segunda-feira, 25 de agosto de 2008

ORAR




Emmanuel


Pedi e obtereis – ensinou o Mestre Divino.


Semelhante lição, todavia, abrange todos os setores da vida, tanto no que se refira ao bem, quanto ao mal.

Qualquer propósito é oração.

A prece nasce das fontes da alma, na feição de simples desejo, que emerge do sentimento para o cérebro, transformando-se em pensamento que é a força de atração.

Nesse sentido, todo anseio recebe resposta.

Há orações que são atendidas, de imediato enquanto que outras, à maneira de sementes raras, reclamam largo tempo para a germinação, florescimento e frutificação.

Necessário, portanto, vigiar sobre o manancial de nossas aspirações.

As rogativas do bem se elevam às Esferas Superiores, ao passo que os anelos do mal descem às zonas de purgação, das trevas indefiníveis.

Anjos existem, habilitados a satisfazer aos bons, da mesma forma que entidades da sombra se acham a postos, a fim de colaborarem com os maus.

Forneçamos os temas elogiáveis ou infelizes de nossas cogitações mais íntimas e os executores invisíveis se manifestarão ativos, contribuindo na realização de nossos projetos, de conformidade com a natureza de nossas intenções.

Reconhecendo que ainda não sabemos pedir, de vez que, na maioria das vezes, ignoramos a essência de nossas próprias necessidades, imitemos o Divino amigo, na oração dominical, quando nos ensina a endereças as nossas súplicas ao Pai Todo-Misericordioso, na base da confiança perfeita: - “Faça-se a Tua Vontade justa e soberana, na Terra e em toda parte”.

O ensinamento do Cristo guarda absoluta atualidade, nas menores características do nosso tempo, entendendo-se que desejar é função de todos, enquanto que orar com proveito é serviço que raros corações sabem fazer.



Psicografia em Reunião Pública. data – 1952.

Local – Centro Espírita Luiz Gonzaga, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas.

(De: “Taça de Luz” (Espíritos Diversos), de Francisco Cândido Xavier)

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