sábado, 11 de agosto de 2007

ANIMISMO


Animismo
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Índio xamã, 1988.
Índio xamã, 1988.

O termo Animismo foi cunhado pelo antropólogo inglês Sir Edward B. Tylor, em 1871, na sua obra Primitive Culture (A Cultura Primitiva).

Pelo termo Animismo, ele designou a manifestação religiosa na qual se atribui a todos os elementos do cosmos (Sol, Lua, estrelas), a todos os elementos da natureza (rio, oceano, montanha, floresta, rocha), a todos os seres vivos (animais, árvores, plantas) e a todos os fenômenos naturais (chuva, vento, dia, noite) um princípio vital e pessoal, chamado de "ânima", que na visão cosmocêntrica significa energia, na antropocêntrica significa espírito e na teocêntrica alma.

Consequentemente, todos esses elementos são passíveis de possuirem: sentimentos, emoções, vontades ou desejos, e até mesmo inteligência. Resumidamente, os cultos animistas alegam que: "Todas as coisas são Vivas", "Todas as coisas são Conscientes", ou "Todas as coisas têm ânima".

O Animismo possui três simples regras:

* Tudo no cosmo tem "ânima";
* Todo o "ânima" é transferível;
* Tudo ou todo que transfere "ânima" não perde a totalidade de seu "ânima", mas quem ou que recebe perde parte ou a totalidade de seu "ânima", o qual será tomado pelo "ânima" doador.

A partir da década de 50, o termo deixa de ser utilizado pela Antropologia por ser considerado muito genérico, uma vez que se aceita que elementos animistas estão presentes em quase todas as religiões.

Atualmente, discute-se quais foram historicamente os primeiros cultos que deram origem a todas as religiões e a todos os deuses. Alguns historiadores e cientistas defendem a tese de que foram os mitos politeístas, enquanto outros afirmam que foram os cultos animistas.

[editar] Uso do Termo no Espiritismo

Na literatura espírita, o termo Animismo é usado para desginar um tipo de fenômeno onde é o Espírito encarnado no próprio médium que se manifesta por ele.

Para melhor entendimento desse fenômeno, convém usarmos as denominações utilizadas pelo estudioso espírita Hermínio Miranda, quais sejam, a de chamarmos o Espírito, que, segundo o Espiritismo, tem uma infinidade de existências, de individualidade, chamando cada uma das existências do mesmo de uma de suas personalidades.

Admitida a pluralidade das existências, resta evidente que a individualidade deve possuir um conhecimento imensamente superior ao de cada uma de suas personalidades, pois soma ao conhecimento da atual personalidade tudo o que aproveitou das que representou nas existências pregressas.

Desse modo, na manifestação anímica, o médium pode expressar muitos conhecimentos que ele, enquanto personalidade, não possui. Daí decorre, muitas vezes, que não há como se saber se uma manifestação é anímica ou realmente mediúnica, ocorrendo esta última tão somente quando o Espírito que se comunica não é o que está encarnado no médium.

É bom saber que não existe uma dicotomia entre fenômeno anímico e fenômeno mediúnico. Na grande maioria das vezes o que ocorre é um estado intermediário com maior ou menor participação do Espírito encarnado no médium em relação ao Espírito desencarnado que por ele se expressa

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