sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

NATAL DE AÇÃO


NATAL DE AÇÃO

Quando Jesus nasceu, os valores éticos haviam sido substituídos pela
hegemonia da força, que dominava, gerando aflições em toda parte.

Os direitos humanos, desprezados, permitiram que a criatura valesse
menos que um animal de carga, animais a que se viam reduzidos os que
tombavam nas armadilhas da astúcia, da delinqüência e da guerra.

O mundo era um burgo do Império romano, que se estendia praticamente
por toda a Terra conhecida.

Jesus chegou e modificou as estruturas do comportamento social,
criando um conceito surpreendente de vida, que deu margem ao
surgimento do homem integral.

Estabeleceu a ética do amor, fundamentanda no dever e na disciplina,
demonstrando que o poder da força nada logra, senão amontoar
cadáveres e deixar rastros de destruição...

Comprovando a anterioridade do ser ao corpo e a sua sobrevivência à
morte, edificou um reino nos corações, capaz de resistir a todas as
conjunturas.

Seu verbo, sustentado pelo combustível do exemplo, penetrava nos
ouvintes como uma luz que jamais se apagaria, traçando rotas de
segurança para todo o sempre.

Quem O ouvisse não permaneceria indiferente: amava-O ou detestava-O.

Arrebatou multidões que se sucederam, espraiando pelos quadrantes do
globo terrestre uma onda de esperança.

É verdade que as circunstâncias e as ocorrências atuais são mui
semelhantes àquelas, as do Seu tempo.

Ao lado das conquistas tecnológicas surgem os decepcionantes
resultados éticos, na vastidão da miséria moral, social e econômica
que consome as criaturas...

Todavia, nunca foi tão marcante a presença de Jesus, no mundo, quanto
agora.

Descrucificado, ele inspira homens e Instituições à mudança de
compoprtamento, alterando as porpostas filosóficas da sociedade, que
se deve tornar mais justa e equânime em relação aos sofredores que
enxameiam em toda parte.

Demitizado, ele participa das lutas daqueles que O amam,
impulsionando- os à ação transformadora de urgência, em prol de um
mundo melhor.

Sua mensagem vibra em inúmeras mensagens que proclamam a necessidade
da paz, da não-violência, do amor.

Ele age através de incontáveis mãos que se transformam em alavancas
de progresso, não se permitindo a paralisia nem a indiferença ante a
fraqueza dos vencidos e a pequenez dos oprimidos.

Une a tua às vozes do bem que instalam a Era da fraternidade entre os
homens.

Segue laborando com os que arrebentam as algemas do conformismo em
favor dos caídos e dos desditosos.

Não te permitas a inação, que é a morte da alma.

Atua com os teus recursos, modestos que sejam, esse sublime
investimento da divindade, auxiliando-o a adquirir dignidade e valor,
metas que o Evangelho propõe a todos os de boa vontade, sobre os
quais pairará a paz na Terra e fora dela.

Comemora o Natal do Cristo, repartindo amor e esperança, trabalho e
fraternidade com as demais criaturas, confirmando, dessa forma, que
Ele já nasceu em ti, e age com elevação que O caracterizou quando
aqui esteve no passado.

[Joanna de Ângelis]
[Divaldo P.Franco]
[Viver é Amar]
[Editora LEAL]

Nenhum comentário: