segunda-feira, 16 de julho de 2012

Santo do Dia


16 de julho

Nossa Senhora do Carmo
A festa de Nossa Senhora do Carmo é relacionada à Ordem Carmelitana, cuja origem é bem antiga. Na Ordem Carmelitana tem-se a tradição, segundo a qual o profeta Elias, vendo aquela nuvenzinha, que se levantava no mar, bem como a pegada de homem, teria nela reconhecido no símbolo, a figura da futura Mãe do Salvador. Os discípulos de Elias, recordando aquela visão do mestre, teriam fundado uma Congregação, com sede no Monte Carmelita, com o fim declarado de prestar homenagens à Mãe do Mestre. Essa Congregação ter-se-ia conservado até os dias de Jesus Cristo e existido com o Título Servas de Maria.

Manifestação de Maria a São Simão Stock
Historicamente documentadas são as seguintes datas da Ordem de Nossa Senhora do Carmelo. Foi no século XII que o calabrez Bertoldo, com alguns companheiros, se estabeleceu no Monte Carmelo. Não se sabe se encontraram lá a Congregação dos Servos de Maria ou se fundaram uma deste nome; certo é que receberam em 1209 uma regra rigorosíssima, aprovada pelo Patriarca de Jerusalém - Alberto. Pelas cruzadas esta Congregação tornou-se conhecida também na Europa. Dois nobres fidalgos da Inglaterra convidaram alguns religiosos do Carmelo, para acompanhá-los e fundar conventos na Inglaterra, o que fizeram.
Pela mesma época vivia no condado de Kent um eremita que, há vinte anos, vivia em solidão, tendo por residência o tronco oco de uma árvore. O nome desse eremita era Simão Stock. Atraído pela vida mortificada dos carmelitas recém-chegados, como também pela devoção Mariana que aquela Ordem cultivava, pediu admissão como noviço na Ordem de Nossa Senhora do Carmo. Em 1225, Simão Stock foi eleito coadjutor Geral da Ordem, já então bastante conhecida e espalhada.
O papa Honório III aprovou a regra da Ordem. Simão Stock visitou os Irmãos da ordem no Monte Carmelo, e demorou-se com eles seis anos.
Um capítulo geral da Ordem, realizado em 1237, determinou a transferência para a Europa de quase todos os religiosos, os quais, para se verem livres das vexações dos Sarracenos, procuraram a Inglaterra, onde a Ordem possuía já 40 conventos.
No ano de 1245, foi Simão Stock eleito Superior Geral da Ordem e a regra teve aprovação do Papa Inocêncio IV.
A Ordem de Nossa Senhora do Carmo, colocada sob a proteção da Santa Sé, começou a ter, então, uma aceitação extraordinária no mundo católico. Para isto concorreu poderosamente a Irmandade do Escapulário, que deve a fundação a Simão Stock.
Em 16 de julho de 1251, estando em oração fervorosa, Nossa Senhora lhe apareceu. Veio trazer-lhe um escapulário. "Meu dileto filho - disse-lhe a Rainha do céu - eis o escapulário, que será o distintivo de minha Ordem. Aceita-o como um penhor de privilégio, que alcancei para ti e para todos os membros da Ordem do Carmo. Aquele que morrer vestido deste escapulário, estará livre do fogo do inferno".
Simão Stock tratou então de divulgar a irmandade do escapulário e convidar o mundo católico a participar dos grandes privilégios anexos. Entre os devotos do escapulário de Nossa Senhora do Carmo, vêem-se Papas, Cardeais e Bispos. O Escapulário teve uma aceitação favorável e universal entre o povo católico. Neste sentido, só é comparável ao Rosário.
Oração a Nossa Senhora do Carmo
Ó bendita e imaculada Virgem Maria, honra e esplendor do Carmelo! Vós que olhais com especial bondade para quem traz o vosso bendito escapulário, olhai para mim benignamente e cobri-me com o manto da vossa maternal proteção. Fortificai minha fraqueza com o vosso poder, iluminai as trevas do meu espírito com a vossa sabedoria, aumentai em mim a fé, a esperança e a caridade. Ornai minha alma com a graça e as virtudes que a tornem agradável ao vosso divino Filho. Assisti-me durante a vida, consolai-me na hora da morte com a vossa amável presença e apresentai-me à Santíssima Trindade como vosso filho e servo dedicado; e lá do céu, eu quero louvar-vos e bendizer-vos por toda a eternidade.
Amém!
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NOSSA SENHORA DO CARMO

NOSSA SENHORA DO CARMO O ESCAPULÁRIO:
Eis o previlégio que dou a ti e a todos os filhos do Carmelo: todo o que for revestido deste hábito será salvo.

PRECE

DO ENCONTRO COM DEUS

Deus, nosso Pai, celebramos hoje a memória da gloriósa Virgem Maria que concebeu vosso Filho bem amado, Jesus Cristo Nosso Senhor.
Por intercessão de Nossa Senhora  do Carmo protegei-nos de todos os perigos e dai-nos a graça de
termos uma boa morte.
Debaixo de sua proteção materna, cheguemos até vós e gozemos do vosso amor e da vossa  misericórdia
em  todos  os dias de nossa vida.
Não nos deixeis abandonados ao nosso egoísmo, indiferença, ódio e rancor.
Protegei nossas famílias e fazei crescer em nossos corações o amor aos nossos irmãos, especialmente aqueles que mais precisarem de nós.
Nossa Senhora do Carmo rogai por nós.
Amém


Escapulário de Nossa Senhora do Carmo
Originariamente, na Idade Média, o escapulário era uma espécie de avental que caía na frente e atrás, usado sobre a roupa comum, sobretudo por criados ou funcionários de palácios, instituições etc. A cor, ou certos desenhos nele bordados, indicavam a quem serviam.
Origem do Escapulário Carmelita
A Ordem do Carmo remonta, segundo antiga tradição, aos Profetas Elias, Eliseu e seus discípulos, estabelecidos no Monte Carmelo, na Palestina.
De acordo com essa tradição, eles já veneravam Aquela que viria a ser Mãe do Redentor, simbolizada pela nuvenzinha que apareceu quando Elias pedia o fim da seca que assolava a Palestina(cfr. 3Reis 18, 41-45), e da qual caiu a chuva bendita que revivesceu a terra.
Esses eremitas, que viviam em pequenos eremitérios, ter-se-iam sucedido através das gerações até que, na Idade Média, quando os muçulmanos conquistaram a Terra Santa, tiveram que fugir para a Europa.
Lá não foram muito bem recebidos pelas outras ordens mendicantes que já existiam. Por isso encontraram grandes dificuldades, passando até pelo risco de extinção.
Foi nessa ocasião que o carmelita inglês Simão Stock, homem penitente e de muita santidade, foi eleito Superior Geral. Angustiado com a situação em que se encontravam os carmelitas, começou a suplicar incessantemente a Nossa Senhora que protegesse sua Ordem.
Exatamente no dia 16 de Julho de 1251, quando o Santo rezava mais fervorosamente em seu convento de Cambridge (Inglaterra), apareceu-lhe a Mãe de Deus revestida do hábito carmelitano, portanto o menino Jesus e apresentando-lhe um escapulário.
O nome Escapulário vem da palavra latina “Scapulae“, que significa ombros. É o nome dado à peça do hábito religioso, que pende dos ombros, caindo sobre a parte anterior e o dorso da túnica de quem o porta.
“Recebe, caríssimo filho,” disse Ela, “este Escapulário da tua Ordem, sinal de minha confraternidade, privilégio para ti e para todos os carmelitas. Todo aquele que morrer com ele revestido, não arderá nas chamas do Inferno.
Ele é, pois, um sinal de salvação, uma segurança de paz e de eterna aliança”. É a primeira Promessa, chamada “Grande Promessa”.
Quando se tornou pública essa prova de predileção da Santíssima Virgem em relação à Ordem Carmelita, esta começou a florescer.
No século seguinte, em 1314, a Mãe de Deus apareceu novamente, desta vez ao Papa João XXII, confirmando sua especial proteção aos que usassem o escapulário, e prometendo ainda que os livraria do purgatório no primeiro sábado após a morte. É a segunda Promessa, chamada “Privilégio Sabatino”.
Isso levou Pontífices, Monarcas, religiosos de outras Ordens e pessoas de todas as condições a querer participar desse privilégio, recebendo o escapulário como um símbolo de devoção a Maria e de Sua salvaguarda contra os inimigos da alma e do corpo.
Pio XII chegou a afirmar, em carta aos carmelitas em preparação para o sétimo centenário da entrega do Escapulário a São Simão Stock que, dentre as devoções exteriores à Mãe de Deus, “devemos colocar em primeiro lugar a devoção ao Escapulário de Nossa Senhora do Carmo que, pela sua simplicidade, ao alcance de todos, e pelos abundantes frutos de santificação, se encontra extensamente divulgada entre os féis cristãos”.
“Penhor e sinal de salvação”
O escapulário representa um grande tesouro, como afirmou o Papa Pio XII: “Não é coisa de pequena importância procurar-se a aquisição da vida eterna, segundo a tradicional promessa da Virgem santíssima; trata-se, com efeito, da empresa mais importante e do modo mais seguro de a levar a cabo”.
Santo Afonso Maria de Ligório, Doutor da Igreja, não só o trazia consigo, como o louva em seus livros e o recomendava a todos como sinal de santidade e fortaleza. Dizia que, quando somos tentados, devemos apertar o santo escapulário com as mãos para que o demônio deixe de nos atormentar.
E o Beato Cláudio de la Colombière, confessor de Santa Margarida Maria Alacquoque, confidente do Sagrado Coração de Jesus, afirmava:
“Creio que às vantagens que se atribuem aos devotos de Maria, se podem acrescentar outras mais notáveis em favor dos confrades do Carmo, que são todos os que usam o escapulário.
E prosseguia: “Não; não basta dizer que o Escapulário é um sinal de salvação. Eu estou certo de que não há outro que faça nossa predestinação tão certa como este do Escapulário, e sob o qual nos devemos acolher com o maior zelo e “constância”.
Um grande apóstolo da devoção ao escapulário foi o Servo de Deus, Pe. Francisco Rodrigues da Cruz, o mesmo que foi um dos primeiros a crer nas Aparições de Fátima (Dr. Formigão) deu a Primeira Comunhão a Lúcia e ensinou muitas orações e jaculatórias aos três pastorinhos recomendava àqueles a quem ele impunha o escapulário que o osculassem todos os dias de macha, rezando três ave-marias, e pedindo a Nossa Senhora a graça de não cair em pecado grave naquele dia (Cfr. Pe. José Leite, Santos de cada Dia, Editorial A. O., Braga, 1987, 3. Vol. P. 427). Faz bem lembrar que na última aparição de Nossa Senhora em Fátima, a Mãe de Deus apareceu revestida do hábito carmelitano.
http://www.adf.org.br/home/wp-content/uploads/2012/07/oração-a-Nossa-Senhora-do-Carmo.jpgEste “sinal certo de salvação”, passaporte seguro para o Céu, não pode prestar-se a abusos? Infelizmente sim, como todas as coisas neste nosso vale de lágrimas. Por isso o mesmo Papa Pio XII alertava:
“Não julgue quem o usar que pode conseguir a vida eterna abandonando-se à indolência e à preguiça espiritual”.
Quantos casos houve de pessoas que, abusando dessa promessa, levavam uma vida depravada, gabando-se de que se salvariam porque usavam o escapulário, e que, no momento da morte o tiveram arrancado do pescoço por algum acidente ou por si próprios nos estertores da agonia!
Entretanto, se ele não é passaporte infalível para quem o usa indignamente e com presunção, pode servir de grande meio de conversão, movendo almas empedernidas ao arrependimento e ao amor de Deus. Conta-se de conversões obtidas na hora da morte unicamente ao impor-se ao moribundo o escapulário do Carmo.
Por isso, não só usemos piedosamente o escapulário, mas sejamos também seus propagadores.

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