domingo, 29 de julho de 2012

Crise: Bento XVI em defesa do direito ao trabalho

Encontro com peregrinos em Castel Gandolfo incluiu ainda referência à próxima Jornada Mundial da Juventude que vai decorrer no Rio de Janeiro
D.R.
Castel Gandolfo, Itália, 29 jul 2012 (Ecclesia) – Bento XVI defendeu hoje a necessidade de respeitar o “direito ao trabalho”, “sobretudo” no atual momento de crise económica, e manifestou a sua solidariedade aos trabalhadores da siderúrgica italiana ILVA.
O Papa disse seguir “com preocupação” as notícias relativos à empresa de Taranto, a maior da Europa, mostrando a sua proximidade aos que “vivem com apreensão estes momentos difíceis”.
“Exorto todos ao sentido da responsabilidade e encorajo as instituições nacionais e locais a desenvolver todos os esforços para uma solução equitativa da questão”, acrescentou, perante os peregrinos reunidos para a recitação do Angelus, no Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, arredores de Roma.
A empresa, no sul da Itália, foi mandada fechar pela justiça por causa da poluição provocada e o Papa solicitou que seja também tutelado o "direito à saúde".
Durante a catequese que antecedeu o momento de oração, Bento XVI deixou votos de que “não falte a ninguém o pão necessário para uma vida digna e sejam abatidas as desigualdades, não com as armas da violência, mas com a partilha e o amor”.
“Jesus não pede aquilo que não temos, mas faz-nos ver que se cada uma oferecer o pouco que tem, pode sempre realizar-se de novo um milagre: Deus é capaz de multiplicar cada pequeno gesto nosso de amor”, acrescentou.
Jesus, disse ainda, quer saciar não só a “fome material”, mas “sobretudo a mais profunda, a [fome] de Deus”.
Bento XVI aludiu à realização da 28ª Jornada Mundial da Juventude, que vai decorrer na cidade brasileira do Rio de Janeiro, em 2013.
“Trata-se de uma ocasião preciosa para que tantos jovens possam experimentar a alegria e a beleza de pertencer à Igreja e viver a fé”, declarou.
O Papa confessou “olhar com esperança” para este evento e quis encorajar e agradecer aos organizadores da Jornada, que se preparam para “receber os jovens de todo o mundo que vão tomar parte neste importante encontro eclesial”.
OC

http://www.agencia.ecclesia.pt/ 







2 de agosto

Santo Eusébio de Vercelli
Eusébio nasceu na ilha da Sardenha, no ano 283. Depois da morte do seu pai, em testemunho da fé em Cristo, durante a perseguição do imperador Diocleciano, sua mãe levou-o para completar os estudos eclesiásticos em Roma. Assim, muito jovem, Eusébio entrou para o clero, sendo ordenado sacerdote. Aos poucos, foi ganhando a admiração do povo cristão e do papa Júlio I, que o consagrou bispo da diocese de Vercelli em 345.

Nessa condição, participou do Concílio de Milão em 355, no qual os bispos adeptos da doutrina ariana tentaram forçá-lo a votar pela condenação do bispo de Alexandria, santo Atanásio. Eusébio, além de discordar do arianismo considerou a votação uma covardia, pois Atanásio, sempre um fiel guardião da verdadeira doutrina católica, estava ausente e não podia defender-se. Como ficou contra a condenação, ele e outros bispos foram condenados ao exílio na Palestina.

Porém isso não o livrou da perseguição dos hereges arianos, que infestavam a cidade. Ao contrário, sofreu muito nas mãos deles. Como não mudava de posição e enfrentava os desafetos com resignação e humildade, acabou preso, tendo sido cortada qualquer forma de comunicação sua com os demais católicos. Na prisão, sofreu ainda vários castigos físicos. Contam os escritos que passou, também, por um terrível suplício psicológico.

Quando o povo cristão tomou conhecimento do fato, ergueu-se a seu favor. Foram tantos e tão veementes os protestos que os hereges permitiram sua libertação. Contudo o exílio continuou e ele foi mandado para a Capadócia, na Turquia e, de lá, para o deserto de Tebaida, no Egito, onde foi obrigado a permanecer até a morte do então imperador Constantino, a quem sucedeu Juliano, o Apóstata, que deu a liberdade a todos os bispos presos e permitiu que retomassem as suas dioceses.

Depois do exílio de seis anos, Eusébio foi o primeiro a participar do Concílio de Alexandria, organizado pelo amigo, santo Atanásio. Só então passou a evangelizar, dirigindo-se, primeiro, a Antioquia e, depois, à Ilíria, onde os arianos, com sua doutrina, continuavam confundindo o povo católico. Batalhou muito combatendo todos eles.

Mais tarde, foi para a Itália, sendo recepcionado com verdadeira aclamação popular. Em seguida, na companhia de santo Hilário, bispo de Poitiers, iniciou um exaustivo trabalho pela unificação da Igreja católica na Gália, atual França. Somente quando os objetivos estavam em vias de serem alcançados é que ele voltou à sua diocese em Vercelli, onde faleceu no dia 1o. de agosto de 371.

Apesar de ser considerado mártir pela Igreja, na verdade santo Eusébio de Vercelli não morreu em testemunho da fé, como havia ocorrido com seu pai. Mas foram tantos os seus sofrimentos no trabalho de difusão e defesa do cristianismo, passando por exílios e torturas, que recebeu esse título da Igreja, cujo mérito jamais foi contestado. Com a reforma do calendário litúrgico de Roma, de 1969, sua festa foi marcada para o dia 2 de agosto. Nesta data, as suas relíquias são veneradas na catedral de Vercelli, onde foram sepultadas e permanecem até os nossos dias.
 http://www.paulinas.org.br/

Nenhum comentário: