quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Que animal é este?

Este é ainda um tema polêmico no meio espírita porque muitas pessoas não crêem ou não querem crer que os animais tenham Espírito, possuam Alma, que sejam inteligentes, que sofrem, sentem, podem ser compassivos, que são assistidos pela Espiritualidade Superior, que vivem nas colônias espirituais, que reencarnam, evoluem e que, algum dia, chegarão ao patamar da Humanidade.

No entanto, crendo ou não, aceitando ou não, as verdades nunca deixarão de existir, mesmo à revelia de muitos que não aceitam que já estivemos nas fileiras da animalidade.

Emmanuel no livro de mesmo nome, diz:

“Com o desenvolvimento das idéias espiritualistas, torna-se um estudo obrigatório(...) o problema que implica o drama da evolução anímica.

Como o objetivo é o estudo dos animais, sinto-me à vontade para declarar que todos nós já nos debatemos no seu acanhado círculo evolutivo.

Os animais são nossos parentes próximos apesar da teimosia de quantos persistem em não reconhecer”.


Que animal é este?

É comum ouvir dizer de pessoas que não acreditam que os animais tenham Alma ou que existe algum local no Mundo Espiritual especial para eles como se nós mesmos não fossemos animais. Apenas a título de um pequeno exercício inicial à leitura perguntamos que animal é este?

Ele é fraco, sem garras, tem dentes fracos. Possui habilidade para fazer ferramentas; vive em bandos. Antigamente existiam várias espécies que competiam entre si e a raça mais forte e carnívora acabou desalojando e matando as outras de sua espécie. Hoje somente há uma espécie restante, pois os vegetarianos, que eram pacíficos foram exterminados por estes outros: os carnívoros agressivos.

Que animal é este que diante do perigo esvaziam os intestinos para se tornarem mais leves para se tornarem mais ágeis; têm suas pupilas dilatadas diante do perigo para poder visualizar melhor o inimigo e assim atacar ou defender-se?

Que animal é este que mata para defender seu território e luta até a morte contra o seu predador e mata também por diversão e por prazer, mesmo quando não tem fome?

Somos nós mesmos!

Esta introdução é para nos fazer lembrar que ainda somos animais.


Por que o ser humano que tem tanta inteligência não sabe expressar o amor incondicional como os animais?

R: É difícil encontrar alguém que tenha amor incondicional pelos animais na mesma proporção que eles têm por nós. Eles quando se associam aos seres humanos o fazem por simples afinidade e pureza de sentimentos de confiança sem visar alguma vantagem ou benefício próprio em detrimento do outro. Quando um animal sente afinidade por alguém, podemos dizer que é sincero. Não existem interesses escusos. Prova disso é o encontro de animais que acompanham pessoas moradoras de rua e que são seus companheiros desinteressados. Quando nos associamos a algum animal dificilmente o fazemos com desinteresse e com pureza de sentimentos. Em geral os queremos por perto para fazer-nos companhia, para proteger a casa ou outros motivos. O sentimento nosso para com eles surge no decorrer do tempo e da convivência com estes companheiros, enquanto que o sentimento deles é espontâneo e instantâneo. Acredito que a inteligência do ser humano se configure como um impedimento para manifestar seus sentimentos de forma integral, como fazem os animais, pois à medida que pensamos, também duvidamos e desconfiamos. Os animais simplesmente amam e não questionam a origem deste amor. Simplesmente amam a nós como somos e sem preconceitos.


“É preciso vencer os instintos em proveito dos sentimentos”

(Lázaro)

(A Espiritualidade dos Animais – Marcel Benedeti)

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