sexta-feira, 3 de agosto de 2007

ESPIRITUALIDADE




ALGUMAS GOTAS

No quarto modesto, o doente grave pedia silêncio.
Mas a velha porta rangia nos gonzos.
Desaconselhável a reparação em momento daquele.
Tudo concita à quietude.
Entretanto, na passagem do médico, nas idas e vindas do
enfermeiro, no trânsito dos familiares e dos amigos respeitosos e mudos, eis a porta a chiar, estridente.
Aquela circunstância trazia, ao enfermo e a quantos lhe
prestavam assistência e carinho, verdadeira guerra nervosa...
Contudo, depois de várias horas de apreensão e de alarme, chegou
um vizinho e deitou algumas gotas de azeite na antiga engrenagem e a porta silenciou, tranqüila e obediente.
A lição é singela, mas expressiva.
Em muitas ocasiões há tumulto dentro de casa, ante o barulho
inconveniente nas dobradiças das relações.
Problemas complexos, conflitos, inquietações, abalos...
Entretanto, na maioria dos casos, você pode apresentar
cooperação decisiva na extinção de toda discórdia...
Bastam algumas gotas de compreensão e de paciência.

(De "Bem-aventurados os simples", de Waldo Vieira, pelo espírito Valérium)

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