sexta-feira, 31 de agosto de 2007

A IMITAÇÃO DE CRISTO - CAP. 21 e 22


CAPÍTULO 21

Da compunção do coração

1. Se queres fazer algum progresso, conserva-te no temor de Deus e não busques demasiada liberdade; refreia, antes, todos os teus sentidos com a disciplina e não te entregues à vã alegria. Procura a compunção do coração e acharás a devoção. A compunção descobre tesouros, que a dissipação bem depressa costuma desperdiçar. É de estranhar que o homem jamais possa, nesta vida, gozar perfeita alegria, se considera seu exílio e pondera os muitos perigos de sua alma.
2. Pela leviandade do coração e pelo descuido dos nossos defeitos não percebemos os males de nossa alma; e muitas vezes, rimo-nos frivolamente, quando, com razão, devíamos chorar. Não há verdadeira liberdade nem perfeita alegria, sem o temor de Deus e Boa consciência. Ditoso aquele que pode apartar de si todo estorvo das distrações e recolher-se com santa compunção. Ditoso aquele que rejeita tudo que lhe possa manchar ou agravar a consciência. Peleja varonilmente: um costume com outro se vence.
3. Se souberes deixar os homens, eles te deixarão fazer tuas boas obras. Não te metas em coisas alheias, nem te impliques nos negócios dos grandes. Olha sempre primeiro para ti e admoesta-te com mais particularidade que a todos os teus amigos. Não te entristeça a falta dos humanos favores, mas penalize-te o não viveres com tanta cautela e prudência como convém a um servo de Deus e devoto religioso. Mais útil e mais seguro é para o homem não ter nesta vida muitas consolações, mormente sensíveis. Todavia, se não temos, ou raramente sentimos o consolo divino, a culpa é nossa, porque não procuramos a compunção do coração, nem rejeitamos de todo as vãs consolações exteriores.
4. Reconhece que és indigno da consolação divina, mas antes merecedor de muitas aflições. Quando um homem está perfeitamente compungido, logo se lhe torna enfadonho e amargo o mundo todo. O homem justo sempre acha bastante matéria para afligir-se e chorar. Pois, quer olhe para si, quer para o próximo, sabe que ninguém passa esta vida sem tribulações. E quanto mais atentamente se considera, tanto mais profunda é a sua dor. Matéria de justa mágoa e profundo pesar são nossos pecados e vícios, aos quais de tal sorte estamos presos, que raras vezes podemos contemplar as coisas do céu.
1. Se mais amiúdo pensasses na morte que numa vida de muitos anos, não há dúvida que tua emenda seria mais
2. fervorosa. Se também meditasses seriamente nas penas futuras do inferno ou do purgatório, creio que sofrerias de bom grado trabalhos e dores, sem recear nenhuma austeridade. Mas, como estas coisas não nos penetram o coração e amamos ainda os regalos, ficamos frios e muito tíbios.
5. É muitas vezes pela fraqueza do espírito que este miserável corpo se queixa tão facilmente. Pede, pois, humildemente ao Senhor que te dê o espírito de compunção, e dize, com o profeta: Sustenta-me, Senhor, com o pão das lágrimas e a bebida copiosa do pranto (Sl 79,6).

CAPÍTULO 22

Da consideração da miséria humana

1. Miserável serás, onde quer que estejas e para onde quer que te voltes, se não te voltares para Deus. Por que te afliges, quando não te correm as coisas a teu gosto e vontade? Quem é que tem tudo à medida de seu desejo? Nem eu, nem tu, nem homem algum sobre a terra. Ninguém há no mundo sem nenhuma tribulação ou angústia, quer seja rei quer Papa. Quem é que vive mais feliz? Aquele, de certo, que sabe sofrer alguma coisa por Deus.
2. Dizem muitos mesquinhos e tíbios: Olhai, que boa vida tem este homem: quão rico é, quão grande e poderoso, de que alta posição! Olha tu para os bens do céu, e verás que nada são os bens corporais, mas muito incertos e onerosos, pois nunca vive sem temor e cuidado quem os possui. Não consiste a felicidade do homem na abundância dos bens temporais; basta-lhe a mediania. O viver na terra é verdadeira miséria. Quanto mais espiritual quer ser o homem, mais amarga lhe será a vida presente, porque conhece melhor e mais claramente vê os defeitos da humana corrupção. Porque o comer, beber, velar, dormir, descansar, trabalhar e estar sujeito a todas as demais grandes misérias e aflições para o homem espiritual que deseja estar isento disto e livre de todo pecado.
3. Sim, muito oprimido se sente o homem interior com as necessidades corporais neste mundo. Por isto roga o profeta a Deus, devotamente, que o livre delas, dizendo: Livrai-me, Senhor, das minhas necessidades (Sl 24,17). Mas, ai daqueles que não conhecem a sua miséria, e, outra vez, ai daqueles que amam esta miserável e corruptível vida! Porque há alguns tão apegados a ela - posto que mal arranjem o necessário com o trabalho ou com a esmola - que, se pudessem viver aqui sempre, nada se lhes daria do reino de Deus.
4. Ó insensatos e duros de coração, que tão profundamente jazem apegados à terra, que não gostam senão das coisas carnais. Infelizes! Lá virá o tempo em que hão de sentir, muito a seu custo, como era vil e nulo aquilo que amaram. Os santos de Deus, e todos os fiéis amigos de Cristo, não tinham em conta o que agradava à carne nem o que neste mundo brilhava, mas toda a sua esperança e intenção se fixavam nos bens eternos. Todo o seu desejo se elevava para as coisas invisíveis e perenes, para que o amor do visível não se arrasta a desejar as coisas inferiores. Não percas, irmão meu, a confiança de fazer progressos na vida espiritual; ainda tens tempo e ocasião.
5. Por que queres adiar tua resolução? Levanta-te, começa já e dize: Agora é tempo de agir, agora é tempo de pelejar, agora é tempo próprio para me emendar. Quando estás atribulado e aflito, é tempo de merecer. Importa que passes por fogo e água, antes que chegues ao refrigério (Sl 65,12). Se não te fizeres violência, não vencerás os vícios. Enquanto estamos neste frágil corpo, não podemos estar sem pecado, nem viver sem enfado e dor. Bem quiséramos descanso de toda miséria; mas como pelo pecado perdemos a inocência, perdemos também a verdadeira felicidade. Por isso devemos ter paciência, e confiar na divina misericórdia, até que passe a iniqüidade (Sl 52,6), e a vida absorva esta mortalidade (2Cor 5,4).
6. Como é grande a fragilidade humana, inclinada sempre ao mal! Hoje confessas os teus pecados, e amanhã cometes outra vez os mesmos que confessaste. Resolves agora te acautelar, e daqui a uma hora de portas como quem nada se propôs. Com muita razão nos devemos humilhar e não nos ter em grande conta, já que tão frágeis somos e tão inconstantes. Assim, facilmente se pode perder pela negligência o que tanto nos custou a adquirir com a divina graça.
7. Que será de nós no fim, se já tão cedo somos tíbios? Ai de nós, se assim procuramos repouso, como se já estivéssemos em paz e segurança, quando nem sinal aparece em nossa vida de verdadeira santidade. Bem necessário nos fora que nos intruíssemos de novo, como bons noviços, nos bons costumes; talvez que assim houvesse esperança de alguma emenda futura e maior progresso espiritual.

CARTÕES DE PAZ





Cada espírito é um canal de bênçãos,
em se mantendo ligado às Leis do criador.

Lembre-se: você pode espalhar compreensão e otimismo.

Contemple a fonte ao dissipar as formações de

lama que se lhe atira à corrente.

Não se detenha em pessimismo e azedume.

Qualquer tristeza manifestada impulsiona

os tristes a ficarem mais tristes.

Fraqueza à mostra enfraquece os fracos ainda mais.

Encoraje o próximo com o seu sorriso,

entregando suas mágoas a Deus.

Não se sabe de benefício algum que o

desânimo tenha realizado.

Siga em frente, criando simpatia e amizade,

esperança e cooperação.

Felicidade é um fruto que se colhe

da felicidade que se semeia.

Plante amor e paz e a vida lhe trará

farta colheita de paz e amor.

Quando a provação lhe apareça,

terá surgido o seu momento mais

importante para comunicar fé e coragem aos companheiros.

Quando o sofrimento desponte na

estrada de alguém, estará você obtendo o

instante dourado de auxiliar.

Haja o que houver, distribua confiança e

bom ânimo, porque a alegria é talvez

a única dádiva que você é capaz de ofertar sem possuir.

Evite amargura e desespero, porque

todos estamos seguindo ao

encontro do júbilo imperecível.

Se você não acredita que Deus é

plenitude de paz e amor, alegria e luz,

pense que a Terra poderá envolver-se

nas sombras da noite, mas haverá

sempre no Céu a fatalidade do alvorecer.


Pelo Espírito ANDRÉ LUIZ
Do livro: BUSCA E ACHARÁS
Psicografia de FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

INSUPERÁVEL BRANDURA





Quando você for defrontado por alguém violento, que o agrida verbalmente ou o ameace fisicamente, recorde-se de que ele é muito infeliz.
Todo aquele que não recebeu amor na infância ou foi vítima de insucessos emocionais, sempre perde o endereço de si mesmo e se torna inimigo dos outros.
Conceda-lhe a graciosa dádiva da bondade que não o torna mais desventurado. Não há quem resista a um indisfarçável gesto de benevolência.
*
Surpreendido pela astúcia dos perversos, sempre hábeis na arte de infligir sofrimentos aos outros, tenha em mente que eles são também impiedosos para consigo mesmos.
A sua desorientação provém de experiências amargas, nas quais sofreram crueldades e abandono.
Proporcione-lhes o ensejo de despertar, dando-lhes compreensão. Ninguém recusa amor, mesmo que, aparentemente reaja com aspereza, o que é falta de hábito em recebê-lo.
*
No pandemônio da revolta que grassa violenta em toda parte, anunciando desastres morais e conjunturas físicas dolorosas, reserve-se o direito de permanecer em paz.
O aturdimento que procede de alguns poucos, facilmente contamina o grupo social que se perturba. O agitador, é alguém que se sentiu desrespeitado nos seus direitos de criança e, na ocasião, não soube administrar a ira nem a frustração, agora tornadas bandeiras de comportamento doentio.
Seja amistoso para com ele, apresentando-lhe o outro lado da existência humana. O ser carente vive armado contra tudo e todos, até o momento em que se sente rociado pela presença da brandura.
*
No crepitar das labaredas das acusações e calúnias contra alguém, gerando situações asfixiantes e más, continue portador de generosidade para com a vítima.
Quem delinqüe, perde-se no labirinto de terríveis alucinações morais.
Não fustigue mais o desditoso, antes aplique temperança para com ele. O solo que arde, não pode receber mais calor, e sim, água refrescante que lhe diminua e aplaque a temperatura elevada.
Todos somos sensíveis à compreensão de alguém para conosco.
Perseguido pela inveja ou malsinado pela insensatez daquele que não gosta de você, resguarde-se na compaixão para com ele.
A insegurança que o leva a afligi-lo é resultado da família com a qual viveu e de quem somente recebeu lições de impiedade e malquerença.
Ele gostaria, por certo, de ser como você, e, na impossibilidade de que se dá conta, tenta amargurá-lo.
Ofereça-lhe o silêncio em resposta de brandura, que o alcançará inexoravelmente, alterando-lhe a atitude interior. Nada pode detê-la, e quem a recebe jamais prossegue como antes.
*
Na raiz de muitos males, que afligem e desconcertam a criatura, o desamor de que foi objeto, na atual ou em anterior reencarnação, é o responsável pelo seu transtorno.
Naturalmente, quem lhe experimenta o aguilhão impiedoso deseja libertar-se, defendendo-se e acusando, reagindo.
Não existe, porém, defesa real quando se agride nem se conquista harmonia quando se entra em debates de violência.
Nunca aceite as injunções do mal nem as arruaças dos desordeiros, simplesmente deixando de conceder-lhes consideração.
Você cresce na vertical do amor, tendo por dever levantar caídos e nunca torná-los mais vulneráveis ao mal que neles reside.
Viva com brandura e esparza-a, tornando o mundo melhor e as criaturas menos desesperadas.
Somente quem ama e se reveste de bondade pode resistir aos conflitos e desafios perturbadores da sociedade agressiva que prefere ignorar o Bem.
(Divaldo P. Franco por Marco Prisco. In: Luzes do alvorecer)

http://groups.msn.com/ConvivereMelhorar-

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

LIBERTE-SE




André Luiz

Não se prenda à beleza das formas efêmeras. A flor passa breve.

Não amontoe preciosidades que pesem na balança do mundo. As correntes de ouro prendem tanto quanto as algemas de bronze.

Não se escravize às opiniões da leviandade ou da ignorância. Incitatus, o cavalo de Calígula, podia comer num balde enfeitado de pérolas, mas não deixava, por isso, de ser um cavalo.

Não alimente a avidez da posse. A casa dos numismatas vive repleta de moedas que serviram a milhões e cujos donos desapareceram.

Não perca sua independência construtiva a troco de considerações humanas. A armadilha que pune o animal criminoso é igual à que surpreende o canário negligente.

Não acredite no elogio que empresta a você qualidades imaginárias. Vespas cruéis por vezes se escondem no cálice do lírio.

Não se aflija pela aquisição de vantagens imediatas na experiência terrestre. Os museus permanecem abarrotados de mantos de reis e de outros "cadáveres de vantagens mortas".


Do livro: Agenda Cristã
Psicografia: Francisco Cândido Xavier

O ORGULHO E A HUMILDADE


Bem-aventurados os pobres de espírito
O orgulho e a humildade
11. Que a paz do Senhor seja convosco, meus queridos amigos! Aqui venho para encorajar-vos a seguir o bom caminho.
Aos pobres Espíritos que habitaram outrora a Terra, conferiu Deus a missão de vos esclarecer. Bendito seja Ele,
pela graça que nos concede: a de podermos auxiliar o vosso aperfeiçoamento. Que o Espírito Santo me ilumine e ajude
a tomar compreensível a minha palavra, outorgando-me o favor de pô-la ao alcance de todos! Oh! vós, encarnados, que
vos achais em prova e buscais a luz, que a vontade de Deus venha em meu auxílio para fazê-la brilhar aos vossos olhos!
A humildade é virtude muito esquecida entre vós. Bem pouco seguidos são os exemplos que dela se vos têm dado. Entretanto,
sem humildade, podeis ser caridosos com o vosso próximo? Oh! não, pois que este sentimento nivela os homens, dizendo-lhes
que todos são irmãos, que se devem auxiliar mutuamente, e os induz ao bem. Sem a humildade, apenas vos adornais de virtudes
que não possuís, como se trouxésseis um vestuário para ocultar as deformidades do vosso corpo. Lembrai-vos dAquele que nos
salvou; lembrai-vos da sua humildade, que tão grande o fez, colocando-o acima de todos os profetas.
O orgulho é o terrível adversário da humildade. Se o Cristo prometia o reino dos céus aos mais pobres, é porque os grandes
da Terra imaginam que os títulos e as riquezas são recompensas deferidas aos seus méritos e se consideram de essência mais
pura do que a do pobre. Julgam que os títulos e as riquezas lhes são deferidas; pelo que, quando Deus lhos retira, o
acusam de injustiça. Oh! irrisão e cegueira! Pois, então, Deus vos distingue pelos corpos? O envoltório do pobre não é
o mesmo que o do rico? Terá o Criador feito duas espécies de homens? Tudo o que Deus faz é grande e sábio; não lhe atribuais
nunca as idéias que os vossos cérebros orgulhosos engendram.
Ó rico! Enquanto dormes sob dourados tetos, ao abrigo do frio, ignoras que jazem sobre a palha milhares de irmãos teus, que
valem tanto quanto tu? Não é teu igual o infeliz que passa fome? Ao ouvires isso, bem o sei, revolta-se o teu orgulho. Concor-
darás em dar-lhe uma esmola, mas em lhe apertar fraternalmente a mão, nunca. "Pois quê! dirás, eu, de sangue nobre, grande
da Terra, igual a este miserável coberto de andrajos! Vã utopia de pseudofilósofos! Se fôssemos iguais, por que o teria Deus
colocado tão baixo e a mim tão alto?" E exato que as vossas vestes não se assemelham; mas, despi-vos ambos: que diferença
haverá entre vós? A nobreza do sangue, dirás; a química, porém, ainda nenhuma diferença descobriu entre o sangue de um
grão-senhor e o de um plebeu; entre o do senhor e o do escravo. Quem te garante que também tu já não tenhas sido miserável e
desgraçado como ele? Que também não hajas pedido esmola? Que não a pedirás um dia a esse mesmo a quem hoje desprezas? São
eternas as riquezas? Não desaparecem quando se extingue o corpo, envoltório perecível do teu Espírito? Ah! lança sobre ti
um pouco de humildade! Põe os olhos, afinal, na realidade das coisas deste mundo, sobre o que dá lugar ao engrandecimento e
ao rebaixamento no outro; lembra-te de que a morte não te poupará, como a nenhum homem; que os teus títulos não te preservarão
do seu golpe; que ela te poderá ferir amanhã, hoje, a qualquer hora. Se te enterras no teu orgulho, oh! quanto então te lamento,
pois bem digno de compaixão serás.
Orgulhosos! Que éreis antes de serdes nobres e poderosos? Talvez estivésseis abaixo do último dos vossos criados. Curvai,
portanto, as vossas frontes altaneiras, que Deus pode fazer se abaixem, justo no momento em que mais as elevardes. Na balança
divina, são iguais todos os homens; só as virtudes os distinguem aos olhos de Deus. São da mesma essência todos os Espíritos e
formados de igual massa todos os corpos. Em nada os modificam os vossos títulos e os vossos nomes. Eles permanecerão no túmulo
e de modo nenhum contribuirão para que gozeis da ventura dos eleitos. Estes, na caridade e na humildade é que tem seus títulos
de nobreza.
Pobre criatura! és mãe, teus filhos sofrem; sentem frio; tem fome, e tu vais, curvada ao peso da tua cruz, humilhar-te, para lhes
conseguires um pedaço de pão! Oh! inclino-me diante de ti. Quão nobremente santa és e quão grande aos meus olhos! Espera e ora; a
felicidade ainda não é deste mundo. Aos pobres oprimidos que nele confiam, concede Deus o reino dos céus.
E tu, donzela, pobre criança lançada ao trabalho, às privações, por que esses tristes pensamentos? Por que choras? Dirige a Deus,
piedoso e sereno, o teu olhar: ele dá alimento aos passarinhos; tem-lhe confiança: ele não te abandonará. O ruído das festas, dos
prazeres do mundo, faz bater-te o coração; também desejaras adornar de flores os teus cabelos e misturar-te com os venturosos da
Terra. Dizes de ti para contigo que, como essas mulheres que vês passar, despreocupadas e risonhas, também poderias ser rica. Oh!
caia-te, criança! Se soubesses quantas lágrimas e dores inomináveis se ocultam sob esses vestidos recamados, quantos soluços são
abafados pelos sons dessa orquestra rumorosa, preferirias o teu humilde retiro e a tua pobreza. Conserva-te pura aos olhos de Deus,
se não queres que o teu anjo guardião para o seu seio volte, cobrindo o semblante com as suas brancas asas e deixando-te com os teus
remorsos, sem guia, sem amparo, neste mundo, onde ficarias perdida, a aguardar a punição no outro.
Todos vós que dos homens sofreis injustiças, sede indulgentes para as faltas dos vossos irmãos, ponderando que também vós não vos
achais isentos de culpas; é isso caridade, mas é igualmente humildade. Se sofreis pelas calúnias, abaixai a cabeça sob essa prova.
Que vos importam as calúnias do mundo? Se é puro o vosso proceder, não pode Deus vo-las compensar? Suportar com coragem as
humilhações dos homens é ser humilde e reconhecer que somente Deus é grande e poderoso.
Oh! meu Deus, será preciso que o Cristo volte segunda vez à Terra para ensinar aos homens as tuas leis, que eles olvidam? Terá
que de novo expulsar do templo os vendedores que conspurcam a tua casa, casa que é unicamente de oração? E, quem sabe? ó homens!
se o não renegaríeis como outrora, caso Deus vos concedesse essa graça! Chamar-lhe-íeis blasfemador, porque abateria o orgulho
dos modernos fariseus. E bem possível que o fizésseis perlustrar novamente o caminho do Gólgota.
Quando Moisés subiu ao monte Sinai para receber os mandamentos de Deus, o povo de Israel, entregue a si mesmo, abandonou o Deus
verdadeiro. Homens e mulheres deram o ouro e as jóias que possuíam, para que se construísse um ídolo que entraram a adorar. Vós
outros, homens civilizados, os imitais. O Cristo vos legou a sua doutrina; deu-vos o exemplo de todas as virtudes e tudo
abandonastes, exemplos e preceitos. Concorrendo para isso com as vossas paixões, fizestes um Deus a vosso jeito: segundo uns,
terrível e sanguinário; segundo outros, alheado dos interesses do mundo. O Deus que fabricastes é ainda o bezerro de ouro que
cada um adapta aos seus gostos e às suas idéias.
Despertai, meus irmãos, meus amigos. Que a voz dos Espíritos ecoe nos vossos corações. Sede generosos e caridosos, sem ostentação,
isto é, fazei o bem com humildade. Que cada um proceda pouco a pouco à demolição dos altares que todos ergueram ao orgulho.
Numa palavra: sede verdadeiros cristãos e tereis o reino da verdade. Não continueis a duvidar da bondade de Deus, quando dela vos
dá ele tantas provas. Vimos preparar os caminhos para que as profecias se cumpram. Quando o Senhor vos der uma manifestação mais
retumbante da sua demência, que o enviado celeste já vos encontre formando uma grande família; que os vossos corações, mansos e
humildes, sejam dignos de ouvir a palavra divina que ele vos vem trazer; que ao eleito somente se deparem em seu caminho as palmas
que aí tenhais deposto, volvendo ao bem, à caridade, à fraternidade. Então, o vosso mundo se tornará o paraíso terrestre. Mas,
se permanecerdes insensíveis à voz dos Espíritos enviados para depurar e renovar a vossa sociedade civilizada, rica de ciências,
mas, no entanto, tão pobre de bons sentimentos, ah! então não nos restará senão chorar e gemer pela vossa sorte. Mas, não, assim
não será. Voltai para Deus, vosso pai, e todos nós que houvermos contribuído para o cumprimento da sua vontade entoaremos o cântico
de ação de graças, agradecendo-lhe a inesgotável bondade e glorificando-o por todos os séculos dos séculos. Assim seja. Lacordaire.
(Constantina, 1863.)

ORAÇÃO DO AMIGO





Senhor,
Olhai por este meu amigo!
Que as pedras sejam removidas do seu caminho,
Que tenha forças para carregar seus fardos,
Que encontre coragem para resistir ao mal.
Que possa ver o amor em todos os seres,
Que seja abraçado pela lealdade,
Que encontre conforto e saúde se estiver doente,
Que seja próspero e saiba partilhar.
Que tenha paz cobrindo seu espírito,
Que sua mente obtenha os conhecimentos,
Que use sabedoria para aplicá-los,
Que saiba distinguir o bem do mal,
Que tenha fé para manter-se forte na dor.
Senhor,
Olhai pelo meu amigo!
Protegei cada passo que ele der,
Que a cada novo dia ele aceite o novo,
Que saiba alegremente comunicar novidade.
Que Vos sinta em todos os momentos
E que o tenha em Vosso colo por toda a Eternidade.
Assim seja

Autoria Desconhecida



"Quem tem um porquê viver, encontrará, quase sempre o como."

A COISA MAIS BELA DO MUNDO


lu§2007vida

Um célebre pintor que tinha realizado vários trabalhos de grande beleza; convenceu-se,
certo dia que ainda lhe faltava pintar sua obra prima.

Em sua procura por um motivo, ao caminhar por uma poeirenta estrada, encontrou um sacerdote já idoso
que lhe perguntou para onde se dirigia.

- Não sei... respondeu o pintor. Quero pintar a coisa mais bela do mundo.
Talvez o senhor me possa orientar.

- É muito simples, disse o sacerdote. Em qualquer igreja ou crença você achará o que procura.
A FÉ é a coisa mais bela do mundo.

Prosseguiu viagem o pintor. Mais tarde perguntou a uma jovem noiva se sabia qual era a coisa mais bela do mundo.

- O amor, replicou ela. O AMOR torna os pobres em ricos, suaviza as lágrimas, faz muito do pouco.
- Sem AMOR, não há beleza.

Continuou ainda, o pintor, a sua procura.

Um soldado exausto cruzou o seu caminho e
quando o pintor lhe fez a mesma pergunta, respondeu:

- A PAZ é a mais bela coisa do mundo. A guerra é a mais feia.
Onde você encontrar a PAZ fique certo de que aí encontrou a maior beleza.

FÉ, AMOR e PAZ...

Como poderei pintá-las? Pensou tristemente e artista, e meneando a cabeça desanimado,
tomou o rumo de casa.

Ao entrar em sua própria casa, deu com a coisa mais bela do mundo:
Nos olhos dos seus filhos estava a FÉ.

O AMOR brilhava no sorriso da esposa, e aqui, em seu lar, havia a PAZ de que lhe falava o soldado.

Realizou, assim, o pintor, o quadro "A COISA MAIS BELA DO MUNDO".

E terminando-o, chamou-lhe de "MEU LAR".

Colaboração de Eros Della

terça-feira, 28 de agosto de 2007

O QUARTO REI MAGO






Esta é a história do quarto rei mago, que também viu a estrela brilhar sobre Belém.
Mas sempre chegava atrasado aos lugares onde Jesus poderia estar, porque os pobres miseráveis viviam pedindo sua ajuda.
Ele era médico...
Depois de trinta anos seguindo os passos de Jesus pelo Egito, Galiléia, Betânia, o quarto rei mago chega a Jerusalém; É tarde demais, o menino já se transformara em homem e estava sendo crucificado naquele dia.
O quarto rei mago havia comprado pérolas para Cristo,
mas precisou vender quase todas para ajudar as pessoas que encontrou em seu caminho.
Sobrou apenas uma pérola, e o Salvador já estava morto.
- Falhei na missão da minha vida pensa o rei mago.
Neste momento, escuta uma voz:
- Ao contrário do que pensas, tu me encontrastes durante toda a tua vida.
Eu estava nu, e me vestiste....
Eu tive fome, e me deste de comer.....
Eu estava preso, e me visitastes.
Eu estava em todos os pobres do teu caminho.
Muito obrigado por tantos presente de amor.

(Cesar Romão)

SIMBIOSE ESPIRITUAL - André Luiz






"A simbiose espiritual permanece entre os homens, desde as eras mais remotas, em multifários processos de mediunismo consciente ou inconsciente, através dos quais os chamados "mortos", traumatizados ou ignorantes, fracos ou indecisos, se aglutinam, em grande parte,
ao "habitat" dos chamados "vivos", partilhando-lhes a existência."

SUSTENTO DO PRINCÍPIO INTELIGENTE - 0 principio inteligente, que exercitara a projeção de impulsos mentais fragmentários para nutrir-se durante largas eras, alçado ao Plano Espiritual, na condição de consciência humana desencarnada, começa a plasmar novos meios de exteriorização, em favor do sustento próprio.
No mundo das plantas, com o parênquima dorofiliano, aprendeu a decifrar os segredos da fotossíntese, absorvendo energia luminosa para elaborar as matérias orgânicas, e lançando de si os gases essenciais que contribuem para o equilíbrio da atmosfera.
No domínio de certas bactérias, inteirou-se dos processos da quimiossíntese, aproveitando a energia química haurida na oxidação de corpos minerais.
Entre os seres superiores, consagrou-se a biossíntese, em novo câmbio de substâncias nos vários períodos da experiência física, para garantir a segurança própria, sob o ponto de vista material e energético.
Habituado aos fenômenos do anabolismo, na incorporação dos elementos de que se nutre, e do catabolismo, na desassimilação respectiva, automatiza-se-lhe a existência, em metamorfose continua das forças que lhe alcançam a máquina fisiológica, através dos alimentos necessários à restauração constante das células e ao equilíbrio dos reguladores orgânicos.

INICIO DA MENTOSSÍNTESE - Erguido, porém, A geração do pensamento ininterrupto, altera-se-lhe,
na individualidade, o modo particular de ser.
O principio inteligente inicia-se, desde então, nas operações que classificaremos como sendo de "mentossíntese", porque baseadas na troca de fluidos mentais multiformes, através dos quais emite as próprias idéias e radiações, assimilando as radiações e idéias alheias.
O impulso que lhe surgia na mente embrionária, por interesse acidental de posse, ante a necessidade de alimento esporádico, é agora desejo consciente. E, sobretudo, o anseio genésico instintivo que se lhe sobrepunha à vida normal, em períodos certos, converteu-se em atração afetiva constante.
Aparece, assim, a sêde de satisfação invariável como estimulo à experiência e prefigura-se-lhe nalma a excelsitude do amor encravado no egoísmo, como o diamante em formação no carbono obscuro.
A morte física interrompe-lhe as construções no terreno da propriedade e do afeto e a criatura humana, a iniciar-se no pensamento continuo, sente-se quebrada e aflita, cada vez que se desvencilha do corpo carnal adulto.
A liberação da veste densa impõe-lhe novas condições vibratórias, como que obrigando-o a ocultação temporária entre os seus para que se lhe revitalizem as experiências, qual ocorre à planta necessitada de poda para exaltar-se em renovação do próprio valor.
Épocas numerosas são empregadas para que o homem senhoreie o corpo espiritual, nos círculos da consciência mais ampla, porque, como deve compreender por si o caminho em que se conduzirá para a Glória Divina, cabe-lhe também debitar a si mesmo os bens e os males e as alegrias e as dores da caminhada.
Arrebatado aos que mais ama e ainda incapaz de entender a transformação da paisagem doméstica de que foi alijado, revolta-se comumente contra as novas lições da vida a que é convocado, em piano diferente, e permanece fluidicamente algemado aos que se lhe afinam com o sangue e com os desejos, comungando-lhes a experiência vulgar.
Nesse sentido, será, pois, razoável recordar que em seu recuado pretérito aprendeu, automaticamente, a respirar e a viver, justaposto ao hausto e ao calor alheios.

SIMBIOSE ÚTIL - Revisemos, assim, a simbiose entre os vegetais, como, por exemplo, a que existe entre o cogumelo e a alga, na esfera dos liquens, em que as hifas ou filamentos dos cogumelos se intrometem nas gonídias ou células das algas e projetam-lhes no interior certos apêndices, equivalendo a complicados haustórios, efetuando a sucção das matérias orgânicas que a alga elabora por intermédio da fotossíntese.
0 cogumelo empalma-lhe a existência, todavia, em compensação, a alga se revela protegida por ele contra a perda de água, e dele recolhe, por absorção permanente, água e sais minerais, gás carbônico e elementos azotados, motivo pelo qual os liquens conseguem superar as maiores dificuldades do meio.
Entretanto, o processo de semelhante associação pode estender-se em ocorrências completamente novas. É que se dois liquens, estruturados por diferentes cogumelos, se encontram, podem viver, um ao lado do outro, com talo comum, pelo fenômeno da parabiose ou união natural de indivíduos vivos.
Dessa maneira, a mesma alga pode produzir liquens diversos com cogumelos variados, podendo também suceder que um líquen se transfigure de aspecto, quando uma espécie micológica se sucede à outra.
Julgava-se antigamente, na botânica terrestre, que os liquens participassem do grupo das criptogâmicas, mas Schwendener incumbiu-se de salientar-lhes a existência complexa, e Bonnier e Bornet, mais tarde, chamaram a si a obrigação de positivar-lhes a simbiose, experimentando a cultura independente de ambos os elementos integrantes, cultura essa que, iniciada no século findo, somente nos tempos últimos logrou pleno êxito, evidenciando, porem, que a vida desses mesmos componentes, sem o ajuste da simbiose, é indiscutivelmente frágil e precária.
Outro exemplo de agregação da mesma natureza vamos encontrar em certas plantas leguminosas que guardam os seus tubérculos nas raízes, cujas nodosidades albergam determinadas bactérias do solo que realizam a assimilação do azoto atmosférico, processo esse pelo qual essas plantas se fazem preciosas à gleba, devolvendo-lhe o azoto despendido em serviço.

SIMBIOSE EXPLORADORA - Contudo, alem desses fenômenos em que a simbiose é simples e útil, temos as ocorrências desagradáveis, como sejam as micorrizas das orquidáceas, em que o cogumelo comparece como sendo invasor da raiz da planta, caso esse em que a planta assume atitude anormal para adaptar-se, de algum modo, às disposições do assaltante, encontrando, por vezes, a morte, quando persiste esse ou aquele excesso no conflito para a combinação necessária.
Nesse acontecimento, como assinalou Caullery, com justeza de conceituação, tal simbiose deve ser capitulada na patologia comum, por enquadrar-se perfeitamente ao parasitismo.
Identificaremos, ainda, a simbiose entre algas e animais, em que as algas se alojam no plasma das células que atacam, como acontece a protozoários e esponjas, turbelários e moluscos, nos quais se implantam, seguras.

SIMBIOSE DAS MENTES Semelhantes processos de associação aparecem largamente empregados pela mente desencarnada, ainda tateante, na existência alem-túmulo.
Amedrontada perante o desconhecido, que não consegue arrostar de pronto, vale-se da receptividade dos que lhe choram a perda e demora-se colada aos que mais ama.
E qual cogumelo que projeta para dentro dos tecidos da alga dominadores apêndices, com os quais lhe suga grande parte dos elementos orgânicos por ela própria assimilados, o Espírito desenfaixado da veste física lança habitualmente, para a intimidade dos tecidos fisiopsicossomáticos daqueles que o asilam, as emanações do seu corpo espiritual, como radículas alongadas ou sutis alavancas de força, subtraindo-lhes a vitalidade, elaborada por eles nos processos da biossíntese, sustentando-se, por vezes, largo tempo, nessa permuta viva de forças.
Qual se verifica entre a alga e o cogumelo, a mente encarnada entrega-se, inconscientemente, ao desencarnado que lhe controla a existência, sofrendo-lhe temporariamente o domínio até certo ponto, mas, em troca, à face da sensibilidade excessiva de que se reveste, passa a viver, enquanto perdure semelhante influencia, necessariamente protegida contra o assalto de forças ocultas ainda mais deprimentes. Por esse motivo, ainda agora, em plena atualidade, encontramos os problemas da mediunidade evidente, ou da irreconhecida, destacando, a cada passo, inteligências nobres intimamente aprisionadas a cultos estranhos, em matéria de fé, as quais padecem a intromissão de idéias de terror, ante a perspectiva de se afastarem das entidades familiares que lhes dominam a mente através de palavras ou símbolos mágicos, com vistas a falaciosas vantagens materiais. Essas inteligências fogem deliberadamente ao estudo que as libertaria do cativeiro interior, quando não se mostram apáticas, em perigosos processos de fanatismo, inofensivas e humildes, mas arredadas do progresso que lhes garantiria a renovação.

HISTERIA E PSICONEUROSE - Entretanto, as simbioses dessa espécie, em que tantas existências respiram em reciprocidade de furto psíquico, não se limitam aos fenômenos desse teor, nos quais Espíritos desencarnados, estanques em determinadas concepções religiosas, anestesiam ou infantilizam temporariamente consciências menos aptas ao autocontrole, porquanto se expressam igualmente nas moléstias nervosas complexas, como a histero-epilepsia, em que o paciente sofre o espasmo tônico em opistótono, acompanhado de convulsões clônicas de feição múltipla, às vezes sem qualquer perda de consciência, equivalendo a transe mediúnico autentico, no qual a personalidade invisível se aproveita dos estados emotivos mais intensos para acentuar a própria influenciação.
E, na mesma trilha de ajustamento simbiótico, somos defrontados na Terra, aqui e ali, pela presença de psiconeuróticos da mais extensa classificação, com diagnose extremamente difícil, entregues aos mais obscuros quadros mentais, sem se arrojarem à loucura completa.
Tais entidades, imanizadas ao painel fisiológico e agregadas a ele sem o corpo de matéria mais densa, vivem assim, quase sempre por tempo longo, entrosadas psiquicamente aos seus hospedadores, porquanto o Espírito humano desencarnado, erguido a novo estado de consciência, começa a elaborar recursos magnéticos diferenciados, condizentes com os impositivos da própria sustentação, tanto quanto, no corpo terrestre, aprendeu a criar, per automatismo, as enzimas e os hormônios que lhe asseguravam o equilíbrio biológico, e, impressionando paciente que explora, muita vez com a melhor intenção, subjuga-lhe o campo mental, impondo-lhe ao centro coronário a substância dos próprios pensamentos, que a vítima passa a acolher qual se fossem os seus próprios Assim, em perfeita simbiose, refletem-se mutuamente, estacionários ambos no tempo, ate que as leis da vida lhes reclamem, pela dificuldade ou pela dor, a alteração imprescindível.

OUTROS PROCESSOS SIMBIÓTICOS - De outras vezes, o desencarnado que teme as experiências do Mundo Espiritual ou que insiste em prender-se por egoísmo aos que jazem na retaguarda, se possui inteligência mais vasta que a do hospedeiro, inspira-lhe atividade progressiva que resulta em benefício do meio a que se vincula, tal como sucede com a bactéria nutrificadora na raiz da leguminosa.
Noutras circunstancias, porém, efetua-se a simbiose em condições infelizes, nas quais o desencarnado permanece eivado de ódio ou perversidade enfermiça ao pé das próprias vitimas, inoculando­ lhes fluidos letais, seja copiando a ação do cogumelo que se faz verdugo da orquídea, impulsionando-a a situações anormais, quando não lhe impõe lentamente a morte, seja reproduzindo a atitude das algas invasoras no corpo dos anelídeos, conduzindo-os a longas perturbações, fenômenos esses, no entanto, que capitularemos, com apontamentos breves, em torno do vampirismo, como responsável por vários distúrbios do corpo espiritual a se estamparem no corpo físico.

ANCIANIDADE DA SIMBIOSE ESPIRITUAL - Justo, assim, registrar que a simbiose espiritual permanece entre os homens, desde as eras mais remotas, em multifários processos de mediunismo consciente ou inconsciente, através dos quais os chamados "mortos", traumatizados ou ignorantes, fracos ou indecisos, se aglutinam, em grande parte, ao "habitat" dos chamados "vivos", partilhando­ lhes a existência, a absorver-lhes parcialmente a vitalidade, até que os próprios Espíritos encarnados, com a forca do seu próprio trabalho, no estudo edificante e nas virtudes vividas, lhes ofereçam material para mais amplas meditações, pelas quais se habilitem à necessária transformação com que se adaptem a novos caminhos e aceitem encargos novos, à frente da evolução deles mesmos, no rumo de esferas mais elevadas.



(Evolução em Dois Mundos, cap. XIV, André Luiz/Chico Xavier/Waldo Vieira, FEB)

UMA HISTÓRIA DE AMOR





Cada um de nós tem em si uma grande história de amor. Este amor é soberano a todas as leis, pois que vibra no profundo de nosso ser aquela sementinha, que ali foi colocado pelo nosso Criador há milênios: o amor puro, que nada pede, mas se doa em benefício de quem dele necessitar.

Pequenina semente, que trazemos desde nossa criação, como espíritos simples e ignorantes, é a razão de nossa vida, e que buscamos desenvolver em nosso Espírito.

Por esse amor é que venceremos as trevas que trazemos de nosso pretérito, lutando por adquirir a luz que o Senhor nos prometeu, através de seu filho Jesus, nosso Irmão Maior.

Se tivermos a força de vontade para seguir os passos do nosso sublime Mestre, amando, perdoando, mostrando, através de atos, pensamentos e palavras, tudo aquilo que assimilamos sobre suas leis de amor, estaremos a caminho de viver a nossa história de amor.

Procurando ver somente o Bem em todas as criaturas, pois que são nossos irmãos, lembrando que somos devedores uns dos outros, encaremos a vida como uma benção a ser constantemente agradecida, pois é ela, uma nova oportunidade de resgate e de evolução, que nos foi dada.

Agradecendo sempre tudo aquilo que o Pai nos dê, seja na alegria ou nos momentos mais difíceis, pois somente Ele sabe o que merecemos nesta encarnação para o nosso progresso evolutivo.

Quando nos sentirmos felizes, ao ver feliz o nosso irmão, ou sofrermos, verdadeiramente, com suas dores, estaremos assim começando à prática da caridade, na forma de um ato espontâneo, já a incorporamos as nossas vidas.

Seremos então os Bem-aventurados, como Jesus ensinou, pois, estaremos a caminho de alcançar a Luz Redentora para a qual fomos criados, na busca de nossa Evolução Espiritual.

E assim libertando-nos das nossas inferioridades, de nossas más tendências, caminharemos pela estrada estreita que nos conduzirá ao reino de Deus.

Somente com renúncia e confiança nos desígnios do Pai, é que teremos força para vencer a nós mesmos, pois somos nós, o nosso maior inimigo.

Que Deus, Pai e Jesus, o Mestre Amado nos abençoe.

Onofre, Espírito protetor da médium Maristella 25/08/04

Alegriaeespiritualidade@groups.msn.com

FELICIDADE REALISTA - Mário Quintana




"A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.
Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.
Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.
E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando.
Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo.
Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.
É o que dá ver tanta televisão.
Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.
Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum.
Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.
Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo.
Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.
Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável.
Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno.
Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se.
Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça de que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade..."

EXALTAÇÃO À VIDA - JOANA DE ÂNGELIS










Livro: Sendas Luminosas - 28
Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco

A vida, como quer que se expresse, é desafio que merece reflexão.

Inata, em todas as coisas, dorme no mineral por milhões de anos até sonhar no vegetal, quando tem início o despertar das suas potencialidades extraordinárias e de difícil apreensão mesmo pelas inteligências mais primorosas.



Atravessando o silêncio dos tempos, adquire maior sensibilidade no animal, por meio do instinto que desvela, desenvolvendo o sistema nervoso que se aprimora, e no ser humano alcança a dimensão grandiosa que ruma para a plenitude espiritual.

Assim considerando, é indispensável investir todos os valores intelecto morais em favor da sua preservação.



Originada no Psiquismo Divino como um campo primordial de energia, conduz todos os elementos indispensáveis ao seu engrandecimento durante a trajetória que lhe cumpre desenvolver até lograr a fatalidade que lhe está destinada.



Não raro confundida com automatismos ou pulsações caóticas do acaso, é a mais pujante expressão da Realidade que dá origem a todas as coisas.

Para onde se direcione o pensamento e se proceda a observações, ei-la que se apresenta enriquecedora, convidando a reflexões acuradas.

A vida, em si mesma, é a alma da Criação, entoando um hino de exaltação ao existir, merecendo respeito e admiração.

Por mais o ser humano se rebele e deseje fugir do fenômeno da vida, mais a defronta, porquanto jamais se extingue.



Impulso que parte da vibração inicial e adquire complexidade, faculta o entendimento de si mesma em penosas circunstâncias, quando atrelada à revolta e à ignorância, ou se dá com ternura e júbilo através da correnteza do amor e seus estímulos.



Desse modo, ama a tudo e a todos, deixando-te arrebatar pela excelência dos acontecimentos, que te constituem razões de aprendizado para a aquisição da beleza a que te destinas.

Contribui em favor do seu desabrochar mediante a razão bem orientada e a emoção equilibrada.



És a vida e és essencial da Vida em tudo manifestada.



Oferece a tua contribuição de harmonia, nunca a depredando, nem gerando embaraços que lhe possam perturbar a marcha.

À medida que cresças interiormente, mais entenderás as leis de equilíbrio que a reagem e os objetivos elevados que encerra.

Ante o ritmo pulsante do Universo, adapta o passo das tuas realizações e arregimenta forças para seguir no rumo do Infinito.

Quanto mais conquistes espaços-luz, mais se te apresentarão outras dimensões a penetrar.



Nunca cessando, a vida te conduz ao Cosmo, em um mergulho de consciência lúcida no oceano da sabedoria.



Respeita a vida em qualquer aspecto que se apresente.



Limpa uma vala, planta uma árvore, semeia um grão, viabiliza uma ocorrência enobrecedora, oferta um copo com água fria, brinda um sorriso, sê útil de qualquer maneira...

A vida transcorrerá para ti conforme a desenvolvas.

Diante de qualquer dificuldade, insiste com amor e aguarda os resultados, sem aflição.

Não blasfemes, nem te rebeles, quando algo não te corresponder à expectativa.



És vida em ti mesmo, e o exterior sempre refletirá o que cultives internamente.



Jamais te evadirás da tua realidade.



Assim, torna enriquecedora e produtiva a tua existência, sendo um hino de louvor e de exaltação à vida.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

SONETO DE CAMÕES




Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida, descontente,
Repousa lá no Céu eternamente
E viva eu cá na terra sempre triste.

Se lá no assento etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te
Algu~a cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,

Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.

Luís de Camões

POEMA DA GRATIDÃO


Amelia Rodrigues




Oração Final – Por Divaldo Pereira Franco

Muito obrigado Senhor!
Muito obrigado pelo que me deste.
Muito obrigado pelo que me dás.

Obrigado pelo pão, pela vida, pelo ar, pela paz.
Muito obrigado pela beleza que os meus olhos vêem no altar da natureza.
Olhos que fitam o céu, a terra e o mar
Que acompanham a ave ligeira que corre fagueira pelo céu de anil
E se detém na terra verde, salpicada de flores em tonalidades mil.


Muito obrigado Senhor!
Porque eu posso ver meu amor.
Mas diante da minha visão
Eu detecto cegos guiando na escuridão
que tropeçam na multidão
que choram na solidão.

Por eles eu oro e a ti imploro comiseração
porque eu seique depois desta lida, na outra vida, eles também enxergarão!


Muito obrigado Senhor!
Pelos ouvidos meus que me foram dados por Deus.
Ouvidos que ouvem o tamborilar da chuva no telheiro
A melodia do vento nos ramos do olmeiro
As lágrimas que vertem os olhos do mundo inteiro!

Ouvidos que ouvem a música do povo que desce do morro na praça a cantar.
A melodia dos imortais, que se houve uma vez e ninguém a esquece nunca mais!
A voz melodiosa, canora, melancólica do boiadeiro.
E a dor que geme e que chora no coração do mundo inteiro!

Pela minha alegria de ouvir, pelos surdos, eu te quero pedir
Porque eu sei
Que depois desta dor, no teu reino de amor, voltarão a sentir!


Obrigado pela minha voz
Mas também pela sua voz
Pela voz que canta
Que ama, que ensina, que alfabetiza,
Que trauteia uma canção
E que o Teu nome profere com sentida emoção!

Diante da minha melodia
Eu quero rogar pelos que sofrem de afazia.
Eles não cantam de noite, eles não falam de dia.
Oro por eles
Porque eu sei, que depois desta prova, na vida nova
Eles cantarão!


Obrigado Senhor!
Pelas minhas mãos
que aram
Que semeiam, que agasalham.
Mãos de ternura que libertam da amargura
Mãos que apertam mãos
De caridade, de solidariedade
Mãos dos adeuses
Que ficam feridas
Que enxugam lágrimas e dores sofridas!

Pelas mãos de sinfonias, de poesias, de cirurgias, de psicografias!
Pelas mãos que atendem a velhice
A dor
O desamor!
Pelas mãos que no seio embalam o corpo de um filho alheio sem receio!
E pelos pés que me levam a andar, sem reclamar!


Obrigado Senhor!
Porque me posso movimentar.
Diante do meu corpo perfeito
Eu te quero rogar
Porque eu vejo na Terra
Aleijados, amputados, decepados, paralisados, que se não podem movimentar.

Eu oro por eles
Porque eu sei, que depois desta expiação
Na outra reencarnação
Eles também bailarão!


Obrigado por fim, pelo meu Lar.
É tão maravilhoso ter um lar!
Não é importante se este Lar é uma mansão, se é uma favela, uma tapera, um ninho, um grabato de dor, um bangalô, uma casa do caminho ou seja lá o que for.

Que dentro dele, exista a figura
do amor de mãe, ou de pai
De mulher ou de marido
de irmão
A presença de um amigo
A companhia de um cão
Alguém que nos dê a mão!

Mas se eu a ninguém tiver para me amar
Nem um tecto para me agasalhar,
nem uma cama para me deitar
Nem aí reclamarei.
Pelo contrário, eu te direi

Obrigado Senhor!
Porque eu nasci!
Obrigado porque creio em ti
Pelo teu amor, obrigado senhor!


ouça o poema:
http://ideiaespirita.blogspot.com/2007/07/poema-da-gratido.html

NO GRANDE CAMINHO - Emmanuel






Não digas que os outros são maus quando todos os seres são bons
para serem, um dia, perfeitamente bons.
*
Se já consegues doar algo de ti, procurando entesourar a
bondade, não acuses aquele que acumula os bens da vida, crendo assim
enriquecer-se para unicamente entregar, mais tarde, por mãos alheias, as
vantagens que ajuntou.
*
A rigor, não existem espíritos absolutamente maus.
A vida nada cria para desequilíbrio ou delinqüência.
A fonte é boa porque distribui generosamente os dons que lhe são
próprios, entretanto, o solo não é mau porque prenda a fonte a si mesmo.
A andorinha é um poema de beleza, volitando na altura, todavia,
o batráquio não pode ser interpretado por monstro porque esteja colado ao
charco.
*
Não existe pomicultor capaz de condenar a planta recém-nata, na
fraqueza em que se caracteriza, simplesmente porque a veja, assim débil, ao
lado de árvore vigorosa em plena maturação. Protegerá uma e outra,
considerando-lhes tempo e valor.
Assinala-se cada ser por determinada problemática na escala
evolutiva.
*
Observando os princípios que regem a natureza se alguém te
injuria por não seres ainda um espírito tão bom quanto seria de desejar, não
interrompas o trabalho a que te afeiçoas para te mostrares, no futuro, tão
bom quanto precisas ser. Prossegue agindo e servindo, certificando-te de que
ação e utilidades podem transformar qualquer deserto em jardim.
*
Não reclames contra ninguém quando surjam aqueles que te não
consigam compreender e procura compreender a quantos te reprovem.
Segue adiante, ama e abençoa, auxilia e constrói, que para isso
todos fomos chamados a viver.
*
As diretrizes do entendimento e da misericórdia te facilitarão a
romagem no dia-a-dia e o dever cumprido falará por ti ao silêncio.
A força do Universo que mantém a floresta é a mesma que vitaliza
a semente diminuta.
Aprendamos a servir e a esperar, a fim de que os tesouros da
evolução se nos revelem no grande caminho da imortalidade.
Toda criatura é um fruto divino na árvore da vida, mas todo
fruto pede tempo, a fim de amadurecer.

Emmanuel
(De "Encontro de Paz", de Francisco Cândido Xavier - espíritos diversos)

BEM AVENTURADOS OS QUE CONSOLAM OS AFLITOS



Espírito Skanay


Jesus disse: "bem aventurados os aflitos, porque serão consolados". Nós vivemos com o conhecimento de tudo aquilo que o evangelho nos ensina. Bem aventurados aqueles que consolam os aflitos, porque serão abençoados. É necessário, cada vez mais, o homem entender a necessidade do seu semelhante.

Embora todas as conquistas de uma nova era de progresso, o homem está e estará a mercê de todas as enfermidades do início do século, às portas do terceiro milênio ele se arrastará enfermo e solitário.

A fome aí está trazendo a tuberculose, o desespero aí está aumentando a fileira dos suicidas.

O desespero se faz presente onde o vício se instala, como a maldição prevista no apocalipse.

Vemos, jovens encaminhando para destinos incertos, crianças crescendo já sem esperança, lares se destroçando como se borrasca terrível descesse sobre as criaturas.

Vemos, então, que falta, realmente, para unir as almas, uma crença maior, uma fé sólida. Aquilo que o Mestre falou já está ocorrendo, a seleção do joio e do trigo. Porque aquele que perseverar no bem, realmente, será senhor do futuro. Aquele que perseverar na sua fé será um orientador, será um consolador, será o esteio de uma nova era.

Mas não devemos pensar que o destino do mundo é só tristeza. A tristeza está exatamente, para exaltar a alegria, a violência está para vocês aprenderem a valorizar a paz, as lutas interiores permanentes aí estão para vocês buscarem a harmonia. Existe o mal para o homem buscar o bem, existe a dor para o homem buscar o lenitivo, existe a caridade para o homem aprender a ser solidário com aqueles que sofrem, porque irmãos, todos somos, filhos de um mesmo Pai, também.

Nossos destinos poderiam ser bem melhores se melhores coisas nós buscássemos com as nossas vidas. Mas Deus paira, com a Sua misericórdia, sobre todas as criaturas.

Lembrem-se de que sem o evangelho, sem a mudança de valores interiores, sem a preocupação de estruturar bem os lares e vigiar os passos, o mundo estará sendo composto de pessoas que buscam um caminho que, cada vez, torna-se mais difícil de ser encontrado.

O bem é esse caminho seguro, o amor é a força que governa o mundo. Se a pessoa buscar o bem com amor, realmente encontrará a grande paz interior.

Mensagem recebida por Shyrlene Soares Campos dia 25/03/2000 no
Núcleo Servos Maria de Nazaré: Av. Dr. Arnaldo Godoy de Souza, 2275 - Cidade Jardim - Uberlandia


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NOS SERVIÇOS DE CURA







NÃO basta rogar ajuda para si.
É indispensável o auxílio aos outros.
NÃO vale a revelação de humildade na indefinida repetição dos pedidos de socorro.
É preciso não reincidirmos nas faltas.


NÃO há grande mérito em solicitarmos perdão diariamente.
É necessário desculparmos com sinceridade as ofensas alheias.
NÃO há segurança definitiva para nós se apenas fazemos luz na residência dos vizinhos.
É imprescindível acendê-la no próprio coração.


NÃO nos sintamos garantidos pela certeza de ensinarmos o bem a outrem.
É imperioso cultivá-lo por nossa vez.
NÃO é serviço completo a ministração da verdade construtiva ao próximo.
Preparemos o coração para ouvi-la de outros lábios, com referência às nossas próprias necessidades, sem irritação e sem revolta.


NÃO é integral a medicação para as vísceras enfermas.
É indispensável que não haja ódio e desespero no coração.
NÃO adianta o auxílio do Plano Superior, quando o homem não se preocupa em retê-lo.
Antes de tudo, é preciso purificar o vaso humano para que se não perca a essência divina.


NÃO basta suplicar a intercessão dos bons.
Convençamo-nos de que a nossa renovação para o bem, com Jesus, é sagrado impositivo da vida.
NÃO basta restaurar simplesmente o corpo físico.
É inadiável o dever de buscarmos a cura espiritual para a vida eterna.



BEZERRA DE MENEZES

"Taça de Luz", 4, FCXavier, FEESP

domingo, 26 de agosto de 2007

O AMOR - KAHLIL GIBRAN




E alguém disse:
Fala-nos do Amor:

- Quando o amor vos fizer sinal, segui-o;
ainda que os seus caminhos sejam duros e difíceis.
E quando as suas asas vos envolverem, entregai-vos;
ainda que a espada escondida na sua plumagem
vos possa ferir.

E quando vos falar, acreditai nele;
apesar de a sua voz
poder quebrar os vossos sonhos
como o vento norte ao sacudir os jardins.

Porque assim como o vosso amor
vos engrandece, também deve crucificar-vos
E assim como se eleva à vossa altura
e acaricia os ramos mais frágeis
que tremem ao sol,
também penetrará até às raízes
sacudindo o seu apego à terra.

Como braçadas de trigo vos leva.
Malha-vos até ficardes nus.
Passa-vos pelo crivo
para vos livrar do joio.
Mói-vos até à brancura.
Amassa-vos até ficardes maleáveis.

Então entrega-vos ao seu fogo,
para poderdes ser
o pão sagrado no festim de Deus.

Tudo isto vos fará o amor,
para poderdes conhecer os segredos
do vosso coração,
e por este conhecimento vos tornardes
o coração da Vida.

Mas, se no vosso medo,
buscais apenas a paz do amor,
o prazer do amor,
então mais vale cobrir a nudez
e sair do campo do amor,
a caminho do mundo sem estações,
onde podereis rir,
mas nunca todos os vossos risos,
e chorar,
mas nunca todas as vossas lágrimas.

O amor só dá de si mesmo,
e só recebe de si mesmo.

O amor não possui
nem quer ser possuído.

Porque o amor basta ao amor.

E não penseis
que podeis guiar o curso do amor;
porque o amor, se vos escolher,
marcará ele o vosso curso.

O amor não tem outro desejo
senão consumar-se.

Mas se amarem e tiverem desejos,
deverão se estes:
Fundir-se e ser um regato corrente
a cantar a sua melodia à noite.

Conhecer a dor da excessiva ternura.
Ser ferido pela própria inteligência do amor,
e sangrar de bom grado e alegremente.

Acordar de manhã com o coração cheio
e agradecer outro dia de amor.

Descansar ao meio dia
e meditar no êxtase do amor.

Voltar a casa ao crepúsculo
e adormecer tendo no coração
uma prece pelo bem amado,
e na boca, um canto de louvor.

Khalil Gibran

TRAJETÓRIA DA PRECE








Um Amigo Espiritual


A prece é o elemento necessário para que o ser humano se coloque em comunhão com Deus, com Jesus ou com outros espíritos por ele mentalizados.

Nem todos conhecem e acreditam no real valor da prece.

A melhor prece é aquela que sai do coração, ocasião em que a pessoa externa as suas angústias, dúvidas, temores, ou então efetiva os seus agradecimentos pelos benefícios conseguidos.

Os anseios, partindo da mente do necessitado, conseguem chegar ao espírito de luz mentalizado. Os rogos atravessam o espaço, da mesma maneira que as ondas de rádio. Ao sintonizar uma emissora, ouvimos a voz do locutor, muitas vezes emitida de longa distância.

A prece passa por um processo semelhante: partindo da mente do necessitado, dirige-se à entidade espiritual, que tratará de promover o auxílio ao solicitante.

Às vezes, as pessoas pedem favores que ainda não podem receber; por isso, chegam a descrer do poder da prece. Nestes casos, torna-se aconselhável que, em vez de perder a fé, aquele que ora, peça forças para enfrentar as aflições, tendo a certeza de que no futuro tudo ficará resolvido.

Sempre é conveniente orar, por nó, pelo próximo, pela família. A prece é um poderoso recurso que temos em nossas mãos. Aquele que ora é como a pérola fora da ostra, que sabe como beneficiar a si e aos que necessitam de auxílio.

(Psicografrado por Maria Nilceia - Julho/Agosto/Setembro – 1998 - Gaivota da Paz)

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SE TODOS PERDOASSEM





Imaginemos, por um minuto, que mundo maravilhoso seria a terra, se todos perdoassem!...

Se todos perdoassem, a ventura celeste começaria de casa, onde todo companheiro de equipe doméstica perceberia que a experiência na reecarnação é diferente para cada um e, por isso mesmo, teria suficiente disposição para agir em apoio dos associados da edificação em família, a fim de que venham a encontrar o tipo de felicidade pessoal e correta a que se dirigem.

Se todos perdoassem, cada grupo na comunidade terrestre alcançaria o máximo de eficiência na produção do bem comum, porquanto, em toda parte, existiria entendimento bastante para que a inveja e o despeito, o azedume e a crítica destrutiva fossem banidos para sempre do convívio social.

Se todos perdoassem, o espírito de competição, no progresso das ciências e na efetivação dos negócios, subiria constantemente de nivél moral, suscitando as mais belas empresas de aprimoramento do mundo, porque o golpe e a vingança desapareceriam do intercâmbio entre pessoas e instituições, com o respeito mútuo revestindo de lealdade os menores impulsos à concorrência, que se fixaria exclusivamente no bem com esquecimento do mal.

Se todos perdoassem, a guerra seria automaticamente abolida do Planeta, de vez que o ódio seria erradicado das nações, com a solidariedade traçando aos mais fortes a obrigação de socorro aos mais fracos, não mais se verificando a corrida de armamentos e sim a emulação incessante à fraternidade entre os povos.

Se todos perdoassem, a saúde humana atingiria prodígios de equilíbrio e longevidade, porquanto a compreensão recíproca extinguiria o ressentimento e o ciúme, que deixariam, por fim, de assegurar, entre as criaturas, terreno propício à obsessão e à loucura, à enfermidade e à morte.

Se todos perdoarmos, reformaremos a vida na Terra, apagando de todos os idiomas a palavra "ressentimento", para convivermos, uns com os outros, acreditando realmente que somos irmãos diante de Deus.

Quando todos aprendermos a perdoar, o amor entoará hosanas, de polo a polo da Terra, e então o Reino de Deus fulgirá em nós e junto de nós para sempre.


Emmmanuel

sábado, 25 de agosto de 2007

AUTO-LIBERTAÇÃO




Emmanuel



"... Nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele."

Paulo. ( I Timóteo, 6:7. )



Se deseja emancipar a alma das grilhetas escuras do "eu", começa o teu curso de autolibertação, aprendendo a viver "Como possuindo tudo e nada tendo", "com todos e sem ninguém".

Se chegaste à Terra na condição de um peregrino necessitado de aconchego e socorro e se sabes que te retirarás dela sozinho, resigna-te a viver contigo mesmo, servindo a todos, em favor do teu crescimento espiritual para a imortalidade.

Lembra-te de que, por força das leis que governam os destinos, cada criatura está ou estará em solidão, a seu modo, adquirindo a ciência da auto-superação.

Consagra-te ao bem, não só pelo bem de ti mesmo, mas, acima de tudo, por amor ao próximo bem.

Realmente grande é aquele que conhece a própria pequenez, ante a vida infinita.

Não te imponhas, deliberadamente, afugentando a simpatia; não dispensarás o concurso alheio na execução de tua tarefa.

Jamais suponhas que a tua dor seja maior que a do vizinho ou que as situações do teu agrado sejam as que devam agradar aos que te seguem.

Aquilo que te encoraja pode espantar a muitos e o material de tua alegria pode ser um veneno para teu irmão.

Sobretudo, combate a tendência ao melindre pessoal com a mesma persistência empregada no serviço de higiene do leito em que repousas.

Guardar o sarcasmo ou o insulto dos outros não será o mesmo que cultivar espinhos alheios em nossa casa?

Desanuvia a mente, cada manhã, e segue para diante, na certeza de que acertaremos as nossas contas com Quem nos emprestou a vida e não com os homens que a malbaratam.

Deixa que a realidade te auxilie a visão e encontrarás a divina felicidade do anjo anônimo, que se confunde na glória do bem comum.

Aprende a ser só, para seres mais livre no desempenho do dever que te une a todos, e, de pensamento voltado para o Amigo Celeste, que esposou o caminho estreito da cruz, não nos esqueçamos da advertência de Paulo, quando nos diz que, com alusão a quaisquer patrimônios de ordem material, "nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele".



Pelo espírito EMMANUEL Psicografia Francisco Cândido Xavier - Livro Fonte Viva

O FIM DO ECUMENISMO

Terça-feira, 10 de julho de 2007, 14h26
Documento do Vaticano esclarece questões doutrinais

Vaticano
A Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, orgão do Vaticano responsável por manter a fé católica imune de qualquer erro doutrinal, divulgou nesta terça-feira, dia 10, um documento esclarecedor sobre cinco questões. Com a aprovação do Papa, o texto oferece orientações seguras para se evitar e corrigir eventuais desvios teológicos.


Leia documento na íntegra:

CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ
RESPOSTAS A QUESTÕES RELATIVAS A ALGUNS ASPECTOS
DA DOUTRINA SOBRE A IGREJA

Introdução

É de todos conhecida a importância que teve o Concílio Vaticano II para um conhecimento mais profundo da eclesiologia católica, quer com a Constituição dogmática Lumen gentium quer com os Decretos sobre o Ecumenismo (Unitatis redintegratio) e sobre as Igrejas Orientais (Orientalium Ecclesiarum). Muito oportunamente, também os Sumos Pontífices acharam por bem aprofundar a questão, atendendo sobretudo à sua aplicação concreta: assim, Paulo VI com a Carta encíclica Ecclesiam suam (1964) e João Paulo II com a Carta encíclica Ut unum sint (1995).

O sucessivo trabalho dos teólogos, tendente a ilustrar com maior profundidade os múltiplos aspectos da eclesiosologia, levou à produção de uma vasta literatura na matéria. Mas, se o tema se revelou deveras fecundo, foi também necessário proceder a algumas chamadas de atenção e esclarecimentos, como aconteceu com a Declaração Mysterium Ecclesiae (1973), a Carta aos Bispos da Igreja Católica Communionis notio (1992) e a Declaração Dominus Iesus (2000), todas elas promulgadas pela Congregação para a Doutrina da Fé.

A complexidade estrutural do tema, bem como a novidade de muitas afirmações, continuam a alimentar a reflexão teológica, nem sempre imune de desvios geradores de dúvidas, a que esta Congregação tem prestado solícita atenção. Daí que, tendo presente a doutrina íntegra e global sobre a Igreja, entendeu ela dar com clareza a genuína interpretação de algumas afirmações eclesiológicas do Magistério, por forma a que o correcto debate teológico não seja induzido em erro, por motivos de ambiguidade.

RESPOSTAS ÀS QUESTÕES

Primeira questão: Terá o Concílio Ecuménico Vaticano II modificado a precedente doutrina sobre a Igreja?

Resposta: O Concílio Ecuménico Vaticano II não quis modificar essa doutrina nem se deve afirmar que a tenha mudado; apenas quis desenvolvê-la, aprofundá-la e expô-la com maior fecundidade.

Foi quanto João XXIII claramente afirmou no início do Concílio1. Paulo VI repetiu-o2 e assim se exprimiu no acto de promulgação da Constituição Lumen gentium: "Não pode haver melhor comentário para esta promulgação do que afirmar que, com ela, a doutrina transmitida não se modifica minimamente. O que Cristo quer, também nós o queremos. O que era, manteve-se. O que a Igreja ensinou durante séculos, também nós o ensinamos. Só que o que antes era perceptível apenas a nível de vida, agora também se exprime claramente a nível de doutrina; o que até agora era objecto de reflexão, de debate e, em parte, até de controvérsia, agora tem uma formulação doutrinal segura"3. Também os Bispos repetidamente manifestaram e seguiram essa mesma intenção4.

Segunda questão: Como deve entender-se a afirmação de que a Igreja de Cristo subsiste na Igreja católica?

Resposta: Cristo "constituiu sobre a terra" uma única Igreja e instituiu-a como "grupo visível e comunidade espiritual"5, que desde a sua origem e no curso da história sempre existe e existirá, e na qual só permaneceram e permanecerão todos os elementos por Ele instituídos6. "Esta é a única Igreja de Cristo, que no Símbolo professamos como sendo una, santa, católica e apostólica […]. Esta Igreja, como sociedade constituída e organizada neste mundo, subsiste na Igreja Católica, governada pelo Sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele"7.

Na Constituição dogmática Lumen gentium 8, subsistência é esta perene continuidade histórica e a permanência de todos os elementos instituídos por Cristo na Igreja católica8, na qual concretamente se encontra a Igreja de Cristo sobre esta terra.

Enquanto, segundo a doutrina católica, é correcto afirmar que, nas Igrejas e nas comunidades eclesiais ainda não em plena comunhão com a Igreja católica, a Igreja de Cristo é presente e operante através dos elementos de santificação e de verdade nelas existentes9, já a palavra "subsiste" só pode ser atribuída exclusivamente à única Igreja católica, uma vez que precisamente se refere à nota da unidade professada nos símbolos da fé (Creio… na Igreja "una"), subsistindo esta Igreja "una" na Igreja católica10.

Terceira questão: Porque se usa a expressão "subsiste na", e não simplesmente a forma verbal "é"?

Resposta: O uso desta expressão, que indica a plena identidade da Igreja de Cristo com a Igreja católica, não altera a doutrina sobre Igreja; encontra, todavia, a sua razão de verdade no facto de exprimir mais claramente como, fora do seu corpo, se encontram "diversos elementos de santificação e de verdade", "que, sendo dons próprios da Igreja de Cristo, impelem para a unidade católica"11.

"Por isso, as próprias Igrejas e Comunidades separadas, embora pensemos que têm faltas, não se pode dizer que não tenham peso ou sejam vazias de significado no mistério da salvação, já que o Espírito se não recusa a servir-se delas como de instrumentos de salvação, cujo valor deriva da mesma plenitude da graça e da verdade que foi confiada à Igreja católica"12.

Quarta questão: Porque é que o Concílio Ecuménico Vaticano II dá o nome de "Igrejas" às Igrejas orientais separadas da plena comunhão com a Igreja católica?

Resposta: O Concílio quis aceitar o uso tradicional do nome. "Como estas Igrejas, embora separadas, têm verdadeiros sacramentos e sobretudo, em virtude da sucessão apostólica, o Sacerdócio e a Eucaristia, por meio dos quais continuam ainda unidas a nós por estreitíssimos vínculos"13, merecem o título de "Igrejas particulares ou locais"14 , e são chamadas Igrejas irmãs das Igrejas particulares católicas15.

"Por isso, pela celebração da Eucaristia do Senhor em cada uma destas Igrejas, a Igreja de Deus é edificada e cresce"16. Como porém a comunhão com a Igreja católica, cuja Cabeça visível é o Bispo de Roma e Sucessor de Pedro, não é um complemento extrínseco qualquer da Igreja particular, mas um dos seus princípios constitutivos internos, a condição de Igreja particular, de que gozam essas venerandas Comunidades cristãs, é de certo modo lacunosa17.

Por outro lado, a plenitude da catolicidade própria da Igreja, governada pelo Sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele, encontra na divisão dos cristãos um obstáculo à sua realização plena na história18.

Quinta questão: Por que razão os textos do Concílio e do subsequente Magistério não atribuem o título de "Igreja" às comunidades cristãs nascidas da Reforma do século XVI?

Resposta: Porque, segundo a doutrina católica, tais comunidades não têm a sucessão apostólica no sacramento da Ordem e, por isso, estão privadas de um elemento essencial constitutivo da Igreja. Ditas comunidades eclesiais que, sobretudo pela falta do sacerdócio sacramental, não conservam a genuína e íntegra substância do Mistério eucarístico19, não podem, segundo a doutrina católica, ser chamadas "Igrejas" em sentido próprio20.

O Santo Padre Bento XVI, na Audiência concedida ao abaixo-assinado Cardeal Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, ratificou e confirmou estas Respostas, decididas na Sessão ordinária desta Congregação, mandando que sejam publicadas.

Roma, Sede da Congregação para a Doutrina da Fé, 29 de Junho de 2007, Solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo.

William Cardeal Levada
Prefeito

+ Angelo Amato, SDB,
Arcebispo tit. de Sila
Secretário

Luteranos oram pelo reconhecimento mútuo das Igrejas

Porto Alegre (RS) - O Pastor Walter Altmann (foto), Pastor Presidente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), que também exerce a função de Moderador do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), enviou carta pastoral às comunidades e instituições da IECLB (correspondência IECLB nº 135865) pedindo orações pelo reconhecimento mútuo entre as igrejas.

CONIC

Abaixo a íntegra da missiva:

Porto Alegre, 13 de julho de 2007

Aos/Às
Obreiros, obreiras e lideranças de comunidades e instituições da IECLB

Ass.: Novo motivo de intercessão comum: Pelo reconhecimento mútuo entre as igrejas

Estimadas irmãs, estimados irmãos:

Esta semana a Congregação para a Doutrina da Fé, do Vaticano, emitiu um documento com “Respostas a questões relativas a alguns aspectos da doutrina sobre a Igreja”. O documento foi ratificado pelo Papa Bento 16. Nele se afirma que “as comunidades cristãs nascidas da Reforma do século XVI” “não podem, segundo a doutrina católica, ser chamadas de ‘Igrejas’ em sentido próprio”. A razão, segundo o Vaticano, é que elas não teriam “a sucessão apostólica no sacramento da Ordem”, ou seja, sacerdotes na forma que a Igreja Católica os tem e que “sobretudo” por isso elas “não conservam a genuína e íntegra substância do Ministério eucarístico”, ou seja, da Ceia do Senhor.

Ainda no mesmo dia, a Presidência da IECLB emitiu uma Declaração, entrementes, amplamente compartilhada e difundida no país e no exterior. Nela expressamos nosso desalento, pois gostaríamos de ter lido a posição católica no contexto dos substanciais avanços registrados no diálogo ecumênico. Ao mesmo tempo, porém, lembramos o respeito que temos e devemos ter às demais igrejas e suas convicções, mesmo quando divergentes da nossa. Por fim, lembramos a urgência do chamado feito no movimento ecumênico a que as igrejas em conjunto reflitam sobre sua identidade eclesial. O texto da Declaração da IECLB na íntegra pode ser lido na página web da IECLB (www.luteranos.com.br).

Aqui acrescentamos alguns elementos de nossa compreensão de igreja, segundo nossa confissão luterana. Conforme nossa Constituição, a IECLB é Igreja de Jesus Cristo no país. A Igreja é a comunhão das pessoas que crêem em Jesus Cristo, em que o evangelho é pregado de maneira pura e os sacramentos administrados corretamente. Temos também, legitimamente, o ministério da palavra e dos sacramentos.

Entendemos ainda que a igreja “luterana” não surgiu com a Reforma nem é uma “nova igreja”, mas a mesma igreja de Cristo que sempre existiu e sempre existirá até a plenitude dos tempos, porque ela é criatura da própria palavra de Deus, que jamais retorna vazia, mas cria fé entre as pessoas que a ouvem. Nessa fé em Cristo nos sabemos vinculados com as demais igrejas que confessam Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Nossa continuidade como Igreja de Cristo não consiste em projetos ou esforços humanos, mas reside na fidelidade ao evangelho, que pelo poder do Espírito também se renova em todos os tempos. Precisamente isso ocorreu na Reforma de Lutero.

No entanto, não podemos esquecer que nosso compromisso ecumênico provém de uma convicção motivada pela Bíblia e pelo próprio Senhor Jesus, não de declarações eclesiásticas de qualquer igreja. Assim, nós estaremos sendo fiéis a nosso Senhor Jesus Cristo se, de nossa parte, perseverarmos no espírito e no caminhar ecumênicos. E deles faz parte essencial também a oração. Por isso, convidamos nossas comunidades a nos cultos das próximas semanas interceder pela causa do ecumenismo, incluindo na oração, que pode ser formulada mais extensamente, a seguinte petição:

Que todas as igrejas que confessam Jesus Cristo como Senhor e Salvador
possam se reconhecer plenamente umas às outras, no caminho da unidade

Lembramos, como sempre, que é importante que a comunidade seja informada, nos anúncios ou antes da própria oração de intercessão, do motivo da intercessão comum em toda a IECLB e que ela estará sendo orada em toda a Igreja.

Na paz de Cristo, fonte de vida e de toda unidade verdadeira,

P. Dr. Walter Altmann
Pastor Presidente

c.: Membros do Conselho da Igreja

IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA REFORMADA





Quem é a Igreja Episcopal Latina do Brasil? A Igreja Episcopal Latina do Brasil (I.E.L.B.) é a antiga Igreja, Católica, Apostólica e Reformada. É parte integrante e indissolúvel da Igreja Una Santa, Católica e Apostólica, fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo. Seus bispos têm a sucessão apostólica da Igreja Católica Apostólica Romana. Reconhece como fontes de fé a Tradição, a Bíblia Sagrada e o Magistério dos Padres da Igreja, proclamam e mantêm firmemente a doutrina e o ministério da Igreja Una Santa, Católica e Apostólica. Tem, por tanto, tradições protestantes e católicas, antigas e reformadas, progressistas e conservadoras. É uma Igreja que prega ao Cristo ressuscitado, trabalha para a extensão do Reino de Deus. A IELB faz parte da Igreja Católica Apostólica Romana Reformada, compartilhando com ela tradições, ordem e plena comunhão, ainda que com características próprias, dada sua condição de Igreja Nacional. Como tal a Igreja Episcopal Latina do Brasil se sente continuadora da antiga Igreja no Brasil, que se tornou independente da organização da Igreja de Roma. A IELB foi estabelecida em 2004 por cristãos Brasileiros dissidentes da Igreja de Roma. À frente deles está Dom Lucas Macieira da Silva, Assim, no sínodo de 2004 elegeu-se Arcebispo o Reverendo Lucas Macieira, então Bispo da Igreja Vétero-Católica e este se dedicou à elaboração de uma liturgia própria. O Bispo Macieira é consagrado em 2004 por bispos da Igreja Apostólica Episcopal Portuguesa (Vétero-Católica) com a que se mantinham Relações de Fé e Fraternidade. A Igreja seguiu desenvolvendo-se no Brasil, passando por diferentes etapas políticas, por difíceis momentos de intolerância, perseguição, repressão e indiferença; apesar destes e outros graves problemas, a Igreja manteve sua obra, com o único objetivo de apresentar o Evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, para a glória de Deus e a salvação dos homens e mulheres de boa vontade. No ano de 2006, a 25 de outubro do II ano de seu Pontificado, Dom Lucas Macieira, Dom João de Deus da Silva, e o Clero representado assinaram a Concordata de união Plena com a Igreja Católica Apostólica Romana Reformada, representada pelo seu Arcebispo Primaz Dr. Karl Ridig, passando assim ser membro efetivo desta denominação podendo usa o mesmo nome internacional no Brasil o nome jurídico de nossa Igreja continuar sendo Episcopal Latina, e seu nome denominacional passou a ser a Igreja Católica Apostólica Romana Reformada para fins religiosos. A IELB é........ - EPISCOPAL, porque mantém a tríplice ordem do ministério: bispos, presbíteros e diáconos; tudo isso, na chamada "linha de sucessão apostólica". Tanto os bispos como os presbíteros e diáconos podem ser casados - LATINA BRASILEIRA. Sua origem se deveu à decisão entregada dos Brasileiros que tinham ministrado na Igreja Católica Romana, mas que se separaram dela por inconformidade com a doutrina e a prática da mesma. - REFORMADA, com o que significa que recusou e recusa todas aquelas doutrinas e práticas que são alheia à Sagrada Escritura (a Bíblia) ou são contrárias ao conteúdo da mesma. - BÍBLICA, porquanto ensina que na Sagrada Escritura se contém tudo o necessário para a salvação, de maneira que nada do que nela não se lê, nem por ela se pode provar, deve exigir-se a pessoa alguma que o cria ou que o considere como requisito para a salvação. - LITURGICA. Seus ofícios seguem a Liturgia de Pio V a Paulo VI que são os ritos da Igreja Latina até os tempos atuais. SACRAMENTAL. Reconhecem sete sacramentos: batismo, crisma, confissão, comunhão, ordem e unção dos enfermos Administram-se como Sacramentos ordenados por nosso Senhor Jesus Cristo no Evangelho. - SINODAL. Os Sínodos se celebram cada três anos, e estão formados em partes iguais pelos Ministros e membros das Igrejas locais, eleitos em suas congregações. Qualquer membro da IELB, homem ou mulher, pode ser eleito e ser Delegado ao Sínodo, no que participará com voz e voto. Quem é Dom Lucas Macieira da Silva 1974 – Nasce em Fortaleza em uma família muito humilde, neste mesmo ano é batizado e recebe o nome de Iranildo Macieira da Silva. 1987 – faz a primeira eucaristia na Capela de São Francisco de Assis, no Bairro Henrique Jorge. 1989 – começa sentir seu chamado para a vida religiosa. 1990 - ingressa em um seminário menor, onde passa a ter suas noções da fé católica apostólica. 1992 – ingressa na pastoral Vocacional dos frades franciscanos, onde fica até 1995. 1996 – ingressa na vida franciscana, como seminarista até junho de 1997, onde deixa definitivamente a Igreja de Roma. 1998 – ingressa na Igreja Católica Apostólica Brasileira, após muito sofrimento, pela opção do casamento, sendo muitas vezes mal compreendido pelos membros do clero Romano. 1999, dia 23 de janeiro deste ano, porém em sua bula constando 24, recebe o diaconato na igreja Católica Brasileira, pelas mãos do Bispo Diocesano Dom Fernando Cabral de Barros. 2001 – deixa a jurisdição da Igreja Brasileira, e passa a ser membro da Igreja Vétero Católica, juntamente com Dom Reginaldo Barroca. 2002 – Por motivos de perseguições, e o Arcebispo Barrocas estando a passar por situações difíceis, o espaço para o pastoreio sem as mínimas condições, deixa a Igreja Vétero Católica. 2002 – Ingressa na Igreja Católica Apostólica Missionária de Evangelização do senhor Arcebispo Dom Dirceu Milani, no final de 2002 foi transferido para São Miguel do Oeste, Santa Catarina, e em 2003 no dia 05 de maio recebeu a confirmação presbiteral em Vila Milani, pelo próprio Dom Dirceu Milani, Por Dom Darci Milani e outros bispos presentes, veio a fazer muitos trabalhos missionários no Paraná em Santa Catarina e Rio Grande do Sul e regiões de fronteira ao Brasil, sendo elas; Argentina, Uruguai e Paraguai 2004 - a convite do arcebispo de Belo Horizonte, da Igreja Vétero Católica, Dom John Wesley, o mesmo deixa o a região Sul, pois sua situação junto ao Clero da icame já não vinha sendo bem aceito, por causa das freqüentes Críticas, pois, o clero esquecera-se da missão para se dedicarem as faculdades, enquanto isso as comunidades estava deixando de existir, por muitas reclamações, ajudas financeiras que haviam sido prometidas nunca chegaram para pagarem as contas do Santuário, pois a região oeste de Santa Catarina é tão pobre quanto à região mais pobre do nordeste, fora a situação de descrédito que estava na comunidade, já havia dois anos que não tinha padres da icame, pois havia sido abandonada pelo Arcebispo. 2004 – recebe a sagração Episcopal em 26 de setembro de 2004, na Igreja de São Miguel Arcanjo, da Igreja Vétero Católica pelas mãos dos senhores bispos, Dom José Ricardo Ferreira de Souza, Dom John Wesley e Dom Frei José Souto Queiroz Neto. 2004 – É convidado pelo arcebispo Patriarca de Portugal, Dom Antonio José da Costa Raposo, da Igreja Apostólica Episcopal (Vétero Católica) para participar do concilio das igrejas Nacionais em Portugal, o mesmo vai a Portugal para representar a igreja do Brasil, porém com seus próprios recursos, pois a igreja Vétero Católica, que naquela ocasião estava muito bem financeiramente não quis colaborar com suas passagens. Já em Portugal, onde também se encontrava membros do clero da Igreja Católica Apostólica Brasileira, tem suas ordenações colocadas em dúvida, pelos bispos da ICAB, sendo reconhecido somente seu Diaconato. Por isso foi muito humilhado nos primeiros dias de Concilio. Após muita conversa e versões diferentes são convidados pelo Arcebispo Dom José Antonio Raposo a recebe novamente as ordenações. Onde é ordenado juntamente com mons. Moisés Moncada da Colômbia, presbítero e Epíscopo da santa Igreja Católica e Apostólica. Já no Brasil, tem sua sala na igreja revirada e são extraviados vários documentos, o Bispo John começa a persegui-lo por motivo desta viagem achando que o mesmo tinha recebido fortunas das mãos dos bispos dos concilio. Mais uma vez deixa a igreja Vétero e sem querer mais envolvimento com esse tipo de pessoa, fica livre e independente por causa dessa separação é ameaçado de morte diversas vezes. Neste mesmo período começa um dialogo com Dom Ricardo Lorite, hoje um grande amigo e companheiro para fundarem no Brasil a Igreja Anglicana Latina, Dom Lucas Fica como bispo Sufragâneo do Nordeste neste mesmo ano Dom Lucas funda a Igreja Episcopal Latina do Brasil. 2005 – Dom Lucas Macieira da Silva, mesmo não ficando ao lado de Dom Lorite, Dom Rui, Dom Josué e do Cônego Fernando Móbile, ele os ordena Diáconos e Presbíteros para santa Igreja de Cristo. 2006 – Dom Lucas, mas uma vez, vai ao encontro dos Anglicanos, para ajudá-los a serem sagrados bispos para igreja Anglicana do Brasil, Dom Lucas chega a São Paulo a 12h35min, fica hospedado na casa do irmão Sebastião e pela manhã Dom Lucas resolve ir embora, porém passando onde aconteceria o evento o mesmo encontra somente Dom Barry, para realizar as sagrações, pois os demais bispos convidados não compareceram a sagração Episcopal, mais uma vez Dom Lucas fica ao lado dos seus filhos amados. Fica para o evento e ajuda a sagrá-los bispo para o Brasil. 2006 – em outubro deste ano Dom Lucas e Dom João de Deus assinam a concordata de intercomunhão Plena com a Igreja Católica Apostólica Romana Reformada, juntamente com seu representante Maximo, Dr. Dom Karl Rodig. A Igreja Episcopal Latina passa a ser uma igreja Internacional. MANISFESTO I.II. SUCESSÃO APOSTÓLICA, ORDENS SAGRADAS E SACRAMENTOS. A Igreja Católica Apostólica Romana Reformada é parte da comunidade mundial de igrejas Católicas que juntas constituem a Igreja Uma, Santa, Católica e Apostólica fundada por Jesus Cristo. As Ordens Sagradas dos bispos, presbíteros e diáconos são recebidas, através da sucessão apostólica da Igreja Católica Antiga e a Igreja Católica Romana. Cremos que os sete sacramentos (Batismo, Confirmação, Eucaristia, Reconciliação, Unção dos Enfermos, Ordem e Matrimonio) é parte de nossa realidade religiosa, dados pela graça de Deus para nossa salvação pelo poder do Espírito Santo. Celebramos os sacramentos como parte do desejo do Senhor de que santifiquemos nossas vidas; servimos neste mundo como catalisadores espirituais; brilhamos como uma luz em cima de um candelabro e somos o sal da terra preparando-nos para entrar em seu Reino. Ao reconhecer a importância dos sete sacramentos, oferecemos a todos os Povos de boa vontade. II. 2. COMPROMISSO COM A TRADIÇÃO E A REFORMA Os membros da Igreja Católica Apostólica Romana Reformada são católicos da Igreja Católica Apostólica Romana e de outros ritos católicos e Cristãos de boa vontade, que procuram reformas e se esforçam em consegui r a unidade mundial e aderir-se ao ensino geral dos Concílios da Igreja sob a guia do Espírito Santo quem nos inspira a crer que: Ecclesiam semper reformandam est (A igreja sempre se está renovando). Portanto nós conservamos o processo dinâmico de reformas que o Espírito Santo expressa no Sensus fidelium (o sentir dos fiéis), o qual confere à comunidade dos fiéis sua credibilidade. Também conservamos os tesouros da Tradição, derivada das Sagradas Escrituras, os ensinos de Cristo, e os ensinos das Igrejas Católicas ao longo da história, enquanto continuam provendo uma guia digna para as comunidades eclesiais. Com todos nossos irmãos e irmãs de todo mundo, compartilhamos a fraternidade de Jesus Cristo, nosso Redentor. Declaramos nosso apoio ao Santo Papa (Bispo de Roma), quanto vemos nele, Primus inter pares (o Primeiro entre Iguais), para que guie à Igreja somente com o consentimento do Povo Santo de Deus e os líderes eclesiais sobre uma base colegiada. II. 3. UM ESPIRITO DE REFORMA A Igreja Católica Apostólica Romana Reformada apóia os esforços da reforma de milhões de Católicos romanos por todo mundo, os quais remeteram ao Vaticano petições assinadas, pedindo reformas na Igreja. Alguns dos pontos mais significativos desta reforma são: A opção individual de cada sacerdote de casar-se ou de viver no celibato, todos os seres humanos batizados são Membros do Corpo Místico de Cristo, por tanto, advogamos pela plena participação da mulher na Igreja, a participação de maior número de laicos na administração da Igreja. A inclusão à Santa Comunhão daquelas pessoas divorciada que contraíram um segundo matrimônio a casar. Maior autonomia para todas as Dioceses Regionais. Eleição dos bispos pelos leigos e o clero por igual, como se fez costume nos primeiros séculos. Maior colegialidade entre bispos e representantes leigos das igrejas locais. Maior ênfase no Evangelho Social que clama por uma justiça social para com os pobres e para a inclusão daqueles que foram recusados pela sociedade., uma teologia de libertação para aqueles sem direitos, a abolição da excomunhão. Comunhão de fé entre outros ritos católicos que têm a sucessão apostólica e compartilham a mesma teologia dos sacramentos. II. 4 REVISÃO DIREITO CANONICO Igreja Católica Apostólica Romana Reformada segue de modo geral as instruções do Codex Iuris Canonici (Direito Canônico), sem embargo, advoga por reformas importantes como as apontadas mais aporta (núm. II.3). As petições atuais de reformas iniciadas pelo agiornamento (posta ao dia), proclamado por João XXIII, o qual pediu ler os signos dos tempos para que todos os católicos e outros Cristãos possam interpretar como o chamado de Deus para a renovação de todo Seu Povo. I. 5 CARIDADE E AMOR Os dois princípios, Caritas enim Christi urget nos (o amor de Cristo nos impulsiona) e Ubi caritas et amor, Deus ibi est (onde há caridade e amor ali está Deus), guiam e comprometem nosso serviço a todos os necessitados. Nossos missionários (clérigos e Leigos) servem com empenho a todos os que procuram a Deus, desejando uma renovação espiritual, almejando viver em dignidade e procurando um lugar de Salvação. O amor de Deus para com o mundo deve ser limitado por esse falso temor que criou leis rígidas e mecanismos de controle feitos pelo homem. Como Cristão Católico está comprometido a viver uma vida cheia de compaixão para todas as gentes que procuram a Deus. Proclamamos nosso solene desejo de servir a todo o povo de Deus com um amor sem preconceito, porque amor a Deus e amor ao próximo são os mandamentos que resumem a lei. Porque por meio de seu Filho, Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador, Deus fez o último sacrifício na plenitude dos tempos para toda a criação cremos que a salvação de Deus é um oferecimento a todas as gentes que almejam a Salvação e uma vida de unidade na diversidade. II. 6 UNIDADE E SOLIDARIEDADE A Igreja Católica, Apostólica Romana Reformada procura, através da oração e o diálogo no Espírito Santo, a unidade e a solidariedade entre todos os Católicos com outros Cristãos. Estendemos a mão da paz e solidariedade a outros crentes, especialmente a nossos irmãos e irmãs no Judaísmo. Nosso anseio pela unidade se baseia no próprio desejo e oração do Senhor: Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, para que eles sejam também um em nós (João 17.21) III. FORO DE DIALOGO No nome de milhões de Cristãos Católicos Romanos por todo mundo, incluídos as centenas de sacerdotes que continuam deixando a Igreja porque partes do CIC (Direito Canônico) chegaram a ser um encargo desnecessário mais do que um apoio para suas vidas de fé, e no nome da unidade de nossos irmãos e irmãs de outros ritos Católicos que ainda se encontram separados, estamos guiados pelo Espírito Santo a convidar a todos os ritos Católicos a participar por igual, a apresentar e discutir pontos de reforma do CIC (Direito Canônico) num foro interdenominacional de diálogo. Reconhecemos a validez do Direito Canônico, quanto apóia o cuidado pastoral do povo de Deus com a provisão de guias para a estrutura de toda a Igreja, o Corpo Místico de Cristo no mundo. Historicamente o CIC, foi reformado porque se reconheceu a necessidade de acomodação a um mundo que mudava: ... etiam a praesertim de reformatione normarum novo mentis habitui novisque necessitatibus accommodanda... (CIC 1983, Praefatio, XXXVIII). Agora, como parte do povo de Deus que por todo mundo procura uma renovação para o século XXI, nós afirmamos a necessidade de mudanças adicionais no Direito Canônico, para que possa acomodar adequadamente as novas condições nas que toda a Igreja Católica vive hoje. Como o mesmo Direito Canônico reconhece: praesertim autem urgens novae recognotions precisas in luz ponitur ut Ecclesiae disciplina mutatis rerum condicionibus apte accommodetur (CIC 1983, Praefatio, XXXVIII). Em vista do chamado mundial para mudanças pelo grande número de Católicos que estão re-enfocando suas vidas através da renovação espiritual e que almejam a unidade com outros ritos Católicos, nós cremos necessário abolir aqueles cânones do Direito Canônico que erigem obstáculos a reformas * necessárias (cfr. II.3 do Manifesto) e rearticular certas provisões do Direito Canônico para que possam servir melhor a vida de fé cotidiana dos Cristãos neste mundo cada dia mais secular. O comitê designado por ao Vaticano para a revisão do CIC (desde o Concílio Vaticano II até 1983, quando a nova edição foi publicada) demonstrou grandes lucros. Este Codex declara que as leis Canônicas não são alheias à caridade nem aos aspectos humanos da vida porque estão infundidas com o Espírito Cristão. Conscientes das novas condições do mundo mutante de hoje, nós reconhecemos que chegou o tempo para que a Igreja Católica Romana reafirma sua vontade de empregar a riqueza de seus recursos para revisar o CIC quando seja necessário, ... insuper, cum sit a caritate, asequitate, humanitate non alienum, atque vero christiano spiritu plene perfusum... simulque eius condicionibus ac necessitatibus in mundo huius temporis consulere exoptat... ac deinceps nova recognitione indigebunt, tanta virium ubertate Ecclesia pollet ut, haud secus ac praeteritis saeculis, valet viam renovandi leges vitae suae rursus capessere... (CIC 1983, Praefatio LXIII). Mas em vez de depender somente de seus próprios recursos para reformar o Codex, a Igreja deve ter em conta aos outros ritos Católicos irmãos, considerando-os como igualmente guiados pelo Espírito Santo, quem faz todas as coisas tendam ao bem. A Igreja Católica Apostólica Romana Reformada ora pelo diálogo frutífero entre todos os líderes da Igreja Católica, clérigos e laicos, dado que as discussões informadas em matéria de fé, a meditação e a oração afetam a vida diária de todos os Católicos, apóia a meta deste diálogo, pela unidade e solidariedade Católica. Muitos Católicos de boa fé não podem aceitar a mentalidade de culpabilidade onerosa, com suas conseguintes prêmios e castigos, que se empregou como mecanismo principal para controlar cada aspecto da vida dos Católicos. Temos de repensar nossas teologias, para que sejam mais adequadas à mentalidade mais informada dos Cristãos pós-modernos. Que Deus abençoe todos os esforços da Igreja Católica Apostólica Romana Reformada e todo o Povo Santo de Deus, que procura com sinceridade a renovação, a salvação e a unidade sob a guia do Espírito Santo. * pontos de reforma no número II. 3 do Manifesto. Nosso Clero no Brasil Arzobispo Primado Ecumênico ++Mons. Dr. Karl R. Rodig, D. Min, Mag. Theol. E-mail: archbishopdrkarl@yahoo.com Arcebispo Primaz do Brasil Administrador Apostólico da América do Sul +Mons. Dom Lucas Macieira da Silva E-mail: bispolatino@hotmail.com ou igrejalatina@yahoo.com.br Caixa Postal 5322 – Centro - Belo Horizonte CEP: 30124 - 970 - Minas Gerais – Brasil Minas Gerais Santuário de Santo Expedito e Nossa Senhora Desatadora dos Nós. Avenida João César de Oliveira, 340 – A - B. JK – Contagem - MG. Rev. Dom Lucas Macieira da Silva – Arcebispo Metropolitano Vigário Cooperador: Frei Samuel Moura E-mail: bispolatino@hotmail.com Paróquia Santuário de São Miguel Arcanjo Rua Radio Itatiaia - Bairro Matadouro - Nova Lima - MG Rev. Padre Marcos Aurélio Magalhães Paulo – Vigário de Nova Lima – MG E-mail: padremoiseis@yahoo.com.br Ceará Paróquia São Tiago Apóstolo Rua Jardins das Flores, 13 – Planalto Granja Lisboa Fortaleza-Ceará Rev. Padre João Luiz Dias Ferreira Cooperador: Seminarista Esteves Ferrer de Lima Paróquia São Francisco de Assis Rua Francisco Saraiva. 57 - Canindezinho – Fortaleza – Ceará Rev. Padre Paulo Ricardo Ferreira Chacon Missão Episcopal Santo Expedito e São Sebastião Avenida Dr. Floro Bartolomeu, nº. 1504 A – Juvêncio Santana. Juazeiro do Norte – Ceará – CEP 63.010-050 Rev. Diácono Antonio Santana – (Ceará) E-mail: tonnysantana@hotmail.com Paraná Missão Episcopal Nossa Senhora da Rosa Mística Rua Cel. Luiz José Martins dos Santos, 2161 - Bairro Boqueirão. Curitiba-Paraná – CEP. 81.670-400 Mons. Dom João de Deus da Silva. E-mail: a joaodedeuscwb@hotmail.com São Paulo Missão Nossa Senhora Medianeira Trav.Angelina Del grande Biancalana 54 – Imirim – SP- CEP 02472-020 Rev. Dom Izaias Rodrigues dos Santos E-mail: padreizaias2@virgula.com.br Jovem você deseja ser Sacerdote, irmão? Escreva para nosso centro de Pastoral Vocacional e seja você também um Católico Reformada para Gloria de Nosso Senhor Jesus. Sucessão Apostólica • Bishop Lucas Macieira da Silva † (2004) • Bishp Jose Antonio da Costa Raposo † (1982) • Bishop Luiz Castilho Mendez † (1948) • Bishop Carlos Duarte Costa † (1924) • Sebastião Leme Cardinal da Silveira Cintra † (1911) • Joaquim Cardinal Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti † (1890) • Mariano Cardinal Rampolla del Tindaro † (1882) • Edward Henry Cardinal Howard † (1872) • Carlo Cardinal Sacconi † (1851) • Giacomo Filippo Cardinal Fransoni † (1822) • Pietro Francesco Cardinal Galeffi † (1819) • Alessandro Cardinal Mattei † (1777) • Bernardino Cardinal Giraud † (1767) • Pope Carlo della Torre Rezzonico † (1743) • Pope Prospero Lorenzo Lambertini † (1724) • Pope Pietro Francesco (Vincenzo Maria) Orsini de Gravina, O.P. † (1675) • Paluzzo Cardinal Paluzzi Altieri Degli Albertoni † (1666) • Ulderico Cardinal Carpegna † (1630) • Luigi Cardinal Caetani † (1622) • Ludovico Cardinal Ludovisi † (1621) • Archbishop Galeazzo Sanvitale † (1604) •Girolamo Cardinal Bernerio,O.P.† (1586) Ecclesiam semper reformandam est Brasil, terras das missões na América Latina Estamos presentes na: Europa: Alemanha, Áustria, Slovenia, Itália. 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