm pela força de sustentação de nossos pensamentos. (Bozzano desenvolve o tema formas-pensamento no livro Pensamento e Vontade (FEB)
Em suas pesquisas, Bozzano cita um caso constante da preciosa obra, segundo ele, de Vicent Turvey – The Beginning of Sership: -
Diz o autor do livro, de fato ocorrido com ele, no dia 26.2.1906, “bateu-me à porta um distribuidor de revistas da “Sociedade de Propaganda Cristã”, que me vendeu um número da revista, para experiência. De pronto, despertou-me um artigo sobre espiritismo, no qual se lhe atribuía uma origem diabólica. Travamos longa conversação sobre o tema, ele sempre enfático, de que espiritismo era coisa do diabo.Depois se retirou, sem antes fazer uma prece para que eu não deixasse de abrir os olhos.
Assim que se foi, assegurou-me que, se seguisse os seus conselhos, dali por diante os diabos ficariam expulsos de minha casa.
Pouco depois, recostei-me no sofá, para repousar e meditar, e eis que repentinamente (o autor era médium e vidente) me surgem três “diabinhos”, absolutamente idênticos ao tipo ortodoxo: - corpo humano, pés de bode, pequenos chifres atrás das orelhas e pele cobreada.
Francamente, confesso haver sido de susto a minha primeira impressão, e creio que o mesmo sucederia a qualquer outro observador. Seria alucinação... Quem sabe? Mas a coisa era nem mais nem menos, idêntica ao que se dava quando eu divisava os espíritos, nas sessões mediúnicas. Procurei me concentrar para conseguir uma resposta e com a ajuda do espírito protetor entendi que não passavam de formas efêmeras e que ficasse observando que elas iriam desaparecendo, como se fossem feitas de fumaça. E foi o que ocorreu.
Tais figuras foram plasmadas pela mente do vendedor que acreditava tanto na existência do diabo que criava formas-pensamento, imagens do que fixava em sua mente como verdadeiro.”
“Não se previnem nossos irmãos de que o verbo está criando imagens vivas, que se desenvolvem no terreno mental a que são projetadas, produzindo conseqüências boas ou más, segundo a sua origem.
Essas formas naturalmente vivem e proliferam e, considerando-se a inferioridade dos desejos e aspirações das criaturas humanas, semelhantes criações temporárias não se destinam senão a serviços destruidores, através de atritos formidáveis, se bem que invisíveis.E, como tudo começa na mente, ensina-nos a necessidade permanente da limpeza interna do pensamento” (Livro Obreiros da Vida Eterna, A. Luiz)
Ação dos Espíritos sobre os fluidos. - Criações fluídicas. -
Criando imagens fluídicas, o pensamento se reflete no envoltório perispirítico, como num espelho; toma nele corpo e aí de certo modo se fotografa. Tenha um homem, por exemplo, a idéia de matar a outro: embora o corpo material se lhe conserve impassível, seu corpo fluídico é posto em ação pelo pensamento e reproduz todos os matizes deste último; executa fluidicamente o gesto, o ato que intentou praticar. O pensamento cria a imagem da vítima e a cena inteira é pintada, como num quadro, tal qual se lhe desenrola no espírito. Ver o cap. XIV – da gênese CAPÍTULO XIV - Os fluidos. (Allan Kardec) – É sempre bom pedir em nossas orações ajuda àqueles que, mesmo sem querer, exercem esse maligno prejuízo aos outros, e pedir também que nossa casa, assim como nós mesmos, possamos ser limpos pelos espíritos amigos de quaisquer formas-pensamento negativas que possam ter-se depositado em nossa casa ou em nós. É importante acrescentar que somente os espíritos já evoluídos é que conseguem dar a forma e comandar com plenos poderes suas formas-pensamento; os demais espíritos as produzem inconscientemente.
É necessário explicar que da mesma forma que são criadas formas-pensamento negativas, também são criadas formas-pensamento positivas, por uma mente bem intencionada.
O ARAUTO
Publicação Bimestral Órgão Oficial da USE Intermunicipal de Piracicaba
Rua 15 de Novembro, 944 14º andar – sala 143
13400-370 – Piracicaba-SP
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