EVANGELHO
QUOTIDIANO
Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6,
68
Terça-feira, dia 07 de Agosto de 2012
Terça-feira da 18ª
semana do Tempo Comum
Santo do dia : S.
Sisto II, papa, e companheiros mártires, +258, S.
Caetano, presbítero, +1547
Ver comentário em baixo, ou carregando aqui Beata Isabel da Trindade :
«Então
os que estavam na barca prostraram-se diante d'Ele»
Livro de Jeremias 30,1-2.12-15.18-22.
A palavra
do Senhor foi dirigida a Jeremias nestes termos:
«Assim fala o Senhor,
Deus de Israel: ‘Escreve num livro todas as palavras que Eu te disser.
Assim fala o Senhor: «A tua ferida é incurável, maligna é a tua chaga.
Ninguém quer tomar a tua defesa para curar o teu mal, para o qual não há
remédio.
Todos os teus amantes te esqueceram, não se preocupam contigo,
porque te feri, como se fere um inimigo, com cruel castigo, por causa da
gravidade da tua falta e do número dos teus pecados.
Porque choras sobre
a tua ferida? A tua chaga é incurável. Por causa da gravidade da tua falta e
do número dos teus pecados é que Eu assim procedi.
Mas, eis o que diz o
Senhor: «Restaurarei as tendas de Jacob, e terei compaixão das suas moradas. A
cidade será reconstruída das suas ruínas, e os palácios reedificados no seu
lugar.
Deles sairão cânticos de louvor e gritos de alegria.
Multiplicá-los-ei e não mais diminuirão. Exaltá-los-ei, e não mais serão
humilhados.
Os seus filhos serão como eram outrora, a sua assembleia
será restabelecida diante mim, mas castigarei todos os seus opressores.
Dela surgirá o seu chefe, dela sairá o seu soberano. Mandarei buscá-lo e ele
se aproximará de mim. Pois quem arriscaria a sua vida, aproximando-se de mim?
– oráculo do Senhor.
Vós sereis o meu povo, e Eu serei o vosso Deus.»
Livro de Salmos 102(101),16-18.19-21.29.22-23.
Quando o
Senhor restaurar Sião, manifestará a sua glória.
Os povos honrarão, Senhor, o teu nome,
e todos os reis da terra, a tua majestade.
Quando o Senhor restaurar Sião,
e manifestar a sua glória
atenderá a súplica do infeliz
e não desprezará a sua oração.
Escreva-se tudo isto para a s
gerações futuras
e o povo que há-de formar louvará o Senhor.
Debruçou-se do alto da sua morada
lá do Céu o senhor olhou para a terra,
para ouvir o gemido dos cativos,
para libertar os condenados à morte.
Os filhos dos teus
servos hão-de viver tranquilos
e a sua descendência perdurará na tua presença.
Em Sião será anunciado o nome do Senhor,
e em Jerusalém, a sua glória,
quando os povos de todas as nações se reunirem
para servirem o Senhor.
Evangelho segundo S. Mateus 14,22-36.
Depois de
ter saciado a fome à multidão, Jesus obrigou os discípulos a embarcar e a ir
adiante para a outra margem, enquanto Ele despedia as multidões.
Logo
que as despediu, subiu a um monte para orar na solidão. E, chegada a noite,
estava ali só.
O barco encontrava-se já a várias centenas de metros da
terra, açoitado pelas ondas, pois o vento era contrário.
De madrugada,
Jesus foi ter com eles, caminhando sobre o mar.
Ao verem-no caminhar
sobre o mar, os discípulos assustaram-se e disseram: «É um fantasma!» E
gritaram com medo.
No mesmo instante, Jesus falou-lhes, dizendo:
«Tranquilizai-vos! Sou Eu! Não temais!»
Pedro respondeu-lhe: «Se és Tu,
Senhor, manda-me ir ter contigo sobre as águas.»
«Vem» disse-lhe Jesus.
E Pedro, descendo do barco, caminhou sobre as águas para ir ter com Jesus.
Mas, sentindo a violência do vento, teve medo e, começando a ir ao fundo,
gritou: «Salva-me, Senhor!»
Imediatamente Jesus estendeu-lhe a mão,
segurou-o e disse-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?»
E, quando
entraram no barco, o vento amainou.
Os que se encontravam no barco
prostraram-se diante de Jesus, dizendo: «Tu és, realmente, o Filho de Deus!»
Após a travessia, pisaram terra em Genesaré.
Ao reconhecerem-no,
os habitantes daquele lugar espalharam a notícia por toda a região.
Trouxeram-lhe todos os doentes,
suplicando-lhe que, ao menos, os
deixasse tocar na orla do seu manto. E todos aqueles que a tocaram, ficaram
curados.
Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Beata Isabel da Trindade (1880-1906), carmelita
Último retiro, 20-21
«Então os que estavam na barca prostraram-se diante
d'Ele»
«Eles prostravam-se, eles adoravam e lançavam as suas coroas diante do trono,
dizendo: “Digno és, Senhor e nosso Deus, de receber a glória, a honra e a
força”» (Ap 4,10ss). Como imitar, no céu da minha alma, esta ocupação dos
bem-aventurados no céu da glória? Como prosseguir este louvor, esta adoração
ininterrupta? São Paulo dá-me uma luz sobre isso quando deseja para os seus
que «Ele vos conceda, de acordo com a riqueza da Sua glória, que sejais cheios
de força, pelo Seu Espírito, [...] enraizados e alicerçados no amor» (Ef
3,16-17). Estar enraizado e alicerçado no amor: tal é, me parece, a condição
para exercer dignamente o ofício de «louvor à glória» (Ef 1,6). A alma que
penetra e habita nestas profundezas de Deus [...], que consequentemente tudo
faz «n'Ele, com Ele, por Ele e para Ele» [...],enraíza-se mais profundamente
n'Aquele que ama com cada um dos seus movimentos, das suas aspirações e dos
seus actos, por muito comuns que sejam. Tudo nela presta homenagem ao Deus
três vezes santo: ela é, por assim dizer, um Sanctus perpétuo, um incessante
louvor à glória!
«Eles prostravam-se, eles adoravam e lançavam as suas coroas». Primeiramente,
a alma deve prostrar-se, mergulhar no abismo do seu nada, afundar-se tão
profundamente que [...] encontre a verdadeira paz, imutável e perfeita, que
nada transtorna, pois precipitou-se tão fundo que ninguém irá buscá-la. Poderá
então adorar.
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