segunda-feira, 3 de setembro de 2007

LIVRE ESCOLHA





Dentre as dadivosas mercês de Deus, direcionadas ao Espírito em
evolução, destaca-se o livre-arbítrio como sendo a faculdade de eleger o que
melhor se lhe apresente durante o processo da reencarnação.
Graças a essa concessão, passo a passo o ser delineia e executa a
marcha ascensional, ora estacionando e vezes outras avançando, sem jamais
retroceder.
Árbitro especial, apóia-se na consciência, onde está escrita a Lei
de Deus, elegendo o que lhe apraz e colhendo os frutos da ensementação
realizada.
À medida que se ergue, superando os patamares da cartografia íntima
da consciência, mais lúcida e melhor se faz a seleção optativa, delineadora
da sua libertação.
Em razão disso, a reflexão madura, o cuidado bem pensado antes da
decisão, estabelecem o programa a desenvolver no futuro.
Essa atitude dignifica-o, facultando-lhe apressar ou retardar a
marcha.
Senhor da responsabilidade, escolhe a conduta e entrega-se à ação
com a liberdade que a Vida lhe concede.
Ante o fatalismo do progresso, que é irrefragável, o livre-arbítrio
é uma bênção que deve ser aprofundada, de forma que a tranqüilidade após a
decisão lhe constitua o fiel da balança dos comportamentos assumidos.
Como ninguém está fadado ao sofrimento, a opção livre para a ação
bem direcionada impulsiona o ser para a plena auto-realização.

És o que eleges. Teus atos, tua vida.
A personalidade transitória sempre cede lugar à individualidade do
ser eterno, em marcha ininterrupta na direção de Deus.
Ninguém, nada escapa a esse Deotropismo.
Conforme pensares, estruturarás no mundo das formas, o que acalentas
no campo das idéias.
Mente e vida são termos da Realidade.
Podes escolher vida ou morte. Isto é, ser livre e banhado de luz, ou
escravo envolto em sombras.
Tens o direito de viver em saúde ou com doença. A saúde é o estado
interior e a doença um processo depurador. Se te manténs atuante e otimista,
vives saudavelmente, mesmo quando portador de alguma limitação, deficiência
ou patologia. Se, ao revés, te apresentas insatisfeito, ingrato em relação à
vida, rebelde e depressivo, apesar da harmonia orgânica, encontras-te
enfermo...
Se sorris de júbilo, a existência se te apresenta amena.
Caso sobrecarregues o cenho e anotes apenas dissabores e tristezas,
a jornada se te transformará em pesado e insuportável fardo a conduzir.
Quando preferes belezas, descobre-as em toda parte e embriagas-te de
cor, de som, de luz. No entanto, ao te deixares conduzir pela óptica
distorcida da amargura, o Sol para ti perde a claridade e a paisagem
empalidece aos teus olhos...
Depende de ti, agradecer ou imprecar, louvar ou reclamar, alcançar o
topo da subida ou lamentar na baixada as dificuldades da ascensão, que
afinal, todos sofrem e os corajosos superam.
Sê tu, portanto, quem opta pelo bom, pelo belo, pelo nobre, pelo que
felicita.

Jesus sempre nos apresentou o mundo com tintas inapagáveis de
incomum beleza: as aves dos céus e os lírios do campo com suas cores
deslumbrantes; as redes ativas de pescar; as pérolas pálidas e refulgentes;
os grãos de mostarda preciosa; a ceifa do trigo dourado em parábolas ricas
de poesia e encantamento.
Mesmo quando esteve na cruz optou pelo perdão aos Seus assassinos, a
fim de logo retornar em ressurreição fulgurante, para alçar-nos aos píncaros
da Sua Glória.

(De "Fonte de Luz", de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de
Ângelis)

Nenhum comentário: