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terça-feira, 11 de setembro de 2007
SIRVAMOS EM PAZ/AMOR PELA DOR
SIRVAMOS EM PAZ:
"Não estejais inquietos por coisa alguma..." - Paulo. (Filipenses, 4:6)
Quase que em toda a parte encontramos pessoas agoniadas, sem motivo, ou exaustas, sem razão aparente.
Transitam nos consultórios médicos, recorrem a casas religiosas, suplicando prodígios, isolam-se na inutilidade, choram de tédio. Confessam desconhecer a causa dos males que as assoberbam; clamam, infundadamente, contra o meio em que vivem...
É que, via de regra, ao invés de situarem a mente no caminho natural da evolução, atiram-na aos despenhadeiros da margem.
Que a Terra hospeda multidões de companheiros endividados, tanto quanto nós mesmos, todos sabemos... A imprensa vulgar talha colunas e colunas dedicadas à tragédia, certas publicações cultivam o hábito de instalar a delinquência, conflitos explodem insuflando a rebeldia dessa ou daquela camada social, profetas do pessimismo adiantam escuras previsões...
Isso tudo acontece, isso tudo é inevitável.
Urge, no entanto, não dar, aos acontecimentos contrários à harmonia da vida, qualquer atenção, além da necessária. Basta empregar exageradamente a energia mental, num escândalo ou num crime, para entrar em relação com os agentes destrutivos que os provocaram. Ofereçamos ao repouso restaurativo ou à resistência ao mal mais tempo que o tempo indispensável e cairemos na preguiça ou na cólera que nos desgasta as forças.
Se consumimos alimento deteriorado, rumamos para a doença; se repletamos o cérebro de preocupações descontroladas, inclinamo-nos, de imediato, ao desequilíbrio.
Imunizando-nos contra semelhantes desajustes, exortou-nos o apóstolo Paulo: "não estejais inquietos por coisa alguma", como a dizer-nos que compete a nós outros, os que elegemos Jesus por Mestre, a obrigação de andar no mundo, ainda conturbado e sofredor, sem gastar tempo e vida em questões supérfluas, prosseguindo, firmes, na estrada de entendimento e serviço que o Senhor nos traçou.
Emmanuel
Extraída do livro "Palavras de Vida Eterna"; Cap. 146 - Francisco C. Xavier
AMOR PELA DOR
Em nome do amor, há quem abandone o santuário doméstico, relegando os vínculos da sua redenção a temporário esquecimento...
Em nome do amor, há quem se confie a tragédias passionais, investindo contra o objeto da própria devoção afetiva, através da delinquência e da morte...
Em nome do amor, há quem provoque separação e desespero, portas a dentro do lar, convetendo-o em inferno de lágrimas a quatro paredes...
Em nome do amor, há quem menospreze o próprio corpo, arrojando-se a despenhadeiros de remorso e sofrimento, pelo desvão do suicídio...
Em nome do amor, há crianças desamparadas, velhinhos sem teto, doentes sitiados em rudes privações, e almas feridas entre pesadelos e aflições irremediáveis...
Entretanto, semelhantes delitos, em nome da luz que equilibra o Universo, são perpetrados pela violência e pelo ciúme, pela cegueira e pela incompreensão do egoísmo - o apego desvairado a nós mesmos - , em cuja concha de trevas habitualmente nos ocultamos, fugindo à excelsitude do amor genuíno pelo amor de sofrer.
Aceitemos a luta por instrutora de nossa existência, como quem sabe que nada existe sem preço.
Adquiramos o tesouro do amor pelo aproveitamento da dor.
Recebamos as lições da renúncia e o próprio sacrifício por jorros de claridade celeste, nas sombras de nosso "eu", e, aprendendo que mais vale dar que receber, o amor transformará a face de nossos destinos, porque tomará nosso coração por trono de sua glória e, ensinando-nos a entender e ajudar a todos, fará de nossa vida o santuário resplandecente e sublime da Vontade Justa e Misericordiosa de Deus.
Emmanuel
extraído do livro "Correio Fraterno" - Francisco C.Xavier
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