segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Nos Dons da Pregação




Livro: *Messe de Amor*
Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco

Não te desalentes, na difusão dos nobres princípios cristãos, porque
os ouvidos que te recolhem as palavras continuam desatentos.

Se o companheiro que parecia seguro caiu, levanta-o, distendendo as
mãos afeiçoadas, e reconforta-o outra vez.

Se o ouvinte partiu, ansioso, para se entregar, inerme, ao erro,
considera-lhe a imprevidência, e volta a encorajá-lo na luta contra o mal.

Se o doente, em recuperando a saúde, retornou à posição anterior,
distante dos companheiros e dos compromissos morais, esclarece-o, ainda
mais, quanto à responsabilidade e ao dever.

Se o acompanhante se apresenta entediado, com evidente sinais de
enfado, renova-lhe as forças na fé puro, e demora-te ajudando.

Se a injúria te chega ao coração, desculpa o golpe partido do
beneficiado das tuas mãos, e persevera socorrendo.

Se a maldade enrosca os teus pés no poste da aflição, examina a
própria atitude, e permanece amparando.

Se desprezado, não revides com azedume, e esforça-te para ser útil
sempre.

Se insultado pelos comensais do teu carinho e dos teus ensinos,
esquece qualquer ofensa, e ampara sem mágoa.

O desatento é espírito imaturo.

O perseguidor é instrumento de várias enfermidades.

O zombeteiro ignora-se.

O imprevidente é "criança espiritual".

O mau é náufrago em si mesmo.

No meio de todas as deserções e fracassos, originados na pobreza de
forças que te rodeiam, cobra alento novo em Jesus Cristo, estando seguro de
que és apenas servidor, em tarefa de auxílio e que todos os resultados a Ele
pertencem, como todo bem dEle procede. E, após as fadigas, continuando
feliz, descobrirás, nos recessos da alma, a virtude e o amor resplandecentes
como luz de Deus a clarear-te por dentro.

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