domingo, 24 de agosto de 2008

Na Mediunidade

Livro: Seara dos Médiuns - 12
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier

Questão nº 226 - Parágrafo 1º

Não é a mediunidade que te distingue.

É aquilo que fazes dela.

A ação do Instrumento varia conforme a atitude do servidor.

A produção revela o operário.

A pena mostra a alma de quem escreve.

O patrimônio caminha no rumo que o mordomo dirige.

* * *

O lavrador tem a enxada, entretanto...

Se preguiçoso, cede asilo à ferrugem.

Se delinqüente, empresta-lhe o corte à sugestão do crime.

Se prestativo e diligente, ergue, ditoso, o berço de flor e pão.

O legislador guarda o poder; contudo, através dele...

Se irresponsável, estimula a desordem.

Se desonesto, incentiva a pilhagem.

Se consciente e abnegado, é fundamento vivo à cultu­ra e ao progresso.

O artista dispõe de mais amplos recursos da Inteli­gência; todavia, com eles...

Se desequilibrado, favorece a loucura.

Se corrompido, estende a viciação.

Se enobrecido e generoso, surgirá sempre como esteio à, virtude.

Urge reconhecer, no entanto, que acerca das quali­dades e possibilidades do lavrador, do legislador e do ar­tista, na concessão do mandato que lhes é confiado, ape­nas à Lei Divina realmente cabe julgar.

Todos nós, porém, de imediato, conseguimos classifi­car-lhes a influência pelos males ou bens que espalhem.

* * *

Assim também na mediunidade.

Seja qual for o talento que te enriquece, busca pri­meiro o bem, na convicção de que o bem, a favor do pró­ximo, é o bem irrepreensível que podemos fazer.

Desse modo, ainda mesmo te sintas imperfeito e desa­justado, infeliz ou doente, utiliza a força medianímica de que a vida te envolve, ajudando e educando, ampa­rando e servindo, no auxilio aos semelhantes, porque o bem que fizeres retornará dos outros ao teu próprio ca­minho, como bênção de Deus a brilhar sobre ti.

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