segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Culpa e Consciência



"A culpa surge como forma de catarse necessária para a libertação de conflitos. Encontra-se insculpida nos alicerces do espírito e manifesta-se em expressão consciente ou através de complexos mecanismos de auto-punição inconsciente.
Suas raízes podem estar fixadas no pretérito - erros e crimes ocultos que não foram justiçados - ou em passado próximo, nas ações da extravagância e da delinquência.Geradora de graves distúrbios, a culpa deve ser liberada a fim de que os seus danos desapareçam.A existência terrena é toda uma oportunidade
para enriquecimento contínuo.Cada instante é ensejo de nova ação propiciadora de crescimento, de conhecimento, de conquista. Saber utilizá-lo é desafio para a criatura que anela pela evolução espiritual.Águas passadas não movem moinhos - afirma o brocardo popular, com sabedoria -.As lembranças negativas
entorpecem o entusiasmo para as ações edificantes, únicas portadoras de esperança para a liberação da culpa. Desse modo, quem se detém nas sombrias
paisagens da culpa ainda não descobriu a consciência da própria
responsabilidade perante a vida, negando-se à benção da libertação. Sai da forma do arrependimento e age de maneira correta, edificante.Reabilita-te do erro através de ações novas que representam o teu atual estado de alma.A soma das tuas ações positivas quitará o débito moral que contraíste perante a Divina
Consciência, porquanto o importante não é a quem se faz o bem ou o mal, e sim, a ação em si mesma em relação à harmonia universal.A culpa deve ser superada mediante ações positivas, reabilitadoras, que resultarão dos pensamentos íntimos enobrecedores."


Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Momentos de Meditação

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