sábado, 22 de setembro de 2007

APRENDAMOS QUANTO ANTES / JULGAMENTO ALHEIO






"Como, pois, recebestes o Senhor Jesus-Cristo, assim também andai
nele." - Paulo. (Colossenses, 2:6).



Entre os que se referem a Jesus-Cristo podemos identificar duas
grandes correntes diversas entre si: a dos que o conhecem por
informações e a dos que lhe receberam os benefícios. Os primeiros
recolheram notícias do Mestre nos livros ou nas alheias exortações,
entretanto caminham para a situação dos segundos, que já lhe
receberam as bênçãos. A estes últimos, com mais propriedade, dever-
se-á falar do Evangelho.

Como encontramos o Senhor, na passagem pelo mundo? Às vezes, sua
divina presença se manifesta numa solução difícil de problema
humano, no restabelecimento da saúde do corpo, no retorno de um ente
amado, na espontânea renovação da estrada comum para que nova luz se
faça no raciocínio.

Há muitas gente informada com respeito a Jesus e inúmeras pessoas
que já lhe absorveram a salvadora caridade.

É indispensável, contudo, que os beneficiários do Cristo, tanto
quanto experimentam alegria na dádiva, sintam igual prazer no
trabalho e no testemunho.

Não bastará fartarmo-nos de bênçãos. É necessário colaborarmos, por
nossa vez, no serviço do Evangelho, atendendo-lhe o programa
santificador.

Muitas recapitulações fastidiosas e muita atividade inútil podem ser
peculiares aos espíritos meramente informados; todavia, nós, que já
recebemos infinitamente da Misericórdia do Senhor, aprendamos,
quanto antes, a adaptação pessoal aos seus sublimes desígnios.


Emmanuel


Livro: Pão Nosso


Psicografia de Francisco Cândido Xavier


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JULGAMENTO ALHEIO

Famosos são os julgamentos da História. O de Nuremberg, que o Mundo todo acompanhou, opinando pela punição dos que barbaramente, durante a Segunda Guerra Mundial, haviam torturado e matado seres humanos.
O de Jesus, em que se verifica a injustiça gritando alto e superando o bom senso da justiça e da verdade.
Julgamentos de pessoas famosas que cometeram atos criminosos ou desabonadores.
Julgamentos de criminosos que, de alguma forma, envolveram pessoas famosas, como o caso do raptor do filho de Lindenberg.
Em tais processos, sempre a opinião pública se inflama e de alguma forma, influencia os próprios jurados, de maneira a que esses condenem ou absolvam.
Desde as primeiras idades, quando a chama tênue do pensamento de justiça acendeu no homem, ele começou a julgar os seus irmãos.
Muitas vezes, o sentimento de justiça ficou empanado pelas paixões e interesses mesquinhos, levando o homem a cometer erros, punindo seu semelhante com o cerceamento da liberdade, o confisco de bens e a morte.
Nos dias atuais, prosseguimos a julgar o semelhante com todo rigor, sem estabelecer critérios e princípios básicos.
Afoitos, opinamos e damos a nossa sentença tão logo a imprensa torne pública a conduta desta ou daquela criatura, embora desconhecendo detalhes e razões.
E não tememos aumentar um pouco a intensidade da falta cometida, mesmo para justificar a impiedade com que julgamos e a sentença que proferimos.
Por vezes, a inveja por não ter conseguido alcançar a posição social, o cargo ou a função do julgado, nos incita ainda mais ao julgamento arbitrário.
E, mesmo assim, prosseguimos a nos afirmar cristãos. Seguidores de Jesus que ensinou:
"Não julgueis para não serdes julgados, porquanto sereis julgados conforme houverdes julgado os outros."
Há necessidade de cultivarmos a indulgência e a empatia. A indulgência para olharmos os que erram com olhos de quem sabe que o equivocado é sempre um Espírito enfermo.
Não necessita do nosso frio julgamento, mas do nosso auxílio para superar sua problemática.
A empatia, a fim de nos situarmos no lugar daquele que julgamos e nos indagarmos se fôssemos nós os julgados, como nos sentiríamos?
Fosse nosso filho o julgado, como estaria o nosso coração?
A questão do julgamento nos parece fácil, porque os que são trazidos à barra pública do Tribunal não passam de números. Sequer nos recordamos que são seres humanos.
Mas são Espíritos imortais, exatamente como nós, e merecem receber justiça, não impiedade ou a carga das nossas frustrações.
Você sabia?
Você sabia que a autoridade para censurar está na razão direta da moralidade daquele que censura?
Que, aos olhos de Deus, a única autoridade legítima é a que se apoia no exemplo do bem?
E que a base da Justiça Divina se assenta na misericórdia de nosso Pai Criador?
É por esse motivo que Ele nos concede a reencarnação como bendita oportunidade de reparação de nossas faltas, ao tempo que nos faculta crescer e produzir no bem.
Redação do Momento Espírita

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