sábado, 25 de agosto de 2012

HISTÓRIA DA IGREJA

  
  
                                                                  (062)- BEIJA - MÃO !
            Ano 1073-1085.
Pontificado de Gregório VII (Hildebramdo). Um papa de muita acção; levou por diante programas de reforma eclesiástica clerical e geral, lutou contra Henrique IV e outros governadores para pôr termo aos males da lei da investidura.
Introduziu a liturgia latina em Espanha e estabeleceu as datas definitivas para a observância das Têmporas.
    
http://pime.org.br/imagens/mjjef2003-f5b.jpg                   Beija Mão é uma expressão que pode ter o sentido de Ir Pedir Desculpa.
Isto pode acontecer entre duas quaisquer pessoas, mas aconteceu várias vezes entre a Igreja e o Estado, por litígios havidos ou por abuso de autoridade.
O mais conhecido beija-mão é o de Canossa.
O Imperador Henrique IV fez a sua famosa submissão, (isto é, foi ao beija-mão), ao papa S. Gregório VII (1073-1085), em Janeiro de 1077, numa cidade de Toscana, que se chamava Canossa, onde havia um castelo.
Por causa da simonia - compra e venda de prebendas eclesiásticas - e por causa da Investidura dos leigos, o papa resolveu iniciar um período de reforma, a bem da Igreja.
O Imperador Henrique IV, porém, que - mercê do título de defensor da religião, se considerava com poderes especiais como chefe da sociedade religiosa, procurou fazer fracassar a reforma e, não fazendo caso da proibição papal, quanto a Investiduras, nomeou alguns bispos, tanto na Alemanha como na Itália.
Admoestado pacientemente, Henrique IV, no seu orgulho, não aceitou as advertências, de modo que o papa, depois de muito enxovalhado na noite de Natal de 1075 na Missa de Santa Maria Maior e de ser insultado como herege, mago, adúltero, usurpador, besta feroz e sanguinária, por uma assembleia legislativa, teve que recorrer à excomunhão.
Os bispos atingidos submeteram-se e os grandes do Império decidiram a deposição do Imperador , caso se não arrependesse e se não reconciliasse com Roma.
Henrique IV, abandonado de todos, resolveu então atravessar os Alpes no rigor do inverno e dirigiu-se ao Castelo de Canossa, onde se encontrava o papa, que ia a caminho da Assembleia de Augsburgo, e era, portanto, hóspede da condessa Matilde.
Descalço, sobre a neve e grosseiramente vestido de penitente, bateu à porta do Palácio para implorar perdão, mas o papa, para lhe experimentar a sinceridade do arrependimento, só o recebeu ao fim de três dias, perdoando-lhe mediante a promessa de que se apresentaria na Assembleia que fora convocada, onde responderia às acusações que pesavam sobre ele e que, entretanto, não assumiria o governo do Império.
Perante este facto, Gregório exclamou :
- Na história do papado esplenderão dois episódios : Leão, ante o qual Átila, o terrível conquistador, se retira; e Gregório ante quem Henrique IV se ajoelha em hábito de penitência.
Não interessa agora o que aconteceu depois, mas sim a importância do facto, o beija-mão de Canossa.
Ainda hoje quando nos queremos referir a um acto de submissão importante, se diz que se vai a Canossa.
                                                                     Johnhttp://guerrasculturais.files.wordpress.com/2011/10/beija-mc3a3o.jpg?w=950
                                                                Nascimento

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